Antes de se iniciar a época, Luís Filipe Vieira esteve meses a fio a falar do Apito Dourado. Cada Casa do Benfica que visitava, cada entrevista que concedia, o presidente do Benfica não perdia a oportunidade de insinuar que o FC Porto ganhava campeonatos devido a influências na arbitragem.
Agora, em situação de claro desconforto, é Pinto da Costa quem adota estratégia semelhante. Não há aparição pública que não aproveite para utilizar os casos dos túneis como argumento para justificar a momentânea supremacia do principal rival.
Se em épocas anteriores o valor do plantel do FC Porto era inegavelmente superior ao do Benfica, tudo se inverteu desde o último verão. Pinto da Costa preferiu negociar Lucho González e Lisandro López por bom dinheiro. Luís Filipe Vieira, por seu turno, optou por investir em Javi García, Ramires e Saviola e deu tempo para que David Luiz e Di María ganhassem outra maturidade.
Acarreira mal sucedida do FC Porto deve-se à gestão de Pinto da Costa e não a qualquer outro fator mais ou menos obscuro. Desta feita, o presidente portista não conseguiu que a equipa superasse a saída de elementos fundamentais. Outrora, Jesualdo Ferreira, já tinha inventado Fernando, espremido Rolando ao máximo e tapado um ou outro buraco com soluções de eficácia duvidosa oriundas do mercado argentino. Esta época, o Benfica reforçou o plantel e a estrutura que o dirige, a receita portista esgotou-se e não houve hipótese de repetir as façanhas do passado.
Já antes da decisão sobre os incidentes de qualquer túnel deste país, o FC Porto estava claramente aquém do nível competitivo, exibicional e de produção relativamente a anos anteriores. Pinto da Costa sabe disso mas não quer admiti-lo.
Sem comentários:
Enviar um comentário