Lembras-te, Luisão?
ESTAVA-SE mais perto, bastante mais perto do final do campeonato de 2004/05. Era noite de 14 de Maio, já depois da procissão das velas, em Fátima, e o Benfica recebia o rival Sporting num Estádio da Luz igualmente a abarrotar pelas costuras. Jogo do título, dizia-se e escrevia-se, muito mais a propósito, aliás, do que ontem se disse do Benfica-Sp. Braga, porque então aquele encontro dos velhos vizinhos da Segunda Circular jogava-se na penúltima jornada da Liga, mesmo à beirinha da linha de meta.
Era velha a raposa que comandava o Benfica, dizia-se, porque assim era conhecido o italiano Giovanni Trapattoni, era jovem mas competente o infeliz condutor do Sporting, como se viu pela sina de José Peseiro.
O jogo, acreditem, foi tão nervoso como o de ontem, e tal como o de ontem foi concluído com um tangencial 1-0 favorável ao Benfica, que viria a ser campeão nacional mais de dez anos após o seu último título.
O golo, ao contrário do de ontem, foi então marcado de cabeça. Mas tal como o de ontem resultou de uma bola parada, tal como o de ontem foi marcado por um defesa, tal como o de ontem foi marcado por Luisão. Que desta vez não marcou de cabeça, antes com o pé que tinha mais à mão.
Se também foi ou não nesse jogo o capitão, não recordo, com franqueza, mas o que os benfiquistas esperam é que ele tenha voltado a ser o alquimista de um novo título.
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