Se eu pudesse pedir, os jogos da Liga portuguesa seriam todos como o Benfica-Rio Ave, com esse luxo de ter duas equipas.
Acho que essa foi a grande diferença, sábado à tarde. Na Luz, duas equipas.
O Benfica, mais forte, com melhores jogadores e com a felicidade adicional de ter encontrado duas vezes a baliza ainda antes dos dez minutos.
Do outro lado, uma equipa também. Com uma mistura interessante entre experiência e vontade de mostrar serviço, nunca se desequilibrou e acreditou sempre que podia levar dali qualquer coisa. Tudo montado em cima de um «onze» onde cabiam nove portugueses, um luxo que devia pôr a reflectir outros emblemas. (já agora, o Benfica tinha apenas um, por ironia formado no Rio Ave, Fábio Coentrão)
Quem viu o jogo sabe que ele terminou bem com 5-2. Mas se tivesse ficado 4-3 também faria sentido. Sobre o jogo poderá ler mais aqui.
Este texto é sobretudo uma oportunidade de elogiar o compromisso das duas equipas com o bom futebol. O Benfica a fechar o ano com os melhores 35 minutos da temporada. Ainda por cima frente à equipa que lhe permitiu, em Maio, voltar a festejar um título.
O Rio Ave a explicar que ter um orçamento baixo não é necessariamente um problema quando se sabe formar um plantel, liderá-lo e se gosta de jogar bem.
Por último, três destaques individuais:
João Tomás. Pelos golos que marcou, pelos golos que leva na Liga, mas sobretudo pelo exemplo que é, no campo e fora dele.
Salvio. Por ter aproveitado a oportunidade. O Benfica precisa de quem acelere como ele. É verdade que lhe falta muito do que Carlos Martins e Ruben Amorim possuem, mas em algumas partidas poderá ajudar a decidir.
Roberto. Depois de tudo o que passou nas primeiras semanas, no sábado assinou uma das defesas da primeira volta, frente a João Tomás. Está seguro, concentrado e perto de equilibrar as contas com a equipa: começa a devolver o que tirou.
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