quarta-feira, março 07, 2007

Antevisão dos jogos da Taça UEFA

O Benfica enfrenta o PSG, em Paris, esta quinta-feira, em jogo a contar para os oitavos de final da Taça UEFA.
O Benfica nunca defrontou o PSG em jogos oficiais.
Todavia, muitos foram os jogadores que já envergaram a camisola dos dois clubes, mais precisamente 8 - Fernando Cruz, Humberto Coelho, João Alves, Valdo, Ricardo Gomes, Kenedy, Hugo Leal e Hélder.
Em sete eliminatórias disputadas com equipas francesas, o Benfica qualificou-se por cinco vezes para a fase seguinte das diferentes competições (a eliminação do Marselha, na época de 89/90, foi o mais relevante destes confrontos).
O Benfica, num jogo em que não deixará de contar com o apoio da imensa comunidade emigrante portuguesa naquele País e, especialmente, naquela Cidade, deverá apresentar aquele que Fernando Santos elegeu como o seu onze base.
Na verdade, Luisão está convocado e, aparentemente, em condições de ser utilizado, pelo que deverá recuperar o seu lugar no centro da defesa, o que acarretará a devolução de Katsouranis à sua posição habitual de interior-direito.
Assim, o Benfica deverá alinhar com Quim, Nelson, Luisão, Anderson e Léo, Petit, Katsouranis, Karagounis e Simão, Miccoli e Nuno Gomes.
Fernando Santos continuará a sua aposta no 4x4x2 em losango e no modelo de jogo que tem vindo a apresentar.
Deste modo, o Benfica procurará ter a iniciativa do jogo, procurando capitalizar o mau momento que os parisienses vivem no seu campeonato.
O Paris Saint-Germain voltou a sofrer um desaire, no último fim-de-semana, ao perder no reduto do Sedan e caiu para a zona de despromoção.
Afundado no antepenúltimo lugar da I Liga francesa, com 28 pontos, apenas mais três do que o Sedan e mais cinco do que o Nantes, “lanterna vermelha”, vê na Europa a sua tábua de salvação depois de mais uma temporada para esquecer.
O PSG vive numa encruzilhada financeira, que, em nada, tem contribuído para o sossego e para a estabilidade desportiva.
O ano passado, foi adquirido por um trio de investidores – Colony Capital, Butler Capital Partners e Morgan Stanley (cada um com uma participação de 33%), colocando, deste modo, termo a uma era de 15 anos de gestão do Canal+.
Os novos donos do PSG anunciaram a intenção de atrair outros investidores, mostrando-se dispostos a ceder 40% do capital.
Todavia, o péssimo desempenho desportivo da equipa tem vindo a afugentar os potenciais interessados.
Hoje por hoje, o clube da capital francesa necessita de uma injecção de capital, que lhe permita reforçar a competitividade da sua equipa de futebol, sendo certo, contudo, que apenas uma melhoria substancial da sua perfomance desportiva o possibilitará.
Na verdade, na época passada, apenas quatro dos 20 clubes da Ligue1 – Metz, PSG, Rennes e Strasbourg – apresentaram prejuízo, assumindo-se o PSG como o mais deficitário – o resultado líquido negativo do PSG atingiu os 13,5 milhões de euros, mais do dobro dos prejuízos combinados dos restantes três clubes (Metz: 1,5 milhões; Rennes: 2,4 milhões; Strasbourg: 2,6 milhões).
O PSG, depois de mais um grande investimento no plantel, tem vindo a desiludir os seus adeptos.
De crise em crise, de mau resultado em mau resultado, em Janeiro, uma derrota, em pleno Parque dos Príncipes, diante do Valenciennes reduzido a dez jogadores, conduziu à demissão do então treinador Guy Lacombe.
Em sua substituição chegou Paul Le Guen, qual Rei Midas que tudo transformaria.
Todavia, se num momento inicial se verificaram melhorias na equipa, o certo é que esse efeito se tem vindo a desvanecer.
Apesar da actual crise, o PSG é um clube habituado a ganhar. Fundado em 1970, a equipa da capital francesa já conta com dois campeonatos (1986 e 1994), sete Taças de França (1982, 1983, 1993, 1995, 1998, 2004 e 2006), duas Taças da Liga francesa (1995 e 1998) e uma Taça das Taças (1996).
Não vi o PSG jogar esta época, pelo que desconheço, em absoluto, o seu sistema táctico e o seu modelo de jogo.
Sei dizer que conta com alguns nomes relevantes no seu plantel, dos quais avultam Pauleta, B. Kalou, Yepes, Rothen e Gallardo.
Para este jogo, baixa confirmada é a do médio uruguaio Cristian Rodriguez, sendo que a utilização de Marcelo Gallardo permanece em dúvida, embora tenha regressado aos treinos na Terça-feira.
Como disse Artur Jorge: “Aparentemente o Benfica está melhor que o PSG mas são competições diferentes. O PSG ainda não conseguiu fazer um bom campeonato, mas tudo pode acontecer. É bom não esquecer que eliminou uma equipa que vinha da Liga dos Campeões [AEK Atenas]”.
Ainda assim, trata-se de uma partida em que a maior dose de favoritismo cabe ao Benfica, sendo certo que o PSG tudo fará para tentar apagar a má imagem que tem vindo a protagonizar no campeonato francês.
Estou certo que bastará ao Benfica manter-se fiel aos seus princípios de jogo para que alcance a vitória.
O árbitro será o inglês Graham Poll.
Em Braga, o Sporting local recebe o Tottenham.
Jogo tremendamente difícil para os comandados de Jorge Costa.
Mas também para o Tottenham.
O Braga chegou onde não pensava chegar e encara a partida com os ingleses sob a perspectiva de tudo ter a ganhar e nada a perder.
Ao invés, o Tottenham surge aos olhos de toda a Europa como claro favorito e sob a “obrigação” de vencer para defender o seu prestígio.
Fundado em 1882, o Tottenham apresenta um historial interno e europeu não desprezível – duas vezes campeão inglês (1950-51 e 1960-61 ), uma vez vencedor da Taça das Taças (1962/1963), duas vezes vencedor da Taça UEFA (1971-72 e 1983-84 ) , oito vezes vencedor da Taça de Inglaterra (1900-01, 1920-21, 1960-61, 1961-62, 1966-67, 1980-81, 1981-82 e 1990-91) e três vezes vencedor da Taça da Liga Inglesa (1970-71, 1972-73 e 1998-99).
Braga e Tottenham defrontaram-se já por uma vez, há 24 anos, num confronto superado pelos ingleses com um somatório de 9-0 no conjunto da eliminatória.
Terá sido a maior humilhação europeia de sempre do Braga, mas como disse e bem Andrade: “Isso é passado, é museu. Espero que essa marca fique para trás porque nós queremos buscar uma nova história.”
Uma coisa o Braga já garantiu - a melhor receita do ano relacionada exclusivamente com a venda de bilhetes.
Até agora, o Braga-Benfica, da décima jornada da Liga Bwin, constitui o maior êxito bracarense em termos de bilhética - uma assistência de 22.440 espectadores rendeu um lucro de 250 mil euros.
Não obstante, até ontem, apenas terem sido vendidos 7500 bilhetes em Portugal, o certo é que os adeptos do Tottenham já adquiriram 2500 bilhetes, todos ao preço de 60,00€.
Deste modo, o Braga encaixou já 150 mil euros, pelo que nem será preciso encher o Estádio para obter um lucro superior a 250 mil euros.
Se no jogo do pretérito Sábado Jorge Costa se queixou da ausência, por lesão e castigo, de algumas unidades nucleares, para esta embate com o Tottenham poderá já contar com João Pinto, Wender, Maciel, Andrés Madrid e Vandinho.
Pedro Costa é o único indisponível por lesão.
A julgar pelas suas opções no Dragão, Jorge Costa optará por 4x3x1x2, até como forma de encaixar João Pinto no onze.
Ainda que clinicamente aptos, Andrés Madrid e Maciel necessitam de recuperar ritmo competitivo, pelo que não deverão ser chamados ao onze titular.
Assim, o Braga deverá apresentar Paulo Santos, Luís Filipe, Paulo Jorge, Rodriguez e Jorge Luiz, Andrade, Vandinho e Castanheira, João Pinto Wender e Zé Carlos.
O Tottenham enfrenta o Braga moralizado pela épica vitória por 4-3 sobre o West Ham na última jornada da Premier League.
Orientada por Martin Jol, esta equipa inglesa está a realizar uma época aquém das expectativas criadas pela sua performance na temporada passada.
Longe dos tempos de Lineker e companhia, este Tottenham apresenta como principais referências Paul Robinson, guarda-redes titular da selecção inglesa com Erickson (embora, algumas vezes, presenteie os adeptos com grandes “frangos”), Dawson, um central promissor, Jenas, uma das eternas promessas do futebol inglês, Lennon, o último grande extremo clássico do futebol inglês, extremamente rápido e incisivo, Defoe, um avançado móvel e que é presença regular na selecção, e o búlgaro Berbatov, contratado esta época e que se assume como a principal referencia ofensiva dos Spurs.
Defoe e Berbatov, são dois avançados em permanente movimento, muito difíceis de marcar em cima e exímios a desmarcarem-se nos espaços vazios.
O seu modelo de jogo, à imagem da generalidade das equipas de topo inglesas, continentalizou-se, postergado que foi o Kick and Rush britânico, pese embora seja uma equipa muito forte em termos físicos.
Pratica um futebol aberto, esquematizado num clássico 4x3x3.
O Tottenham deverá apresentar um onze composto por Paul Robinson, Chimbonda, Dawson, Gardner e Lee, Ghaly, Jenas, Lennon, Tainio, Berbatov e Defoe.
A tarefa bracarense não se afigura fácil, mas não será impossível.
Como disse Jorge Costa ”É uma equipa muito forte em termos físicos e a melhor forma de os contrariar é fazer o nosso jogo: muita posse de bola, circulação da mesma e algum atrevimento. Eles marcam muitos golos e são muito ofensivos. Por isso temos que ter uma posse de bola muito superior à do adversário.”
O árbitro da partida será o russo Yuri Baskakov.

17 comentários:

Mestrecavungi disse...

Amigo Minimo,
Sóp hoje pude ver o seu "mea culpa" de ontem.
Assunto esclarecido, desculpas aceites.
Não se tratou de um simples amuo, mas sim de um profundo sentimento de injustiça.
Um homem aguenta quade tudo mas, chamar a alguem Rui Santos é no minimo pornográfico.

Vermelho disse...

amigos:
aqui fica uma notícia que julgo de interesse:
"Se o Sporting, como se prevê, não accionar as opções de compra de Carlos Bueno, Leandro Romagnoli e Alecsandro vai ter massa salarial para poder renovar, em alta, os contratos das pérolas João Moutinho e Nani. Aliás, o tema emprestados – nos dois sentidos – torna extremamente aliciante ver, em pormenor, os vencimentos dos futebolistas do clube de Alvalade.
O Sportugal teve acesso, junto de fonte bem colocada, à folha salarial dos futebolistas leoninos no mês de Janeiro.
Na lista, que pode ver em anexo, não há grandes surpresas. Liedson é o mais bem pago, sendo o único a ultrapassar o tecto salarial fixado em 75 mil euros. O levezinho aufere, mensalmente, 110 mil euros brutos, aos quais é preciso deduzir os descontos para IRS e para a Segurança Social, fixada numa percentagem menor do que é habitual por se tratar de uma profissão de desgaste rápido.
Depois de Liedson surgem o guarda-redes Ricardo, com 75 mil euros, e o avançado uruguaio Bueno, com 73 mil euros.
Em sentido descendente aparecem Marco Caneira (68 mil euros) e Romagnoli (66 mil euros). Este é o top five da folha salarial da equipa de futebol profissional do Sporting, mas se quisermos fazer um top ten têm cabimento nesta lista Carlos Paredes (54 mil euros), Polga (54 mil euros), Alecsandro (52 mil euros), Farnerud (44 mil euros) e João Moutinho (32 mil euros).
Uma das muitas curiosidades reside no facto de o 12.º vencimento mais elevado do Sporting ser o de Mauricio Pinilla – 30 mil euros –, a par de Carlos Martins e de Abel.
Há futebolistas que por estarem ligados ao clube de Alvalade continuam a receber um cheque mensal da SAD verde e branca. Já falámos de Pinilla, mas Luís Loureiro é outro exemplo. O médio contratado ao D. Moscovo recebe 24 mil euros. O mesmo passa-se com Silvestre Varela e Nuno Santos. O internacional sub-20 evolui em Setúbal mas o Sporting paga-lhe, mensalmente, 13 mil euros. O guardião, suplente do V. Guimarães, recebe 9 mil euros. André Marques (“roda” no Olivais e Moscavide) aufere perto de 10 mil euros.
Até Wender, que já nada tem a ver com o Sporting, vê a sua conta bancária receber depósitos de uma quantia a rondar os 6 mil euros/ mês.
Se os leões se desvincularem dos jogadores que tem emprestados a outros emblemas e não accionar as opções de compra de atletas cedidos por outros clubes fica com 260 mil euros para reduzir, investir noutros futebolistas, ou, então, melhorar as folhas salariais de Nani e João Moutinho, por exemplo, pérolas do actual Sporting.
Acresce dizer que os valores publicados são referentes aos vencimentos-base de cada futebolista, devidamente arredondados, e sem contar com prémios de jogo e objectivos estipulados em cada contrato."
abraço.

Vermelho disse...

amigo JC:
são os custos do "custo zero" e dos "empréstimos zero".
abraço.

Vermelho disse...

amigo mínimo:
dinheiro é como quem diz!
orçamento para salários por preencher!
abraço.

Vermelho disse...

amigo mínimo:
surpresas não diria, mas que ficaríamos um tanto ou quanto espantados com alguns dos valores pagos, disso não tenho dúvidas.
ainda esta semana ou para a próxima, cheira-me que iremos conhecer essa lista.
abraço.

Vermelho disse...

amigo JC:
podes ter a certeza que são os custos do "custo zero" e dos "empréstimo zero".
não se pagam transferências, mas os valores não pagos aos clubes reflectem-se no vencimento dos jogadores.
E, agora, paga-se muito menos do que aquilo que já se pagou.
Há uns anos, um jogador que por acaso nem foi contratado a custo zero, mas sim por valores a rondar os 3 milhões de euros, vencia num grande cerca de 50,000 euros mês, aos quais acresciam mais 50.000 euros por trimestre, a título de luvas.
resta dizer que o jogador não era titular e que saiu a custo zero, embora tenha ficado para sempre na histório do clube.
abraço.

Vermelho disse...

amigo sempre:
o pinilla surpreende-me porque pensava que já não tinha qualquer vínculo ao Sporting.
quanto ao loureiro, decorre simplesmente da falta de mercado do jogador.
para o emprestar, o Sporting teve que continuar a suportar parte do vencimento.
o caso que mais me surpreende é o de Wender.
o jogador tinha mercado, foi emprestado por mais de uma época e o Sporting ainda suporta parte do vencimento???
o mais relevante destes números é a demonstração do fim do mito da gestão iluminada, melhor e mais capaz do que a de todos os outros!
quem gere assim, não é primus inter pares, é par inter pares.
abraço.

Vermelho disse...

amigo mínimo:
como compreendes, não posso revelar o nome, mas se atentares bem no que escrevi, estou certo que descobrirás - "o jogador não era titular e saiu a custo zero, embora tenha ficado para sempre na história do clube."
abraço.

VermelhoNunca disse...

Ricardo Rocha mamava 75.000 euros limpos no final de cada mês. Liedson está mal pago.
Força PSG.

Vermelho disse...

amigo mínimo:
só lhe digo mais uma coisa, vai jogar hoje e é português.

amigo JC:
o que dizes é a demonstração da má gestão.
avaliar jogadores é mister maior na gestão de um clube de futebol.
sem jogadores, não se fazem omoletes, passe a expressão.
quanto ao caneira e demais emprestados, a questão passa pelos êxitos desportivos.
havendo sucesso desportivo, há rentabilização do investimento.
não havendo, só há prejuízo.
o empréstimo de jogadores só cria mais valias se redundar na conquista de títulos ou posições classificativas que garantam rentabilidade financeira.

amigo nunca:
ainda bem que mamava!
porque caso contrário não tinha renovado e, assim, não tinha sido vendido por 5 milhões de euros.
o montante nele investido, teve retorno.
ser caro ou barato depende, desde logo, da utilidade desportiva e depois da rentabilidade financeira que se pode obter com o investimento.
neste caso, ambas as premissas foram cumpridas, pelo que concluo como comecei - ainda bem que mamava!
abraços.

Mestrecavungi disse...

Amigo Vermelho,
Percebi finalmente a razão do protesto leonino.
É que em semana de jogos europeus, se não protestassem o jogo de Leiria, nem ocupavam meia página dos jornais.
Como não podem ver nada e sabendo que deles só se falria para discutir quem jogava no lugar do Etiope, se Bueno se Alexandre, vai daí fazem este alarido todo par se fazerem notar.

VermelhoNunca disse...

Vesgo, é a alcunha desse jogador...

Mestrecavungi disse...

Ora seja muito bem aparecido amigo Nunca.
Fazes falta neste espaço.
Não protestes.Escreve!

Vermelho disse...

amigo nunca:
não sei se o conhece assim, mas posso-lhe dizer que o jogador de quem falo não é vesgo.
abraço.

VermelhoNunca disse...

O vesgo...ou o estrábico, assim está melhor.

Mestrecavungi disse...

Amigo Vermelho,
Paris já está a arder!

dracula disse...

P.S.G ?
P aramos
S ó em
G lasgow!