quarta-feira, maio 16, 2007

Artigo de Opinião de Miguel Sousa Tavares

"Há quatro ou cinco jornadas que me venho repetindo: isto só está ganho para o FC Porto depois do apito final do último jogo.
Ao contrário do que disse Jesualdo Ferreira, não é fácil entender as razões de tanta instabilidade e tanta falta de consistência do futebol azul-e-branco.
Pressão? Claro que há pressão, há sempre pressão quando se tem de ganhar um jogo e um campeonato, mas se há coisa para que o FC Porto está preparado desde há largos anos é para viver sob pressão.
Pelo contrário, eu penso que, se calhar, aquilo que tem faltado é a consciência da pressão de ganhar.
Veja-se este jogo contra o Paços de Ferreira: desde os três minutos que os jogadores já sabiam que, como habitualmente, o Sporting estava a ganhar em Coimbra, fruto de uma oferta do adversário. Logo, desde os três minutos que os jogadores portistas sabiam que tinham de lutar pela vitória: o empate não apenas deixava as coisas mais complicadas, como era um resultado perigoso para manter até final. E que fizeram eles, face a isso? Nada. Passaram 20 minutos a trocar a bola displicentemente, sem pressa alguma, sem nenhum esforço para ligar minimamente uma jogada, e com alguns deles, como Lisandro (que época desastrada!), a jogarem tão mal que mais parecia terem caído ali por engano.
Então, sucedeu aquilo que já se tornou um hábito, desde os tempos de Co Adriaanse e desde que Helton agarrou a titularidade da baliza portista: nos jogos contra equipas mais fracas, fora de casa, quando o FC Porto não entra logo para matar, acontece invariavelmente que, no primeiro remate à baliza feito pelo adversário, sofre um golo.
Mal batido no golo do Paços, Helton (que não foi o único culpado), confirmou uma suspeita que venho alimentando: que ele é um grande guarda-redes para uma equipa mediana como o Leiria, mas que não é guarda-redes para uma grande equipa, habituada a jogar ao mais alto nível.
A sua especialidade são as defesas impossíveis, que, numa equipa mediana, significam pontos e vitórias. Mas, numa grande equipa, só muito raramente o guarda-redes é chamado a defesas impossíveis.
O que se lhe pede é que não falhe nenhuma das possíveis, que não cause sobressaltos no jogo aéreo ou com os pés, que saiba comandar a defesa e que transmita absoluta tranquilidade para que a equipa se possa ocupar livremente daquilo que mais tem de fazer: atacar e atacar.
No Leiria, Helton terá ganho inúmeros pontos para a equipa, graças às suas defesas; no FC Porto, lembro-me de algumas grandes defesas, mas não me lembro que alguma delas tenha segurado resultados.
A perder desde os 20 minutos, num campo pequeno de mais para o espaço que talentos como Quaresma e Anderson precisam, a ter de arrostar com duas enxurradas de granizo, uma em cada parte, eu cheguei a crer, durante uma hora a fio, que 2700 sportinguistas teriam de honrar a sua palavra e nunca mais voltarem a entrar num IKEA, comprando os seus móveis na indústria local de Paços de Ferreira.
Diga-se que nunca mais o Paços acertou um remate na baliza — o golo, de livre, foi o único que acertou em todo o jogo —, mas que, se a bola não tem ido de encontro à perna de Adriano, o campeonato teria ficado perdido ali, submerso naquele lençol de água, com um ar de fatalidade quase natural.
Pelo que, meus amigos: se querem ser campeões para a semana, mudem de atitude radicalmente, desliguem os telemóveis aos vossos agentes daqui até domingo, respeitem a multidão que vos tem acompanhado jogo após jogo e deixem-se de desculpas com a pressão ou outras coisas mais próprias de equipas de derrotados, que não é o caso. Se querem ser campeões, até aos 20 minutos têm de estar a ganhar por 2-0 ao Aves e depois não podem descansar no resultado.

Ano após ano, torci em vão pelo regresso do Leixões à I Divisão. Não apenas porque é do Porto (ou quase…), porque é um clube simpático e popular, porque tem uma massa de adeptos que merece o melhor, mas também porque o nome do Leixões faz parte integrante das minhas memórias de infância e juventude. 19 anos depois, ei-lo de volta e eu só desejo que para muitos e bons anos.
Também o Vitória de Guimarães faz parte das minhas boas memórias futebolísticas de sempre e, por isso, foi também por ele que eu torci este ano. E o Vitória de Guimarães, com uma falange de adeptos de uma dedicação e militância raras, bem merece também este regresso aos grandes. Não só pelos adeptos, mas também por uma outra razão: a dignidade com que encarou a sua descida impensável ao escalão secundário.
E vale a pena, a propósito, comparar a atitude do Guimarães com a do Gil Vicente. O Guimarães desceu, sem um protesto, sem uma desculpa esfarrapada, com a consciência de que a descida fora merecida e de que só havia um caminho: trabalhar para um regresso tão rápido quanto possível. Trabalhou e acreditou até ao fim e teve a justa compensação.
Agora, o Gil Vicente? O Gil Vicente quis transformar uma batota desportiva numa vitória de secretaria. Acicatado por um presidente populista, que os sócios transportavam aos ombros como herói, embalado nos malabarismos jurídicos de uma ilustre equipa de causídicos, o Gil convenceu-se que, mais depressa parava o futebol em Portugal do que órgão algum os obrigava a jogar na Honra.
A arrogância e a cegueira litigante, sem qualquer traço de razão desportiva, foram tão grandes, que o presidente do clube nem recuou perante a irresponsabilidade de mandar a equipa faltar aos três primeiros jogos da Liga de Honra, só cedendo quando o treinador e os jogadores lhe fizeram ver que, a partir daí, iam todos para o desemprego.
Resultado: o Gil perdeu logo de entrada a possibilidade de lutar pela subida em pé de igualdade com Leixões e Guimarães, por exemplo; o futuro financeiro e desportivo do clube é negro; o presidente-herói pôs-se ao fresco; e só os advogados parece que continuam a litigar — agora para que as faltas de comparência voluntárias não contem como tal, ao abrigo da interpretação adequada do parágrafo X, do artigo Y, da lei Z. E a verdade é esta: se, no final de tudo, o Gil for desaparecendo aos poucos, ninguém verterá uma lágrima por ele.

PS — O Conselho de Justiça, presidido por aquele ilustre magistrado que achou mais importante uma partida de bridge com os amigos do que dar uma sentença desportiva em tempo útil, concluiu (ainda na sentença do caso Quaresma), que «Ricardo Quaresma não tem registo de serviços relevantes prestados ao futebol português». A gente lê isto e fica sem saber se é de rir com a ignorância demonstrada, se é de ficar chocado com a pesporrência exibida. Mas há uma coisa que eu reafirmo, e ao contrário da opinião dominante: se eu mandasse, dispensava todos os ilustres juristas do futebol. A eles, sim, é que não consigo encontrar-lhes sinal de qualquer serviço relevante prestado ao futebol português."

A Bola - 15/05/2007

35 comentários:

Anónimo disse...

Snr. Administrador:
Grato pela oportunidade que me deu de ler o último artigo do MST na coluna ue assina semanalmente na Bola.
Como não compro habitualmente este jornal, e mesmo os outros desportivos só os compro após os jogos do SCP - e mesmo assim só quando o SCP ganha - e porque não me consegui registar na Bola on line, não tenho lido os artigos do MST.
Gosto bastante da escrita do MST e não raras vezes comungo das suas opiniões.
Já não gosto tanto de o ouvir falar nem do ar de superioridade que transmite.
Verifico da leitura deste seu artigo que continua a inistir na mesma ideia.
A dado passo, o MST diz:
"desde os três minutos que os jogadores (do FCP) já sabiam que, como habitualmente, o Sporting estava a ganhar em Coimbra, fruto de uma oferta do adversário.
Não sei o que MST entende por oferta do adversário.
Não vi nenhuma oferta dos jogadores da Académica no 1º golo do SCP assim como não tenho visto habitualmente qualquer oferta dos adversários nos golos marcados cedo pelos leões.
O que vi foi uma atitude pressionante do SCP logo na entrada do jogo, uma vontade intensa de marcar, uma pressão diabólica sobre os jogadores adversários, e, fruto disso, surgiu o golo, primeiro, e o lance de penaltie pouco tempo depois.
Ou seja, dois lances de golo, um concretizado outro que culminou num penaltie falhado.
Isto sucede constantemente desde há oito, nove ou dez jogos, aqui se incluindo os da Taça contra o Pinhalnovense, contra a Académica e contra o Beira-Mar.
Pelo meio, os jogos do camponato contra o Benfica, o Setúbal, o Beira Mar, a Académica, a Naval e o Marítimo, não me recordando de mais nenhum.
Valerá a pena continuar a insistir que isto é sorte?
A sorte procura-se, caro MST!
Luta-se por ela.
O SCP não tem tido brindes nem ofertas dos defesas contrários.
Não o teve, também, no jogo com a Académica, pois o 1º golo resulta de uma excelente jogada do Nani pela esquerda, que limpa 2 jogadores primeiro e um terceiro de seguida, e do oportunismo e rapidez do Liedson, que se antecipa ao Pedro Roma.
Não vejo assim porque teima o MST em insistir na sorte do SCP e em tentar fazer crer que os golos que o SCP marca são fruto do acaso.

Vermelho disse...

amigo jc:
até parece que não viste o jogo!
o Nani cruza e o Medeiros efectua um corte defeituoso, fazendo a bola passar por cima de Pedro Roma e ir de encontro a Liedson, que isolado ao "2º poste" fez o golo!
O Medeiros tinha condições para fazer o corte e até com facilidade.
Não o fez e para além de não o ter feito, a sua intervenção teve o condão de imprimir uma trajectória à bola que a fez passar por cima de Pedro Roma e ir de encontro a Liedson.
Assim, não posso deixar de comungar da opinião que MST expressa.
abraço.

VermelhoNunca disse...

O Sporting fez uns primeiros 30 minutos demolidores em Coimbra. Resultado extremamente injusto. MST insiste porque é teimoso. E o nosso administrador segue o mesmo caminho. MST arranjou um bode expiatório no seu clube. Hélton. Os outros têm sorte e o Porto tem o Hélton.

Anónimo disse...

O corte "deficiente" do Medeiros só acontece porque antes o Nani faz uma finta soberba sobre dois jogadores da Académica, leva vantagem sobre o Paulo Sérgio num sprint que efectua até à linha de fundo, efectua um soberbo cruzamento, tenso e enrolado, para a pequena área, muito difícil de "cortar" em condições, e é por isso que surge o tal "corte defeituoso" do Medeiros.
Depois surge Liedson rapidíssimo que se antecipa ao Pedro Roma e introduz a bola na baliza.
Não sei onde está a sorte.

JorgeMínimo disse...

Eu confesso que sou um leitor assíduo do MST no jornal "A Bola". Gosto muito da maneira como ele vê o nosso campeonato e os nossos grandes. Sabendo à partida que ele é um defensor acérrimo do FCP, dou-lhe o devido desconto às suas impressões gerais. Mas, não posso deixar de sorrir, quando ele diz que o Helton é um guarda-redes banal. Isto, depois, de ter passado a última época e grande parte desta, a fazer grandes louvores dele. Para mim, está a ser incoerente e faccioso, para não dar mérito aos seus adversários directos, na conquista do título. Sobre a eventual sorte do Sporting nem vou falar, pois parece-me que tudo não passa de falta de desportivismo.
Sinal negativo, portanto, para este artigo de opinião, muito longe do que lhe é habitual.

Vermelho disse...

amigo jc:
as maravilhas que descreves não as vi.
Mas, também, te digo que um cruzamento enrolado que é soberbo é digno do Entroncamento.
O que vi foi um cruzamento mal feito, enrolado, que seria facilmente "cortado" por um jogador normal, o que não é, manifestamente, o caso do Medeiros.
abraço.

Anónimo disse...

Cruzamento mal feito porquê, amigo Vermelho?
E não achas que a jogada do Nani que antecedeu esse cruzamento se tratou de uma óptima iniciativa indivdual daquele jogador do SCP?

JorgeMínimo disse...

Caro Vermelho:
Dado que, como disse aqui, comunga da opinião do MST, em relação ao golo do Liedson. Gostaria de saber a sua opinião sobre os golos do Adriano e do Miccoli. Já agora gostaria, também, de saber a sua opinião sobre o Veríssimo. É curioso que, já desde os tempos do Alverca, está sempre envolvido nos golos que a sua equipa sofre, contra o Benfica. Umas vezes dá uma fífia, outras vezes faz auto-golo, outras a bola bate-lhe e trai o guarda-redes. Será que é falta de sorte ou, como diz o Cavungi, temos Manacas em Setúbal? Se for este o caso, ainda bem que vai para a 2ª Liga!!!

Anónimo disse...

Já agora, seria interessante saber também a opinião do amigo Vermelho sobre os golos do Miccoli contra o SCP - um alívio do Nani coloca a bola nos seus pés - e contra a Naval, ao minuto 89 - remeta enrolado a bola passa pelo meio das pernas de um defesa da Naval e vai devagarinho em direcção à baliza sem que o GR tenha reacção para a ir buscar.

Vermelho disse...

amigo jc:
o que se discute é o golo de Liedson em Coimbra (para não falarmos de outros).
foi um golo que resultou de um oferta do adversário, como já disse supra.
a deficiência do cruzamento resulta, desde logo, da sua qualificação como enrolado e termina no facto de ter sido interceptado.
Mal, mas foi.
e foi mal não porque o cruzamento não permitisse que fosse de outra forma, mas sim por pura falta de qualidade de Medeiros.
para finalizar, dizer que o golo de Miccoli contra o Sporting foi soberbo - remate colocado e forte, e contra a Naval foi, igualmente, soberbo.
Soberbo, desde logo, porque foi enrolado e depois porque passou pelo único sítio possível.
abraço.

amigo mínimo:
sobre o golo do Adriano disse que foi " Um golo em carambola que pode vir a dar o título ao Porto".
Golo de pura fortuna!
sobre o golo do Miccoli digo que se tratou de um remate potente que ao embater no defesa vitoriano alterou a sua trajectória.
Golo com fortuna!
Insinuar que Verissímo foi Manaca só se for para soltar umas belas casquinadas!
abraço.

Anónimo disse...

«Acredito que o FC porto vai sagrar-se campeão. A equipa lidera praticamente desde o início e fez um bom campeonato, além de ter a vantagem de jogar em casa a última jornada», afirmou Scolari, durante a iniciativa «marcha pelo coração, Matosinhos sem cigarros».

Parece-me que Scolari esteve, desta vez, mal, ao opinar sobre quem vai ser campeão.
Trata-se do seleccionador nacional, que se deve manter equidistante perante todos os clubes, e ao dar a sua opinião sobre quem vai ser o campeão, dizendo o óbvio, cai na fronteira entre aquilo que acha e aquilo que prefere.
Se o FCP não ganhar o campeonato, ficará desiludido, já que foi isso que previu?
Considera ele os outros dois candidatos menos capazes?
Acredita ou deseja?
Jesualdo também acredita, Paulo Bento continua a acreditar que o SCP é que ganha e Fernando Santos ainda não deixou de matematicamente acreditar.

Parece-me que Scolari esteve mal e que se devia ter abstido de omitir a sua opinião, dado o cargo que ocupa.

JorgeMínimo disse...

Caro Vermelho:
Insisto na mesma tecla. O Veríssimo, desde os tempos do Alverca, tem estado "infeliz" sempre que joga contra o Benfica. Faça um exercício de memória e repare na forma como o Benfica tem ganho esses jogos. No mínimo, é falta de sorte, mas... da desconfiança não-se livra.

VermelhoNunca disse...

Fazem falta estes momentos de descontração:
"sobre o golo do Miccoli digo que se tratou de um remate potente que ao embater no defesa vitoriano alterou a sua trajectória."
As imagens televisivas chegam distorcidas ao ecran de certos condóminos.

VermelhoNunca disse...

Será que o nosso administrador , no jogo do Sporting em Coimbra, não viu torrentes de oportunidades de golo favoráveis aos leões?

JorgeMínimo disse...

Caro Vermelho Nunca:
Penso que não, já que na altura devia estar deslumbrado com o "remate potente que ao embater no defesa vitoriano alterou a sua trajectória", em Setúbal.

VermelhoNunca disse...

Concordo amigo Mínimo. ALiás o jogo do Bonfim caracterizou-se pela emoção do princípio ao fim, com o Benfica a criar torrentes ( como gosto deste termo) de oportunidades, que culminaram no golo do italiano, que , quem sabe entrará na história, tal a velocidade que a bola levava. Lembro-me , quando miúdo, de um escocês, Peter Lorimer( penso que era este o nome), que ficou conhecido pela potência dos seus remates. Mas comparar Lorimer a Miccoli, é como comprar merda com ervilha de cheiro.

JorgeMínimo disse...

Caro Vermelho Nunca:
Bele desenterro esse. Peter Lorimer esse jogador de remate potentíssimo do Leeds dos anos 60 e 70.

VermelhoNunca disse...

Mas amigo Mínimo, quem era Lorimer a rematar, comparado com o missil que Miccoli disparou em Setúbal? Não passava de um menino de coro.

Anónimo disse...

E ninguém acha nada sobre o que Scolari disse sobre quem pensa que vai ser o próximo campeão nacional?

JorgeMínimo disse...

Caro JC:
Penso que não é importante. É só uma opinião e a mais provável.

VermelhoNunca disse...

Acho que o Scolari devia estar calado, assim como o MST.

Vermelho disse...

amigo nunca:
eu digo mais - acho que qualquer voz que coloque em causa seja o que for, ainda que apenas vagamente relacionado com o Sporting, se deve calar.
abraço.

Vermelho disse...

amigo jc:
quanto a Scolari, acompanho o que escreveu o amigo mínimo.
abraço.

VermelhoNunca disse...

Amigo Vermelho, não entendo o seu post. Você coloca aqui um artigo do MST, onde ele resume os resultados do Sporting a sorte e a azelhice dos adversários. E ainda por cima você concorda com tal artigo. Não há qualquer espécie de mérito no modo como o Sporting tem consquistado as vitórias. Sendo assim, nada mais me resta que apreciar o missil de Miccoli em Setúbal, o que , manifestamente, só entendo como uma piada da sua parte.

JorgeMínimo disse...

Caro Vermelho Nunca:
Um míssil a fazer lembrar o grande golo do Éder contra a União Soviética no Mundial 82, tal a sua potência estonteante!!

Vermelho disse...

amigo nunca:
não resumo as vitórias leoninas a sorte e azelhice dos adversários.
o que digo é que a sorte e azelhice têm estado presentes.
mas digo mais - o Sporting tem aproveitado e bem esses factores.
tanto é indesmentível uma coisa, quanto outra!
abraço.

VermelhoNunca disse...

Você classifica o golo em Coimbra de azelhice. Quantos avançados acha que acreditariam no lance e estariam ao 2º poste, à espera do resalto? Acha que Nuno Gomes faria isso? Não tire mérito a quem o tem.

Vermelho disse...

amigo mínimo:
Éder foi um dos meus ídolos de infância.
tive muita pena quando o Brasil defrontou Portugal em Coimbra e não consegui um autógrafo seu.
Nesse Mundial recordo, ainda, o golo frente à Escócia, um chapéu sublime, e o livre apontado contra a Argentina, que redundou no golo de Zico, um missíl a fazer lembrar o de Miccoli em Setúbal.
abraço.

Vermelho disse...

amigo nunca:
o Liedson já estava ao 2º poste, mas à espera do cruzamento do Nani.
abraço.

VermelhoNunca disse...

Pois estava amigo Vermelho. Aliás Liedson assitiu ao concerto do Jorge Miguel e ficou ao 2º poste de véspera.

Vermelho disse...

amigo nunca:
e o paulo bento deixou?
reina a indisciplina no Sporitng!
abraço.

Anónimo disse...

Amigo Vermelho:
O Liedson não estava ao 2º poste.
Estava na grande área, junto da marca de penaltie, ligeiramente descaído para a direita.
Quando se apercebeu onde a bola ia cair, correu para ela rapidísismo e antecipou-se ao Roma.
O cruzamento do Nani é, acho, muito bom, porque vai baixo, tenso e enrolado, querendo eu dizer com o enrolado que descreve um arco - se calhar não é o termo técnico para descrever esse movimento.
Medeiros ia a correr em direcção à sua baliza, tentando acompanhar o movimento do Nani que rapidíssimo se dirigia para a linha de fundo.
Assim, foi surpreendido com a bola que veio tensa em direcção a ele. Correu o risco de a chutar para dentro da baliza e mas ainda assim conseguiu aliviá-la.

Para melhores esclarecimentos,

http://www.youtube.com/watch?v=vNDiq9_E8ro

onde se pode ver o massacre do SCP em Coimbra.

Vermelho disse...

amigo jc:
estou abismado com o que vi.
uma autêntica degola dos inocentes!
duas bolas na trave e um penalty sonegado - foi, realmente, um massacre.
pena a ineficácia na concretização!
abraço.

VermelhoNunca disse...

Amigo JC, o nosso administrador tem uma noção dos postes curiosa. Vi, de novo as imagens, e claro que só o nosso amigo Vermelho pode afirmar que Liedson estava junto ao poste .

VermelhoNunca disse...

Amigo JC, reparou que Pedro Roma pediu a camisola no fim a Liedson? Bonito pormenor.