O Benfica desloca-se à Vila das Aves para defrontar pela 3ª vez o Desportivo
local.
Nos anteriores 2 confrontos, os encarnados averbaram um empate e uma
vitória.
Na 1ª volta, o Benfica venceu o Aves por 4-1.
Face ao castigo de Luisão, Fernando Santos terá que mexer na equipa, sendo
certo que a alteração poderá até implicar reflexos sistémicos.
A opção mais óbvia e directa passa pela titularidade de David Luiz.
Contratado no mercado de Inverno, o jovem brasileiro poderá ter a sua
primeira oportunidade no onze encarnado.
Todavia, Fernando Santos é um pouco avesso a apostas de risco, pelo que o
recuo de Katsouranis para central é solução a equacionar.
David Luiz ainda não realizou qualquer partida oficial pelos encarnados e
ser chamado para um jogo fora de casa, nesta altura do campeonato, seria
sempre uma escolha algo arriscada.
Após o jogo com o Paços, Fernando Santos foi claro ao dar a entender que
Katsouranis deveria ser a sua escolha.
Fernando Santos conhece bem Katsouranis e já o utilizou no AEK de Atenas na
posição de defesa central.
Do eventual recuo de Katsouranis para central resulta, ipso facto, a criação
de uma vaga no losango do meio-campo.
Se mantiver o sistema, a opção mais natural passa pela chamada de João
Coimbra à titularidade.
É, neste momento e face à indisponibilidade física de Rui Costa, o jogador
do plantel cujas características mais se adaptam à função de interior
direito, para a qual se mostra necessário capacidade para evoluir de
área-a-área.
O outro disponível, Beto, tem vocação essencialmente defensiva.
Todavia, uma outra solução se abre a Fernando Santos, qual seja a chamada de
Derlei ao onze.
Esta solução táctica implica uma alteração sistémica, passando a equipa a
estruturar-se em 4x3x3 em detrimento do 4x4x2 em losango, o que, necessária
e inevitavelmente, aporta maior risco.
Veremos qual a opção de Fernando Santos, mas aquela que passa pelo recuo de
Katsouranis e pela titularidade de João Coimbra no lugar de interior direito
é a mais plausível, até por ser a mais conservadora.
Fortemente moralizado e encarando cada desafio como se de uma final se
tratasse, o Aves tudo fará para dar continuidade ao bom resultado alcançado
em Alvalade.
O plantel conheceu um upgrade na reabertura do mercado, mas, ainda assim,
conhece lacunas várias e importantes.
Neca será fiel aos seus princípios, ou seja, a sua equipa apresentar-se-á
sob uma matriz de fortíssima contenção, procurando um jogo de duplas e
encaixes por todo o campo, espreitando as transições rápidas e o
contra-ataque.
O onze deverá ser o mesmo de Alvalade, isto é, Nuno, Anilton, Sérgio Nunes,
William e Pedro Geraldo, Mércio, Anunciação e Jorge Ribeiro, Leandro,
Hernâni e Artur Futre.
Com o regresso de Octávio, o único lesionado do plantel é Moreira.
Jogo de prognóstico favorável ao Benfica, no qual outro resultado que não a
vitória encarnada constituirá uma surpresa.
O Sporting desloca-se a Leiria pela 14ª vez, tendo obtido 6 vitórias, 3
empates e 4 derrotas.
Na 1ª volta, o Sporting derrotou o Leiria por 2-0.
Jogo de grau de dificuldade elevado, até porque o Sporting está “proibido”
de desperdiçar mais pontos, sob pena de se despedir, em definitivo, da luta
pela conquista do campeonato.
Quando entrar em campo, o Sporting já conhecerá os resultados averbados
pelos seus concorrentes directos na disputa pelo ceptro.
Quaisquer que sejam, não deixará de constituir uma fonte acrescida de
pressão sobre os jogadores leoninos.
Depois da vitória e apuramento para as meias-finais da Taça, os níveis de
ansiedade dos jogadores leoninos diminuíram.
O resultado foi o que de melhor teve o jogo da última quarta-feira para o
Sporting, já que a exibição, mormente na 2ª parte deixou muito a desejar.
Nesse jogo, o seu processo ofensivo viveu muito da inspiração de Moutinho e
da capacidade de circulação de bola de Veloso.
Em Leiria, não haverá Veloso, castigado, sendo Custódio ou Paredes os
candidatos à sua substituição.
São jogadores de pendor mais defensivo, mais posicionais, que não aportam à
equipa a mesma dinâmica que Veloso, nem a mesma dimensão ofensiva.
Perde a equipa na transição e na circulação de bola, mas ganha em
consistência defensiva.
Em relação ao jogo de quarta-feira, as alterações não devem ficar por aqui,
sendo previsível a chamada de Tello ao onze por troca com Abel.
A saída de Djaló e a entrada de Romagnoli é outra das possibilidades de
mudança, embora mais remota.
Muito embora, a equipa orientada por Domingos Paciência apresente um registo
de vitórias superior fora de portas do que em casa, o certo é que a matriz
do seu futebol se adapta na perfeição a adversários que assumam a iniciativa
do jogo.
Aliás, a maior competência externa dos leirienses encontra razão de ser,
precisamente, nessa circunstância.
Domingos defrontando adversário de calibre superior, não deixará de apostar
numa forte consistência defensiva e na procura da execução de rápidas
transições ofensivas, na tentativa de explorar a velocidade de Paulo César e
Touré.
Com a chegada de Rossato em Janeiro, Domingos acrescentou um outro trunfo à
sua equipa, qual seja capacidade na execução de livres directos na zona
central.
A qualidade das bolas paradas leiriense resumia-se aos livres laterais e
cantos, sendo que Rossato veio colmatar essa lacuna.
Com Ivanildo ausente, por lesão, Domingos deverá apresentar Fernando,
Laranjeiro, Marcos António, Renato e Rossato, Paulo Gomes, Faria e Harison,
Paulo César, Slusarski e Touré.
Na primeira volta, o Leiria não amealhou qualquer ponto contra os grandes,
mas na 2ª volta já recebeu e bateu o Porto.
Partida de favoritismo repartido em igual proporção por ambas as equipas.
O Porto recebe o Braga pela 51ª vez, sendo a sua superioridade esmagadora –
41 vitórias, 6 empates e 3 derrotas.
Contudo, a história recente caminha em sentido inverso, datando o último
triunfo azul e branco da época de 2003/04 – 2-0.
Na primeira volta, o Braga venceu por 2-1.
Será um jogo envolto numa carga emocional fortíssima por via dos “regressos”
de Jorge Costa e Aloísio ao Estádio do Dragão e pelo “reencontro” de
Jesualdo Ferreira com a sua antiga equipa.
O Porto inicia, neste Sábado, o ciclo de jogos de grau de dificuldade mais
elevado da temporada - Sp. Braga em casa, Chelsea em Londres, Marítimo no
Funchal, Sporting no Dragão e Benfica na Luz.
No Porto, as principais dúvidas residem na identidade do lateral esquerdo,
Fucile ou Cech, pendendo a balança para o uruguaio, e na identidade do ponta
de lança.
Postiga marcou pela última vez no dia 17 de Dezembro de 2006, na recepção ao
Paços de Ferreira.
Seguiram-se 478 minutos de jejum (se incluído o encontro europeu com o
Chelsea).
Por seu turno, Adriano tem subido de produção.
Curiosamente, Adriano perdeu a titularidade para Postiga no jogo da 1ª volta
em Braga.
Um rendimento abaixo do esperado e uma lesão relativamente prolongada
justificaram a saída da equipa, permitindo a Hélder Postiga embalar para a
liderança da tabela dos melhores marcadores do campeonato.
Jesualdo, indiferente ao coro de críticas que se têm levantado, manteve
Postiga como titular em Aveiro, reforçando-lhe a confiança.
Todavia, o futebol da equipa melhorou substancialmente depois da entrada de
Adriano.
O brasileiro foi determinante nos golos de Lucho e Alan, tendo ainda
convertido a grande penalidade que fechou o resultado.
Veremos qual a opção de Jesualdo, sendo certo que aquela que eleger para o
jogo com o Braga será muito condicionada pelo confronto europeu com o
Chelsea.
Depois de um início de ano catastrófico, nos dois últimos jogos, o Porto
averbou outras tantas vitórias, marcando nove golos e não sofrendo nenhum.
Não obstante, Naval e Beira Mar foram equipas demasiado macias para
aquilatar da saúde do Dragão.
O Braga constitui o primeiro verdadeiro grande teste à solidez do Porto
após a débacle caseira com o Estrela.
O Braga apresentar-se-á no Dragão com a firme disposição de se manter na
luta por um lugar europeu.
Desde que Jorge Costa assumiu o comando técnico da equipa, o Braga conta por
vitórias os jogos disputados (2).
Em Parma, Jorge Costa apresentou um 4x4x2 em losango.
Em Braga frente ao Estrela, estruturou a sua equipa num 4x3x3.
No Dragão, é uma incógnita o sistema a utilizar, sendo certo que o castigo
de Wender poderá tentá-lo a optar pelo losango.
Seja como for, mais do que o sistema, será o modelo que fará toda a
diferença.
Expectativa e contenção ou atrevimento ou audácia.
Com apenas 2 jogos, mostra-se impossível prever qual a opção de Jorge Costa.
Em Parma, imperou a expectativa e a contenção, mas estava em vantagem na
eliminatória e era o primeiro jogo como técnico principal.
Em Braga, reinou a audácia e o atrevimento, mas o jogo era em casa e frente
a um adversário de menor nível.
Paulo Santos, Luís Filipe, Paulo Jorge, Alberto Rodriguez e Jorge Luiz,
devem constituir o quarteto defensivo, mas daí para a frente as dúvidas são
mais do que muitas.
Partindo do princípio que Jorge Costa escolherá o 4x3x3, até por ser este o
sistema do Porto, Ricardo Chaves, Andrade e Castanheira deverão ser os
eleitos, até porque com as ausências, por lesão, de Madrid e Vandinho não
abundam as soluções.
No ataque, com João Pinto recuperado, Cesinha e João Pinto deverão ter lugar
garantido, restando por saber quem será o homem mais central – Zé Carlos ou
Chmiest.
Mais móvel, o brasileiro deve ser titular, pese embora os problemas
disciplinares que conheceu antes do jogo com o Estrela.
Será um jogo previsivelmente equilibrado, de prognóstico reservado, mas em
que o Porto assume maior dose de favoritismo até por actuar na condição de
visitado.
22 comentários:
Ontem foi dia de "Santo Cavungi".Bater no Cavungi foi a diversão do dia.Começando pelo Sr Minimo e acabando no pacato JC, todos quiseram "molhar a sopa".
Uns, quando não de acordo, é o "Barbaridades Cavungi" ou "Botelho Vasconcelos Cavungi" outros por "Cavungio", outros ainda por "Vunge".
Dado que o meu contraditório leva ao insulto pessoal, imbuido de desejos sodomizantes,e insinuações de cariz racista e para que a paz podre continue reinar no Blog, inicio a partir de hoje, um periodo sabático de "auto-exclusão comentarista", dando assim descanso ao exaustivamente mencionado, corrector ortográfico.
Parafraseando Valentim Loureiro diria:
"A todos desejo portanto, que sejam felizes."
Até sempre!
amigo cavungi:
compreendo a indignação que sentes.
no entanto, espero que reconsideres a tua posição.
este blog precisa de ti!
aceita um abraço de profunda amizade e solidariedade.
Barbaridades Cavungi. Foi o amigo que escreveu o post? Quanto tempo demorou a escrever tão qualificada prosa?
O seu guru compreende a sua indignação, ao menos isso.
Boa notícia, o capitão do Sporting está lesionado. Moutinho ou Paredes a trinco. Moutinho é a minha aposta.
amigo nunca:
penso que a ausência de Custódio não é tão proveitosa quanto parece.
primeiro, porque o Sporting joga fora, sendo previsível que tenha de adoptar uma postura mais defensiva e, nesse particular, Custódio é o melhor médio posicional do Sporting.
segundo, porque sabendo-se do perigo que o Leiria representa nos livres laterais, o bom jogo de cabeça de Custódio fará falta.
terceiro, porque com o impedimento de Veloso, a alternativa passa por Paredes, sem ritmo, ou pela deslocação de Moutinho para o vértice mais recuado do losango, importando esta uma clara perca de influência de Moutinho no processo ofensivo.
abraço.
Moutinho é inúmeras vezes adaptado a trinco, aquando da saida de Custódio. Na minha opinião, na falta de Veloso, deve actuar de inicio Moutinho nessa posição, criando um meio campo com Nani, Martins ou Farnerud , Romagnoli ou Djaló. O bom jogo de cabeça de Custódio não é justificativo para a sua entrada na equipa titular.
amigo nunca:
não reduzi a utilidade de Custódio ao seu jogo de cabeça.
Moutinho no vértice mais recuado é prejudicial para a equipa.
afasta-o das zonas em que pode fazer a diferença e oferece escassa protecção defensiva pela sua falta de robustez e estatura.
abraço.
É a sua opinião amigo Vermelho. Moutinho numa das alas é prejudicado, quanto a mim, rendendo muito mais, quer seja no vertice recuado ou ofensivo, da zona central.
amigo nunca:
o sistema do sporting não contempla alas.
moutinho joga no vértice esquerdo ou direito do losango, como interior.
bascula para as alas, não joga aí em permanência.
no vértice mais adiantado, o problema da sua utilização é o mesmo do romagnoli - baixa estatura e capacidade de remate mediana, o que limita a sua acção ás assistências.
quando em penetração vertical na área, nada acrescenta à equipa.
pelo contrário, quando joga como interior é o principal dinamizador do 2ª momento de construção, organizando o processo ofensivo no último terço, para além de ter a possibilidade de explorar o espaço livre na ala.
como interior, explora o melhor das suas características - capacidade de posse e circulação de bola, capacidade de organização, leitura de jogo acima da média, que lhe permite ser fortíssimo nas transições, quer defensiva, quer ofensiva, e capacidade de surgimento nos espaços.
as suas limitações físicas impedem-no de ser tão efectivo nas outras posições do losango.
abraço.
Expressei-me mal quando referi alas. No entanto dicordo da sua opinião. Para mim é na zona central que Moutinho deve jogar ( como aliás contece inúmeras vezes).
Atenção amigo JC, distintas são as opiniões do nosso administrador. Autênticas lições de táctica.
Amigo Vermelho,
Depois de mais uma vaga de fundo resolvi dar por terminado a minha retirada sabática, muito por força das tuas simpáticas palavras.
Para te dizer apenas que perdes o teu preciosos tempo a estudar as tácticas de Paulo Bento.Porque como todos sabemos, o SCP não tem tactica alguma.
São 10 jogadores mais Liedson.Marca-se um golo e depois RETRANCA!
Barbaridades, você não resiste. De regresso, a disparatar, claro está.
Palavras sábias:
"Ele [José Mourinho] deveria ser o último a falar de arbitragens, pois os clubes por onde passou estiveram envolvidos em muitas coisas com os árbitros neste últimos anos», começou por considerar Ferguson.
«Parece que quando alguma coisa não está bem para o Chelsea, alguém tem de falar dos árbitros. É incrível. Talvez seja altura de abotoar os lábios, pelo menos até final da época», atirou ainda o técnico do Manchester United."
Amigo Jc, e o nosso administrador não referiu a hipótese Nelson Évora, saltador que poderá fazer uma perninha no campo da bola. Lirismo, puro lirismo, essas considerações do guru do Barbaridades sobre o equilibrio do plantel emcarnado. O fanatismo encarnado desiquilibra-lhe as ideias, mas é o seu modo de viver o Benfica, o que é de respeitar.
Neca e as lesões de última hora..
"Desp. Aves privado de Artur Futre e Leandro
Os avançados Artur Futre e Leandro, habituais titulares do Desportivo das Aves, estão fora da lista de convocados para a recepção deste sábado ao Benfica."
E aí ,amigo JC, com as lesões dos avançados do Aves, tem a resposta à sua dúvida. Verifica-se assim a riqueza do plantel encarnado.
E verificará o que vai suceder em Leiria, com jogadores do União que estejam em riscos de exclusão, por verem mais um amarelo.
Penso que a lesão foi no Media Markt do estádio da Luz, aquando da visita ao futuro museu - actual masmorra do Estádio da Luz.
Amigo Jus,
Quando o nosso amigo Vermelho, proferiu essas sábias afirmações, sobre o plantel do nosso muy amado clube, o plantel era diferente.Sairam alguns jogadores, entretanto.Rocha, Alcides e Karyaka foram vendidos, Nuno Assis e Rui Costa estão impedidos por razões várias de dar o seu contributo á equipa.
Neste caso teremos que nos socorrer de Beto?
Infelizmente assim parece.A não ser que jogue David Luiz o mais promissor defesa central do futebol brasileiro.
Sábias afirmações??? Hoje já não é equilibrado? Você aqui mesmo desejou que esses jogadores fossem despachados. Hoje acha que isso desiqulibrou o plantel? O mais promissor defesa do futebol brasileiro? Mas o homem estava na 3ª divisão e não era titular!! Promissor por ser jovem, talvez seja isso. Para isso contrate o meu filho de 9 anos, que se tornará na mais jovem promessa encarnada de sempre( claro está que ele recusaria o contrato).
Amigo Nunca,
Foi dito hoje por um alto dirigente do SLB que "O Benfica já não precisa de vender jogadores para gerar receitas".
Nani será vendido este ano?
O amigo Barbaridades acredita em tudo o que lhe dizem? Têm um passivo de 260 milhões de euros, mas não precisam de vender ninguém. Não acha que isso significa que não têm ninguém interessado nos vossos jogadores?
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