Seis jornadas após o início do campeonato, já é possível esboçar um retrato das principais equipas.
O FC Porto joga coletivamente pior do que no tempo de Jesualdo Ferreira, mas mostra uma grande consistência defensiva. E, como tem três jogadores à frente que resolvem jogos, pode jogar mal e ganhar. Isto vai acontecer muitas vezes neste campeonato.
O Benfica está na situação oposta: pode jogar bem e perder. Porque não tem ninguém que resolva jogos sozinho, e o seu único goleador, Cardozo, é de uma exasperante irregularidade: falha oportunidades incríveis. Contra o Sporting teve cinco golos nos pés e marcou dois, contra o Marítimo teve três e não marcou nenhum.
O Sporting vive uma situação angustiante: ninguém sabe o que esta equipa vale. Enquanto o FC Porto e o Benfica já mostraram como jogam, o Sporting ainda é um enorme ponto de interrogação. Não tem um padrão de jogo, é capaz do melhor e do pior, é impossível saber o que vai sair dali.
Finalmente, o Sp. Braga. Que tem um futebol manhoso, que lhe permite ir somando pontos como quem não quer a coisa. Nesta equipa, cada pedra tem um papel bem definido – e as pedras podem mudar mas o coletivo aguenta-se. Do ano passado para este o Braga perdeu muitos jogadores, mas mantém o mesmo rendimento, o que é notável.
Resta uma nota para as arbitragens. É claro que o Benfica foi prejudicado até hoje e o FC Porto foi beneficiado. Mas, independentemente disto, é indiscutível que o Porto tem a equipa mais sólida. Enquanto o FC Porto se assemelha a uma rocha, a do Benfica é um campo de flores. Já agora, o Sporting faz-me lembrar areias movediças e o Braga parece um rio traiçoeiro.
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