O Sporting venceu o Porto no Dragão por 0-1 e reentrou na luta pela conquista do título.
O Sporting transcendeu-se e demonstrou forte espírito de conquista e sobrevivência.
O Sporting soube resistir à pressão de ter de vencer, aceitando essa responsabilidade sem temor.
Foi melhor, mais equipa e venceu com justiça.
O Porto só existiu quando e enquanto Quaresma existiu.
O Sporting reduziu a diferença pontual para o Porto para 6 pontos, ganhou vantagem no confronto directo e manteve a invencibilidade na condição de visitante.
Com Lisandro lesionado e Bosingwa em poupança para a Luz, Jesualdo surpreendeu ao optar por Alan para substituir o argentino.
Apostou e perdeu claramente – Alan nunca conseguiu dar profundidade pelos flancos, nem suster as investidas ofensivas dos laterais leoninos.
Por seu turno, Paulo Bento promoveu o regresso de Caneira ao centro da defesa e lançou Alecsandro na frente, fazendo dupla com Djaló.
Êxito total!
Caneira “secou” quem apareceu na sua zona e Alecsandro patenteou uma mobilidade surpreendente, que colocou imensos problemas à defensiva azul e branca.
No duelo táctico, Jesualdo manteve o 4x3x3 perante o 4x4x2 em losango de Paulo Bento e saiu claramente derrotado.
O tridente intermediário portista mostrou-se sempre incapaz de contrariar a superioridade numérica do quarteto de médios leonino.
Neste particular começou a ser construído o sucesso leonino.
A luta a meio-campo redundou invariavelmente em derrota para os azuis e brancos.
Os laterais sportinguistas encaixavam nos alas portistas, Adriano era vigiado por Caneira e Polga e o meio campo do Sporting beneficiava sempre de superioridade, 4 para 3 (algumas vezes 5 para 3 com o recuo de Djaló).
Pese embora, Marek Cech nunca encontrasse quem marcar no seu flanco, Jesualdo nunca promoveu o seu adiantamento por forma a equilibrar o jogo de forças a meio-campo.
Com Assunção excessivamente “colado” aos centrais (procurando controlar os movimentos de Djaló), Lucho em claro deficit físico e Meireles perdido no turbilhão da luta intermediária, Veloso, Moutinho, Nani e Romagnoli gozaram sempre de imensa liberdade.
Miguel Veloso, perante a passividade dos médios portistas e a liberdade que lhe foi concedida, assumiu-se como o principal motor do processo ofensivo leonino.
Dinâmico e agressivo, com uma leitura de jogo assaz lúcida, raramente falhou um passe, conferindo sempre sentido à manobra atacante do Sporting.
Para além da superioridade numérica a meio-campo, a vitória leonina assentou numa outra vantagem – a que se desenhou sobre o flanco esquerdo do ataque do Sporting.
O Sporting inclinou o seu processo ofensivo para a esquerda e a opção revelou-se acertadíssima.
Aí se criaram desequilíbrios que se repercutiram sobre toda a estrutura defensiva do Porto.
O flanco esquerdo do Sporting, com Nani em destaque, sempre bem apoiado por Tello, Romagnoli e Djalló, que por ali apareciam vastas vezes, deixava a defesa azul e branca em constante estado de intranquilidade.
Fucile, nunca convenientemente apoiado pelo ala do seu lado, ou por algum dos médios mais defensivos, leia-se, Paulo Assunção ou Raúl Meireles, revelou-se um autêntico “passador”.
Pepe e Paulo Assunção procuravam compensar os desequilíbrios suscitados pela presença massiva de jogadores do Sporting sobre o flanco esquerdo, mas sempre que basculavam para o flanco, para além de o fazerem tardiamente, “criavam” espaços comprometedores na zona central.
Também perante esta indefinição táctica, Jesualdo se manteve impávido e sereno.
O Porto perdeu a generalidade dos duelos individuais que se foram criando ao longo da partida, precisamente, porque nunca soube contrariar as vantagens decorrentes das superioridades numéricas obtidas pelos jogadores leoninos em diferentes zonas do terreno.
Jesualdo e Bento haviam sido peremptórios em asseverar que o empate não servia os propósitos de qualquer das equipas.
Se o disseram publicamente, tê-lo-ão, também, dito no recato do balneário, tal a intensidade posta pelos seus jogadores no dealbar da partida.
O início de jogo foi escaldante.
No primeiro minuto, Quaresma, na direita, fez o primeiro remate perigoso, que Ricardo, atento, susteve.
Um minuto volvido, na jogada seguinte, Nani assiste Alecsandro que obriga Helton a estirar-se, para com uma palmada com a mão esquerda desviar a bola para canto.
O jogo conhecia um ritmo desenfreado.
Estava dado o mote para uma primeira parte de elevada intensidade.
O Sporting assumiu o controlo e o domínio da partida, muito força das assinaladas vantagens obtidas no meio-campo e no flanco esquerdo.
O Sporting revelava-se mais perigoso e organizado, enquanto que o Porto vivia quase em exclusivo de rasgos individuais, mormente de Quaresma.
As oportunidades de golo sucediam-se, mas alguma inépcia na concretização conservava o marcador inalterado.
Quaresma aos 10 e 21 minutos construiu as melhores ocasiões portistas, ao passo que Nani, Romagnoli e Tello se assumiram como os protagonistas das mais flagrantes chances leoninas.
Com o intervalo, o jogo decresceu de intensidade e o equilíbrio foi a nota dominante na segunda parte.
Jesualdo substituiu o inoperante Alan por Postiga e a mobilidade do dianteiro portista suscitou problemas até então não experimentados pelo Sporting.
Simultaneamente, o Porto subiu as suas linhas e o meio-campo portista surgiu imbuído de outra atitude, o que possibilitou a anulação ou, pelo menos, a atenuação da vantagem observada na primeira parte nesta zona do terreno.
Assunção subiu uns metros no terreno, Lucho demonstrou maior disponibilidade física (talvez, um último suspiro) e Meireles começou, por fim, a acertar com as marcações.
Por outro lado, o quarteto defensivo portista mostrava-se agora bem mais competente na marcação dos avançados leoninos.
Se a isto adicionarmos, um acréscimo sensível de agressividade, encontramos a razão pela qual o segundo tempo se pautou pela paridade.
A quietude e passividade da primeira parte eram passado.
O Sporting, também, contribuiu e muito para o equilíbrio que o jogo registou na segunda metade.
Diminuiu a intensidade, diminuiu a velocidade das transições e aumentou o jogo posicional dos seus elementos mais avançados.
As deambulações e penetrações de Djaló, Alecsandro, Romagnoli e Nani foram sendo cada vez menos frequentes e o processo ofensivo leonino foi decrescendo de intensidade e qualidade.
O Porto assumia o controlo e o domínio da partida, mas mostrava-se inconsequente na finalização das suas jogadas ofensivas.
Seguia o jogo assim dominado pelos portistas, quando, aos 71 minutos, Rodrigo Tello executou de forma irrepreensível um livre e fez o 0-1.
Paradoxalmente, o Sporting chegava ao golo no seu pior período na partida.
Paradoxalmente, o Sporting que deu sempre um sentido mais colectivo ao seu jogo do que o Porto, viu o seu golo nascer de um lance de inspiração individual.
O Porto não estava psicologicamente preparado para sofrer um golo e entrou em desespero.
Após o golo, as melhorias evidenciadas na segunda parte desapareceram num ápice e os portistas limitaram-se a atacar com o coração, a carregar em desespero, de forma dispersa e desconexa.
O Sporting demonstrou uma serenidade assinalável, manteve as suas linhas compactas e, embora se tenha deixado encostar à sua área, nunca perdeu ofensividade.
Aliás, beneficiou mesmo da melhor ocasião de golo, quando Nani rematou de longe, obrigando Helton a defender com as pernas e, na recarga, Djaló disparou permitindo ao guardião brasileiro desviar a bola para a trave.
Jesualdo ao mexer mal na equipa, desempenhou papel não despiciendo na incapacidade portista de se acercar com perigo da área do Sporting.
Fez entrar Jorginho para o lugar de Lucho (lesionado) e substituiu Adriano por Bruno Moraes, o que se revelou um erro crasso.
Se Jesualdo pretendia evitar que a equipa se desorganizasse e procurasse desesperadamente os cruzamentos para a área e o jogo directo, não o conseguiu.
Pelo contrário!
O Porto, na parte final da partida, usou e abusou dos lançamentos longos e dos cruzamentos para a área, na qual faltou sempre uma referência capaz de se impor no jogo aéreo – Adriano.
Paulo Bento mexeu e bem na equipa.
Fê-lo, claro está, em sentido inverso, ou seja, retirou elementos mais ofensivos e fez entrar unidades de pendor mais defensivo.
Primeiro, tirou Romagnoli e fez entrar Pereirinha procurando conquistar maior agressividade.
Depois, substituiu Alecsandro por Custódio e assumiu que pretendia segurar a vantagem.
Até final, Quaresma despejou inúmeras bolas para a área leonina, mas com excepção de um lance, aos 80 minutos, em que Jorginho desperdiçou oportunidade soberana de recolocar a igualdade no marcador, Ricardo e seus pares resolveram com aparente facilidade todos os problemas suscitados pelo ataque portista.
Sintetizando, dizer que Paulo Bento definiu, na perfeição, o que foi a partida:
“Foi um jogo complicado, como esperávamos.
O F.C. Porto criou-nos muitas dificuldades na segunda parte, mas no primeiro tempo fomos melhores. Tivemos qualidade no nosso jogo e fomos dominadores. Poderíamos ter chegado ao intervalo a ganhar.
Eles reentraram bem, obrigaram-nos a defender perto da nossa área, mas conseguimos fazer o golo de livre. Na parte final poderíamos ter acabado com o jogo, no remate à barra que o Yannick fez, mas o Porto também esteve perto do empate mesmo no fim. Pela qualidade da primeira parte e o espírito da segunda, o resultado é justo”.
Nos restantes jogos, destaque para a vitória do Belenenses em Paços de Ferreira, colocando fim à invencibilidade caseira dos pacenses, e para os empates registados nas demais partidas realizadas, os quais deixaram a luta pela manutenção inalterada.
22 comentários:
Vitória justa, num jogo bem disputado, especialmente na 1ª parte. Quando existem 3 boas equipas em campo, o espectáculo saí beneficiado. Um abraço especial ao Prof. Alexandrino Cavungi, porque praticamente falhou em todas as suas previsões, na sua antevisão ao jogo,mas acontece a todos.
Também reparei nessa chamada de atenção do amigo Mínimo. Uma gracinha de mau gosto, diga-se..
E o homem vai aceitar o desafio e as suas previsões não falharão, seguramente. Vamos Alexandrino Cavungi, brinde-nos com mais um momento de humor.
Amigos Minimo, Jus e Barbasnunca.
parabéns!bela vitória.Justa acima de tudo.
Mas,estou desolado!
Não tanto pela previsão falhada do empate, mas sobretudo pela vitória incontestada do SCP.
Na 1ª parte houve banho de bola!
Mas eu já aqui referi bastas vezes de que Jesualdo é capaz de "dar" o titulo aos de Lisboa.
O Benfica já esteve a 11 pontos.Está a quatro.O Sporting esteve a 9, está a seis!Jesualdo consegue ser pior que o Engº do Penta.
A tactica do 11 em quadrado deu resultado.
Está relançado o campeonato.
Todos o podem vencer.
Vamos ver se hoje o Benfica tem realmente "estofo de campeão".
Amigo Zex,
Apesar de tudo, eu não festejei o golo da lagartagem.Isso seria descer muito abaixo do nivel do mar.
Torci até que o FCP chegasse ao empate.
Eu sei bem o que custa ter Jesualdo como treinador...
Amigo Minimo,
O 4x5x1 em losanglo de Jesualdo é uma adaptação mal feita do 4x3x3 em losanglo do special one.
Como jamais Jesualdo poderia começar um jogo com mais que 1 avançado, recua e põe 5 jogadores no meio campo.
Caro Minimo,
Estiveste á altura ao desmascarar o Zombi Falcatruas.
Amigo Jus,
Ao contrário do que afirma o seu correlegionário Barbasnunca, não falhei as previsões em toda a linha.
Fui o único a acertar no resultado do Paços-Belenenses.
Força Jesus, Forca Mota.
Amigo Zex,
Não te vingues no pobre cavungi.
Já há quase dois dias que ninguem me chamava Barbaridades!
Tem calma.Ainda podem ser campeões!
O mundo não acabou no sábado!
Amigo Alexandrino Cavungi, eu não me referi ao espaço Karamba, quando falei das suas previsões. Nesse espaço você é rei, não me esqueço que prognosticou que Portugal ficava pelo caminho no Campeonato do Mundo.
Condómino Zex, para os lagartos emergirem do pântano, é necessário que o Leão Daúto, hoje à noite cumpra o seu papel, esmagando os lampiões, exterminando essa raça.
Força Daúto, força Estrela!
PERDEMOS SÓ POR CAUSA DESSE BOI DE MERDA QUE È O JESUALDO LAMPIÃO FERREIRA!
ESTE ANORMAL NÃO SABE DO QUE È FEITA A HISTÓRIA DO FUTEBOL CLUBE DO PORTO.
È FEITA DE VITÓRIAS!
TEMOS QUE CORRER COM ELE JÁ!
Está provado que Judasaldo Ferreira é um submarino do Orelhas.
Como é possivel perder em casa com o Sporting?
Nem o Paços de Ferreira perdeu.
O Sporting não jogou nada.O FC do Porto é que jogou pior.
Alan?
Só se foi para enterrar a equipa.
Vai para a Boavista ó Judasaldo.
Traidor!
È o que dá ter amiguinhos do orelhas a treinar a nosssa equipa!
Fod*-se pró velho!
A minha previsão Alexandrina aponta para derrota lampiã e para cartolina vermelha a Simão e Petit. Beto levará amarelo e Moretto tb.
Li essa notícia amigo JC. O descaramento lampião da Bola é já o habitual, mas como sabe os lampiões mamam tudo.
Força Daúto.
Amigo JC, esqueceu-se de colocar o título da notícia:
Estádio da Reboleira com lotação quase esgotada
O Alexandrino Cavungi virá seguramente dizer que dá em canal aberto, que é 2ª feira, enfim, aquelas tretas do costume.
Não só é às portas de Lisboa, como é na Reboleira, localidade onde a implantação de lampionagem é por demais evidente. Não há dúvida que eles confiam na equipa.
Força Daúto.
Daúto Faquirá é um grande sportinguista. Não vai desperdiçar a oportunidade de encavar os lampiões.
Condómino ZEx, a minha confiança está depositada em Beto, que , eventualmente será titular.
O regresso do mago.
Força Beto
Vejo que a turba está em delirio!
Calma.
É preciso ter muita calma!
Essa táctica é uma das possibilidades. No entanto, penso que estão todos a caminho da Reboleira antes que esgotem os bilhetes.
Não amigo Jus,
Estava realmente ocupado.
Amanhã falaremos um pouco mais...
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