O administrador do Benfica Domingos Soares Oliveira bem pode dizer que Di Maria não está vendido que já nem Jorge Jesus acredita que esse não será o desfecho lógico do mega-negócio que vai levar José Mourinho para o Real Madrid. Ontem, na entrevista na RTPN, muito bem conduzida por Hugo Gilberto, sublinhe-se, o treinador encarnado foi claríssimo: “Já penso no Benfica sem Di María”.
Jesus, aliás, não teve papas na língua em relação a outros assuntos. Ali mesmo, em pleno estúdio da televisão, o técnico despachou Quim, o titularíssimo campeão da baliza. Depois de tantas loas ao guarda-redes e muita indignação da família encarnada por não ter sido convocado por Carlos Queiroz para o Mundial, ora toma lá uns patins e vai à tua vida que não tens lugar no Benfica. E que explicação há para esta decisão? Jesus deu-a instantes antes de anunciar a saída de Quim. “Bom jogador é... um bom jogador. Grande jogador são aqueles que fazem a equipa jogar, daqueles que dão pontos”, disse o treinador. Compreendido?
Numa conversa franca e aberta, destaco mais dois momentos (mas houve muitos mais). Um, quando disse que Huntelaar é o jogador que gostaria de ter se Cardozo sair. O outro, quando a muito custo disse que não tinha recebido convites de Portugal nas últimas semanas. Terá sido o único momento em que Jesus não foi sincero.
À margem de Jesus: espreitei o jogo da Coreia do Norte com a Grécia e fiquei impressionado. Os norte-coreanos podem ser um osso muito duro de roer. Apesar de notórias fragilidades defensivas, são rápidos e agressivos no ataque. Sobretudo o ponta-de-lança Jong Tae-Se que junta àquelas características grandes qualidades técnicas. Tae-Se dá pelo nome de Chong Tese no Japão (foi lá que nasceu e é lá que joga) e por Jeong Dae-Se na Coreia do Sul (é filho de sul coreanos) e prometeu três golos por jogo no Mundial. À Grécia marcou dois. Foi um bom ensaio. E um grande aviso.
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