sábado, outubro 31, 2009
FIM!
O fim deste blog acontece hoje!
Com muita pena minha, mas imponderáveis do destino impedem-me de continuar!
Gostaria de agradecer a todos quantos fizeram o favor de o visitar e de nele participar!
Obrigado e até sempre!
quinta-feira, outubro 29, 2009
Espaço Prof. Karamba
Sporting - Marítimo
Nacional - V. Setúbal
Sp. Braga - Benfica
Académica - V. Guimarães
P. Ferreira - U. Leiria
Naval - Leixões
Olhanense - Rio Ave
FIFA Dixit
quarta-feira, outubro 28, 2009
Artigo de Opinião de Nuno Madureira
Mesmo não marcando, o argentino assinou o jogo mais objectivo e consistente desde que chegou à Luz. Foi como se condensasse em 90 minutos todos os pormenores que, ao longo destes meses, de forma irregular, foram reforçando expectativas em relação ao seu futuro.
Que o tenha feito numa montra privilegiada, e perante um adversário que, apesar de todas as inesperadas limitações, tem nome e audiência global, eis o que revela um «timing» pelo menos oportuno. Uma semana depois de ter garantido o apuramento para o Mundial, o número 20 da Luz continua a bater à porta dos grandes palcos. O mercado não deixará de tomar nota.
P.S.: Nota para o realismo de Jorge Jesus, ao sublinhar que, mesmo sendo o resultado mais retumbante, este não foi o melhor Benfica da temporada. Manter a exigência nos momentos altos é uma boa forma de evitar as vertigens. Resistir aos exageros também.
terça-feira, outubro 27, 2009
Bronca no Dia Seguinte by "Força nas Canetas"
Durante uma ligação à sala de Imprensa do Estádio da Luz, o repórter Nuno Luz abriu as hostilidades criticando a postura do técnico Manuel Machado por não ter comparecido na sala de Imprensa, algo que desagradou a Dias Ferreira que, no estúdio, discordou daquilo que dizia o jornalista, argumentando que o técnico do Nacional da Madeira tinha toda a legitimidade para o fazer, tendo em conta o ambiente criado em torno do jogo.
Nuno Luz sentiu-se desautorizado pelo comentador e, depois de se deslocar a Carnaxide para montar a peça, pediu pessoalmente explicações ao presidente da Assembleia Geral do Sporting pelo sucedido em directo.
O clima aqueceu bastante, o tom de voz de ambos subiu em flecha, numa bronca que se alastrou também a Guilherme Aguiar e Sílvio Cervan, alegadamente depois de o jornalista ter dito, segundo uma fonte contactada por FORÇA NAS CANETAS, que eles estavam ali pelo «tacho».
O vulcão entrou em erupção e houve ameaças de cadeiras pelo ar.
A coisa esteve feia, muito feia.
Um Olhar sobre a Jornada
Belenenses 0 0 Olhanense
Leiria 2 0 Naval
Rio Ave 1 1 Braga
Marítimo 3 1 P. Ferreira
V.Setúbal 1 0 Leixões
Porto 3 2 Académica
Benfica 6 1 Nacional
V.Guimarães 1 1 Sporting
Golos 23
Cartões Amarelos 41
Cartões Vermelhos 3
Classificação
1 Benfica 22
2 Braga 22
3 Porto 19
4 Sporting 12
5 Rio Ave 11
6 Nacional 11
7 Marítimo 11
8 Leiria 10
9 Leixões 8
10 V.Guimarães 7
11 Belenenses 7
12 P. Ferreira 7
13 V.Setúbal 7
14 Olhanense 7
15 Naval 7
16 Académica 3
On-Fire
SLBenfica
A qualidade de mais um desempenho encarnado justifica a distinção.
À oitava jornada alcançou a liderança, a sétima vitória consecutiva, trinta golos marcados e apenas cinco sofridos.
Rio Ave
E a grande surpresa do campeonato consolida-se.
Desta feita, pôs termo à saga vitoriosa bracarense, solidificando a sensação que alcançará cedo a tão desejada manutenção na Liga Sagres.
Marítimo
Van der Gaag pegou na equipa e somou dois triunfos consecutivos!
Sem declarações bombásticas ou parangonas, cultivando um low-profile que cada vez mais escasseia, Van der Gaag restituiu os jogadores às suas posições originais e elegeu o modelo de jogo e o sistema táctico que melhor se adequam às características dos seus jogadores.
E remeteu Briguel à condição de suplente, num assomo de independência muito raro no consulado de Carlos Pereira.
Sob Pressão
Sporting
10 pontos de distância para Benfica e Braga e 7 para o Porto é a realidade leonina ao fim de 8 jornadas.
Depois de um início conturbado, com a eliminação da Champions e a derrota caseira frente ao Braga a agitarem os dias leoninos, um calendário favorável permitiu a Paulo Bento somar 4 vitórias consecutivas e, deste modo, serenar os ânimos.
Contudo, assim que o grau de exigência subiu, regressaram as debilidades anteriormente detectadas.
Três jogos consecutivos sem vencer, a exaustão do modelo de jogo e do sistema táctico, a teimosia de algumas escolhas, a falta de jogadores de qualidade para algumas posições, mormente nas laterais, a ausência de profundidade qualitativa do plantel, o divórcio entre alguns jogadores e Paulo Bento e, muito especialmente, entre a massa associativa e o treinador são factores que prenunciam um futuro sombrio.
Dream Team
Carlos
Paulo Jorge, Luisão, David Luiz e Evaldo
Djalma, Aimar e Coentrão
Cardozo, Saviola e Farías
Arbitragem
Na Luz, no Dragão e em Guimarães abundaram os equívocos.
No Dragão, Hugo Miguel não assinalou penalty sobre Orlando, perdoou expulsão a Bruno Alves, não assinalou fora de jogo no segundo e terceiro golos do Porto e não assinalou mão nos dois golos da Briosa.
Na Luz, Vasco Santos fez jus à fama que o precede!
Mau de mais para ser verdade!
Não assinalou, mal, fora de jogo no lance do golo do Nacional, assinalou, mal, fora de jogo a Saviola e Aimar em dois lances dos quais resultaram golos do Benfica, assinalou, mal, penalty sobre Aimar, perdoou a expulsão a Patacas no final da primeira metade e acumulou uma série de equívocos técnicos e disciplinares, que qualificam o seu desempenho de paupérrimo!
Em Guimarães, Olegário Benquerença assinalou, mal, fora de jogo a Caicedo num lance que resultaria em golo e não assinalou, mal, uma grande penalidade sobre João Alves.
Espaço Prof. Karamba - Classificação Geral
2º Lugar: Vermelho Sempre - 160 pontos
3º Lugar: J. Lobo - 155
4º Lugar: Jimmy Jump - 150 pontos
5º Lugar: Kaiserlicheagle - 145 pontos
6º Lugar: Chico - 140 pontos
7º Lugar: Fura-Redes - 135 pontos
8º Lugar: Gui - 130 pontos
9º Lugar: JC e Vermelho - 120 pontos
10º Lugar: Cuto e Vermelho Nunca - 100 pontos
11º Lugar: Sócio - 85 pontos
12º Lugar: Agarredinhos e Filipe - 70 pontos
13º Lugar: Lion Heart - 50 pontos
14º Lugar: Pachulico - 35 pontos
Uma Opinião Insuspeita...
É também uma coisa que há muito, muito tempo, não se via ao Benfica: o prazer de jogar, o respeito pelo público, a vontade de fazer cada vez mais e melhor e a sensação de que ali está a nascer uma verdadeira equipa e não apenas um lote de jogadores momentâneamente inspirados. Confesso que estava longe de esperar tanto do Benfica de Jorge Jesus. Não sei se isto é para durar e se continuará assim quando chegarem os jogos a doer – já no próximo fim-de-semana, em Braga. Mas, para já e por enquanto, caramba, que diferença para o Benfica dos últimos anos, que tanto reclamava e apregoava e tão pouco jogava!" - MST, in A Bola
Sorteio da 4ª eliminatória da Taça de Portugal
Pescadores Caparica-Sporting
Rio Ave-Santa Clara
Nacional-Fátima
Oliveirense-F.C. Porto
D. Chaves-U. Serra
Naval-Gil Vicente
Freamunde-U. Leiria
Aliados Lordelo-Leixões
Sp. Braga-V. Setúbal
Benfica-V. Guimarães
Académica-Beira Mar
Camacha-Vigor Mocidade
Oeiras-Pinhalnovense
Valenciano-Belenenses
Vieira/Mafra*-U. Madeira
Lá por fora...
"¿Qué te sorprende?: Cardozo hizo tres ¿Qué me contás Óscar? La pregunta cada vez que juega Cardozo ya no va por: ¿metió o no?; la consulta obligada ahora es: ¿cuántos goles hizo? Esa es la historia, esa es la realidad de un goleador de raza, temible, incontenible, contundente... letal. Tacuara Cardozo marcó tres de los seis goles de su equipo, el Benfica, ante el Nacional por 6 a 1, en la liga portuguesa." - in UltimaHora
"Goleó al Nacional de Madeira. El Benfica, nuevo líder de la Liga lusa. Se aprovechó del pinchazo del Sporting de Braga · Cardozo marcó tres tantos, Saviola dos y Nuno Gomes uno · Aimar y Di María también fueron protagonistas. El Benfica es el nuevo líder de la Liga portuguesa tras ocho jornadas disputadas al arrollar este lunes al Nacional de Madeira (6-1) y al aprovecharse del pinchazo del Sporting de Braga el pasado sábado, cuando empató con el Río Ave (1-1)." - in Marca
segunda-feira, outubro 26, 2009
SLBenfica - Nacional 6-1 De goleada em goleada rumo à Liderança!
Estádio da Luz
Árbitro: Vasco Santos
BENFICA - Quim (3); Maxi Pereira (3), Luisão (4), D. Luiz (4) e Fábio Coentrão (4); Ramires (3), Javi Garcia (3), Pablo Aimar (4) e Dí Maria (3); Saviola (4) e Cardozo (4).
NACIONAL - Bracali (3); Patacas (2), Halliche (2), Fellipe Lopes (2), Tomasevic (2); Cléber (2), Leandro (2), Edgar Costa (3), Ruben Micael (3) e Luís Alberto (2); João Aurélio (2) e Edgar Silva (2).
Golos: Cardozo (16, 48, g.p., 90+1, g.p.), Saviola (39, 63), Nuno Gomes (86); Edgar Costa (28)
Sistemas Tácticos
Benfica
Nacional
Principais Incidências da Partida (www.youtube.com)
Arbitragem
Fez jus à fama que o precede!
Mau de mais para ser verdade!
Não assinalou, mal, fora de jogo no lance do golo do Nacional, assinalou, mal, fora de jogo a Saviola e Aimar em dois lances dos quais resultaram golos do Benfica, assinalou, mal, penalty sobre Aimar, perdoou a expulsão a Patacas no final da primeira metade e acumulou uma série de equívocos técnicos e disciplinares, que qualificam o seu desempenho de paupérrimo!
Vedetas
Saviola
Dinâmico, móvel e com a sua já consabida excelente movimentação entre-linhas, assumiu-se como um verdadeiro "quebra-cabeças" para os defesas insulares.
Polvilhou o seu desempenho com pormenores de magnífica execução técnica e acrescentou mais dois golos à sua conta pessoal.
Pablo Aimar
Mais uma grande exibição, a pautar todo o futebol do Benfica.
Em pezinhos de lã, destilou classe sempre que tocou na bola.
Assistiu primorosamente Coentrão no primeiro golo e assinou mais uns quantos momentos de brilhantismo.
David Luiz e Luisão
Irrepreensíveis!
Cardozo
E aí vão onze!
Fábio Coentrão
A consistência táctica da equipa do Benfica permitiu-lhe actuar a lateral esquerdo com plena eficácia.
Deu profundidade ofensiva ao seu flanco e, com a sua consabida garra e espírito de luta, consistência defensiva.
Coroou o seu desempenho com três assistências!
Bracali
Foram seis e não fosse este excelente guarda-redes brasileiro e teriam sido mais uns quantos!
Marretas
Patacas
O desempenho deste experiente defesa ilustrou o da sua equipa: nunca encontrou solução para travar a intensidade e a dinâmica dos adversários que surgiram na sua zona de acção.
Podia e devia ter sido expulso no ocaso da primeira metade.
O Jogo
Positivo
Superioridade avassaladora - na intensidade, no ritmo, na dinâmica, na mobilidade, na organização, na capacidade técnica individual, na capacidade táctica colectiva e na finalização!
A qualidade dos movimentos ofensivos encarnados, pautados pela dinâmica, pela intensidade, pela velocidade e pelo acerto na concretização.
Equilíbrio defensivo, sem perder acutilância ofensiva.
A intensidade e a velocidade com que o Benfica iniciou a segunda parte, pressionando alto, asfixiando e subjugando, por completo, o adversário (um pouco à imagem dos célebres 15 minutos à Benfica).
Negativo
Ausência de dinâmica do Benfica nos primeiros quinze minutos da primeira parte.
O comportamento dos treinadores.
domingo, outubro 25, 2009
A Catedral faz hoje 6 anos...
Artigo de Opinião de Sérgio Alexandre
É essa a principal característica da equipa treinada por Jorge Jesus, que apresenta um futebol de grande profundidade ofensiva, de grande capacidade de fazer pressão alta e, reconheça-se, de grande beleza plástica. Alia o resultado e a exibição e, sobretudo, as exibições têm sido muitas vezes até melhores do que os resultados.
O renascimento de Aimar e de Saviola, mas também de Cardozo, votado a um limbo sem nexo com Quique Flores, a grande época que está a fazer Luisão, o desabrochar de Di Maria, colocam a equipa num patamar superior. Não se ganha 5-0 a uma equipa inglesa na Liga Europa por acaso, apesar de o Everton esta época revelar, de vez em quando, propensão para sofrer muitos golos.
Este Benfica faz-me lembrar o primeiro Milan de Sacchi, dos holandeses Rijkaard, Van Basten e Gullit, que assentava numa defesa colocada muito alta no terreno e que era capaz de jogar um futebol de altíssimo ritmo.
Este Benfica é igualmente coerente e também muito poderoso com as suas várias soluções.
A diferença é que Sacchi teve que, como quase todos os treinadores, ir equilibrando a equipa atrás para ter hipóteses nas grandes competições, sobretudo a então Taça dos Campeões e mesmo para o campeonato italiano, onde muitas equipas corriam tanto como o Milan e defendiam com tanta gente que era muito difícil lá entrar. E por isso a pressão alta às vezes tinha efeitos contrários, porque não deixava as equipas adversárias sair da zona defensiva, mas estavam tão bem treinadas para isso que tinha o efeito de manter sempre os jogadores muito juntos e dificilmente ultrapassáveis.
Estou curioso para ver como evolui esta equipa de Jorge Jesus. E como evoluem estes resultados.
Hoje por hoje, o Benfica joga indiscutivelmente do melhor futebol da Europa.
Convocados para o SLBenfica vrs. Nacional
Defesas: Maxi Pereira, Luisão, Sidnei, David Luiz e César Peixoto;
Médios: Javi Garcia, Ramires, Rúben Amorim, Carlos Martins, Fábio Coentrão, Felipe Menezes, Pablo Aimar e Di María;
Avançados: Nuno Gomes, Weldon, Saviola, Cardozo e Keirrison.
Artigo de Opinião de Luís Avelãs
Jesus, no final do embate de quinta-feira, disse que esta não tinha sido a melhor exibição da temporada. Discordo. O que o Benfica fez na segunda parte do duelo com o Everton merece todos os elogios. Esta equipa inglesa - não sendo um Mancheser United, Chelsea, Liverpool ou Arsenal e reconhecendo que jogou desfalcada de alguns habituais titulares - não é uma formação qualquer. Com todo o respeito, é bem diferente do Monsanto ou do Vitória de Setúbal, outros emblemas que sofreram as consequências normais da actual vocação ofensiva das águias.
Considerar que uma formação que apresentou jogadores como Tim Howard, Distin, Fellaini, Saha, Yakubu, Bilyaletdinov, Cahill ou Jô é um conjunto menor é, basicamente, faltar à verdade. O que aconteceu é que os ingleses - que sofreram a maior derrota do seu historial nas competições europeias - tiveram muito azar: sofreram um golo logo na segunda oportunidade do opositor, encaixaram mais dois seguidos quando ainda pensavam estar no intervalo, apanharam com um trio argentino em jornada de franca inspiração (Di María continua a exibir-se a um nível que, confesso, jamais considerei possível tendo em conta as prestações confusas, egoístas e ineficientes da época passada) e ainda viram Cardozo dar a ideia de estar distante do jogo para, de repente, bisar.
Mas, sejamos justos: o Benfica não tem culpa nenhuma do azar alheio. Ou até tem! Foi o futebol agressivo, dinâmico, organizado e colectivo das águias que contribuiu, de forma decisiva, para o verdadeiro naufrágio britânico. Como se costuma dizer: uma equipa joga o que a outra deixa. Em traços gerais, os comandados de Jesus não deixaram os forasteiros fazer o que quer que fosse e estes acabaram por ser meros convidados para participar na festa encarnada.
Até onde voará esta águia é a questão que, por agora, todos colocam. Sinceramente, não sei a resposta, pois é preciso ter em conta que a época ainda é criança. Mas que existem razões suficientes para os encarnados sonharem alto... disso não restam dúvidas.
sábado, outubro 24, 2009
Artigo de Opinião de Ricardo Araújo Pereira
As falsas expectativas que o treinador do Benfica lançou no início da época tiveram efeitos muito negativos até na minha vida pessoal. Quando soube que o Benfica jogaria o dobro do que havia jogado no ano passado fiquei contente, mas não demasiado. O Benfica não jogava assim tanto para que a perspectiva de passar a jogar apenas o dobro fosse especialmente apelativa. Por isso, cometi a imprudência de marcar compromissos profissionais para dias de jogo do Benfica. Não pude ver no estádio a goleada ao Everton e fui forçado a acompanhar a goleada ao Belenenses apenas na televisão. Tivesse Jorge Jesus sido rigoroso e eu teria metido licença sem vencimento até ao fim da época.
*******
Muito embora o Benfica seja, neste momento, uma máquina de triturar equipas e fazer golos, muita gente adverte ainda para os perigos que podem resultar do entusiasmo dos benfiquistas. Pelos vistos, o entusiasmo benfiquista é perigoso. Quando as outras equipas perdem, o adversário joga melhor. Quando o Benfica perde, a culpa é do entusiasmo dos sócios. Não se percebe a razão pela qual os outros treinam: segundo esta curiosa teoria, basta entusiasmarem-nos o terceiro anel para estarmos em apuros. O mais interessante é que o mesmo entusiasmo, tão contraproducente, também é apontado como um factor que nos beneficia. Sportinguistas e portistas queixam-se de que a onda de entusiasmo contagia os jornais e empurra o Benfica, o treinador do Braga lamenta que o Benfica seja levado ao colo pela euforia dos seus próprios adeptos. Em Portugal, ser levado ao colo pelo entusiasmo dos adeptos é crime, ser levado ao colo pela arbitragem é dirigismo brilhante. O treinador do Braga, por exemplo, nunca se queixou disso. Calha sempre estar a olhar para o chão.
quinta-feira, outubro 22, 2009
SLBenfica - Everton 5-0 Esmagador!!!
Estádio do SL Benfica, em Lisboa
Árbitro: Nikolay Ivanov
BENFICA
Júlio César (3); Ruben Amorim (4), Luisão (4), David Luiz (5) e César Peixoto (3); Ramires (3), Javi Garcia (4), Aimar (3) (Carlos Martins, 69 (3) e Dí Maria (5); Cardozo (4) (Fábio Coentrão, 77 (3) e Saviola (5) (Weldon, 84 (-).
Suplentes: Quim, Maxi Pereira, Sidnei, Carlos Martins, Fábio Coentrão, Weldon e Nuno Gomes
Treinador: Jorge Jesus
EVERTON: Howard; Gosling, Hibbert, Distin e Coleman; Rodwell, Fellaini, Cahill e Bilyaletdinov (Saha, 60); Jô e Yakubu (Baxter, 71).
Suplentes: Nash, Saha, Duffy, Agard, Baxter, Wallace e Akpan
Treinador: David Moyes
Golos: Saviola (13, 84), Cardozo (46, 47), Luisão (52). 19:42 - 22-10-2009
Sistemas Tácticos
Benfica
Everton
Principais Incidências da Partida(fonte: www.sapo.pt)
Arbitragem
Numa partida fácil de dirigir, não complicou.
Vedetas
Saviola
Sublime!!!
Dois golos e duas assistências num desempenho memorável!
David Luiz
Imperial!!!
Irrepreensível a defender, polvilhou a sua exibição com pormenores de classe, o maior dos quais o passe para o quinto golo.
Di Maria
Ou melhor, Di Magia tal a qualidade da sua prestação!
Capacidade técnica, imaginação, criatividade, clarividência, objectividade, velocidade e intensidade foram os atributos que alardeou no relvado da Luz.
Coroou a sua exibição com três assistências primorosas!
Marretas
Nenhum jogador merece referência pela negativa.
O Jogo
Positivo
Superioridade avassaladora - na intensidade, no ritmo, na dinâmica, na mobilidade, na organização, na capacidade técnica individual, na capacidade táctica colectiva e na finalização!
Sublimes exibições de Saviola, Di Maria e David Luiz!
A qualidade dos movimentos ofensivos encarnados, pautados pela dinâmica, pela intensidade, pela velocidade e pelo acerto na concretização.
Equilíbrio defensivo, sem perder acutilância ofensiva.
A intensidade e a velocidade com que o Benfica iniciou a segunda parte, pressionando alto, asfixiando e subjugando, por completo, o adversário (um pouco à imagem dos célebres 15 minutos à Benfica).
Negativo
Nada a referir.
Memorial Zandinga - Classificação Geral
2º Lugar: Vermelho Sempre - 215 pontos
3º Lugar: Jimmy Jump e JC - 210 pontos
4º Lugar: Vermelho e Samsalameh - 200 pontos
5º Lugar: J. Lobo - 180 pontos
6º Lugar: Vermelho Nunca, Kaiserlicheagle e Sócio - 175 pontos
7º Lugar: Gui - 160 pontos
8º Lugar: Chico - 155 pontos
9º Lugar: Lion Heart - 145 pontos
10º Lugar: Cuto - 90 pontos
11º Lugar: Pachulico - 70 pontos
Espaço Prof. Karamba
Benfica - Nacional
V. Guimarães - Sporting
Marítimo - P. Ferreira
Rio Ave - Sp. Braga
V. Setúbal - Leixões
Belenenses - Olhanense
U. Leiria - Naval
quarta-feira, outubro 21, 2009
Análise à 3ª Jornada da Champions League - Grupos A a D
Juventus vrs.Maccabi Haifa 1-0
A Vecchia Signora venceu, mas esteve longe de convencer.
Ainda assim, um triunfo que a recoloca na rota do apuramento.
Juventus Maccabi Haifa
1 Golos marcados 0
7 Remates à baliza 6
10 Remates para fora 2
2 Remates interceptados 0
0 Cartões amarelos 5
0 Cartões vermelhos 1
17 Faltas cometidas 25
5 Cantos 2
3 Foras-de-jogo 4
29' 1'' P. bola (tempo) 21' 57''
56% P. bola (%) 44%
Girondins de Bordeaux vrs. Bayern München 2-1
Superioridade total e incontestada da equipa de Laurent Blanc, que assumiu a liderança isolada do Grupo.
Um passo de gigante no trilho dos oitavos de final.
Bordeaux Bayern
2 Golos marcados 1
10 Remates à baliza 1
5 Remates para fora 1
2 Remates interceptados 1
2 Cartões amarelos 4
0 Cartões vermelhos 2
13 Faltas cometidas 19
4 Cantos 4
2 Foras-de-jogo 1
32' 7'' P. bola (tempo) 22' 13''
59% P. bola (%) 41%
Grupo B
Wolfsburg vrs.Beşiktaş 0-0
Paridade total!
Wolfsburg Beşiktaş
0 Golos marcados 0
5 Remates à baliza 2
10 Remates para fora 6
4 Remates interceptados 2
0 Cartões amarelos 1
1 Cartões vermelhos 0
8 Faltas cometidas 13
10 Cantos 3
3 Foras-de-jogo 6
36' 24'' P. bola (tempo) 33' 6''
52% P. bola (%) 48%
CSKA vrs. Manchester United 0-1
Numa partida muito enfadonha, Valencia quebrou a modorra e tudo desequilibrou.
Com este êxito moscovita, o Man. Utd. concretizou a qualificação para os oitavos de final.
CSKA Moskva Man. United
0 Golos marcados 1
2 Remates à baliza 10
3 Remates para fora 7
2 Remates interceptados 1
0 Cartões amarelos 1
0 Cartões vermelhos 0
10 Faltas cometidas 11
2 Cantos 5
3 Foras-de-jogo 8
30' 0'' P. bola (tempo) 39' 18''
43% P. bola (%) 57%
Grupo C
Zürich vrs.Olympique de Marseille 0-1
A maior experiência internacional e a superior qualidade técnica dos franceses superou a pertinácia suíça!
Zürich Marseille
0 Golos marcados 1
2 Remates à baliza 4
4 Remates para fora 6
0 Remates interceptados 2
2 Cartões amarelos 3
0 Cartões vermelhos 1
17 Faltas cometidas 12
7 Cantos 1
5 Foras-de-jogo 7
32' 34'' P. bola (tempo) 26' 49''
54% P. bola (%) 46%
Real Madrid vrs. AC Milan 2-3
Dida abriu as hostilidades, Casillas não quis ficar atrás e Seedorf decidiu com um soberbo passe para uma não menos excelsa execução de Pato.
De equívoco em equívoco, venceu quem menos errou e mais inspiração revelou.
Real Madrid Milan
2 Golos marcados 3
10 Remates à baliza 4
8 Remates para fora 5
7 Remates interceptados 3
3 Cartões amarelos 3
0 Cartões vermelhos 0
23 Faltas cometidas 12
13 Cantos 3
2 Foras-de-jogo 6
35' 23'' P. bola (tempo) 29' 37''
54% P. bola (%) 46%
Grupo D
Chelsea vrs.Atlético de Madrid 4-0
Agora é de vez!
Abel Resino deve estar de malas aviadas!
Supremacia avassaladora de um Chelsea apenas q.b.
Chelsea Atlético
4 Golos marcados 0
5 Remates à baliza 5
4 Remates para fora 5
2 Remates interceptados 1
1 Cartões amarelos 2
0 Cartões vermelhos 0
13 Faltas cometidas 20
3 Cantos 3
12 Foras-de-jogo 2
29' 11'' P. bola (tempo) 25' 11''
53% P. bola (%) 47%
Porto vrs.APOEL 2-1
Complicar o que era fácil!
Assim se pode resumir o desempenho portista desta noite.
Uma vitória que concatenada com a copiosa derrota do Atlético em Londres pode ter significado o passaporte para os oitavos de final.
Porto APOEL
2 Golos marcados 1
11 Remates à baliza 2
17 Remates para fora 3
4 Remates interceptados 0
1 Cartões amarelos 4
1 Cartões vermelhos 0
13 Faltas cometidas 17
4 Cantos 2
3 Foras-de-jogo 0
32' 48'' P. bola (tempo) 31' 39''
50% P. bola (%) 50%
Antevisão do SLBenfica-Everton Conferências de Imprensa e Convocados - Audio e Video
Guarda-redes: Quim e Júlio César.
Defesas: Luisão, Maxi Pereira, David Luiz, César Peixoto e Sidnei.
Médios: Amorim, Javi Garcia, Ramires, Carlos Martins, Fábio Coentrão, Di María, Menezes e Aimar.
Avançados: Weldon, Nuno Gomes, Saviola e Cardozo.
David Moyes: "Vejo um novo Benfica"
Segundo a Imprensa Britânica, Jermaine Beckford Interessa ao SLBenfica
terça-feira, outubro 20, 2009
Análise à 3ª Jornada da Champions League - Grupos E a H
Debrecen - Fiorentina 3-4
Um inusitado número de golos para um desfecho previsível.
Debrecen Fiorentina
3 Golos marcados 4
8 Remates à baliza 10
5 Remates para fora 3
2 Remates interceptados 1
2 Cartões amarelos 1
0 Cartões vermelhos 0
17 Faltas cometidas 18
4 Cantos 1
6 Foras-de-jogo 3
30' 55'' P. bola (tempo) 27' 56''
52% P. bola (%) 48%
Liverpool - Lyon 1-2
Da vantagem inicial ao desespero final!
Privado de Gerrard na alvorada da partida, ainda assim, o Liverpool logrou chegar ao intervalo em superioridade no marcador.
Com a primazia vieram a ansiedade e alguma mansidão, que os franceses souberam aproveitar magistralmente para empreender uma reviravolta surpreendente no resultado, concretizada no último suspiro do encontro por César Delgado.
Apenas uma segunda volta imaculada permitirá ao Liverpool a qualificação para os oitavos de final.
Liverpool Lyon
1 Golos marcados 2
5 Remates à baliza 7
8 Remates para fora 6
2 Remates interceptados 4
1 Cartões amarelos 3
0 Cartões vermelhos 0
11 Faltas cometidas 8
6 Cantos 5
2 Foras-de-jogo 3
29' 3'' P. bola (tempo) 25' 50''
52% P. bola (%) 48%
Grupo F
Barcelona - Rubin 1-2
A surpresa da noite!
O desperdício catalão conjugou-se com a irrepreensível organização russa para um desenlace de pasmar.
Barcelona Rubin
1 Golos marcados 2
13 Remates à baliza 3
9 Remates para fora 0
2 Remates interceptados 0
2 Cartões amarelos 2
0 Cartões vermelhos 0
11 Faltas cometidas 15
11 Cantos 1
1 Foras-de-jogo 3
66' 18'' P. bola (tempo) 29' 29''
69% P. bola (%) 31%
Inter - Dynamo Kyiv 2-2
E Mourinho prossegue na senda da irregularidade!
Depois da goleada em Génova, esperava-se uma noite tranquila.
Puro engano!
A desinspiração defensiva e ofensiva italiana foi aproveitada por um Dynamo apenas competente.
Internazionale Dynamo
2 Golos marcados 2
6 Remates à baliza 3
9 Remates para fora 4
2 Remates interceptados 1
4 Cartões amarelos 4
0 Cartões vermelhos 0
19 Faltas cometidas 15
3 Cantos 7
3 Foras-de-jogo 2
32' 10'' P. bola (tempo) 25' 1''
56% P. bola (%) 44%
Grupo G
Stuttgart - Sevilla 1-3
E ninguém pára o Sevilha!
O primado da eficácia suplantou, uma vez mais, o domínio territorial!
Ou como controlar é mais importante do que dominar!
Stuttgart Sevilla
1 Golos marcados 3
5 Remates à baliza 4
11 Remates para fora 2
8 Remates interceptados 1
1 Cartões amarelos 3
0 Cartões vermelhos 0
9 Faltas cometidas 15
7 Cantos 3
2 Foras-de-jogo 4
36' 22'' P. bola (tempo) 24' 33''
59% P. bola (%) 41%
Rangers - Unirea Urziceni 1-4
O outro pasmo da noite!
Superioridade avassaladora do campeão romeno!
O infortúnio de Ricardo Vilana aos 2 minutos estimulou o Unirea para um desempenho inolvidável.
Rangers Unirea Urziceni
1 Golos marcados 4
1 Remates à baliza 4
7 Remates para fora 5
7 Remates interceptados 1
1 Cartões amarelos 2
0 Cartões vermelhos 0
22 Faltas cometidas 15
4 Cantos 2
1 Foras-de-jogo 0
43' 45'' P. bola (tempo) 45' 57''
48% P. bola (%) 52%
Grupo H
Olympiakos - Standard de Liége 2-1
Na Grécia, geralmente, mandam os gregos.
E, hoje, não foi diferente.
Um golo de Stoltidis, já em tempo de compensação, garantiu uma dramática e preciosa vitória ao Olympiakos.
Olympiakos Standard
2 Golos marcados 1
11 Remates à baliza 4
6 Remates para fora 4
2 Remates interceptados 4
1 Cartões amarelos 2
0 Cartões vermelhos 0
15 Faltas cometidas 10
10 Cantos 4
2 Foras-de-jogo 0
31' 58'' P. bola (tempo) 24' 16''
56% P. bola (%) 44%
AZ Alkmaar - Arsenal 1-1
Um golo de Mendes da Silva no período de compensação garantiu um ponto, que os holandeses e a generalidade dos espectadores julgavam já perdido.
Todavia, diga-se em abono da verdade, que fizeram por merecer a fortuna com que foram presenteados.
AZ Arsenal
1 Golos marcados 1
1 Remates à baliza 8
3 Remates para fora 2
1 Remates interceptados 2
1 Cartões amarelos 3
0 Cartões vermelhos 0
18 Faltas cometidas 9
3 Cantos 4
4 Foras-de-jogo 3
32' 34'' P. bola (tempo) 28' 29''
53% P. bola (%) 47%
Derrick Johnson afirma que será jogador do Benfica
El defensor costarricense, Derrick Johnson, que recientemente participó en el mundial de Egipto 2009, confirmó que al final del presente torneo de Invierno 2009, hará maletas y se vinculará al club Benfica de Portugal.
Johnson dijo al programa Primer Tiempo, que se transmite por Radio Sinaí 103.9 fm, expresó estar muy feliz y que el Brujas FC, club dueño de su ficha ya conoce del tema.
El jugador agregó que es un sueño convertido en realidad, más aún después de dejar el nombre de Costa Rica en alto tras la obtención del cuarto lugar en el certamen mundialista.
Nome Derrick Johnson
Nacionalidade Costa Rica
Nascimento 1989-07-28 (20 anos)
Naturalidade - Costa Rica
Posição Defesa
Altura 194 cm
Peso -
Web
Clube Brujas
segunda-feira, outubro 19, 2009
O Sistema - Uma Realidade Global
Pois bem, se dúvidas restassem a recente decisão da FIFA de alterar o regulamento de disputa do play-off da zona europeia de acesso ao Mundial da África do Sul dissipou-as por completo.
Modificar as regras a meio da competição, criando cabeças de série, é, no mínimo, mafioso!
domingo, outubro 18, 2009
Memorial Zandinga
Barcelona - Rubin
Debrecen - Fiorentina
Internazionale - Dynamo
Liverpool - Lyon
Olympiacos - Standard
Rangers - Unirea Urziceni
Stuttgart - Sevilla
CSKA Moskva - Man. United
Bordeaux - Bayern
Chelsea - Atlético
Juventus - Maccabi Haifa
Porto - APOEL
Real Madrid - Milan
Wolfsburg - Beşiktaş
Zürich - Marseille
SLBenfica - Everton
Ventsplis - Sporting
Athletic Bilbao - Nacional
C´ um Caneco (outro passatempo) - Classificação Geral
2º Lugar: Jimmy Jump, Vermelho Sempre e JC - 80 pontos
3º Lugar: Vermelho e Kaiserlicheagle - 75 pontos
4º Lugar: Sócio, Vermelho Nunca e Pachulico - 70 pontos
5º Lugar: Gui, Samsalameh, Fura-Redes e J.Lobo - 65 pontos
6º Lugar: Cuto - 55 pontos
sábado, outubro 17, 2009
Artigo de Opinião de Ricardo Araújo Pereira
Bom, não estará completamente, mas para lá caminha. Não quero parecer demasiado optimista. É certo que faltam ainda uns dois jogos decisivos mas, em princípio, em breve fica tudo resolvido e a minha nação estará na África do Sul: Luisão e Ramires já se apuraram, Aimar e Di María (e, quem sabe, Saviola) também, Óscar Cardozo está igualmente qualificado, Quim, César Peixoto e Nuno Gomes podem estar quase, assim como Maxi Pereira, e o seleccionador de Javi Garcia já disse que o tem debaixo de olho. Vai ser um Mundial em cheio, talvez como o de 1990, em que também estivemos presentes. Decorria a fase de grupos quando o meu primo me telefonou: «Estás a ver o jogo do Benfica?» Claro que estava. Boa parte das pessoas chamava-lhe Brasil-Suécia, mas era o jogo do Benfica: Ricardo Gomes, Mozer, Valdo, Schwarz, Thern e Magnusson como titulares, e Glenn Stromberg ainda entrou, para dar ao jogo um cheirinho a velhas glórias. Foi um belo desafio dos meus compatriotas. Espero que o próximo Mundial me traga mais desses.
Talvez a maioria dos leitores não compreenda, mas sempre senti que o meu país é o Benfica. Sou português, claro, até porque o Benfica é português. Sou lisboeta, até porque o estádio da Luz fica em Lisboa. Mas a minha pátria é o Benfica. Sempre achei que pertencia mais ao país de Schwartz, Valdo e Filipovic do que ao de Fernando Couto, Jorge Costa e Sá Pinto. Os jogadores do Benfica são meus compatriotas; os da selecção nacional, nem sempre. Muito provavelmente, o leitor considerará que sou estranho, mas eu sinto-me muito mais compatriota de Ruben Amorim ou Fábio Coentrão do que de Liedson ou Pepe. É absurdo, eu sei, mas é assim.
****
Tenho estado a fazer uns tratamentos e aguardo resultados positivos em breve. Todos os dias, escrevo 10 vezes num caderno a frase «O Benfica não é obrigado a golear todos os jogos». E depois leio e finjo que acredito. Tudo isto serve para tentar moderar o entusiasmo, que é injustificado. O calendário tem sido favorável ao Benfica. Ainda não defrontou Porto, ou Sporting, o que já aconteceu com os outros. O Benfica limitou-se a dar três ao facílimo Paços de Ferreira (que empatou com o Porto) e dar quatro ao muito macio Belenenses (que empatou com o Sporting). Tudo jogos fáceis, claro. O avanço do Benfica não significa nada. Basta-me repetir esta frase um bom número de vezes e pode ser que passe a acreditar nisso. Os sportinguistas e portistas já conseguiram. Deve ser uma tarefa simples.
sexta-feira, outubro 16, 2009
Agenda Benfiquista para o Fim de Semana
17/10 Sab 10:00 Ténis de Mesa Torneio de Faro Juniores/Sub 21 Pav. Farense -
17/10 Sab 10:00 Ténis de Mesa Torneio de Faro Juniores - Sub 21 Pav. Farense -
17/10 Sab 15:30 Voleibol Benfica - Fonte Bastardo Campeonato Nacional A1 Pavilhão Luz BenficaTV
17/10 Sab 15:35 Futsal Belenenses - Benfica 1ª Divisão (6ª jornada) Pavilhão Acácio Rosa, Restelo RTP2
17/10 Sab 18:15 Futebol Monsanto - Benfica Taça de Portugal (3ª elim.) Torres Novas TVI
17/10 Sab 19:30 Andebol Benfica - RC Tbilisi Taça EHF Pavilhão nrº2 -
17/10 Sab 21:30 Hoquei em Patins Benfica - Juventude Viana 1ª Divisão Pavilhão da Luz BenficaTV
18/10 Dom 09:00 Ténis de Mesa Torneio de Faro Seniores Pav. Farense -
18/10 Dom 09:00 Ténis de Mesa Torneio de Faro Seniores Pav. Farense -
18/10 Dom 10:30 Triatlo Campeonato Nacional Finalíssima Estoril -
18/10 Dom 15:00 Voleibol Benfica - Machico Campeonato Nacional A1 Pavilhão nrº2 BenficaTV
18/10 Dom 17:30 Basquetebol Benfica - Seixal Troféu António Pratas Pav. Império Bonança BenficaTV
18/10 Dom 19:00 Andebol Benfica - RC Tbilisi Taça EHF Pavilhão nrº2 BenficaTV
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quinta-feira, outubro 15, 2009
Artigo de Opinião de Leonor Pinhão
Liedson, o mais recente naturalizado do futebol português, foi ontem substituído a um quarto de hora do fim do jogo de Guimarães e o público que enchia a casa tributou-lhe uma afectuosa salva de palmas. Já tinha acontecido o mesmo no sábado no jogo com a Hungria, tendo Liedson experimentado, pela primeira vez em toda a sua carreira, a sensação de ter o Estádio da Luz a render-lhe homenagem. E parece que gostou.
A naturalização de Liedson, que tanto deu que falar, provou a sua utilidade nestes últimos quatro jogos da Selecção. O brasileiro-português marcou dois golos e, em momentos de aperto, todos os golos são importantes.
Para evitar tanto sofrimento e tantas contas, outro jogador houve que devia ter sido naturalizado mais cedo. Muito mais cedo. Trata-se de Pedro Mendes, um escocês nascido e criado em Guimarães e que joga no Glasgow Rangers, campeonato que não desperta grande atenção em Portugal, o que só por si explica a ignorância lusa no que diz respeito às capacidades deste escocês que tanto jeito nos deu nos dois únicos jogos que fez, precisamente os dois últimos.
Pedro Mendes foi naturalizado à pressa, em coisa de meia hora, quando foi preciso ir repescar um jogador para substituir Pepe, impedido de jogar contra a Hungria. Foi uma grande surpresa para a generalidade do público e da crítica o valioso nível de empenho e de talento sem arrebiques que o escocês emprestou à Selecção Nacional. Ontem, contra Malta, só conseguiu errar um primeiro passe aos 71 minutos do jogo.
A naturalização-relâmpago de Pedro Mendes foi uma decisão brilhante. Mérito para quem a tomou.
****
De um modo peculiar e mal compreendido, provocando um efeito cuja visibilidade não é de imediata apreensão para os sofredores nacionais, o Real Madrid deu um muito precioso contributo para o bom nome da Selecção Nacional ao impedir que Cristiano Ronaldo se prestasse ao papel de Santa Mascote e que o sentassem, porventura, nalgum nicho de flores improvisado no estádio de Guimarães para que do seu lugar benzido por tanto fervor patriótico pudesse ele benzer, só com os olhos, as exibições dos companheiros que tinham de levar de vencida os pobres malteses.
O jogo era importante, era. Decisivo, sim. No intuito de mobilizar os adeptos em nome de uma supostamente indispensável belicosidade que há-de atemorizar a outra equipa, ao ponto de não a deixar dormir, é uma tradição do futebol-baixeza , inventar guerras extra-bola com os adversários nas vésperas de jogos importantes e decisivos. Mas ontem o adversário era Malta. Que espécie de guerra poderíamos ter com os malteses? Nenhuma.
Resolveu-se, então, que o melhor era declarar guerra ao Real Madrid.
Muito amavelmente, o Real Madrid consentiu que Cristiano Ronaldo, lesionado no tornozelo direito, se juntasse aos seus compatriotas na preparação para o jogo com a Hungria. E se foi com espanto e preocupação que os espanhóis viram o seu investimento de 94 milhões de euros entrar em campo, na Luz, foi com indescritível horror que o viram sair de campo, aos 27 minutos do jogo, a coxear.
O resto é óbvio. O Real Madrid quer Cristiano Ronaldo em Madrid entregue aos médicos sabendo-se já, em Chamartin, que o seu camisa n.º 9 vai falhar os dois jogos com AC Milan, para a Liga dos Campeões, mais outros quatro jogos na Liga espanhola e dois na Taça do Rei. Se o Real Madrid não deixou, felizmente, Cristiano Ronaldo estar em Guimarães é porque não brinca com coisas sérias.
****
Na temporada passada, o Benfica de Quique Flores produziu um jogo de grande categoria contra o Nápoles, no Estádio da Luz. E fez também um belíssimo jogo contra o Sporting, no Estádio da Luz. Foram prometedores esses fogachos que, ainda que muito precocemente, alumiaram a esperança benfiquista.
Era, portanto, muito cedo.
Corria o mês de Setembro de 2008 quando Nápoles e Sporting se vergaram ao bonito e eficaz futebol benfiquista e, depois disso, o que se viu foi um Benfica igual ao Benfica dos últimos anos no campeonato nacional, perdendo em casa todos os pontos que não podia perder, um Benfica medíocre na Taça de Portugal, não sabendo nem podendo fazer melhor do que o Leixões no Estádio do Mar e, finalmente, um Benfica francamente lamentável na extinta Taça UEFA.
E tão lamentável foi esse percurso europeu de 2008/2009 que, fanatismos à parte, há quem, entre nós, considere que a própria Taça UEFA exigiu mudar de nome por causa do mau aspecto que lhe foi outorgado pela incrível série de exibições e de resultados da equipa de Quique Flores.
No entanto, o treinador espanhol não voltou ao seu país de mãos a abanar. Poderá sempre dizer e pôr no currículo que venceu uma competição interna, a Taça da Liga, o que não deixa de ser verdade.
Dirão os nossos adversários vencidos nessa final que quem ganhou a Taça da Liga não foi nada Quique Flores mas sim Lucílio Baptista, por ter assinalado uma grande penalidade de origem duvidosa e que permitiu ao Benfica disputar a decisão no desempate por grandes penalidades.
Ripostarão os pragmáticos, mais ou menos benfiquistas, garantindo que quem ganhou a Taça da Liga para o Benfica foi o seu guarda-redes, Quim, que defendeu quatro chutos de onze metros pelo que Quique Flores, o treinador, nada teve a ver com aquele brilhantíssimo sucesso.
Posto isto, nas últimas semanas da época passada foi sendo óbvio que Quique Flores não era mais o treinador pretendido pelos responsáveis da Luz e que os seus dias, em Lisboa, estavam contados. Não foi Quique o primeiro treinador a sair do Benfica antes de terminar o contrato mas, pelo menos, conseguiu cumprir até ao fim o seu primeiro e único ano, e, coisa rara de se ver, sempre com o apoio dos adeptos, que o estimavam, e que lhe proporcionaram uma emotiva despedida no último jogo em que se sentou no banco no Estádio da Luz.
Em Maio, Quique, sabendo já que era pela derradeira vez que ocupava o assento, primou em dar uma volta ao campo e em receber palmadinhas nas costas, abraços e outros cumprimentos afectuosos da afición que se mostrava contrária à sua partida. Conhecendo o grau de exigência — frequentemente absurda — da massa adepta do Benfica, a situação foi, no mínimo, misteriosa. Difícil de explicar.
Tivemos de esperar cinco meses pela explicação devida. E foi o próprio Quique Flores a dá-la. Esta semana, numa entrevista ao jornal desportivo espanhol Superdeporte, o treinador fez, em curtas palavras, o seu balanço pessoal da passagem pela Luz. «No Benfica, centrei-me no meu trabalho e em fazer com que os adeptos gostassem do treinador», disse. E conseguiu, sim senhor. À campeão.
****
Campeão, mas campeão a sério, de futebol, é Giovanni Trapattoni, como sabemos por experiência própria. Trapattoni é o treinador da selecção da República da Irlanda que poderá ser nossa adversária nos play-offs de qualificação para o Mundial. De um modo geral, convencionou-se que a Ucrânia seria o adversário mais difícil para Portugal. Há quem discorde. Eu, por exemplo. E já que Portugal tem a sorte de escapar à França e à Grécia, que tenha mais um bocadinho de sorte e que consiga fugir ao temível sortilégio de Trapattoni, sempre a velha raposa, com irlandeses e tudo…
C´ um Caneco (outro passatempo)
Sp. Covilhã vs Sp. Braga
Varzim vs Nacional
Monsanto vs Benfica
FC Porto vs Sertanense
Atlético vs V. Setúbal
Académica vs Portimonense
P. Ferreira vs Aljustrelense
Leixões vs Casa Pia
Merelinense vs U. Leiria
Santa Clara vs Marítimo
Belenenses vs Oriental
Naval vs Padroense
V. Guimarães vs Feirense
Rio Ave vs Esmoriz
Sporting vs Penafiel
quarta-feira, outubro 14, 2009
Da Serie "Uma Excepção porque se impõe"
Artigo de Opinião de Fernando Guerra
Não será possível, por isso, através deste breve exercício, descortinar explicação razoável para a inesperada alteração comportamental do presidente portista.
Do ano passado, em situação ligeiramente mais problemática (quatro pontos de atraso), não há sinal de comentários com direito a registo nas nossas memórias, mas agora, por motivos que escapam, parece ter tido um despertar agitado vai para duas semanas.
Misteriosa reacção esta, por certo causada por medonho pesadelo, ainda por cima vermelho, que desde então tem subordinado o sentido das suas intervenções, como a que protagonizou no último fim-de-semana em que, num quadro de absoluto despropósito, e quando pretendia assinalar uma data de referência para o emblema do dragão, precisou de se pendurar nas asas da águia, adversário de estimação, para descarregar a inconveniência do discurso, no estilo e no conteúdo, gasto de tanto repetido, onde a ironia se disfarçou de piada fácil, apenas para consumo em inaugurações, festas e jantares.
Resquícios da pequenez que sempre caracterizou a sua política de conflitualidade, avessa à serenidade, à sensatez e à clareza, que tanto se reclamam para o futebol português, e ao mesmo tempo castradora do reforço da expansão portista. É notável o sucesso desportivo durante o seu magistério, mas tudo começa e acaba. Ora, como se adivinha a iminência de transição de ciclos a dúvida é saber como será quando abrandar a chama aglutinadora dos títulos. Quem vier a seguir que se amanhe...
Pinto da Costa deu muitas vitórias ao FC Porto mas não autorizou que ele crescesse quanto podia ou não considerou suficientemente relevante essa evolução; isto é, a de transformar um grande clube de implantação regional num outro de dimensão verdadeiramente nacional. Este salto teve condições favoráveis para ser dado, ou tentado, pelo menos, imediatamente a seguir à vaga de simpatia azul e branca que alastrou um pouco por todo o País em 2003, quando da conquista da Taça UEFA, em Sevilha. A ordem foi para travar, contudo, em obediência ao canhestro pensamento de «todos contra nós»...
Aliás, o FC Porto deve ser o único clube que ganha uma Liga dos Campeões e, em vez de festejar com a exuberância que o feito justifica, opta por destapar desavenças internas com o objectivo de desvalorizar o trabalho do treinador José Mourinho, o qual, recordam-se?, no regresso da Alemanha, abandonou o aeroporto pela porta do lado por forma a evitar encontros indesejáveis com a facção mais descontrolada de obediente claque. E quando se privilegia o choque de protagonismos e se diminui o significado do triunfo na mais destacada prova do continente europeu, chega-se à conclusão que o problema reside nas mentalidades, luminosas mas curtas. Engolidas pela eficácia da máquina futebolística por elas gerada...
Continua por decifrar o enigma que envolve esta súbita obcecação de Pinto da Costa pelo que se passa trezentos quilómetros a sul. Será por o Benfica estar mais forte e a jogar bem? Será por Jorge se chamar Jesus e não Flores? Provavelmente, mas não é só. Às preocupações de fora acrescentam-se as de dentro trazidas pelo advento do processo de sucessão.
Talvez ele sinta a necessidade de fazer ou dizer qualquer coisa para fixar a confiança dos que ainda o seguem até de olhos fechados. Cada vez em menor número, porém, de que o resultado da eleição autárquica no concelho do Porto constitui a prova mais recente...
terça-feira, outubro 13, 2009
Sempre que o Campeonato Pára, Regressa a Silly Season
segunda-feira, outubro 12, 2009
Loureiros ou como Hermínio imita Valentim ou Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades ou Coerência precisa-se...
Há uns anos, umas quantas vozes martirizaram, e bem, acrescente-se, Valentim Loureiro por acumular os cargos de presidente do Município de Gondomar e da presidência da Liga.
Sucede que aqueles que crucificaram no passado Valentim, patrocinam agora a continuidade de Hermínio.
É por estas e por outras (semelhantes) que o futebol português caminha lenta, mas firmemente para o abismo da total ausência de ética, credibilidade e transparência.
A Coerência ou a Falta dela...
No núcleo do Tramagal, Bettencourt disse que essa "é uma medida sempre possível".
domingo, outubro 11, 2009
Depois disto, Exigem-se Eleições na Liga
PPD/PSD
44,83%
Presidente da câmara eleito: Hermínio José Sobral de Loureiro Gonçalves
PS
40,56%
CDS-PP
7,46%
B.E.
2,39%
PCP-PEV
1,79%
Artigo de Opinião de Luís Avelãs
O presidente leonino já tinha avisado - depois de ter elogiado o Benfica durante a pré-temporada, o que não caiu bem em muitos associados e adeptos do Sporting - que iria continuar a dizer o que pensava, pouco ou nada preocupado com a interpretação dada às suas palavras. Cumpriu. Em Vendas Novas, no fim-de-semana, resolveu atirar-se com tudo ao rival da Segunda Circular, criticando o recente Fundo de Investimentos, os valores atribuídos aos passes de alguns futebolistas encarnados, etc, etc.
Por outras palavras, José Eduardo Bettencourt fez aquilo que é típico em Portugal: entreteve-se a falar da casa alheia, esquecendo-se que a sua principal preocupação devia ser tratar dos (muitos) problemas do clube que dirige. Mas, já se sabe, falar (e opinar) sobre a vida dos outros é, em qualquer situação, sempre mais fácil e apetecível.
Não interessa para o caso se o que Luís Filipe Vieira faz na Luz está certo ou errado. Isso é algo que, em princípio, não deveria ser questão importante para Bettencourt. Se o líder leonino considera que o tal Fundo de Investimento "é uma vergonha" tem bom remédio: não o subscreve, nem decide imitar o modelo no seu clube.
Bettencourt parecia ser um dirigente diferente. Chegou a Alvalade cheio de energia e desejoso de restituir aos leões um passado mais popular. O "show" dado no momento da eleição - ladeado de outros membros dos órgão sociais que mais pareciam a cúpula da Juventude Leonina - prometia, de facto, um Sporting mais próximo das bases. No entanto, ao optar por este tipo de declarações e postura, perfeitamente fora do contexto, parece ser igual a tantos outros. Com a agravante de que, desportivamente, o clube tarda em acertar o passo.
Quem tem como desígnio (e actualmente como profissão, pois convém recordar que é pago para exercer estas funções) comandar os destinos do Sporting, não devia perder tanto tempo a olhar para o que se passa na Luz ou no Dragão. Em Alvalade (e na Academia), pelo que todos sabemos e temos visto, há assuntos de sobra para o preocupar.
A conversa de que os rivais possuem orçamentos mais elevados está gasta, assim como a da aposta na juventude (que Paulo Bento já justificou com a falta de recursos financeiros). É evidente que quem tem maior desafogo pode contratar melhores futebolistas. Mas, historicamente, isso sempre foi assim. Em Portugal e lá fora. Será que Bettencourt só repara que dragões e águias gastam mais dinheiro? Será que ainda não descobriu que, por exemplo, Nacional, Sp. Braga ou Belenenses gastam menos que o Sporting e nem por isso foram derrotados pelos leões nos recentes duelos?
Os sócios e adeptos do clube de Alvalade não querem saber o que se passa na gestão dos rivais. Gostavam era de perceber a razão porque o futebol da sua equipa parece uma manta de retalhos, inclusive nos (poucos) jogos em que até conseguem vencer. E se num passado recente, o conjunto já rendeu mais, porque razão exibe uma confrangedora apatia nos últimos tempos. Mas sobre isso, o presidente parece não ter nada a dizer. Nem sobre isso, nem sobre os constantes assobios que se escutam em Alvalade, nem tão-pouco sobre as críticas a Paulo Bento que não param de aumentar.
Bettencourt tem de olhar mais para dentro e menos para fora. Por muito que se esforce a tentar esconder o óbvio, não são os adversários, nem os árbitros, os culpados das contínuas más prestações leoninas.
E já agora deixo aqui um conselho: em momentos de crise, o clube precisa de unir esforços e não de criar clivagens. Criticar de forma tão dura aqueles que, sendo sportinguistas, não pensam como ele não é a melhor estratégia. E, se como diz, "salvadores são aqueles que de forma silenciosa e invisível dão o apoio ao clube", talvez fosse boa ideia pensar duas vezes antes... de falar! É que assim está a ser exactamente igual a outros dirigentes que também pensam ser os únicos donos da verdade e da razão. E não há ninguém assim!
PS - Tinha algumas dúvidas em relação à capacidade do Benfica reagir, em Paços de Ferreira, à derrota averbada em Atenas. Fiquei esclarecido. Mesmo abdicando de jogar na segunda parte, a verdade é que as águias nem deixaram os locais acreditar num bom resultado. E ninguém se lembrou das ausências de Maxi Pereira, Aimar ou Di Maria.
sábado, outubro 10, 2009
Artigo de Opinião de Ricardo Araújo Pereira
É muito raro, e portanto trata-se de um facto que merece ser celebrado: Pinto da Costa tem razão.
Nos intervalos de receber árbitros em casa para fornecer aconselhamento matrimonial aos seus paizinhos e de atropelar fotógrafos do JN, Pinto da Costa consegue além disso tirar algum tempo a esta vida preenchida para enriquecer o País com declarações.
As declarações costumam ser de dois tipos: ou são declarações de José Régio que chegam ao domínio público em segunda mão, habitualmente em cerimónias especiais, através daquilo que Pinto da Costa julga ser declamar (um castigo que nem os versos de Nel Monteiro mereciam, quanto mais os do pobre Régio), ou são declarações da lavra do próprio Pinto da Costa — que são frequentemente mais poéticas. As últimas, pelo menos, soaram-me a poesia.
No aniversário do Futebol Clube de Infesta, o presidente do Porto tomou a palavra para falar, evidentemente, do Benfica.
É o tema que vem mais a propósito, até porque, para dizer a verdade, o Benfica vem sempre a propósito.
E foi nessa altura que Pinto da Costa proferiu as palavras a que qualquer pessoa de bom senso, não sendo sectária, deve dar razão: «Ao contrário do que alguns dão a entender, o grande adversário do Porto no campeonato é o Braga, e não o Benfica».
Há muito tempo que venho dizendo o mesmo: é com o Braga que o Porto vai ter de discutir o segundo lugar do campeonato.
Com cuidado, porque o Nacional (e até, quem sabe, o Sporting) pode intrometer-se nesse interessante combate, mas sobretudo será uma luta a dois entre o Braga e o Porto. Que isto seja óbvio apenas para mim e para Pinto da Costa é que eu acho estranho. Em abono da verdade, devo dizer que Pinto da Costa percebeu tudo isto primeiro do que eu.
Quando, por exemplo, agradeceu Falcao ao Benfica, estava já a planear esta estratégia de confronto com o Braga: recrutar um reforço que estaria bem no banco do Benfica (marca quase tantos golos como o Cardozo!) é o modo ideal de atacar o Braga. Para se superiorizar ao Benfica, teria de contratar um ponta-de-lança que marcasse mais do que o titular do Glorioso, claro.
A aposta de Pinto da Costa no segundo lugar é, portanto, correctíssima, e comprova-se a toda a hora: a notícia segundo a qual o presidente do Porto vendeu mais de 15.000 acções da SAD do Porto indica justamente que o futuro não é tão risonho como nos anos anteriores.
É melhor vender tudo enquanto ainda vale alguma coisa e, quem sabe, investir em títulos que valham mais que os do Sporting e Porto juntos.
Eu sei de uns que correspondem à descrição, e até tenho alguns. Mas não estou vendedor.
sexta-feira, outubro 09, 2009
Entrevista de David Luiz
— É o melhor momento do Benfica desde que chegou ao clube, em Janeiro de 2007, para trabalhar com Fernando Santos?
— Pode dizer-se que sim, estamos muito coesos e concentrados, noutras épocas não estivemos tão bem... Bom, e sabemos como é que acabaram essas épocas, esta não sabemos. Mas esperamos que seja da melhor forma possível. Acredito que este é o melhor momento desde que aqui cheguei.
— E este final será diferente?
— É o que esperamos, que o fim dê para sorrir e não para chorar. Sentimos isso, mesmo quando andamos na rua, sentimos que o nosso arranque está a contagiar muita gente e a trazer os adeptos para perto de nós e isso é bonito. Dá prazer e é muito gostoso. Mas estamos tranquilos, pois nada ganhámos, falta muita coisa e temos de manter-nos humildes e trabalhadores, pois importante é chegar ao fim com o objectivo cumprido.
— Que mudou, realmente, de Quique Flores para Jorge Jesus?
— Sempre que há uma mudança sente-se uma mudança. São excelentes treinadores, mas as coisas estão a acontecer de uma maneira melhor para o mister Jesus, pois está a conseguir passar a mensagem e nós a conseguir absorvê-la rapidamente. E vamos tendo confiança uns nos outros. O futebol vive de resultados e estamos a conseguir bons resultados.
— Dentro do que mudou o que é mais visível? A parte psicológica ou a vertente táctica?
— A mudança tem a ver com tudo, o mister Jesus tem uma linguagem muito ganhadora, é uma pessoa que todos os dias trabalha sério. Quique também, mas Jesus está sempre a cobrar... Posso falar por mim, é uma pessoa que me olha nos olhos e diz-me os defeitos e isso há muito tempo que não acontecia comigo. Muitos passavam a mão na minha cabeça, mas ele não, ele fala o que eu devo ouvir e não o que eu quero ouvir.
— É importante para um jogador sofrer uma crítica, em vez de receber apenas aprovação?
— Cabe a cada jogador saber lidar com isso e eu gosto de ouvir quando estou errado. Podemos ficar amuados um dia, mas quando vou para casa tento reflectir e perceber qual é a ideia e se aquele conselho é mesmo produtivo.
— Jesus é o grande reforço do Benfica para esta temporada?
— Tudo é importante, o grupo que se está a criar... todos estão dando a sua contribuição. E estamos com a cabeça diferente. Quando a maré está para um lado e remamos nesse sentido as coisas acontecem da melhor forma.
— Que ideias trocam os jogadores no segredo do balneário?
— Estamos felizes. Sentimos alegria nos olhos uns dos outros, sentimos a vontade de chegar rapidamente ao final de semana. Andamos ansiosos por chegar ao dia do jogo, com vontade de jogar e mostrar a toda a gente o nosso trabalho. Há muita solidariedade e companheirismo. Indo assim para o campo é difícil vencerem-nos.
— O Sp. Braga incomoda?
— Temos de dar os parabéns ao Sp. Braga, pelo grande momento, porque é uma grande equipa. Estamos em segundo e temos de ir atrás. É uma equipa qualificada e muito forte, logo vamos atrás dela, pegar no calcanhar até que tropece e possamos passar à frente.
— Ainda assim, o Benfica está à frente de FC Porto e Sporting...
— Não é o lugar ideal, porque ideal é ser primeiro, não segundo, terceiro ou quarto. Queremos chegar em primeiro.
— Acreditam que o Sp. Braga será candidato ao título até ao fim?
— Sem dúvida, vai lutar pelo título, pois é grande equipa, com excelentes jogadores. Vai lutar pelo título da mesma forma que nós.
— Esperava enchente benfiquista em P. Ferreira. Gostou?
— O suficiente para nos empurrar para a vitória. Quando entro no Estádio da Luz ou em qualquer outro fico arrepiado quando vejo aquela massa vermelha.
— Isso conta de facto?
— Conta bastante. Lembro-me quando era pequeno e ia ao estádio... No final da semana se calhar o pai deixa de comprar um brinquedo ao filho para poder levá-lo ao estádio. São essas coisas que também nos empurram. Por vezes podemos querer reclamar de alguma coisa, mas quando nos lembramos disso esquecemos tudo. Lembro-me sempre das pessoas humildes que tiram do pouco que têm uma parcela para verem a sua outra paixão, o Benfica.
— Começa a passar-lhe pela cabeça como será festejar um título?
— Desde que cheguei que sonho com isso, é o sonho de qualquer jogador. Sonho ver Portugal pintado de vermelho, mas para isso temos de trabalhar bastante e fazer com que essa conquista seja possível. Temos de fazer com que as coisas aconteçam. As coisas não acontecem se dormirmos ou descansarmos. Temos de plantar coisas boas para colher coisas boas.
— Envolveu-se em lances que custaram golos ao Benfica...
— Chateia um pouco, porque sou uma pessoa que se cobra bastante. Mas só quem está ali é que se sujeita a isso. Quando fazemos as coisas tentando acertar, temos de estar tranquilos. Infelizmente, não posso fugir a isso.
— Sente-se em dívida para com Jorge Jesus, que não quer sofrer mais de sete golos na Liga?
— Não, passa-me tranquilidade, assim como todo o grupo. Temos os nossos objectivos e estamos juntos nisso. Aconteceu comigo e podia acontecer a outros. Sou defesa e quando o Benfica sofrer golos vou estar sempre por perto...
— Como vê o facto de ter à sua frente um ataque tão poderoso?
— Feliz, vemos que o nosso trabalho está sendo reconhecido e isso só nos dá mais força.
— Já imaginou acabar o campeonato sem derrotas?
— Com ou sem derrotas, passa-me pela cabeça conquistar o título, queremos é ser campeões.
— Não passa pela cabeça dos jogadores do Benfica que Falcao não marcaria pelo FC Porto se tivesse sido contratado?
— Deus sabe o que faz e cada um tem o seu caminho. O caminho do Falcao era o FC Porto e não o Benfica.
— Na Liga Europa o nível não tem sido o mesmo. Qual a razão?
— Não fizemos um jogo tão bom com o AEK, mas fizemos o suficiente para ganhar. Só que o guarda-redes fez quatro defesas incríveis. Lidamos com os jogos da mesma forma, mas os resultados têm sido melhores na Liga.
— Os jogos com o Everton serão decisivos para a Liga Europa?
— Sem dúvida!
— Considera, pois, obrigatório um Benfica mais forte do que em Atenas na recepção ao Everton?
— Sem dúvida alguma, é a nossa marca, a nossa identidade, não pode ser de outra forma.
— É bom ou mau jogar com um guarda-redes para o campeonato e outro para a Liga Europa?
— O Benfica é um grupo, não somente 11 jogadores, toda a gente tem qualidade, quer jogar e dará conta do recado. Seja Júlio César, Quim ou Moreira, temos confiança em todos eles.
David Luiz está nas nuvens, joga, joga habitualmente onde mais gosta, no eixo da defesa, e anda sempre com um sorriso. «Estou feliz por tudo, por poder dar o meu contributo, jogar, que é o que mais amo, por não ter lesões... Sinto-me feliz pelo grupo, pelo nosso ambiente, vamos para os treinos e vamos felizes, há um ambiente saudável. No final de um treino já estamos à espera do treino seguinte, pensando nas nossas brincadeiras, mas também no trabalho sério. Está muito gostoso...», explica, sem esquecer a sua veia goleadora, revelada agora em P. Ferreira: «As coisas acontecem com o trabalho. Marquei eu, mas podia ter sido outro. O David Luiz não pega na bola, mete debaixo do braço e vai lá fazer o golo sozinho. É trabalho da equipa.»
E já vai à área contrária com o golo na mira: «Tem de ser, quem pensa em coisas negativas atrai coisas negativas.»
Brasileiro sublinha que interrupção da Liga vem em bom momento, pois é preciso descansar.
Depois de ter ganho em Paços de Ferreira, o que lhe permitiu alargar a diferença para o Sporting (agora de oito pontos) e manter as distâncias para FC Porto (mais três pontos) e Sp. Braga (menos dois), o Benfica é obrigado a parar, por causa da interrupção do campeonato, em virtude dos compromissos das selecções. David Luiz não a considera, no entanto, prejudicial para a equipa encarnada.
«Não, acho que é o melhor momento, porque precisamos de descansar. Tivemos um ciclo de três jogos numa semana e era difícil continuar. Sabíamos que o jogo de Paços de Ferreira era muito importante para nós, um campo onde é difícil jogar, mais a mais porque o Paços é muito forte em casa. Graças a Deus ganhámos e esta paragem agora é boa pelo descanso, para respirar um pouco e conversarmos sobre alguns aspectos que não correram tão bem. Corrigir coisas e procurar o melhor, aperfeiçoar. O descanso só fará bem, vamos colocar as perninhas para o ar para podermos voltar mais levezinhos...», explicou o defesa-central, que saboreia o momento, mas não como mais desejaria, uma vez que o Sporting de Braga mantém a liderança e o segundo lugar não é a posição preferida dos encarnados: «Esta paragem ainda saberia melhor se estivéssemos em primeiro lugar.... Sabemos, no entanto, que estamos num momento positivo.»