Cardozo é um daqueles jogadores que facilmente dividem opiniões.
E não estou a falar de adeptos e jornalistas. Mesmo entre os treinadores.
Por exemplo Quique. Por exemplo Jorge Jesus. O espanhol assim que teve alternativa, colocou o paraguaio no banco. O português deu-lhe sempre todo o apoio, mesmo quando Cardozo oscilou e pareceu incapaz até de fazer golos a partir de grandes penalidades. Por exemplo, para finalizar, o seleccionador paraguaio que já elegeu o benfiquista como referência de ataque no Mundial.
Cardozo fez três golos frente ao Olhanense e isso bastou para ultrapassar Falcao na corrida ao título de goleador da Liga. Mas provavelmente não chegará para colocar ponto final na discussão entre os que o adoram e os que lhe torcem o nariz. Porque Cardozo oferece poucas soluções quando é preciso correr e driblar, mas é espantoso sempre que a bola tomba para o pé esquerdo.
Bem servido, como este ano, o paraguaio arriscar-se-á sempre a chegar perto dos 30 golos na Liga. Pode não ser suficiente para fazer dele o melhor avançado do campeonato, mas torna indisfarçável a sua utilidade.
Ou seja, Cardozo é um jogador que se pode discutir, mas no final a sua titularidade é sempre indiscutível.
P.S.: Claro que o sucesso de Cardozo não apaga a grande época de Falcao, até por estar numa equipa com muito maiores dificuldades.
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