JORGE JESUS deve sentir-se um homem feliz.
Recebeu de braços abertos a primeira oportunidade que lhe deram para se tornar campeão nacional, e soube merecê-la.
Entregaram-lhe valioso grupo de jogadores e foi capaz de formar uma boa equipa, empreitada que, apesar de aparentar facilidades, repetidamente fracassou no passado recente por variadíssimas razões, algumas bem estranhas.
O Benfica ganhou com a contratação de Jesus e este talvez nem se dê conta do salto fantástico que a sua já longa carreira registou neste último ano.
Não é campeão quem quer, mas quem pode, e a Jesus, embora ele o desejasse intensamente, nunca antes lhe fora entregue a responsabilidade de gerir um projecto futebolístico vocacionado para o sucesso.
Este foi apenas o primeiro. O futuro é aliciante e oferece-lhe desafios irrecusáveis, menos pelo dinheiro e mais pelo prazer.
Na interessante entrevista publicada em A BOLA, o treinador benfiquista surge com um discurso diferente, mais ordenado e seguro.
Num clube com a grandeza do Benfica a noção de crescimento não se consegue medir, não há limites para a ambição.
Jesus entendeu isso muito depressa.
Se há meia dúzia de meses as prioridades ainda o atormentavam, agora tudo se lhe afigura claro: ganhar todos os jogos, em todas as frentes, até na Liga dos Campeões. Foi com esse arrojado espírito de conquista que Mourinho se notabilizou e se impôs ao Mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário