O Benfica vai exercer a opção por Jorge Jesus, segurando-o pelo menos por mais um ano. É o corolário lógico do excelente trabalho desempenhado pelo técnico na Luz, onde os pontos altos são a conquista da Taça da Liga, a caminhada até aos quartos-de-final da Liga Europa e a liderança da Liga quando faltam apenas quatro jornadas para o final. É uma boa notícia para todos os benfiquistas, especialmente para Luís Filipe Vieira e Rui Costa, que desde que o técnico assinou pelo empresário Jorge Mendes que temem a chegada de uma proposta irresistível para o homem que colocou as águias a jogar o melhor futebol encarnado nos últimos anos.
Para segurar Jesus, Vieira teve de abrir os cordões à bolsa e envolver de forma permanente o treinador na preparação da próxima época. O presidente perdeu margem para fazer negócios nas costas de toda a gente e aparecer com jogadores à revelia da estrutura do futebol. Por muito que lhe custe perder protagonismo – como se percebeu em recente entrevista televisiva, onde decidiu amesquinhar Rui Costa sem razão aparente – os benfiquistas têm hoje a noção de que o que mudou na Luz foi quem treinava e não quem presidia. Foi Jesus quem colocou a equipa a jogar à bola, a ganhar como não se via desde 2004, devolvendo o tempo dos sonhos à catedral.
A eliminação em Liverpool acabou por ajudar à resolução de um caso que poderia ser mais bicudo se Jesus tivesse conseguido manter o Benfica na Liga Europa. Colocaria o mundo de olhos postos na Luz e a queda de um gigante como a equipa de Benítez poderia levar mesmo à fuga lá para fora. Agora, agarrem-no se puderem.
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