O Porto venceu o Marítimo por 1-2.
Vitória justa e sem discussão.
Jesualdo Ferreira, após a experiência londrina do 4x4x2 em losango, regressou ao habitual 4x3x3, pese embora sob uma diferente matriz e preenchido com outras caras.
Ao invés de dois extremos, Jesualdo apresentou dois pontas de lança, sendo que Adriano basculava sobre a direita quando em tarefa defensiva.
A partida frente ao Sporting no próximo Sábado determinou e muito as escolhas de Jesualdo.
Raul Meireles e Lisandro, em perigo de suspensão caso vissem um amarelo, cederam os seus lugares a Ibson e Renteria.
Se a troca de Meireles por Ibson não importava qualquer risco, pois que o brasileiro garante idêntica consistência e qualidade na posse de bola, já a titularidade de Renteria constituía um enorme ponto de interrogação.
Ponto de interrogação ao qual a exibição do colombiano não respondeu.
Pouco interventivo, Renteria não jogou nem bem, nem mal, antes pelo contrário, como diria Gabriel Alves.
A rever em próximas oportunidades.
Dos habituais titulares em perigo de exclusão, apenas Paulo Assunção conservou a titularidade, mas, ainda assim, com claras indicações para prudência nos lances divididos.
Ulisses Morais, talvez estigmatizado pelo mau momento da sua equipa (apenas uma vitória nos sete jogos de 2007), apresentou um onze de “vistas curtas”, claramente retraído em relação ao modelo habitual.
O Marítimo apresentou-se encolhido, temeroso do poderio do seu adversário.
Sinal cristalino da aposta na contenção como âncora de um modelo de transições rápidas e contra-ataques foi a opção por Kanu em detrimento dos habituais titulares Mbesuma e Lipatin.
Ulisses Morais preferiu a velocidade do brasileiro em desfavor do jogo posicional do zambiano e do uruguaio, procurando emprestar profundidade ao processo ofensivo da sua equipa.
O encontro dealbou confuso, pautado por um futebol pouco atractivo e muito conflituoso.
Aliás, como consequência de um início de jogo atabalhoado, lutado e com doses elevadas de agressividade, Jesualdo foi forçado a substituir Ibson, lesionado com uma entorse no joelho direito na sequência de um choque com um jogador maritimista, por Raul Meireles.
A estratégia de poupança conhecia um importante revés, o qual, contudo, seria largamente recompensado minutos volvidos.
A equipa não se ressentiu, minimamente, com a alteração e, aos 17 minutos, obteria o primeiro golo.
Canto cobrado por Quaresma na direita, cabeceamento de Bruno Alves ao “segundo poste” a solicitar Adriano, que, sem marcação e sem dificuldade, cabeceou para a baliza.
Com o golo serôdio, o Porto tranquilizou-se e acentuou o seu domínio e o seu controlo sobre a partida.
O Marítimo vivia de fogachos, quase sempre inconsequentes, de Marcinho e Douglas, sendo raras as situações em que lograva alcançar a área portista com perigo.
Assim, aos 27 minutos, os azuis e brancos fizeram o 0-2 como corolário lógico do seu ascendente na partida, não obstante a felicidade que Meireles conheceu no lance.
O Marítimo perdeu a bola na transição ofensiva, Raul Meireles recuperou-a, tabelou com Rentería e disparou forte na direcção da baliza.
Todavia, o remate do médio portista bateu nas pernas de Milton do Ó e equivocou Marcos.
Com mais de uma hora para jogar, o jogo parecia, definitivamente, resolvido a favor dos portistas.
Aos 35 minutos, segunda substituição forçada no Porto, por força de uma lesão muscular de Bruno Alves, que obrigou à entrada de Ricardo Costa.
O plano previamente traçado de vencer, mantendo intacta a disponibilidade dos habituais titulares para o clássico de Sábado, conhecia uma segunda contrariedade.
Até final da primeira parte, o Marítimo limitou-se a tentar, sem que tivesse conseguido mais do que um remate perigoso na sequência de um livre executado por Marcinho.
Na segunda parte, aconteceu o que se previa:
O Porto, em vantagem, entrou em cumprimento de “serviços mínimos”, dando a iniciativa de jogo ao Marítimo e limitando-se a controlar.
O Porto abdicou do domínio do jogo em favor do seu controlo, através do menor dispêndio possível de energia.
Ulisses Morais, reconheceu o equívoco da sua estratégia, e emendou a mão com as entradas de Lipatin e Mbesuma.
O Marítimo aumentou consideravelmente a sua percentagem de posse de bola, mas o seu processo ofensivo permaneceu pouco mais do que inócuo.
Muita parra e pouca uva, foi a imagem de uma equipa que procurou a baliza adversária com denodo, mas que raramente dela se acercou com perigo.
Ulisses Morais arriscou tudo o que havia para arriscar, apostando, inclusivé numa estrutura de 3 defesas, mas era já muito tarde.
O Porto dispôs de muito espaço para ensaiar contra-ataques, mas nunca se revelou, verdadeiramente, interessado em fazê-lo.
Preferiu sempre a certeza da organização e da contenção, não obstante Quaresma ainda tivesse obrigado Marcos a três defesas relativamente complicadas.
Contudo, a persistência insular seria premiada com um golo a 5 minutos do final.
Na sequência de mais um dos muitos cantos que o Marítimo obteve na segunda parte, Helton largou a bola, Lipatin rematou, Assunção salvou e, por fim, Douglas, à entrada da área, desferiu remate certeiro.
O Porto era vítima da estratégia pouco audaciosa com que encarou a segunda parte.
Não quis procurar o terceiro golo e, agora, via-se na contingência de ter de apelar à sua capacidade de sofrimento.
Todavia, o Porto conseguiu reter e circular a bola, não permitindo ao Marítimo qualquer outra oportunidade de golo.
O Porto venceu sem discussão frente a um Marítimo que nunca demonstrou possuir argumentos para discutir o resultado.
O Sporting ganhou ao Estrela por 3-1.
Vitória indiscutível, mas que não tive ocasião de presenciar.
À mesma hora jogou-se o Barça/Real e preferi assistir a este jogo.
Do que li, estrela maior da partida foi Djállo, autor de 2 golos.
Moutinho, também, se cotou em plano de evidência e logrou manter-se a salvo de um possível impedimento disciplinar para o encontro no Dragão.
Na restante jornada, destaque para a vitória do Paços em Coimbra.
A Briosa vai de mal a pior.
Ontem, não viu a sorte do jogo sorrir-lhe na primeira parte e na segunda revelou-se incapaz de reverter o resultado adverso.
O Paços jogou pouco ou por outra não precisou de jogar muito para vencer.
Limitou-se a aproveitar os erros da Briosa.
O primeiro golo nasce de uma inenarrável atrapalhação no interior da pequena área, na sequência da qual Medeiros introduziu a bola na sua própria baliza.
O segundo nasce de uma desatenção de Lino, que deixa Renato Queirós completamente solto nas suas costas, para este rematar fraco, mas o suficiente para bater um Pedro Roma que ficou muito mal na fotografia.
Na primeira parte, a Académica desfrutou de, pelo menos, três excelentes ocasiões de golo, mas Alvarez e Pittbull não conseguiram finalizar com êxito.
Não materializou o seu ascendente na primeira metade e na segunda nunca se mostrou capaz de chegar ao golo.
Abúlica, apática, sem ideias e sem chama, a Académica foi uma fotocópia mal tirada de uma equipa profissional de futebol.
Se o Prof. tiver aquilo que a sua condição de homem supõe que tenha, demitir-se-á.
Caso contrário, temo pelo futuro da Académica.
O próximo desafio é na Vila das Aves e uma eventual derrota poderá ter consequências absolutamente catastróficas.
12 comentários:
amigo mínimo:
não só fomos os incitadores, como os pontapeadores!
agora a sério, dizer que a culpa não é do Nestor.
os problemas são outros e bem mais graves.
abraço.
amigo jc:
concordo com o teu comentário, só acrescentaria duas outras figuras:
José Eduardo Simões, pela ruinosa gestão, e Luís Agostinho, por ter caucionado a escolha de um plantel no qual pululam jogadores inenarráveis.
abraço.
amigos:
em semana de Porto/Sporting gostaria de vos lançar um desafio -que cada um de vós escrevesse um artigo de opinião antevendo aquele jogo.
pensei que os condóminos sportinguistas se podiam ocupar da terça-feira, os portistas da quarta-feira e os benfiquistas da quinta-feira, seguindo os dias destinados aos artigos de opinião subscritos pelos condóminos afectos a cada um destes clubes.
fico a aguardar as vossas respostas.
abraço.
Amigo Vermelho,
Missão cumprida!
5ª Feira estaremos na UEFA.
De resto, conta comigo!
amigo cavungi:
lá estaremos e na 5ª conto contigo para o artigo.
abraço.
No referido artigo pode-se só falar mal do SCP?
amigo cavungi:
podes escrever o que bem entenderes.
abraço.
amigos:
gostaria que me respondessem ao desafio que vos lancei.
obrigado.
abraço.
amigo jc:
o texto será para publicar, amanhã, no blog.
o meu objectivo era reunir os textos dos vários condóminos afectos a um dado clube e publicá-los conjuntamente.
obrigado e fico à espera do teu contacto.
abraço.
amigo holtreman:
conto contigo então para essa ocasião.
abraço.
DEIXEM GUIAR O MANTORRAS!
Não deixaram, e agora o governo Angolano não reconhece as cartas de condução Portuguesas.
É bem feito.
amigos:
por forma a que disponham de mais tempo para redigir o vosso artigo, a sua publicação ocorrerá, apenas, a partir de 4ª feira.
Assim, 4ª feira será destinada aos adeptos do Sporting, a 5ª aos portistas e a 6ª aos benfiquistas.
abraço.
p.s. apelo à vossa participação.
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