segunda-feira, setembro 21, 2009

Um Olhar sobre a Jornada

Jornada nº 5

Leixões 3 1 V.Guimarães

P. Ferreira 1 1 Rio Ave

Braga 1 0 Porto

Académica 1 1 Belenenses

Naval 0 1 V.Setúbal

Nacional 2 1 Marítimo

Leiria 1 2 Benfica

Sporting 3 2 Olhanense

Golos 21
Cartões Amarelos 31
Cartões Vermelhos 4

Classificação

1 Braga 15
2 Benfica 13
3 Porto 10
4 Sporting 10
5 Rio Ave 9
6 Leiria 6
7 Olhanense 6
8 Leixões 5
9 Nacional 5
10 Marítimo 5
11 Belenenses 5
12 V.Guimarães 5
13 P. Ferreira 4
14 V.Setúbal 4
15 Académica 2
16 Naval 1

On-Fire

Sp. Braga

Cinco jogos, cinco vitórias, liderança da Liga Sagres.
Depois de derrotar o Sporting em Alvalade, o Braga venceu o Porto sem apelo, nem agravo.
Com excepção de alguns, escassos, períodos de jogo, dominou e controlou o adversário e a partida, revelando uma superior atitude competitiva e uma organização táctica irrepreensível.
Alardeando pertinácia conjugada com espírito de grupo e de conquista mereceu, largamente, a fortuna do jogo.
Na verdade, o Braga tudo fez para ganhar o jogo, ao passo que o Porto muito pouco fez.

Rio Ave

A grande surpresa do campeonato volvidas que estão 5 jornadas.
Quase sem se dar por isso, a equipa de Carlos Brito soma 9 pontos, resultado de duas vitórias caseiras e de três empates na condição de visitante.
Mais, prossegue invicta e sem sofrer golos nas partidas disputadas em casa.
Manteve, no essencial, a estrutura da temporada transacta, à qual acrescentou a experiência de Carlos, Ricardo Chaves e João Tomás, e a fantasia de Adriano e Bruno Gama.
Com um técnico que conhece como poucos a idiossincrasia do clube, dispõe de todas as condições para alcançar, cedo, a tão desejada manutenção na Liga Sagres.

Sob Pressão

Académica

Há duas semanas, escrevi: "Se o espaço de manobra de Rogério Gonçalves era já de si escasso, fruto da contestação em torno da sua contratação, é agora reduzidíssimo.
Uma eventual derrota em Olhão pode precipitar a sua saída."
A profecia parecia inevitável, mas o certo é que José Eduardo Simões segurou o treinador.
Talvez, cogitando uma vitória frente ao Belenenses.
Face a mais um insucesso, apenas o estatuto de aposta pessoal do Presidente garante a continuidade de Rogério.
Seja como for, uma derrota em Vila do Conde tornará insustentável a sua permanência.

Naval

Vi o despedimento de Ulisses Morais quase como uma heresia!
O seu percurso na Figueira merecia outra consideração!
A descapitalização do plantel da Naval merecia outra ponderação - saíram dois jogadores nucleares, Paulão e Marcelinho, e não arribaram outros de valia sequer aproximada.
As lacunas da época passada acentuaram-se e a mudança de treinador pode até vir a revelar-se perniciosa.
No imediato, foi-o. No futuro, ver-se-á, na certeza, porém, que a principal mais valia navalista residia no profundo conhecimento que Ulisses Morais dispunha do naipe de jogadores à sua disposição.

Dream Team

Nuno Santos

Zé Gomes, Carriço, Diakité e Evaldo

Alan, Vandinho, Adriano e Castro

Edgar e Rabiola

Arbitragem

Tranquilidade na generalidade das partidas da 5ª jornada, agitação nos desafios dos 3G´s.
Na Pedreira, Pedro Proença não assinalou, mal, penalty num derrube de Álvaro Pereira sobre Alan.
Em Leiria, o ressabiamento determinou uma algazarra incompreensível quanto ao lance do qual resultou a grande penalidade a favor do Benfica.
Jogo perigoso com contacto foi, é e será sempre livre directo. Dentro da área, penalty!
Em Alvalade, Rui Costa esteve ao seu nível - paupérrimo!
Pressionado por um putativo equívoco anterior, inventou uma grande penalidade a favor do Sporting ao "confundir" o peito de Anselmo com a sua mão!
E digo putativo, pois que foi a bola que encontrou a mão de Miguel Garcia e não o contrário.

15 comentários:

Jimmy Jump disse...

Não percebo a razão de ser de tanto elogio à Olhanense, quando esteve a ganhar por dois golos de diferença e permitiu-se sair de Alvalade vergada ao peso da derrota.
Tudo bem que havia ausências importantes no seio da equipa e o penalty fantasma ao cair da primeira parte foi um maná para os Lagartos. Todavia quer no primeiro quer no terceiro golo a equipa de Olhão facilitou em demasia.

P.S: Amigo Vermelho, em Alvalade esteve o irmão, Rui Costa. Esse sim, com um desempenho pobre. Ficou claramente condicionado por não ter marcado e bem a bola na mão de Miguel Garcia e estava-se mesmo a ver que iria fazer das suas. E assim fez…o resultado!

VermelhoNunca disse...

Vitória justa do Sporting num jogo bem disputado, com erro clamoroso do senhor Costa. Não fez o resultado, ao contrário que aqui diz o Saltitão.
Quanto ao lamce do herói de Alkamar, anterior ao disparate do senhor Costa, é no mínimo discutível. A bola entraria na baliza, pois Garcia está na linha de golo. Reconheço que a bola ressalta do poste para o mão do jogador., que no entanto vem em movimento para aquela zona do terreno.
Para mim esclarecedor seria qualquer tipo de mão na área era penálti, e ponto final. Deixar isso ao critério do árbitro, analisar se foi ou não intencional, dá sempre azo a discussão.
Quanto ao lance de Aimar, estou em completo acordo com as palavras do jogador do Leíria sobre o mesmo.

Vermelho disse...

Amigo Jimmy:
Obrigado pela correcção.
Aquele abraço.

Jimmy Jump disse...

Não, a bola não ia entrar na baliza. Isso é a sua perspectiva inclinada da coisa.
Ao que parece nem o Condómino Neverland nem o Mamadou quiseram ver ou rever o lance. Só assim se percebe que concorde com o jogador da U. de Leiria quando este desfasadamente refere que nem tocou em Aimar?!
Dizer ainda que concordo com o fim da questão da intencionalidade da bola na mão ou da mão na bola no futebol.
Seria benéfico a todos os níveis.

Vermelho disse...

Amigos Jimmy e Nunca:
Penso que não estão a ver a dimensão do que propõem.
O fim da intencionalidade criaria o tiro ao alvo.
Estou em crer que mais do que jogar futebol, nas imediações da área a intenção seria acertar na mão do adversário.
Discordo frontalmente de tal medida.

VermelhoNunca disse...

O jogador do Leíria diz que Aimar é que foi de encontro a ele, depois de executar o corte de bola.
Concordo.

VermelhoNunca disse...

E porque não será a sua perspectiva inclinada a decidr que a bola não ia entrar na baliza?

Jimmy Jump disse...

Não me parece que assim seja amigo Vermelho. Tu que jogaste à bola sabes bem que bem da dificuldade que isso representa. Obviamente, nos lances em que os jogadores estão mais ou menos parados e com essa possibilidade em aberto o que o jogador adversário tem a fazer é colocar as mãozinhas atrás das costas.
Também te digo, que se por acaso tiveres razão e se por ventura se registar essa evolução, o futebol ficaria a ganhar com mais golos por jogo.
Esta é a minha opinião.

Jimmy Jump disse...

Condómino Neverland, essa sua interrogação seria óbvia.
É caso para dizer fique com a sua que eu fico com a minha.
Mas fico feliz por saber que estamos de acordo no essencial da questão. Não era penalty.

Vermelho disse...

Amigo Jimmy:
Caso conhecesse forma de lei a objectivização dos contactos da bola com as mãos dos jogadores, obviamente, que o treino e a estratégia teriam que contemplar esse aspecto.
O futebol sairia descaracterizado com o incremento da procura das mãos do adversário.
Estou em crer que se passaria a tentar de forma quase similar alvejar a baliza e as mãos dos adversários.
Hoje, existem especialistas em lances de bola parada.
No futuro, com a objectivização existiriam os especialistas em lances em que se visa os membros superiores do adversário.
Por outro lado, ver jogadores a correr de mãos atrás das costas não me parece próprio do futebol.

p.s. acréscimo de golos sim, acréscimo de golos fruto de penaltys resultantes da alteração da Lei, não!
Aliás, não ligo a qualidade de um jogo de futebol ao número de golos.
Alguns dos melhores jogos que vi terminaram 0-0 ou 1-0 ou 1-1.
As goleadas, por exemplo, raramente são sinónimo de grandes jogos, tal o desnível entre as equipas.

Jimmy Jump disse...

Amigo Vermelho, basta conhecer a teoria da evolução de Darwin para saber que não foram só os predadores que aperfeiçoaram as suas técnicas.
Nesse sentido e na minha modesta opinião, a possibilidade do surgimento de jogadores especialistas em acertar nas mãos é real, como real será o aparecimento de jogadores especialistas em defender-se de tais situações. As coisas evoluem de uma maneira geral.
Agora não me parece de todo que esta alteração a ter lugar, desse lugar à aparição de uma nova modalidade: o futebol tiro ao “alvo”, tal como sugeres.
Dizer ainda, que com esta introdução o trabalho dos desgraçados dos árbitros tenderia a ficar mais facilitado assim como a verdade desportiva quedaria mais protegida.

Jimmy Jump disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jimmy Jump disse...

“É uma onda que se alevantou. É um átomo a mais que se animou... Não sei por onde vou, Não sei para onde vou - Sei que não vou por aí!“
Está mais do que visto que o Cântico Negro de José Régio é uma das coisinhas boas que Pinto da Costa vê nesta vida.
Sempre que sobe ao palanque e a oportunidade surge não enjeita olear os seus dotes de declamador - pobres de si diga-se - e é aí que esta poesia tem sido evocada vezes sem conta. Assim o foi ontem na entrega do Dragão de Ouro.
Confesso que também gosto do poema, e daquele concluo de forma elementar que não devemos escolher a via fácil das coisas.
Conhecendo a façanha pública de Pinto da Costa como conheço, fico sem perceber por que se toma aquele sujeito mensageiro desta obra-prima.

Vermelho disse...

Amigo Jimmy:
A verdade desportiva quedaria mais protegida pela competência e pela coragem.
O problema actual dos árbitros é a sua incompetência e a sua cobardia, sempre em defesa dos interesses instalados.
A superação do problema não passa por eliminá-lo administrativamente através de uma solução que, no meu ponto de vista, pode desvirtuar a própria essência do jogo.
Introduzam-se meios tecnológicos e a generalidade destas questões serão ultrapassadas.

Vermelho disse...

Amigo Jimmy:
Especialista é aquele que é diferenciado.
Ou seja, num universo de 11 indivíduos é aquele que se destaca por uma particular apetência.
Numa equipa de futebol, especialistas haverá, por regra, dois ou três em cada área.
Equivale isto por dizer, que, independentemente, da evolução ser biunívoca, sempre a especialidade ofensiva sairá beneficiada, pois que cada atirador ao alvo disporá de 7 ou 8 não especialistas para acertar.