O Benfica, mesmo com sofrimento nos derradeiros instantes, venceu a Académica (3-2) e, se já não estava longe, agora encontra-se a um pequeno passo de conquistar o título. É certo que a matemática ainda não encerrou as contas (as águias precisam de mais 4 pontos, acreditando que o Sp. Braga somará os 9 disponíveis até ao final da competição), mas já ninguém equaciona outro desfecho que não o sucesso encarnado. Aliás, a euforia que adeptos e futebolistas (David Luiz está a tornar-se um caso sério de popularidade junto dos sócios e simpatizantes) demonstraram no Cidade de Coimbra assinalou, em traços gerais, o inicio oficioso das comemorações.
Sem Saviola e com Cardozo visivelmente em dificuldades, o Benfica voltou a contar com a inspiração de Weldon (tem queda para as partidas na zona Centro, conforme já se tinha visto na Figueira da Foz) e a criatividade de Di Maria para resolver um problema que, pese o golo madrugador, durou até ao derradeiro apito de Carlos Xistra.
Cientes da necessidade de somar, quanto antes, os pontos que faltam para carimbar o título, os benfiquistas entraram com tudo em Coimbra. E mercê dessa atitude dominadora, marcaram logo aos 3 minutos. E nem quando viram a Académica restabelecer a igualdade, os pupilos de Jorge Jesus abanaram. A confiança é, nesta altura, um dos grandes trunfos da formação da Luz que, basicamente, consegue fazer sempre o suficiente para dobrar os obstáculos que lhe surgem pela frente.
No sábado, quando receber o Olhanense, o Benfica continuará - mesmo em caso de triunfo - a não poder festejar, em definitivo, o título. Mas, se à conquista da nona vitória consecutiva na prova se juntar, no domingo, um qualquer deslize do Sp. Braga na deslocação ao reduto da Naval... então a conversa terá mesmo um ponto final.
Ser campeão no sofá não será, seguramente, o maior desejo do conjunto encarnado. Contudo, acredito que todos os responsáveis benfiquistas gostariam de viajar ao Dragão já com a questão do título resolvida. É que se não for assim, é provável que os ânimos aqueçam no Porto, não só porque os azuis e brancos ainda deverão estar na corrida pelo segundo lugar (que dificilmente alcançarão...), mas porque a "guerra das palavras" entre os eternos rivais tem andado animada. E como os dirigentes não percebem que são eles, com os seus discursos repletos de recados, quem inflama as hostes mais sugestionáveis... o jogo pode ter pouco futebol, mas muitas estórias.
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