Em tarde de regresso à gloriosa goleada e eficácia bonita da época passada, a Vitória não “abençoou” a partida com o seu habitual voo. Salvio foi herói mas a nossa águia foi a grande ausente. Perdemos o nosso símbolo desde a inauguração da nova Catedral, há 8 anos. Ensombrou-me a partida...
O Benfica brindou-nos com uma exibição das antigas, do antigamente do ano passado. Como é que a equipa que jogou uns tremendos 30 minutos e uma segunda parte ainda mais argentina, se humilhou frente ao Hapoel há apenas semana e meia? Estruturalmente a mesma, alguma coisa mudou com a (entediante) vitória na Taça. Pela primeira vez esta época JJ teve estratégia, óbvio quando “mandou” Coentrão engonhar e levar o vermelho. Pela primeira vez esta época, JJ realizou que a gestão de expectativas é fundamental, e deixou-se de prognósticos de glória pela Europa fora, quando comentou o adversário que nos calhou na rifa para a Euroliga, o Estugarda. E, pelos vistos, estas novidades colheram frutos no balneário. E em campo.
As saudades que eu tinha de celebrar efusivamente logo aos 4 minutos, de sofrer até ao fim mas pela goleada e não pelos 3 pontos. Na primeira parte fizemos bonito pela esquerda, com Coentrão e Gaitán finalmente entrosados; na segunda mais pela direita, com Salvio de ouro; e durante os 90 com Aimar e Saviola, porque Cardozo foi uma nulidade absoluta. Saiu aos 63’, e saiu tarde. Eu sei que o adepto embandeira em arco com 90 minutos de glória. Eu celebro mas aguardo: pela confirmação de Salvio, tão intermitente; pelo Ano Novo, na esperança que Jesus consiga reproduzir a receita do fim-de-semana; pela certeza da mudança; pela defesa sem David Luiz, que pode ter feito a última partida pelo SLB. Além da jogada magistral do primeiro tento, que ofereceu a Aimar, ele bem tentou o golo da despedida. Lamento, mas está na hora de deixar o rapaz voar ainda mais alto.
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