O Benfica saiu da Europa por números que se parecem mais com a equipa de outros tempos, recentes, do que com o perfil da equipa treinada por Jorge Jesus.
Não acho que os 4-1 de Liverpool sejam a exacta diferença entre as duas equipas. Assim como os 5-0 do Arsenal ao F.C. Porto não traduziram a distância.
Esta quinta-feira, simplesmente, o Benfica errou mais do que o costume. Sobretudo atrás. E o Liverpool, sem a pressão louca que os mais distraídos anteviam, aproveitou. Com frieza.
Depois de ver o Liverpool marcar como marcou, seria simples responsabilizar Jorge Jesus, que decidiu alterar 50 por cento da defesa numa partida decisiva.
Mas para isso seria preciso saber se os habituais titulares estão nas melhores condições. É provável que não estejam, assim como é provável que Fábio Coentrão não seja a melhor escolha para travar Kuijt.
Nunca saberemos se seria melhor manter a dupla habitual de centrais (e em princípio é sempre melhor manter do que alterar...). Sabemos, sim, que este Benfica assim foi goleado em Inglaterra e assinou um dos jogos menos equilibrados da temporada.
Isto não apaga, claro, o que o Benfica já fez de bom esta época. E, pensarão os benfiquistas, não significa que o Sporting de Braga está mais perto do que estava antes das 21:54, quando o árbitro apitou pela última vez em Anfield.
Significa apenas que ainda não foi desta que o Benfica regressou à Europa. Este ano não foi mau. Mas o clube continua distante do passado que lhe valeu a glória.
Para fazer boa figura na Liga dos Campeões, na próxima época, continua a ser preciso melhorar a equipa.
P.S.: Para muita gente, Di Maria terá sido a principal decepção em Liverpool. Para mim não. Continua a faltar muito ao argentino para ser de facto um jogador de classe mundial. Talvez possa lá chegar. Mas ainda não está perto.
Sem comentários:
Enviar um comentário