From: Domingos Amaral
To: Carlos Queiroz
Caro Carlos Queiroz
Ao contrário do que o senhor disse, na Federação não há um polvo, mas sim um caranguejo. As seleções nacionais, desde que saiu Scolari, andaram para trás, como os caranguejos. Como se viu ontem, não há em Portugal nem grandes jogadores, como houve em 2004, quando jogavam em simultâneo Figo, Rui Costa, Deco e Cristiano Ronaldo; nem um grande treinador, nem grandes dirigentes. Houve uma regressão geral no futebol das seleções.
Os jogadores foram abandonando ou envelhecendo, e com a exceção de Ronaldo, não surgiram génios como os de antigamente. Ao mesmo tempo, os dirigentes também foram envelhecendo. Madaíl, Amândio de Carvalho e mais uns quantos, continuaram por lá, como nos tempos dos sovietes continuava a malta do Politburo.
Quanto ao senhor, apesar de principescamente pago, não mostrou nem o talento, nem os serviços mínimos de boa educação, para comandar uma Seleção Nacional. E portanto vamos todos, infelizes e zangados, assistindo a esta lenta e penosa decadência. Depois do inenarrável espetáculo que o senhor e Madaíl e toda a Federação deram nos últimos tempos, e depois do patético descalabro de ontem, Portugal agradecia que todos os caranguejos saíssem do palco. Tal como depois de Saltillo, é preciso uma revolução na Federação, que limpe a porcaria, que desta vez o inclui também a si
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