Foi acionado o alarme vermelho. Quatro jornadas da Liga deixaram entender, com clareza meridiana, quão difícil vai ser o Benfica reeditar o título nacional. Fala-se do pior arranque de sempre em quase 80 edições da prova? Haverá alguém, na posse das suas faculdades futebolísticas, por mais limitadas ou sectárias, que se atreva a dizer que este plantel é o pior do historial benfiquista? Ou que a equipa técnica é a mais incompetente? Ou que o clube padece de uma liderança forte? Ou também que vive a sua maior crise financeira ou de identidade? Ou ainda que lhe escapa, como nunca, o apoio popular?
As causas são outras. Não é tanto a ausência de Di María ou de Ramires no elenco, menos ainda a presença de Roberto na defesa das redes. Não é seguramente uma pré-época atípica, muito menos um calendário adverso. No singular, a causa é uma arbitragem descomprometida com a verdade, comprometida com um antibenfiquismo chocante. Não foi assim, na Luz, frente à Académica? Não foi assim, na Madeira, perante o Nacional? Não foi assim, escandalosamente, em Guimarães, ante o Vitória de Guimarães?
O universo benfiquista está em polvorosa, não se subestime a sua pujança. Pretende equilíbrio, verdade, justiça. Os mesmos preceitos que até permitem reconhecer que uma grande penalidade, por ironia, não foi apontada no jogo frente ao Hapoel, em prejuízo da turma israelita, na abertura da campanha europeia. Mas não houve também um lance de penálti a favor do Benfica? E a exibição da equipa não legitimou o triunfo?
O alarme vermelho vai soar ruidoso. Não há limites para o som da razão.
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