Mais um jogo, mais uma vitória, nova demonstração de poder. O Benfica despachou o Olhanense (5-0) sem ter de se esforçar muito. Um penálti de Delson logo de entrada fez com que os mais de 60 mil adeptos encarnados nem tivessem tempo para roer as unhas. E mesmo os mais cépticos, ainda antes dos 10 minutos, já estavam igualmente convencidos que a missão do dia seria cumprida sem sobressaltos, pois o brasileiro que cometeu a grande penalidade recolheu ao balneário (segundo amarelo), pouco depois, por "varrer" Di Maria.
Se já se esperava que os algarvios precisassem de alguma sorte para pontuar na Luz, depois de sofrer um golo praticamente no lance inaugural e de ficar em desvantagem numérica logo de seguida... nada havia a fazer. As águias limitaram-se a confirmar a esperada superioridade, marcaram 5 golos (podiam ter feito mais), somaram os 3 pontos em causa e ficaram à porta do título. Rigorosamente à entrada, que é como quem diz a 1 único ponto de distância, caso o Sp. Braga some os 9 que ainda tem para disputar.
Referi aqui, após o triunfo caseiro diante do Sporting, que muito dificilmente o Benfica não conquistaria o título. O sucesso em Coimbra, na semana passada, funcionou como o princípio da festa que, este sábado, se tornou mais evidente com o anfiteatro encarnado devidamente composto para acompanhar mais um passo rumo à certificação matemática do objectivo. Agora, resta saber quando terá lugar a comemoração efectiva, sem esperança pontual para o único rival que, nesta altura, ainda sonha roubar o ceptro aos encarnados.
O Sp. Braga, já o afirmei vezes sem conta, tem assinado um campeonato verdadeiramente sensacional. Só não vai ser campeão porque teve a tremenda infelicidade de engatar a sua melhor prestação de sempre quando o Benfica construiu uma das equipas mais competitivas dos últimos anos e, mais importante, revelou uma consistência futebolística que há muito não se via. Mais que olhar para os pontos, convém ter presente que as águias, a 2 jogos do termo da Liga, somam apenas quatro partidas sem vencer e uma única derrota (precisamente diante dos arsenalistas). É obra!
Se o Benfica tivesse vacilado num dos últimos compromissos, acredito que os minhotos seriam capazes de reunir forças suficientes para levar a decisão até ao "sprint" final. Contudo, a cada vitória encarnada, e mesmo com os pupilos de Domingos a fazer o que lhes compete, nota-se que a fé diminui. E penso que, este domingo, na Figueira da Foz, essa falta de esperança pode ser um adversário adicional para a equipa bracarense. De resto, diga-se em abono da verdade, também é preciso contar com a Naval que, não há muito, chegou a estar a bater, no Bento Pessoa, o Benfica por 2-0...
PS - O FC Porto está a rubricar uma ponta final de época muito interessante. E se a vitória no Bonfim não constitui surpresa (é um resultado tradicional), merece destaque a forma incisiva como a equipa, desde o primeiro minuto, se bateu de forma a ganhar o jogo e, dessa forma, manter a pressão sobre o Sp. Braga no que à luta pelo segundo lugar diz respeito. É uma pena que antes de receber o Benfica, os dragões não possam ambicionar a mais que a presença na Liga dos Campeões. E, já agora, é de lamentar também que uma das figuras da prova, o goleador Falcão, não possa alinhar no clássico para continuar o duelo particular com Cardozo no que se refere ao título de melhor marcador. Um amarelo que até se entende (deu uma chapada em Bruno Ribeiro) deixa-o "offside". Não se entende é como os dois setubalenses envolvidos no lance conseguiram escapar sem um cartão que fosse quando, basicamente, bateram forte no opositor...
Sem comentários:
Enviar um comentário