Justo! Melhor futebol. Ataque esmagador, com 78 golos. Melhor defesa, a par do Sp. Braga, com 20. Melhor campeão em 15 anos, na percentagem de pontos ganhos. O Benfica confirmou ao longo da temporada tudo o que prenunciou de bom antes do apito inicial. Não se ficou pelo potencial.
A sua voracidade ajudou a provocar instabilidade num Sporting que apostou mais uma vez na receita de sempre: Academia e Paulo Bento para unir as pontas. Depois, aproveitou a sangria que houve no Dragão, já sem grandes figuras de um passado recente como Lisandro e Lucho González, para se chegar à frente e ganhar uma vantagem intocável. Só o Sp. Braga não estava bem nas contas, mas mesmo assim os minhotos sempre pareceram a um passo de distância.
David Luiz, Luisão, Javi García, Fábio Coentrão, Di María, Saviola e Cardozo, mais do que os outros, saem da época como grandes figuras. Sublinhe-se: muito do futuro na Luz passará de quantos destes conseguirá manter para o ano. O número é elevado, mas este Benfica é mesmo assim, o troféu tem muitas assinaturas. E faltam outras, como Quim, Maxi, Rúben Amorim, Carlos Martins, Ramires... Decisivos também.
O futuro do Benfica começa amanhã, depois da festa. Manter o novo ciclo significa segurar muitas das suas estrelas. E saber vender bem, porque terá de vender. Talvez Di María tenha dito adeus à liga portuguesa, só saberão os dirigentes. Mas uma sangria desmedida poderá significar festejos demasiado curtos.
Cardozo termina melhor marcador e merece-o, como mereceria Falcao. Foram sem dúvida figuras do campeonato e fundamentais nas suas equipas, mas o colombiano deixa no ar a questão de como seria se tivesse atrás dele um conjunto moralizado como o rival. Para o paraguaio tem um gosto especial: será que os benfiquistas ainda duvidam dele?
Seja qual for o nome que lhe queiram dar, este é o campeonato do Benfica.
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