segunda-feira, setembro 20, 2010

O dérbi é vermelho - Marta Rebelo

Foi um Tacuara finalmente perigoso o que apareceu a noite passada na Luz, que não precisou de mandar calar os adeptos. Aos 13’, Cardozo fez magia e abriu caminho a um dérbi absolutamente dominado pelo Glorioso. No clássico dos clássicos – sim, ao FCP falta história e ao Braga papa Maizena para chegar aos clássicos – Tacuara voltou à magia aos 50’ numa bola em arco, um gesto técnico irrepreensível em entendimento com Savi.

Neste dérbi em que Xistra não foi Benquerença, Fabito foi de ouro. Que pés mágicos tem este miúdo! Mas nem isso o livrou do amarelo. Aliás, a equipa continua muito amarelada, fruto da instabilidade que ainda não ultrapassámos. Só que, desta feita, na fotografia pontuam as águias. O SCP passou a primeira metade a defender com 11 nos seus últimos 30 metros. Só Liedson tentava espreitar, mas com perigo só aos 58’. Levezinho tentava, mas não saía da tentativa. E até Roberto fez bonito. Depois de três defesas incompletas, em que pelo ar soltou a bola, o mancha-amarela fez uma defesa de gente grande já perto dos 90’. Uma coisa é clara: surgem os golos, surge a alegria no jogo, a pujança, a basculação ofensiva imponente e do ataque à defesa tudo começa, em crescendo, a correr bem. Eu tinha razão: o SCP era uma vítima apetitosa para a recuperação anímica do SLB. E foi!

Mas nem tudo foram papoilas saltitantes. Jesus finalmente percebeu que Pablito Aimar só dá para metade. Mas, pela águia “Vitória”, César Peixoto?! Aos 16’ a falta de classe de Peixoto evidenciava-se ao deixar Liedson fugir, sem sequer esboçar um movimento. Minutos depois, num triste ensaio de drible, perde a bola e Fabito tem de ir ao remendo. Isto não é para ele! Peixoto é como os muitos bilhetes falsos que a PSP apreendeu na Luz.

Uma palavra para a FPF: que palhaçada é esta de Madaíl inventar um Mourinho salvador por 2 jogos? O desafio hercúleo era por demais apetitoso para El Especial. E que história é esta de Seara só avançar se Madaíl não for recandidato? Já nos livramos de um, mas falta o suspeito do costume.

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