A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:
1º Lugar: Cavungi - 180 pontos;
2º Lugar: Carlos - 165 pontos;
3º Lugar: Vermelho Nunca e Zex - 150 pontos;
4º Lugar: Costa - 145 pontos;
5º Lugar: Jorge Mínimo - 140 pontos;
6º Lugar:Holtreman - 135 pontos;
7º Lugar: Kubas - 125 pontos;
8º Lugar: Fura-Redes - 120 pontos;
9º Lugar: Vermelho Sempre - 110 pontos;
10º Lugar: Samsalameh, Vermelho e Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 105 pontos;
11º Lugar: Francisco Lázaro - 90 pontos;
12º Lugar: Sócio e Petit - 80 pontos;
13º Lugar: Braguilha - 35 pontos;
14º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;
15º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
terça-feira, outubro 31, 2006
Liga dos Astros
Antes de publicar a classificação, cumpre esclarecer uma dúvida suscitada pelo condómino Vermelho Nunca.
Afirma este condómino que o condómino Costa apresenta 5 jogadores do Braga no seu plantel, assim violando os regulamentos deste espaço.
Assiste-lhe razão.
Deste modo, no somatório dos pontos obtidos pelo condómino Costa foram, apenas, considerados os pontos averbados pelos jogadores daquele clube, em número de 3, que fazem parte do onze titular por si indicado, tendo-se por não escritos os dois restantes jogadores do Braga.
A classificação geral da Liga dos Astros é a seguinte:
1º Lugar: Joker alho - 355 pontos;
2º Lugar: Caça-Lagartos/Suçuarana - 338 pontos;
3º Lugar: Kubas4EverTeam - 324 pontos;
4º Lugar: Afinal estou Vivo - 315 pontos;
5º Lugar: Cruzados - 314 pontos;
6º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 311 pontos;
7º Lugar: Caixa Campus - 308 pontos;
8º Lugar: Eagles - 302 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 236 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
Afirma este condómino que o condómino Costa apresenta 5 jogadores do Braga no seu plantel, assim violando os regulamentos deste espaço.
Assiste-lhe razão.
Deste modo, no somatório dos pontos obtidos pelo condómino Costa foram, apenas, considerados os pontos averbados pelos jogadores daquele clube, em número de 3, que fazem parte do onze titular por si indicado, tendo-se por não escritos os dois restantes jogadores do Braga.
A classificação geral da Liga dos Astros é a seguinte:
1º Lugar: Joker alho - 355 pontos;
2º Lugar: Caça-Lagartos/Suçuarana - 338 pontos;
3º Lugar: Kubas4EverTeam - 324 pontos;
4º Lugar: Afinal estou Vivo - 315 pontos;
5º Lugar: Cruzados - 314 pontos;
6º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 311 pontos;
7º Lugar: Caixa Campus - 308 pontos;
8º Lugar: Eagles - 302 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 236 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
Artigo de Opinião do Condómino Carlos
Portugal, País de Jogadores Subtis
O Amigo Fura-Redes considerou na sua última crónica que o Jorge Costa faria o que Bruno Alves faz actualmente na defesa do Porto, mas com subtileza.
Deu-me o mote para escrever este apontamento, sobre os jogadores mais subtis do futebol português.
A figura do jogador subtil sempre foi imagem de marca do futebol português.
Ainda recentemente, no último Mundial da Alemanha, a equipa portuguesa ficou conhecida por ser um conjunto de rapazes subtis.
Ficaram na memória as expulsões de Costinha e Deco no jogo com a Holanda, particularmente a de Deco, por injusta.
Mais subtil do que foi o Deco era impossível ser-se.
Pena que o árbitro assim não tenha entendido.
Subtil foi também a nossa participação no Mundial da Coreia-Japão.
Ninguém se esquece das subtilezas da mão do João Pinto – essa última e ainda actual grande referência benfiquista, apesar de oriundo das escolas do Boavista - na barriga do árbitro.
Neste particular, aliás, o FCP sempre foi das equipas com jogadores mais subtis.
Desde o Fernando Couto ao Paulinho Santos, passando pelo inarrável Secretário, a subtileza foi sempre o cartão de visita destes jogadores.
E, claro, o Jorge Costa, que de tão subtil que era até passava despercebido no campo. Ninguém dava por ele, nomeadamente o árbitro – quantas vezes foi expulso?
O Benfica nesta matéria também apresenta credenciais, embora as tenha ido buscar a casa alheia.
Mozer, por exemplo, era a subtileza em pessoa.
Actualmente, Petit mostra-se, com orgulho, o verdadeiro subtil.
Penso até ser parente do famoso Manuel Subtil, que se barricou nos estúdios da RTP há uns anos atrás.
A forma elegante como se referiu, há duas épocas, aos rapazes do Rio Ave: “devem ter injectado qualquer coisa, caralho” foi das subtilezas mais bem conseguidas de que há memória.
Nesta verdadeira escola de subtileza do futebol português, não posso deixar de fora dois rapazinhos que jogaram no meu clube – que Paulo Bento teve o discernimento de os mandar de vela, com rodinhas.
Refiro-me, claro, a Beto e a Sá Pinto.
Este último, então, conseguiu cometer a subtileza máxima de cavar a sua expulsão no jogo do título do ano passado (SCP-FCP), quando o resultado ainda era o empate a 0-0, com uma subtil falta a meio campo que de tão subtil que foi significou o fim da sua carreira no SCP.
Consta que a sua subtileza perdura no Standard de Liége.
Pena é não gostar de poesia nem de poetas nem de coisas bonitas, ainda que, neste caso, o poeta tenha, delicadamente, invocado o nome da mãe do Sá em vão.
PS: Já depois de ter escrito esta crónica (que, digo desde já, está muito fraca e sem grande inspiração e que só a mandei para o Snr. Administrador para publicação porque ele mo pediu encarecidamente), outro grande jogador benfiquista surgiu no firmamento da subtileza.
Falo, como é óbvio, de Katsouranis, que conseguiu fracturar o perónio à nova coqueluche do FCP de uma forma tão subtil que o árbitro nem falta marcou.
Isso é que define o verdadeiro jogador subtil.
O Amigo Fura-Redes considerou na sua última crónica que o Jorge Costa faria o que Bruno Alves faz actualmente na defesa do Porto, mas com subtileza.
Deu-me o mote para escrever este apontamento, sobre os jogadores mais subtis do futebol português.
A figura do jogador subtil sempre foi imagem de marca do futebol português.
Ainda recentemente, no último Mundial da Alemanha, a equipa portuguesa ficou conhecida por ser um conjunto de rapazes subtis.
Ficaram na memória as expulsões de Costinha e Deco no jogo com a Holanda, particularmente a de Deco, por injusta.
Mais subtil do que foi o Deco era impossível ser-se.
Pena que o árbitro assim não tenha entendido.
Subtil foi também a nossa participação no Mundial da Coreia-Japão.
Ninguém se esquece das subtilezas da mão do João Pinto – essa última e ainda actual grande referência benfiquista, apesar de oriundo das escolas do Boavista - na barriga do árbitro.
Neste particular, aliás, o FCP sempre foi das equipas com jogadores mais subtis.
Desde o Fernando Couto ao Paulinho Santos, passando pelo inarrável Secretário, a subtileza foi sempre o cartão de visita destes jogadores.
E, claro, o Jorge Costa, que de tão subtil que era até passava despercebido no campo. Ninguém dava por ele, nomeadamente o árbitro – quantas vezes foi expulso?
O Benfica nesta matéria também apresenta credenciais, embora as tenha ido buscar a casa alheia.
Mozer, por exemplo, era a subtileza em pessoa.
Actualmente, Petit mostra-se, com orgulho, o verdadeiro subtil.
Penso até ser parente do famoso Manuel Subtil, que se barricou nos estúdios da RTP há uns anos atrás.
A forma elegante como se referiu, há duas épocas, aos rapazes do Rio Ave: “devem ter injectado qualquer coisa, caralho” foi das subtilezas mais bem conseguidas de que há memória.
Nesta verdadeira escola de subtileza do futebol português, não posso deixar de fora dois rapazinhos que jogaram no meu clube – que Paulo Bento teve o discernimento de os mandar de vela, com rodinhas.
Refiro-me, claro, a Beto e a Sá Pinto.
Este último, então, conseguiu cometer a subtileza máxima de cavar a sua expulsão no jogo do título do ano passado (SCP-FCP), quando o resultado ainda era o empate a 0-0, com uma subtil falta a meio campo que de tão subtil que foi significou o fim da sua carreira no SCP.
Consta que a sua subtileza perdura no Standard de Liége.
Pena é não gostar de poesia nem de poetas nem de coisas bonitas, ainda que, neste caso, o poeta tenha, delicadamente, invocado o nome da mãe do Sá em vão.
PS: Já depois de ter escrito esta crónica (que, digo desde já, está muito fraca e sem grande inspiração e que só a mandei para o Snr. Administrador para publicação porque ele mo pediu encarecidamente), outro grande jogador benfiquista surgiu no firmamento da subtileza.
Falo, como é óbvio, de Katsouranis, que conseguiu fracturar o perónio à nova coqueluche do FCP de uma forma tão subtil que o árbitro nem falta marcou.
Isso é que define o verdadeiro jogador subtil.
segunda-feira, outubro 30, 2006
Espaço Prof. Karamba
Os jogos a contar para a Champions sujeitos a palpite são os seguintes:
Bayern-Sporting;
SLBenfica-Celtic;
Hamburgo-FCPorto;
Sp. Braga - Liberec;
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
Bayern-Sporting: 2-1;
SLBenfica-Celtic: 2-1;
Hamburgo-FCPorto: 1-1;
Sp. Braga-Liberec: 2-0
Bayern-Sporting;
SLBenfica-Celtic;
Hamburgo-FCPorto;
Sp. Braga - Liberec;
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
Bayern-Sporting: 2-1;
SLBenfica-Celtic: 2-1;
Hamburgo-FCPorto: 1-1;
Sp. Braga-Liberec: 2-0
Análise à Jornada
No Dragão, o Porto venceu o Benfica num grande jogo de futebol.
Foi um jogo a três tempos:
Primeiros 30 minutos de domínio portista, últimos 30 minutos de domínio benfiquista e no entretanto o equilíbrio foi a nota dominante.
O Porto entrou melhor no jogo, pressionando alto e imprimindo uma forte dinâmica.
O Benfica, neste período, agonizava, incapaz de se libertar ofensivamente e impotente para travar defensivamente a avalanche ofensiva portista.
Após um remate de Postiga, que embateu nas pernas de Lisandro, o Porto fez o 1-0.
Pouco depois, num lance de génio de Quaresma, lograva o 2-0.
Tudo parecia encaminhar-se para uma vitória fácil e folgada dos azuis e brancos.
Puro Engano.
O Benfica começou a reagir e a libertar-se do espartilho em que se achava envolto.
Emocionalmente a equipa tardava em equilibrar-se, mas com o decréscimo da pressão portista, o processo ofensivo benfiquista começava, paulatinamente, a funcionar.
Anderson lesionou-se e Jesualdo mexeu mal, contribuindo, decisivamente, para o regresso do Benfica ao jogo.
Jesualdo fez entrar Meireles em detrimento de Jorginho, alterando o modelo táctico com que havia iniciado a partida.
Com a inversão do triângulo do meio-campo, o Porto perdeu fulgor, as suas linhas baixaram e a intensidade da sua pressão diminuiu.
Até ao intervalo, o equilíbrio foi a nota dominante, não obstante o Benfica ter beneficiado de duas flagrantes oportunidades de golo, ingloriamente desperdiçadas pelos avançados benfiquistas.
No início da segunda parte e até ao quarto de hora, prevaleceu o equilíbrio de forças, sendo dois remates de fora da área protagonizados por Petit e Postiga, respectivamente, os sinais de maior perigo.
Daí até final, o Benfica assenhoreou-se da partida, dominando, por completo, as incidências do jogo.
Fernando Santos mexeu e bem na equipa, fazendo entrar Mantorras e Nuno Assis para os lugares dos apagados Kikin e Paulo Jorge.
O processo ofensivo benfiquista surgiu mais fluido e intenso.
O Benfica instalou-se no meio-campo azul e branco, comandando o jogo.
Por seu turno, o processo defensivo, com as linhas mais subidas, estabilizou, inviabilizando a construção de jogadas de ataque por parte do Porto.
Para facilitar ainda mais a tarefa defensiva benfiquista, Jesualdo trocou Quaresma por Tarik e o tempo ofensivo portista, pura e simplesmente, apagou-se.
Como corolário do maior domínio benfiquista, Katsouranis fez o 2-1, na sequência de um canto.
O Benfica empolgou-se ainda mais e intensificou a pressão.
Por esta altura, o Porto era uma equipa perdida em campo, incapaz de reagir aos acontecimentos.
Sem surpresa, o Benfica fez o 2-2 por Nuno Gomes, finalizando uma magnífica jogada, digna de figurar nos compêndios do futebol.
Estava concretizada a "remontada".
Afinal, havia mais vida para além da morte anunciada aos 2o minutos da primeira parte.
Esperava-se que o Benfica fosse em busca da vitória, mas, ao invés, os seus jogadores acomodoram-se ao resultado alcançado.
Erro meu, má fortuna.
No último suspiro do jogo, numa mistura de sorte e de desconcentração, o Porto fez o 3-2.
Inadmissível a falta de atenção e de concentração da defesa benfiquista, que ficou expectante a ver a bola encaminhar-se para as redes de Quim.
Inadmissível a inacção de Fernando Santos no banco, que tendo uma substituição para efectuar e, assim, "acabar" com o jogo, permaneceu impávido e sereno.
Mas, também muita sorte portista.
Resultado injusto, pois que o empate se ajustava melhor à produção das equipas.
Destaque para Anderson, Quaresma e Postiga no Porto e para Katsouranis e Simão no Benfica.
Realce negativo para os centrais benfiquistas, especialmente Luisão, dando sinais de uma intranquilidade injustificada e revelando-se incapazes de suster Postiga, e para Fucile, um verdadeiro buraco, sucessivamente ultrapassado por Simão e Léo, para além de ter sido antecipado por Katsouranis no lance do primeiro golo benfiquista.
Arbitragem de bom nível, sem erros de monta, muito embora tenha ficado por assinalar uma falta sobre Petit no lance que deu origem ao segundo golo portista e não tenha admoestado Katsouranis com cartão amarelo no lance que redundou na lesão de Anderson.
A este propósito, uma nota para verberar o comunicado da Sad portista.
Katsouranis teve uma entrada dura, viril, impetuosa sobre Anderson, mas nunca maldosa.
Katsouranis joga a bola e só depois e como consequência natural do seu movimento corporal atinge Anderson.
Ver aqui premeditação roça o imbecil e o patético.
Notas finais para lamentar a lesão de Anderson e para manifestar o mais vivo repúdido pela triste figura de Veiga no momento do segundo golo do Benfica.
Diz bem da sua falta de formação e de educação.
Em Aveiro, o Sporting empatou num grande jogo de futebol.
Não tive oportunidade de assistir ao jogo, pois que me encontrava a celebrar o 92º aniversário da minha avó.
Ainda assim, pelos relatos que me chegaram e pelo resumo que vi, terá sido um grande jogo de futebol, em que emergiu uma figura improvável de seu nome Buba.
O central camaronês fez 3 golos e cotou-se como o melhor em campo.
A rotatividade de Paulo Bento, desta vez, não foi bem sucedida.
O Sporting entrou mal no jogo, permitindo ao Beira-Mar chegar ao intervalo em vantagem.
Na segunda parte, o Sporting com as entradas de Martins e Djálo conseguiu dar a volta ao marcador.
Todavia, o Beira-Mar conseguiu igualar de novo a partida, num lance em que Jardel assumiu papel de especial relevo.
O Sporting ainda logrou, de novo, alcançar vantagem no marcador, mas delapidou-a num lance em tudo idêntico ao terceiro golo portista no Dragão.
Num misto de sorte e de desconcentração, o Beira-Mar no último minuto da partida fez o 3-3 final.
Destaque para os três golos de Buba e para as exibições de Martins e Djálo no Sporting.
Realce negativo para os três golos sofridos de bola parada pelo Sporting e para Ricardo.
Nos restantes jogos, destaque para a vitória tão surpreendente, quanto categórica do Marítimo em Braga e para a primeira vitória do Estrela no campeonato.
A Briosa inverteu a tendência dos últimos anos e perdeu em Leiria.
Mau de mais para ser verdade.
O primeiro golo leiriense é digno de figurar nos "bloopers" do ano.
Foi um jogo a três tempos:
Primeiros 30 minutos de domínio portista, últimos 30 minutos de domínio benfiquista e no entretanto o equilíbrio foi a nota dominante.
O Porto entrou melhor no jogo, pressionando alto e imprimindo uma forte dinâmica.
O Benfica, neste período, agonizava, incapaz de se libertar ofensivamente e impotente para travar defensivamente a avalanche ofensiva portista.
Após um remate de Postiga, que embateu nas pernas de Lisandro, o Porto fez o 1-0.
Pouco depois, num lance de génio de Quaresma, lograva o 2-0.
Tudo parecia encaminhar-se para uma vitória fácil e folgada dos azuis e brancos.
Puro Engano.
O Benfica começou a reagir e a libertar-se do espartilho em que se achava envolto.
Emocionalmente a equipa tardava em equilibrar-se, mas com o decréscimo da pressão portista, o processo ofensivo benfiquista começava, paulatinamente, a funcionar.
Anderson lesionou-se e Jesualdo mexeu mal, contribuindo, decisivamente, para o regresso do Benfica ao jogo.
Jesualdo fez entrar Meireles em detrimento de Jorginho, alterando o modelo táctico com que havia iniciado a partida.
Com a inversão do triângulo do meio-campo, o Porto perdeu fulgor, as suas linhas baixaram e a intensidade da sua pressão diminuiu.
Até ao intervalo, o equilíbrio foi a nota dominante, não obstante o Benfica ter beneficiado de duas flagrantes oportunidades de golo, ingloriamente desperdiçadas pelos avançados benfiquistas.
No início da segunda parte e até ao quarto de hora, prevaleceu o equilíbrio de forças, sendo dois remates de fora da área protagonizados por Petit e Postiga, respectivamente, os sinais de maior perigo.
Daí até final, o Benfica assenhoreou-se da partida, dominando, por completo, as incidências do jogo.
Fernando Santos mexeu e bem na equipa, fazendo entrar Mantorras e Nuno Assis para os lugares dos apagados Kikin e Paulo Jorge.
O processo ofensivo benfiquista surgiu mais fluido e intenso.
O Benfica instalou-se no meio-campo azul e branco, comandando o jogo.
Por seu turno, o processo defensivo, com as linhas mais subidas, estabilizou, inviabilizando a construção de jogadas de ataque por parte do Porto.
Para facilitar ainda mais a tarefa defensiva benfiquista, Jesualdo trocou Quaresma por Tarik e o tempo ofensivo portista, pura e simplesmente, apagou-se.
Como corolário do maior domínio benfiquista, Katsouranis fez o 2-1, na sequência de um canto.
O Benfica empolgou-se ainda mais e intensificou a pressão.
Por esta altura, o Porto era uma equipa perdida em campo, incapaz de reagir aos acontecimentos.
Sem surpresa, o Benfica fez o 2-2 por Nuno Gomes, finalizando uma magnífica jogada, digna de figurar nos compêndios do futebol.
Estava concretizada a "remontada".
Afinal, havia mais vida para além da morte anunciada aos 2o minutos da primeira parte.
Esperava-se que o Benfica fosse em busca da vitória, mas, ao invés, os seus jogadores acomodoram-se ao resultado alcançado.
Erro meu, má fortuna.
No último suspiro do jogo, numa mistura de sorte e de desconcentração, o Porto fez o 3-2.
Inadmissível a falta de atenção e de concentração da defesa benfiquista, que ficou expectante a ver a bola encaminhar-se para as redes de Quim.
Inadmissível a inacção de Fernando Santos no banco, que tendo uma substituição para efectuar e, assim, "acabar" com o jogo, permaneceu impávido e sereno.
Mas, também muita sorte portista.
Resultado injusto, pois que o empate se ajustava melhor à produção das equipas.
Destaque para Anderson, Quaresma e Postiga no Porto e para Katsouranis e Simão no Benfica.
Realce negativo para os centrais benfiquistas, especialmente Luisão, dando sinais de uma intranquilidade injustificada e revelando-se incapazes de suster Postiga, e para Fucile, um verdadeiro buraco, sucessivamente ultrapassado por Simão e Léo, para além de ter sido antecipado por Katsouranis no lance do primeiro golo benfiquista.
Arbitragem de bom nível, sem erros de monta, muito embora tenha ficado por assinalar uma falta sobre Petit no lance que deu origem ao segundo golo portista e não tenha admoestado Katsouranis com cartão amarelo no lance que redundou na lesão de Anderson.
A este propósito, uma nota para verberar o comunicado da Sad portista.
Katsouranis teve uma entrada dura, viril, impetuosa sobre Anderson, mas nunca maldosa.
Katsouranis joga a bola e só depois e como consequência natural do seu movimento corporal atinge Anderson.
Ver aqui premeditação roça o imbecil e o patético.
Notas finais para lamentar a lesão de Anderson e para manifestar o mais vivo repúdido pela triste figura de Veiga no momento do segundo golo do Benfica.
Diz bem da sua falta de formação e de educação.
Em Aveiro, o Sporting empatou num grande jogo de futebol.
Não tive oportunidade de assistir ao jogo, pois que me encontrava a celebrar o 92º aniversário da minha avó.
Ainda assim, pelos relatos que me chegaram e pelo resumo que vi, terá sido um grande jogo de futebol, em que emergiu uma figura improvável de seu nome Buba.
O central camaronês fez 3 golos e cotou-se como o melhor em campo.
A rotatividade de Paulo Bento, desta vez, não foi bem sucedida.
O Sporting entrou mal no jogo, permitindo ao Beira-Mar chegar ao intervalo em vantagem.
Na segunda parte, o Sporting com as entradas de Martins e Djálo conseguiu dar a volta ao marcador.
Todavia, o Beira-Mar conseguiu igualar de novo a partida, num lance em que Jardel assumiu papel de especial relevo.
O Sporting ainda logrou, de novo, alcançar vantagem no marcador, mas delapidou-a num lance em tudo idêntico ao terceiro golo portista no Dragão.
Num misto de sorte e de desconcentração, o Beira-Mar no último minuto da partida fez o 3-3 final.
Destaque para os três golos de Buba e para as exibições de Martins e Djálo no Sporting.
Realce negativo para os três golos sofridos de bola parada pelo Sporting e para Ricardo.
Nos restantes jogos, destaque para a vitória tão surpreendente, quanto categórica do Marítimo em Braga e para a primeira vitória do Estrela no campeonato.
A Briosa inverteu a tendência dos últimos anos e perdeu em Leiria.
Mau de mais para ser verdade.
O primeiro golo leiriense é digno de figurar nos "bloopers" do ano.
sexta-feira, outubro 27, 2006
Antevisão da Jornada do Próximo Fim de Semana
Amanhã, joga-se o segundo clássico da temporada.
A música foi a mesma em semana de clássico. Acusações atrás de acusações com o povo a rir, a aplaudir e a pagar...
Como disse, ontem, Fernando Santos: “Para o Benfica não é decisivo mas é importante. Não é nos jogos entre os chamados grandes que se definem os campeões. Se assim fosse, o ano passado a classificação teria sido ao contrário. Entre os três grandes, o que fez mais pontos foi o Sporting e o Porto foi o que fez menos de todos”.
Eu digo mais – para o FCPorto, também, não é decisivo mas é, igualmente importante.
Numa altura em que as duas equipas estão separadas na classificação por três pontos, embora o Benfica tenha um jogo em atraso, o clássico desta semana não vai decidir absolutamente nada. Mas, já se sabe, este não é um jogo qualquer e para as duas equipas é uma questão de honra ganhar seja em que circunstâncias fôr.
Naquele que será o terceiro clássico disputado no Estádio do Dragão, o Benfica irá procurar manter a invencibilidade neste estádio.
O último clássico no Estádio do Dragão ficou marcado pelo facto do Benfica ter terminado com 14 anos de jejum de vitórias no terreno do FC Porto – o Benfica não vencia no estádio dos portistas desde 1990/91, ano em que César Brito deu a vitória ao clube da Luz com um bis.
Na temporada passada, também um bis, desta feita de Nuno Gomes valeu o triunfo à equipa então comandada por Ronald Koeman.
De lá para cá, pouca coisa mudou no plantel do Benfica - dos 18 jogadores que fizeram parte da lista de convocados do técnico holandês, 14 continuam a fazer parte do plantel benfiquista e sete deles devem mesmo repetir a titularidade.
Quim, Nélson, Luisão, Léo, Petit, Simão e Nuno Gomes iniciaram o confronto com os portistas e são fortes candidatos a manter esse estatuto amanhã.
Aliás, apenas um dos titulares já não integra o plantel, qual seja Manuel Fernandes.
O Benfica desloca-se ao Dragão privado, entre outros, de Miccoli, o que abre a discussão em torno do sistema táctico que Fernando Santos irá adoptar.
O italiano até foi titular na época passada no Dragão, mas não teve influência no claro triunfo das águias, por 2-0, uma vez que foi substituído prematuramente, aos 15 minutos, devido a uma lesão muscular, tendo os golos surgido apenas na segunda parte.
Fernando Santos não prima, propriamente, pela audácia, mas, ainda assim, penso que não irá alterar o modelo em que o Benfica tem actuado.
Ao que tudo indica, Fernando Santos irá manter o 4-4-2, com o meio-campo em losango, o que, desde logo, lhe permite obter uma vantagem importante – superioridade numérica a meio-campo, sector que quem conquista, por norma, vence a partida.
Assim, não abdicará de jogar com dois avançados – Nuno Gomes e Kikin – actuando Simão nas costas destes, como vértice mais avançado do losango.
Kikin Fonseca foi a contratação mais cara do Benfica esta época, mas, até ao momento, ainda não conseguiu justificar o investimento, revelando dificuldades em conquistar um lugar na equipa encarnada.
Kikin foi titular apenas uma vez, frente ao Nacional da Madeira, na terceira jornada da Liga, tendo actuado durante 78 minutos.
O avançado mexicano ainda não marcou qualquer golo e nas poucas oportunidades que tem merecido nada fez de significativo para justificar mais tempo de jogo.
Com excepção da substituição de Miccoli por Kikin, na defesa e meio-campo, Fernando Santos irá manter a estrutura da equipa que derrotou o Estrela.
Assim sendo, Quim irá manter-se como dono da baliza e à sua frente o quarteto defensivo será composto por Nélson, Luisão, Ricardo Rocha e Léo.
A mesma situação verifica-se no meio-campo, mantendo-se o losango utilizado nos últimos dois jogos e composto por Petit, Katsouranis, Nuno Assis e Simão.
Deste modo, Petit, irá surgir como habitualmente no vértice inferior, Katsouranis ligeiramente à frente sobre a direita, Nuno Assis no lado esquerdo, actuando Simão atrás dos avançados.
Apostando nesta estrutura, Fernando Santos trilhará o mesmo caminho de Koeman, que o ano passado, também, optou por um esquema contemplando dois avançados.
Não podendo contar com os médios Karagounis e Rui Costa, que continuam a recuperar de lesões, Fernando Santos não deverá mexer nesta estrutura, pese embora não seja de desconsiderar a hipótese de Karyaka ser chamado à titularidade, o que, inevitavelmente, importaria uma alteração sistémica.
Jogando Karyaka, o sacrificado seria Kikin, actuando a equipa num sistema próximo do 4x1x4x1, ou seja, com Petit declaradamente na zona da meia-lua da grande área, surgindo à frente deste um quarteto composto por Katsouranis, Karyaka, Nuno Assis e Simão, sendo certo que Simão disporia de liberdade para deambular por toda a frente de ataque no apoio a Nuno Gomes.
Uma outra possibilidade desenhou-se a partir da reintegração em pleno de Paulo Jorge, a saber o regresso ao 4x3x3, com Petit, Katsouranis e Assis no meio-campo, Simão e Paulo Jorge nas alas e Nuno Gomes no centro.
No que concerne ao processo defensivo, não é expectável que Fernando Santos contemple uma marcação especial sobre Anderson.
O treinador do Benfica nunca foi defensor desse recurso táctico, por regra optando por uma marcação à zona.
Aliás, frente ao Manchester United, Santos manteve-se fiel à marcação zonal.
Veremos se a equipa se consegue libertar da obsessão de jogar para pressionar, optando, ao invés, por pressionar para jogar.
Poucas dúvidas existem sobre o onze a apresentar por Jesualdo Ferreira.
Após a ausência de Anderson na deslocação a Alvalade, o técnico do F.C. Porto já terá à sua disposição o jovem brasileiro, daí que, muito naturalmente, o esquerdino faça parte da equipa inicial.
Em Alvalade, notou-se a falta da irreverência, das mudanças de velocidade e das fintas do brasileiro.
O «sacrificado» será, ao que tudo indica, Paulo Assunção, pois Raul Meireles e Lucho Gonzalez estão de pedra e cal no meio-campo portista.
Dessa forma, Meireles recuará para a posição de trinco, ocupada por Assunção em Alvalade, permanecendo o argentino como médio de transição.
À frente deles, liberdade quase total para Anderson.
Será um desenho em tudo semelhante ao utilizado por Jesualdo Ferreira na segunda parte do jogo com o Sporting, sendo que nessa ocasião Jorginho fez o papel de Anderson.
Assim, uma vez mais, Paulo Assunção vai regressar ao banco de suplentes.
O médio brasileiro foi um dos jogadores mais preponderantes na temporada transacta, nomeadamente com a implementação do 3x4x3 por Co Adriaanse, mas esta época tem vindo a perder influência na equipa.
Na verdade, Paulo Assunção ainda não se conseguiu adaptar a esta nova forma de jogar do FC Porto, que exige menos do físico e mais da componente técnica, sobretudo ao nível do passe e da recepção.
O estilo de jogo implementado por Jesualdo Ferreira é mais apoiado, de toque curto, e o brasileiro tem revelado algumas insuficiências nestes aspectos, precisamente por ter de passar mais tempo com a bola nos pés comparativamente com o que acontecia o ano passado, com a filosofia de Co Adriaanse.
Na baliza e na defesa, tudo igual: Helton, Jorge Fucile, Pepe, Bruno Alves e Marek Ceck.
Bosingwa, ultrapassado que foi o castigo interno, já treina normalmente mas não é crível que Jesualdo abdique de Fucile, até porque o uruguaio deixou indicações positivas diante do Hamburgo e do Sporting.
No trio ofensivo, Hélder Postiga é uma certeza na posição de ponta-de-lança, tal como Ricardo Quaresma para uma das alas.
O outro extremo deverá continuar a ser Lisandro Lopez, embora aqui subsistam algumas dúvidas, pois Jesualdo tem muitas outras opções em lista de espera, nomeadamente Alan, Jorginho, Vieirinha, Tarik e Diogo Valente.
Contudo, para já, o avançado argentino parece levar vantagem.
Resumindo, a equipa inicial que o F.C. Porto apresentará no clássico de amanhã será a seguinte: Helton; Fucile, Pepe, Bruno Alves e Marek Cech; Raul Meireles, Lucho e Anderson; Quaresma, Postiga e Lisandro.
Estou certo que o Porto entrará em campo imbuído de uma atitude bem diferente da evidenciada em Alvalade.
O temor de Alvalade deverá dar lugar a uma postura bem mais destemida.
Espero ver no Dragão um grande jogo de futebol, com duas das melhores equipas portuguesas e golos, muitos golos.
E espero que se mantenha a tradição do Benfica nas deslocações ao dragão…
Na deslocação a Aveiro, o Sporting só não ganhará se não quiser, tal a diferença de valores entre as equipas.
Na deslocação a Leiria, espero que a Briosa mantenha a tradição e vença.
A música foi a mesma em semana de clássico. Acusações atrás de acusações com o povo a rir, a aplaudir e a pagar...
Como disse, ontem, Fernando Santos: “Para o Benfica não é decisivo mas é importante. Não é nos jogos entre os chamados grandes que se definem os campeões. Se assim fosse, o ano passado a classificação teria sido ao contrário. Entre os três grandes, o que fez mais pontos foi o Sporting e o Porto foi o que fez menos de todos”.
Eu digo mais – para o FCPorto, também, não é decisivo mas é, igualmente importante.
Numa altura em que as duas equipas estão separadas na classificação por três pontos, embora o Benfica tenha um jogo em atraso, o clássico desta semana não vai decidir absolutamente nada. Mas, já se sabe, este não é um jogo qualquer e para as duas equipas é uma questão de honra ganhar seja em que circunstâncias fôr.
Naquele que será o terceiro clássico disputado no Estádio do Dragão, o Benfica irá procurar manter a invencibilidade neste estádio.
O último clássico no Estádio do Dragão ficou marcado pelo facto do Benfica ter terminado com 14 anos de jejum de vitórias no terreno do FC Porto – o Benfica não vencia no estádio dos portistas desde 1990/91, ano em que César Brito deu a vitória ao clube da Luz com um bis.
Na temporada passada, também um bis, desta feita de Nuno Gomes valeu o triunfo à equipa então comandada por Ronald Koeman.
De lá para cá, pouca coisa mudou no plantel do Benfica - dos 18 jogadores que fizeram parte da lista de convocados do técnico holandês, 14 continuam a fazer parte do plantel benfiquista e sete deles devem mesmo repetir a titularidade.
Quim, Nélson, Luisão, Léo, Petit, Simão e Nuno Gomes iniciaram o confronto com os portistas e são fortes candidatos a manter esse estatuto amanhã.
Aliás, apenas um dos titulares já não integra o plantel, qual seja Manuel Fernandes.
O Benfica desloca-se ao Dragão privado, entre outros, de Miccoli, o que abre a discussão em torno do sistema táctico que Fernando Santos irá adoptar.
O italiano até foi titular na época passada no Dragão, mas não teve influência no claro triunfo das águias, por 2-0, uma vez que foi substituído prematuramente, aos 15 minutos, devido a uma lesão muscular, tendo os golos surgido apenas na segunda parte.
Fernando Santos não prima, propriamente, pela audácia, mas, ainda assim, penso que não irá alterar o modelo em que o Benfica tem actuado.
Ao que tudo indica, Fernando Santos irá manter o 4-4-2, com o meio-campo em losango, o que, desde logo, lhe permite obter uma vantagem importante – superioridade numérica a meio-campo, sector que quem conquista, por norma, vence a partida.
Assim, não abdicará de jogar com dois avançados – Nuno Gomes e Kikin – actuando Simão nas costas destes, como vértice mais avançado do losango.
Kikin Fonseca foi a contratação mais cara do Benfica esta época, mas, até ao momento, ainda não conseguiu justificar o investimento, revelando dificuldades em conquistar um lugar na equipa encarnada.
Kikin foi titular apenas uma vez, frente ao Nacional da Madeira, na terceira jornada da Liga, tendo actuado durante 78 minutos.
O avançado mexicano ainda não marcou qualquer golo e nas poucas oportunidades que tem merecido nada fez de significativo para justificar mais tempo de jogo.
Com excepção da substituição de Miccoli por Kikin, na defesa e meio-campo, Fernando Santos irá manter a estrutura da equipa que derrotou o Estrela.
Assim sendo, Quim irá manter-se como dono da baliza e à sua frente o quarteto defensivo será composto por Nélson, Luisão, Ricardo Rocha e Léo.
A mesma situação verifica-se no meio-campo, mantendo-se o losango utilizado nos últimos dois jogos e composto por Petit, Katsouranis, Nuno Assis e Simão.
Deste modo, Petit, irá surgir como habitualmente no vértice inferior, Katsouranis ligeiramente à frente sobre a direita, Nuno Assis no lado esquerdo, actuando Simão atrás dos avançados.
Apostando nesta estrutura, Fernando Santos trilhará o mesmo caminho de Koeman, que o ano passado, também, optou por um esquema contemplando dois avançados.
Não podendo contar com os médios Karagounis e Rui Costa, que continuam a recuperar de lesões, Fernando Santos não deverá mexer nesta estrutura, pese embora não seja de desconsiderar a hipótese de Karyaka ser chamado à titularidade, o que, inevitavelmente, importaria uma alteração sistémica.
Jogando Karyaka, o sacrificado seria Kikin, actuando a equipa num sistema próximo do 4x1x4x1, ou seja, com Petit declaradamente na zona da meia-lua da grande área, surgindo à frente deste um quarteto composto por Katsouranis, Karyaka, Nuno Assis e Simão, sendo certo que Simão disporia de liberdade para deambular por toda a frente de ataque no apoio a Nuno Gomes.
Uma outra possibilidade desenhou-se a partir da reintegração em pleno de Paulo Jorge, a saber o regresso ao 4x3x3, com Petit, Katsouranis e Assis no meio-campo, Simão e Paulo Jorge nas alas e Nuno Gomes no centro.
No que concerne ao processo defensivo, não é expectável que Fernando Santos contemple uma marcação especial sobre Anderson.
O treinador do Benfica nunca foi defensor desse recurso táctico, por regra optando por uma marcação à zona.
Aliás, frente ao Manchester United, Santos manteve-se fiel à marcação zonal.
Veremos se a equipa se consegue libertar da obsessão de jogar para pressionar, optando, ao invés, por pressionar para jogar.
Poucas dúvidas existem sobre o onze a apresentar por Jesualdo Ferreira.
Após a ausência de Anderson na deslocação a Alvalade, o técnico do F.C. Porto já terá à sua disposição o jovem brasileiro, daí que, muito naturalmente, o esquerdino faça parte da equipa inicial.
Em Alvalade, notou-se a falta da irreverência, das mudanças de velocidade e das fintas do brasileiro.
O «sacrificado» será, ao que tudo indica, Paulo Assunção, pois Raul Meireles e Lucho Gonzalez estão de pedra e cal no meio-campo portista.
Dessa forma, Meireles recuará para a posição de trinco, ocupada por Assunção em Alvalade, permanecendo o argentino como médio de transição.
À frente deles, liberdade quase total para Anderson.
Será um desenho em tudo semelhante ao utilizado por Jesualdo Ferreira na segunda parte do jogo com o Sporting, sendo que nessa ocasião Jorginho fez o papel de Anderson.
Assim, uma vez mais, Paulo Assunção vai regressar ao banco de suplentes.
O médio brasileiro foi um dos jogadores mais preponderantes na temporada transacta, nomeadamente com a implementação do 3x4x3 por Co Adriaanse, mas esta época tem vindo a perder influência na equipa.
Na verdade, Paulo Assunção ainda não se conseguiu adaptar a esta nova forma de jogar do FC Porto, que exige menos do físico e mais da componente técnica, sobretudo ao nível do passe e da recepção.
O estilo de jogo implementado por Jesualdo Ferreira é mais apoiado, de toque curto, e o brasileiro tem revelado algumas insuficiências nestes aspectos, precisamente por ter de passar mais tempo com a bola nos pés comparativamente com o que acontecia o ano passado, com a filosofia de Co Adriaanse.
Na baliza e na defesa, tudo igual: Helton, Jorge Fucile, Pepe, Bruno Alves e Marek Ceck.
Bosingwa, ultrapassado que foi o castigo interno, já treina normalmente mas não é crível que Jesualdo abdique de Fucile, até porque o uruguaio deixou indicações positivas diante do Hamburgo e do Sporting.
No trio ofensivo, Hélder Postiga é uma certeza na posição de ponta-de-lança, tal como Ricardo Quaresma para uma das alas.
O outro extremo deverá continuar a ser Lisandro Lopez, embora aqui subsistam algumas dúvidas, pois Jesualdo tem muitas outras opções em lista de espera, nomeadamente Alan, Jorginho, Vieirinha, Tarik e Diogo Valente.
Contudo, para já, o avançado argentino parece levar vantagem.
Resumindo, a equipa inicial que o F.C. Porto apresentará no clássico de amanhã será a seguinte: Helton; Fucile, Pepe, Bruno Alves e Marek Cech; Raul Meireles, Lucho e Anderson; Quaresma, Postiga e Lisandro.
Estou certo que o Porto entrará em campo imbuído de uma atitude bem diferente da evidenciada em Alvalade.
O temor de Alvalade deverá dar lugar a uma postura bem mais destemida.
Espero ver no Dragão um grande jogo de futebol, com duas das melhores equipas portuguesas e golos, muitos golos.
E espero que se mantenha a tradição do Benfica nas deslocações ao dragão…
Na deslocação a Aveiro, o Sporting só não ganhará se não quiser, tal a diferença de valores entre as equipas.
Na deslocação a Leiria, espero que a Briosa mantenha a tradição e vença.
quinta-feira, outubro 26, 2006
Liga dos Astros
Fica, desde já, disponível este espaço para que apresentem os vossos onzes para a próxima jornada.
Espaço Prof. Karamba
Os jogos sujeitos a palpite este fim de semana são os seguintes:
Beira-Mar-Sporting;
U. Leiria-Académica;
F.C. Porto-Benfica;
Sp. Braga-Marítimo;
P. Ferreira-Boavista;
Como tradicionalmente, faço, desde já, o meu palpite:
Beira-Mar-Sporting: 1-2;
U. Leiria-Académica: 1-2;
F.C. Porto-Benfica: 1-2;
Sp. Braga-Marítimo: 2-0;
P. Ferreira-Boavista: 1-2;
Beira-Mar-Sporting;
U. Leiria-Académica;
F.C. Porto-Benfica;
Sp. Braga-Marítimo;
P. Ferreira-Boavista;
Como tradicionalmente, faço, desde já, o meu palpite:
Beira-Mar-Sporting: 1-2;
U. Leiria-Académica: 1-2;
F.C. Porto-Benfica: 1-2;
Sp. Braga-Marítimo: 2-0;
P. Ferreira-Boavista: 1-2;
Mais contas...
Notícia da Agência Financeira:
"Os administradores da SAD do FC Porto vão ganhar na época que decorre 1,275 milhões de euros, segundo o orçamento de exploração aprovado na Assembleia Geral de anteontem.
Ou seja, é um «bolo» mensal de 91 mil euros (a dividir por 14 meses) o que dá uma média de 22.700 euros/mês para cada um dos quatro (Pinto da Costa, Adelino Caldeira, Fernando Gomes e Reinaldo Teles), sendo que o presidente ganha bastante mais do que os outros, refere o «Correio da Manhã».
As remunerações da época que passou não estão discriminadas no relatório.
Chegaram ao milhão e 780 mil euros mas incluem os sete administradores executivos das quatro empresas do grupo (SAD, PortoComercial, PortoMultimédia e PortoEstádio) que consolidam as contas.
O resultado do exercício foi negativo em 30,4 milhões de euros «muito longe daquilo que se ambicionava», como diz o relatório.
Lendo o relatório e contas da FC Porto Futebol SAD relativo a 30 de Junho de 2006 conhecem-se alguns pormenores interessantes.
Os 65% do passe de Anderson que foram adquiridos inicialmente custaram 7,6 milhões de euros. Entretanto, já foi comprada mais uma fatia de 15%.
No capítulo de Fornecedores, nas «Transacções com passes de jogadores», consta uma verba de 16,6 milhões de euros que, na explicação que se segue, diz que respeita o «valor a pagar respeitante ao jogador Thiago, posteriormente alienado ao Dínamo de Moscovo» e também de transacções com o Leiria, Marítimo (Leo Lima e Alan) e ainda «soma a pagar ao Tottenham por Postiga».
Thiago foi um defesa-central brasileiro que esteve no FC Porto mas nunca jogou na primeira equipa.
Neste exercício, o FC Porto gastou 17 milhões e 15 mil euros em passes de atletas, 45% dos quais relativos a Anderson.
No final de Junho, o FC Porto tinha ainda a receber 14,1 milhões de euros do Dínamo de Moscovo, cinco milhões do Chelsea e quatro do Werder Bremen.
Houve uma queixa à FIFA contra o Dínamo porque já se encontravam vencidos os prazos para receber 5,3 milhões e o clube russo, em resposta à FIFA, solicitou um adiamento até Novembro. Mas a SAD constituiu uma provisão naquele montante. "
"Os administradores da SAD do FC Porto vão ganhar na época que decorre 1,275 milhões de euros, segundo o orçamento de exploração aprovado na Assembleia Geral de anteontem.
Ou seja, é um «bolo» mensal de 91 mil euros (a dividir por 14 meses) o que dá uma média de 22.700 euros/mês para cada um dos quatro (Pinto da Costa, Adelino Caldeira, Fernando Gomes e Reinaldo Teles), sendo que o presidente ganha bastante mais do que os outros, refere o «Correio da Manhã».
As remunerações da época que passou não estão discriminadas no relatório.
Chegaram ao milhão e 780 mil euros mas incluem os sete administradores executivos das quatro empresas do grupo (SAD, PortoComercial, PortoMultimédia e PortoEstádio) que consolidam as contas.
O resultado do exercício foi negativo em 30,4 milhões de euros «muito longe daquilo que se ambicionava», como diz o relatório.
Lendo o relatório e contas da FC Porto Futebol SAD relativo a 30 de Junho de 2006 conhecem-se alguns pormenores interessantes.
Os 65% do passe de Anderson que foram adquiridos inicialmente custaram 7,6 milhões de euros. Entretanto, já foi comprada mais uma fatia de 15%.
No capítulo de Fornecedores, nas «Transacções com passes de jogadores», consta uma verba de 16,6 milhões de euros que, na explicação que se segue, diz que respeita o «valor a pagar respeitante ao jogador Thiago, posteriormente alienado ao Dínamo de Moscovo» e também de transacções com o Leiria, Marítimo (Leo Lima e Alan) e ainda «soma a pagar ao Tottenham por Postiga».
Thiago foi um defesa-central brasileiro que esteve no FC Porto mas nunca jogou na primeira equipa.
Neste exercício, o FC Porto gastou 17 milhões e 15 mil euros em passes de atletas, 45% dos quais relativos a Anderson.
No final de Junho, o FC Porto tinha ainda a receber 14,1 milhões de euros do Dínamo de Moscovo, cinco milhões do Chelsea e quatro do Werder Bremen.
Houve uma queixa à FIFA contra o Dínamo porque já se encontravam vencidos os prazos para receber 5,3 milhões e o clube russo, em resposta à FIFA, solicitou um adiamento até Novembro. Mas a SAD constituiu uma provisão naquele montante. "
Um exemplo a seguir
O Sporting de Braga pretende recriar, no jogo com o Marítimo, a atmosfera das tardes de futebol ao domingo.
Numa campanha intitulada “Vem com a tua família ver o Braga por apenas seis euros”, a SAD arsenalista pretende, deste modo, compor as bancadas da Pedreira com outra moldura humana. O objectivo desta acção – advogam os seus responsáveis – passa por “criar um ambiente ímpar, tendo o vermelho e o branco como as cores dominantes”.
Assim, o Sporting de Braga está a realizar uma promoção de bilheteira para o desafio com os insulares, de molde a respeitar esse “ambiente familiar”. À venda, estão já quatro modalidades de preços. No ‘Pack sócio com cadeira anual’, além do acesso ao respectivo lugar, os detentores de lugares anuais podem adquirir o pack de três bilhetes por 6 euros.
Já o ‘Pack adepto’ custará nove euros, o que confere a oferta de três bilhetes.
Quem não pretender aderir à acção promocional, os sócios bracarenses pagarão cinco euros por um ingresso, enquanto os adeptos desembolsarão oito euros.
Numa campanha intitulada “Vem com a tua família ver o Braga por apenas seis euros”, a SAD arsenalista pretende, deste modo, compor as bancadas da Pedreira com outra moldura humana. O objectivo desta acção – advogam os seus responsáveis – passa por “criar um ambiente ímpar, tendo o vermelho e o branco como as cores dominantes”.
Assim, o Sporting de Braga está a realizar uma promoção de bilheteira para o desafio com os insulares, de molde a respeitar esse “ambiente familiar”. À venda, estão já quatro modalidades de preços. No ‘Pack sócio com cadeira anual’, além do acesso ao respectivo lugar, os detentores de lugares anuais podem adquirir o pack de três bilhetes por 6 euros.
Já o ‘Pack adepto’ custará nove euros, o que confere a oferta de três bilhetes.
Quem não pretender aderir à acção promocional, os sócios bracarenses pagarão cinco euros por um ingresso, enquanto os adeptos desembolsarão oito euros.
Artigo de Opinião do Condómino Cavungi
Escola de Peneiras
Dando de barato, que a escola de formação do SCP é a melhor do pais, e quiçá, uma das melhores da europa, importa perceber as raízes do seu pseudo-sucesso.
O Sporting é, e sempre foi, um clube pobre. Falído. De gente bem vestida,bem falante e cheios de pose, mas que não têm dinheiro para “mandar cantar um cego”.
Uma vertente repúblicana dos aristocratas falidos, de meados do século XX.
Os mesmos que, durante mais de três decadas fugiram impunemente ao pagamento de impostos, mas que hoje , são impolutos pagadores dos mesmos.
Género:”Nós somos um clube sério!”
Quando não se riem, são.
Ora aqui começa a “aposta” nos jovens.
Como não têm capacidade financeira para adquirir jogadores já amadurecidos, têm que “apostar” nos jovens da formação.
No entanto, o que nos diz a história recente?
Que a formação do Sporting tem um exelente marketing e uma boa imprensa.
Quantos grandes jogadores, de categoria internacional, produziu a formação do Sporting? Três! Paulo Futre, Luis Figo e Cristiano Ronaldo.
E estes, só conseguiram dimensão extra, quando sairam do clube.
Acrescente-se Ricardo Quaresma e Simão Sabrosa, jogadores acima da média, e temos o resultado da “aposta” nos jovens.
De resto, só têm produzido jogadores razoáveis para consumo interno, mas que, quando são transferidos para outros campeonatos mais competitivos, são invariavelmente titulares indiscutíveis das bancadas dos estádios dos clubes que os contratam. Ou então são emprestados a clubes nacionais que lutam pela sobrevivência e caiem no esquecimento.
Os que ficam no clube, agoniam.
Sem terem tanta e tão “boa” tradição na formação, o Benfica e o FC Porto, produziram nos últimos vinte anos, pelo menos sete jogadores de nível mundial.
O Benfica com Rui Costa, Maniche e Paulo Sousa, e o FC Porto com Vitor Baía, Ricardo Carvalho, Sérgio Conceição e Fernando Couto.Todos com vários títulos nacionais e internacionais.
É a aposta na qualidade em detrimento da quantidade.O marketing nem sempre, resolve tudo.
Mas a penúria financeira do Sporting, nota-se também, na insuficiência de recursos humanos noutros sectores do clube. A falta de um cabeleireiro decente, por exemplo.
Quem não se lembra do mítico penteado de Luis Figo, ao jeito de uma abóbora-menina?
Um problema que se arrasta até hoje. Quem afinal, trata do cabelo do Paulo Bento?
Porque será que, quase todos as “jovens apostas” da formação do Sporting, desde Jorge Cadete a Lima, passando por Mourato, Litos, Djaló ou Varela têm penteados ridiculos?
Será que no Projecto do Dr. Roquete, não há lugar para um terapêuta capilar?
A estas e a outras questões, voltarei numa próxima oportunidade.
Casquinada da Semana: “Parece-me incrível depois de tudo o que Nani tem feito e do grande jogador que se tem revelado que comece agora a ser assobiado... Os adeptos do SCP são mesmo assim, verdadeiros suicidas...”
Carlos in redvermelho.blogspot.com 23/10/06
Dando de barato, que a escola de formação do SCP é a melhor do pais, e quiçá, uma das melhores da europa, importa perceber as raízes do seu pseudo-sucesso.
O Sporting é, e sempre foi, um clube pobre. Falído. De gente bem vestida,bem falante e cheios de pose, mas que não têm dinheiro para “mandar cantar um cego”.
Uma vertente repúblicana dos aristocratas falidos, de meados do século XX.
Os mesmos que, durante mais de três decadas fugiram impunemente ao pagamento de impostos, mas que hoje , são impolutos pagadores dos mesmos.
Género:”Nós somos um clube sério!”
Quando não se riem, são.
Ora aqui começa a “aposta” nos jovens.
Como não têm capacidade financeira para adquirir jogadores já amadurecidos, têm que “apostar” nos jovens da formação.
No entanto, o que nos diz a história recente?
Que a formação do Sporting tem um exelente marketing e uma boa imprensa.
Quantos grandes jogadores, de categoria internacional, produziu a formação do Sporting? Três! Paulo Futre, Luis Figo e Cristiano Ronaldo.
E estes, só conseguiram dimensão extra, quando sairam do clube.
Acrescente-se Ricardo Quaresma e Simão Sabrosa, jogadores acima da média, e temos o resultado da “aposta” nos jovens.
De resto, só têm produzido jogadores razoáveis para consumo interno, mas que, quando são transferidos para outros campeonatos mais competitivos, são invariavelmente titulares indiscutíveis das bancadas dos estádios dos clubes que os contratam. Ou então são emprestados a clubes nacionais que lutam pela sobrevivência e caiem no esquecimento.
Os que ficam no clube, agoniam.
Sem terem tanta e tão “boa” tradição na formação, o Benfica e o FC Porto, produziram nos últimos vinte anos, pelo menos sete jogadores de nível mundial.
O Benfica com Rui Costa, Maniche e Paulo Sousa, e o FC Porto com Vitor Baía, Ricardo Carvalho, Sérgio Conceição e Fernando Couto.Todos com vários títulos nacionais e internacionais.
É a aposta na qualidade em detrimento da quantidade.O marketing nem sempre, resolve tudo.
Mas a penúria financeira do Sporting, nota-se também, na insuficiência de recursos humanos noutros sectores do clube. A falta de um cabeleireiro decente, por exemplo.
Quem não se lembra do mítico penteado de Luis Figo, ao jeito de uma abóbora-menina?
Um problema que se arrasta até hoje. Quem afinal, trata do cabelo do Paulo Bento?
Porque será que, quase todos as “jovens apostas” da formação do Sporting, desde Jorge Cadete a Lima, passando por Mourato, Litos, Djaló ou Varela têm penteados ridiculos?
Será que no Projecto do Dr. Roquete, não há lugar para um terapêuta capilar?
A estas e a outras questões, voltarei numa próxima oportunidade.
Casquinada da Semana: “Parece-me incrível depois de tudo o que Nani tem feito e do grande jogador que se tem revelado que comece agora a ser assobiado... Os adeptos do SCP são mesmo assim, verdadeiros suicidas...”
Carlos in redvermelho.blogspot.com 23/10/06
quarta-feira, outubro 25, 2006
Artigo de Opinião do Condómino Fura-Redes
A última quinzena azul e branca ficou marcada, em termos desportivos, pelo AGUENTAR da primeira posição da Liga Bwin - graças a uma vitória caseira difícil perante o Marítimo e um empate encontrado perante o principal rival no triunfo de tal competição – e por uma vitória robusta perante o Hamburgo na Champions League que não permite sonhar, mas que pelo menos não tira o sono.
Todavia, o facto mais marcante desta quinzena prendeu-se com dois episódios que se fundem numa triste e inevitável constatação do iminente desaparecimento da mística do Futebol Clube do Porto.
É triste, mas é verdade.
No intervalo do jogo caseiro entre Futebol Clube do Porto e Marítimo, subitamente, e por razões que se ignoravam, desaparecia, no início da segunda parte José Boswingua (provavelmente incomodado por não terem elogiado o seu novo corte de cabelo).
Soube-se, mais tarde, que tal substituição (abençoada) se deveu a questões de natureza disciplinar, que tiveram, a dado momento, como mediador, Vítor Baía.
Na segunda feira imediata Jorge Costa, um dos últimos capitães da casa portista, comunicava o seu abandono da carreira de futebolista profissional.
Desfecho esperado por muitos e lamentado por outros.
No clássico de domingo passado, após a obtenção do golo do empate o gipsy boy corre em direcção a Vítor Baía, saudando-o efusivamente, manifestação que tem sido inúmeras vezes repetida nos últimos tempos (refiro-me à procura de Baía para a celebração de um momento vitorioso ou de felicidade).
O guardião português do Futebol Clube do Porto representa, assim, neste momento, a referência da equipa, a Baía de abrigo; o farol que guia os demais.
Todavia, essa Baía não está no rumo mais próximo dos 11 marinheiros que navegam no relvado em busca da vitór(ia) e que enfrentam os momentos delicados da faina sempre que surge este ou aquele tubarão ou um qualquer Adamastor vestido de preto.
À semelhança de Co Adriansse entendo que um guarda-redes não deve ser capitão da equipa, pois está, a maior parte das vezes, distante do local onde se justificará a sua actuação em termos de qualquer intervenção que se justifique junto do juiz da partida, porém ao ser deslocado de junto das redes da baliza da sua equipa para a capitania do banco de suplentes, Baía poderá ter uma maré de intervenção mais profunda.
Pelo menos é o que tem vindo à superfície.
E quando Baía secar e mudar de onda?
Não vejo, neste momento, um jogador que seja a imagem de marca do clube ou como se diz em Barcelona que sinta els collors.
Não há um produto da lota do Dragão.
Postiga? Não creio. Bem sei que Postiga beneficia do facto de ser oriundo das Caxinas, pelo que poderia ser a truta que se seguisse, mas face ao seu percurso recente, tendo constado, inclusive, das listas de dispensas, não me parece que tal suceda, sendo certo que se Postiga entrar em período de seca, poderá ser ancorado fora do porta-aviões azul e branco. E, caso continue a pescar na baliza contrária sempre poderá ser vendido, novamente, a uma qualquer equipa francesa, como sucedâneo de Pedro Pauleta.
Postiga tem, também, contra si o facto de ser um dos predilectos de Scolari, o que poderá não lhe simplificar a vida na marinha portista.
Em tempos vi como, natural, substituto de Jorge Costa, Ricardo Costa, pelo facto de ser um jovem com muitos anos de Futebol Clube do Porto, a quem augurava uma grande evolução e que, facilmente, conquistaria a posição de Ricardo Carvalho e, mais tarde, do “Bicho”.
Quase assim foi, mas Ricardo Costa esqueceu-se que tinha de evoluir, além de que se considerou insubstituível e já com tempo de casa suficiente para poder partir para outras rotas. Caso assim continue e João Paulo recupere rapidamente, assim será, todavia a viagem será mais pequena do que aquele imaginaria.
Além disso este jogador também pertence à fragata Scolari, daí que é natural que se afunde no próximo cruzeiro.
Actualmente el comandante é Lucho Gonzalez.
Embora admire este jogador (se bem que este ano navega tipo barco rabelo), o certo é que, não posso esquecer que, o mesmo chegou ao clube ano passado.
Dificilmente conhecerá toda a panóplia de palavrões que a malta sabe.
Além disso não tem o nosso sotaque.
Ora, aonde é que já se viu um capitão do FÊQUEPÊ sem sotaque?
Nunca.
Acresce que o Lucho é muito brando, pouco intimidador, pelo que a equipa está, de alguma forma, sem leme, restando apenas o histórico Baía.
Deste modo, a famosa mística que José Maria Pedroto soube criar a partir de 1976, e que Pinto da Costa, Comandante Chefe, continuou após a morte do Mestre em 1985, pode estar em risco de se perder.
Grande parte dos triunfos alcançados pelo Futebol Clube do Porto estavam intimamente ligados a essa mística por todos reconhecida, temida e invejada.
E essa mística foi transmitida, desenvolvida e praticada por jogadores como Jorge Costa que, actualmente, faria praticamente o que Bruno Alves consegue fazer, mas com subtileza.
Para o Bicho e para todos aqueles que defenderam e defendem, com brio e a maior dedicação, as cores do meu clube, os meus agradecimentos e o desejo de que, oxalá, apareçam outros que sejam, pelo menos, iguais nessa vontade e nesse querer.
Em relação a Jorge Costa, figura que neste momento me proponho destacar, digo Obrigado Sr. FC Porto, como lhe chamou Adriaanse, obrigado por tudo.
Por todos os roubos de bola, por todas as vezes que saltaste mais alto do que o adversário, por todas as vezes que te sacrificaste em prol do nosso emblema e por todos os golos que marcaste.
Quando faço um pequena análise a estes anos todos que já levo de acompanhar o meu clube, reparo que o “Bicho” esteve presente em quase todas as alegrias que fui orgulhosamente sentindo.
O grande capitão, tão amado por portistas e tão odiado pelos outros, é, juntamente com mais alguns, poucos é verdade, nomes do panorama nacional, um autêntico símbolo da mística do seu clube.
Contrariamente a outros, o nosso embaixador fez a sua carreira quase na totalidade a vestir as cores do seu/meu clube.
Isto é motivo de orgulho para qualquer adepto azul e branco.Duro, impulsivo, abnegado e autoritário quando necessário. Estas características tão particulares fizeram dele um dos melhores capitães da história do futebol nacional.
Dentro do balneário, segundo diz quem com ele teve o privilégio de treinar, foi sempre um líder disposto aos maiores sacrifícios e um homem invulgar na transposição da mística portista.Dentro de campo foi sempre um dos maiores símbolos do que um jogador pode ser – o jogador da entrega total.
Um autêntico armário para os adversários e um autentico dragão para os que sentem as suas cores no coração.
De facto, Jorge Costa não era um primor em termos técnicos, seria bastante duro a maior parte das vezes, colocando-se em situação difícil, bem como a própria equipa, mas fazia de tudo, até à exaustão, para defender as cores do seu clube. Até na forma como recuperou das diversas lesões que o apoquentaram foi merecedor da admiração da sua determinação.
E, sinceramente, um jogador com tal espírito merece mais a minha admiração do que um qualquer jogador de praia, malabarista e que muda de penteado semanalmente e que namore com uma VIP qualquer.
Infelizmente, Jorge Costa não acabou a carreira da forma a que tinha direito.
Depois das lesões, depois de Octávio (com o episódio da braçadeira que, confesso, tanto me custou ver e que censurei, pois tinha cabedal suficiente para aquecer o pêlo ao Palmelão) e depois de ter sido obrigado a jogar no Charlton regressou em beleza para ser um dos esteios do sucesso do FC Porto de Mourinho.
Este percurso obrigava à continuidade no plantel e à consequente festa de homenagem.
Assim não se quis, mas continua na nossa memória, daí este reconhecimento, do nosso nº2.
Se o Dragão aplaude o desavindo Jardel de pé, o Bicho merece ter o Dragão cheio a bater palmas de pé. Espero que esse dia chegue brevemente...
Obrigado, Sr. Bicho!!!
Todavia, o facto mais marcante desta quinzena prendeu-se com dois episódios que se fundem numa triste e inevitável constatação do iminente desaparecimento da mística do Futebol Clube do Porto.
É triste, mas é verdade.
No intervalo do jogo caseiro entre Futebol Clube do Porto e Marítimo, subitamente, e por razões que se ignoravam, desaparecia, no início da segunda parte José Boswingua (provavelmente incomodado por não terem elogiado o seu novo corte de cabelo).
Soube-se, mais tarde, que tal substituição (abençoada) se deveu a questões de natureza disciplinar, que tiveram, a dado momento, como mediador, Vítor Baía.
Na segunda feira imediata Jorge Costa, um dos últimos capitães da casa portista, comunicava o seu abandono da carreira de futebolista profissional.
Desfecho esperado por muitos e lamentado por outros.
No clássico de domingo passado, após a obtenção do golo do empate o gipsy boy corre em direcção a Vítor Baía, saudando-o efusivamente, manifestação que tem sido inúmeras vezes repetida nos últimos tempos (refiro-me à procura de Baía para a celebração de um momento vitorioso ou de felicidade).
O guardião português do Futebol Clube do Porto representa, assim, neste momento, a referência da equipa, a Baía de abrigo; o farol que guia os demais.
Todavia, essa Baía não está no rumo mais próximo dos 11 marinheiros que navegam no relvado em busca da vitór(ia) e que enfrentam os momentos delicados da faina sempre que surge este ou aquele tubarão ou um qualquer Adamastor vestido de preto.
À semelhança de Co Adriansse entendo que um guarda-redes não deve ser capitão da equipa, pois está, a maior parte das vezes, distante do local onde se justificará a sua actuação em termos de qualquer intervenção que se justifique junto do juiz da partida, porém ao ser deslocado de junto das redes da baliza da sua equipa para a capitania do banco de suplentes, Baía poderá ter uma maré de intervenção mais profunda.
Pelo menos é o que tem vindo à superfície.
E quando Baía secar e mudar de onda?
Não vejo, neste momento, um jogador que seja a imagem de marca do clube ou como se diz em Barcelona que sinta els collors.
Não há um produto da lota do Dragão.
Postiga? Não creio. Bem sei que Postiga beneficia do facto de ser oriundo das Caxinas, pelo que poderia ser a truta que se seguisse, mas face ao seu percurso recente, tendo constado, inclusive, das listas de dispensas, não me parece que tal suceda, sendo certo que se Postiga entrar em período de seca, poderá ser ancorado fora do porta-aviões azul e branco. E, caso continue a pescar na baliza contrária sempre poderá ser vendido, novamente, a uma qualquer equipa francesa, como sucedâneo de Pedro Pauleta.
Postiga tem, também, contra si o facto de ser um dos predilectos de Scolari, o que poderá não lhe simplificar a vida na marinha portista.
Em tempos vi como, natural, substituto de Jorge Costa, Ricardo Costa, pelo facto de ser um jovem com muitos anos de Futebol Clube do Porto, a quem augurava uma grande evolução e que, facilmente, conquistaria a posição de Ricardo Carvalho e, mais tarde, do “Bicho”.
Quase assim foi, mas Ricardo Costa esqueceu-se que tinha de evoluir, além de que se considerou insubstituível e já com tempo de casa suficiente para poder partir para outras rotas. Caso assim continue e João Paulo recupere rapidamente, assim será, todavia a viagem será mais pequena do que aquele imaginaria.
Além disso este jogador também pertence à fragata Scolari, daí que é natural que se afunde no próximo cruzeiro.
Actualmente el comandante é Lucho Gonzalez.
Embora admire este jogador (se bem que este ano navega tipo barco rabelo), o certo é que, não posso esquecer que, o mesmo chegou ao clube ano passado.
Dificilmente conhecerá toda a panóplia de palavrões que a malta sabe.
Além disso não tem o nosso sotaque.
Ora, aonde é que já se viu um capitão do FÊQUEPÊ sem sotaque?
Nunca.
Acresce que o Lucho é muito brando, pouco intimidador, pelo que a equipa está, de alguma forma, sem leme, restando apenas o histórico Baía.
Deste modo, a famosa mística que José Maria Pedroto soube criar a partir de 1976, e que Pinto da Costa, Comandante Chefe, continuou após a morte do Mestre em 1985, pode estar em risco de se perder.
Grande parte dos triunfos alcançados pelo Futebol Clube do Porto estavam intimamente ligados a essa mística por todos reconhecida, temida e invejada.
E essa mística foi transmitida, desenvolvida e praticada por jogadores como Jorge Costa que, actualmente, faria praticamente o que Bruno Alves consegue fazer, mas com subtileza.
Para o Bicho e para todos aqueles que defenderam e defendem, com brio e a maior dedicação, as cores do meu clube, os meus agradecimentos e o desejo de que, oxalá, apareçam outros que sejam, pelo menos, iguais nessa vontade e nesse querer.
Em relação a Jorge Costa, figura que neste momento me proponho destacar, digo Obrigado Sr. FC Porto, como lhe chamou Adriaanse, obrigado por tudo.
Por todos os roubos de bola, por todas as vezes que saltaste mais alto do que o adversário, por todas as vezes que te sacrificaste em prol do nosso emblema e por todos os golos que marcaste.
Quando faço um pequena análise a estes anos todos que já levo de acompanhar o meu clube, reparo que o “Bicho” esteve presente em quase todas as alegrias que fui orgulhosamente sentindo.
O grande capitão, tão amado por portistas e tão odiado pelos outros, é, juntamente com mais alguns, poucos é verdade, nomes do panorama nacional, um autêntico símbolo da mística do seu clube.
Contrariamente a outros, o nosso embaixador fez a sua carreira quase na totalidade a vestir as cores do seu/meu clube.
Isto é motivo de orgulho para qualquer adepto azul e branco.Duro, impulsivo, abnegado e autoritário quando necessário. Estas características tão particulares fizeram dele um dos melhores capitães da história do futebol nacional.
Dentro do balneário, segundo diz quem com ele teve o privilégio de treinar, foi sempre um líder disposto aos maiores sacrifícios e um homem invulgar na transposição da mística portista.Dentro de campo foi sempre um dos maiores símbolos do que um jogador pode ser – o jogador da entrega total.
Um autêntico armário para os adversários e um autentico dragão para os que sentem as suas cores no coração.
De facto, Jorge Costa não era um primor em termos técnicos, seria bastante duro a maior parte das vezes, colocando-se em situação difícil, bem como a própria equipa, mas fazia de tudo, até à exaustão, para defender as cores do seu clube. Até na forma como recuperou das diversas lesões que o apoquentaram foi merecedor da admiração da sua determinação.
E, sinceramente, um jogador com tal espírito merece mais a minha admiração do que um qualquer jogador de praia, malabarista e que muda de penteado semanalmente e que namore com uma VIP qualquer.
Infelizmente, Jorge Costa não acabou a carreira da forma a que tinha direito.
Depois das lesões, depois de Octávio (com o episódio da braçadeira que, confesso, tanto me custou ver e que censurei, pois tinha cabedal suficiente para aquecer o pêlo ao Palmelão) e depois de ter sido obrigado a jogar no Charlton regressou em beleza para ser um dos esteios do sucesso do FC Porto de Mourinho.
Este percurso obrigava à continuidade no plantel e à consequente festa de homenagem.
Assim não se quis, mas continua na nossa memória, daí este reconhecimento, do nosso nº2.
Se o Dragão aplaude o desavindo Jardel de pé, o Bicho merece ter o Dragão cheio a bater palmas de pé. Espero que esse dia chegue brevemente...
Obrigado, Sr. Bicho!!!
Excertos da entrevista de Paulo Bento a O Jogo
O clássico com o FC Porto fechou o seu primeiro ano como treinador sénior. Que balanço faz?
Fiz apenas parte da temporada 2005/06 e o que aconteceu não foi nada de extraordinário, porque num clube como o Sporting é preciso ganhar, mas digo que foi um trabalho positivo. Lutámos, praticamente até ao final, pelos objectivos em que estávamos envolvidos, e conseguimos, seis anos depois, a qualificação para a Liga dos Campeões. Olhando para esta temporada, os resultados são bons, começando pela pré-época, pois já tínhamos sistema e modelo de jogo definidos, com os quais os jogadores estavam identificados. E depois tivemos o cuidado de procurar outros elementos que não tivessem dificuldades de adaptação a essa realidade. A participação na Liga dos Campeões está a ser boa, tal como é bom estar na liderança do Campeonato, apenas com uma derrota – que todos sabem a forma como ocorreu… – e um empate com um concorrente directo. Tenho motivos para estar satisfeito com o trabalho desenvolvido, fundamentalmente pelos jogadores, pela capacidade de aderirem às convicções do treinador.
Fala-se muito da importância da mística num grupo de trabalho. Ela existe no Sporting?
A mística vem dos anos de permanência no clube, mas logicamente das atitudes e acções que se tomam ao longo desses anos. O Sporting tem alguns jogadores que já estão há algum tempo no plantel, outros oriundos dos escalões de formação, e ainda um técnico que está há seis anos e meio no clube. Mas a mística transmite-se com atitudes, com acções, e posso dizer que hoje o Sporting é uma equipa que consegue transmitir essa mística. E isso demonstra-se pela maneira como, mesmo em momentos negativos, como aconteceu com o Bayern, as pessoas nos aplaudiram no estádio. Algo que se reflecte um pouco naquilo que o presidente disse no final do jogo com o FC Porto. Quando o nosso “chefe” reconhece isso, e os nossos adeptos e sócios (os que mais importância têm fora do grupo de trabalho) se revêem na forma como a equipa joga, haverá, logicamente, mística.
A segurança defensiva que incutiu na equipa é a principal marca do seu trabalho?
Marcar golos nem sempre significa ganhar jogos, mas não os sofrer é sempre sinónimo de não perder. Se entramos com um ponto, teremos de conquistar dois e não perder aquele que temos. Uma equipa, na minha perspectiva, constrói-se de trás para a frente. Quanto mais seguros formos a defender, melhor vamos atacar. Um bom exemplo disso foi a segunda volta do Campeonato passado, onde sofremos apenas cinco golos em 17 jogos. E a equipa continua com essa segurança. Portanto, defender de forma organizada é uma das qualidades deste Sporting. Uma equipa grande tem de se sentir confortável quando não tem a bola. No entanto, não é por sermos solidários no processo defensivo que abdicaremos de ter qualidade no jogo ofensivo. O que se pede aos criativos é que façam o que têm de fazer nas zonas adequadas, nos momentos certos e com objectivo bem definido.
Incomoda-o que se diga que a equipa do Sporting é previsível?
Não. O Sporting escolheu um caminho: ter jogadores para um sistema de jogo. Acreditamos nele, temos a convicção de que é o melhor para as características dos elementos do plantel. Num princípio de época, trabalhar dois sistemas na mesma medida é muito, muito difícil. Isso só será possível com tempo, e se o plantel o permitir. Ser mais ou menos previsível não decorre de ter poucos ou muito sistemas. A dinâmica dos jogadores, essa sim, é que faz diferença. Confundi-los é que não, e isso acontece quando se quer ser muito imprevisível com variações tácticas.
Repetiu, no início desta época, que o processo ofensivo levaria mais tempo a apurar. Já está satisfeito ou ainda falta consistência?
Num jogo de equipa, é impossível separar defesa e ataque. Esses momentos de transição são importantes e quem quer estar no “top” – perseguindo objectivos elevados – tem de dominá-los. Claro que a transição defensiva implica outros argumentos, como agressividade, espírito de sacrifício, grande solidariedade entre todos, começando por aqueles que estão numa zona mais adiantada do terreno. É nisto que se vê realmente a organização da equipa. A dificuldade é, naturalmente, maior no processo ofensivo, criada pela presença da bola – e há que colocá-la no sítio certo e para o jogador certo. Isto trabalha-se e melhora-se.
É determinante para um treinador ser um bom líder?
Nesta actividade, há dois aspectos fundamentais: conhecimento e liderança. Um técnico tem de estar sempre disponível para resolver qualquer dúvida que o jogador tenha, pois está a ensinar e a aprender ao mesmo tempo. Em termos de liderança, há três coisas essenciais num treinador: não criar problemas, não fugir deles, e ter coragem para os resolver. Se o conseguir, será um bom líder. Por outro lado, tem de ter humildade suficiente para ouvir os colaboradores que noutras áreas sejam mais fortes do que ele. É também isso que faz uma equipa: saber envolver-se com gente que lhe permita desenvolver um trabalho competente.
Os diálogos dirigidos fazem parte da sua forma de ser como técnico. Durante os treinos, é comum vê-lo em conversas individuais com os jogadores…
Há coisas que são importantes e devem ser faladas com alguns jogadores. Num determinado momento são uns, depois outros. Há jogadores que, em função da sua experiência e da sua posição no campo, nos podem levar a falar mais vezes com eles. Neste caso, tratando-se de questões individuais, devem ser tratadas assim mesmo: uma conversa treinador/jogador, até para que este se sinta à vontade, para falar abertamente com o técnico. Eu acho que é tão importante falar com os jogadores como ouvi-los. O jogador tem de estar à vontade para manifestar a sua opinião, se entendeu ou não aquilo que o técnico pretende. Quanto mais à-vontade existir para que o grupo possa expor as suas ideias, melhor será, pois o treinador não deixa de aprender e vai ponderar sobre aquilo que os jogadores dizem. Até porque, dentro de um jogo, o treinador observa, mas o jogador sente. Como tal, e como o manifesta, o treinador tem mais um item para poder ponderar.
Montou um 4-4-2, com losango no meio-campo, e, apesar de ter terminado o primeiro jogo só com três defesas – foi assim que chegou ao empate em Barcelos –, não se lhe notou especial ânsia para aprofundar um sistema alternativo…
Optei pelo esquema com losango também por entender que nos dava maior segurança em termos defensivos, com maior preenchimento da zona central. Era fundamental recuperar a confiança dos jogadores – o “goal-average” era negativo e levámos três jogos a igualá-lo. Nesse período, tentámos – e fizemo-lo algumas vezes – jogar em 4-3-3, até concluirmos que o sistema que melhor servia os interesses do Sporting, naquela altura, era o 4-4-2 losango. De então para cá, o que fizemos foi aprimorá-lo, torná-lo cada vez mais eficaz. Conseguimos e não pretendemos alterá-lo.
Jogadores como Nani e Yannick Djaló permitem-lhe, no entanto, projectar a equipa num 4-3-3 em certos momentos do jogo…
Mais com o Yannick, pelas suas características e pela evolução do seu posicionamento, metemos três jogadores de forma mais clara na zona de finalização, mas nunca partimos de um 4-3-3. Isso aconteceu mais tempo na partida com o Inter, nomeadamente depois de o adversário ter ficado em desvantagem no marcador e em inferioridade numérica. Defendemos muito com três homens na frente, com o Yannick a preencher o vértice ofensivo do losango, mas nunca tivemos intenção de jogar com elementos abertos na frente.
A rotatividade que tem imposto na equipa é apenas uma forma de gerir o desgaste ou também de melhor aproveitar o plantel que tem?
Assenta em vários factores, mas ela só é possível em função da qualidade e competitividade dos jogadores que temos. Eles sabem que podem ser úteis a qualquer momento.
A rotação de elementos tem relação directa com o reduzido número de lesões? Tivemos três problemas musculares, um deles aconteceu num treino da Selecção. A rotatividade viabiliza a gestão nalguns casos, mas o que permite não ter lesões é a qualidade no trabalho. Somos fiéis a um estilo que idealizámos, adaptando o jogador a um tipo de esforço e de treino sem grandes oscilações. O que se apresenta em jogo é sempre uma consequência do que se faz no treino.
A energia de João Moutinho parece ser inesgotável. Como se explica este “fenómeno”?
Além das qualidades intrínsecas, a capacidade mental também ajuda. O João é forte. Ele joga como se treina, está sempre a nível elevado, e tem uma alegria contagiante. Tudo isto tem reflexo no seu jogo, daí a regularidade e maturidade que apresenta.
Trata-se, claramente, de um dos pilares da sua equipa…
É um jogador influente, não se pode negar. Esta época fez todos os dez jogos como titular. Trabalha bem, é inteligente do ponto de vista táctico, tem maturidade acima da média num jovem de 20 anos e a sua disponibilidade é imensa. Em sete dias, fez três jogos com grande alegria e intensidade. Não me arrisco, para já, a fazer rotatividade com um jogador destes.
É tarefa árdua para um técnico gerir as emoções de um jovem de 19 anos, como Nani, que num ápice passou a ser o centro das atenções?
Não é fácil gerir tudo isso. As qualidades são muitas, técnica e fisicamente, mas, se chegar ao topo, manter-se custa muito mais. E o Nani, mesmo com essas capacidades todas, mesmo jogando de forma regular, não está neste momento a fazer uma grande época, mas sim uma boa época. E é bom que aprenda a saber conviver com situações de sucesso. Mas para este menor rendimento que ele tem demonstrado há alguns culpados: em primeiro lugar eu, porque se calhar coloquei-o a jogar vezes demais; em segundo lugar ele, porque não está a aproveitar todas essas oportunidades da melhor maneira; e depois, se calhar, quem o rodeia, muitas vezes quem lhe possa dar demasiadas coisas para quem alcançou tão pouco. Isso torna-se perigoso para um rapaz de 20 anos. Ver notas 7 e 8 só por fazer um golo torna-se perigoso para um jogador…
Também?
Sim, fundamentalmente se ele não souber lidar com essas situações. Aconteceu em alguns jogos, e isso muitas vezes transforma os jogadores, alimenta-lhes demasiado o ego. Fá-los pensar que está tudo alcançado, só porque um órgão de comunicação lhe deu nota sete ou oito apenas porque marcaram um golo…
Carlos Martins disse que se quer afirmar definitivamente esta época. Que parâmetros lhe faltaram para isso não ter acontecido em anos anteriores?
Jogar com mais regularidade. É um jogador com talento e capacidade técnica muito grandes, que ao longo dos anos tem sentido algumas dificuldades. Quando ele sente, e o torna público, que quer fazer a sua grande época, é sinal que ainda não a fez. Como tal, dentro dessa capacidade que tem, tentamos contribuir para que ele junte a isso maior capacidade táctica e maior envolvimento no processo defensivo, para se tornar num melhor jogador, e fazer essa tal época. É um jogador que, infelizmente para ele e para o Sporting, ainda não conseguiu colocar todas as suas qualidades ao serviço do clube. Nesta altura procura recuperar o período perdido devido à lesão, mas ainda vai muito a tempo (e acredito que ele queira recuperar esse tempo) de ver satisfeito esse desejo, para afastar todas as dúvidas que alguém possa ter a seu respeito.
Custódio e Paredes foram titulares, pela primeira vez em simultâneo, oficialmente, no desafio com o FC Porto. É uma disposição para manter?
Sim. Na preparação da equipa para o FC Porto, pensámos primeiro em nós, analisámos as consequências do desgaste físico, e depois nas características do adversário, que é forte na transição ofensiva. Dotámos a equipa de maior capacidade para estar equilibrada nas acções ataque/defesa. Fiquei agradado. Ter Custódio e Paredes de início é uma opção para repetir.
Com estes jogadores mais defensivos, a equipa parece perder balanço ou força ofensiva. Concorda?
Não. Com o FC Porto, a equipa teve uma entrada forte. Embora sejam jogadores mais de passe e de equilíbrio, Custódio e Paredes podem entrar em pequenas variações no nosso esquema, sem prejuízo do balanceamento ofensivo.
Fiz apenas parte da temporada 2005/06 e o que aconteceu não foi nada de extraordinário, porque num clube como o Sporting é preciso ganhar, mas digo que foi um trabalho positivo. Lutámos, praticamente até ao final, pelos objectivos em que estávamos envolvidos, e conseguimos, seis anos depois, a qualificação para a Liga dos Campeões. Olhando para esta temporada, os resultados são bons, começando pela pré-época, pois já tínhamos sistema e modelo de jogo definidos, com os quais os jogadores estavam identificados. E depois tivemos o cuidado de procurar outros elementos que não tivessem dificuldades de adaptação a essa realidade. A participação na Liga dos Campeões está a ser boa, tal como é bom estar na liderança do Campeonato, apenas com uma derrota – que todos sabem a forma como ocorreu… – e um empate com um concorrente directo. Tenho motivos para estar satisfeito com o trabalho desenvolvido, fundamentalmente pelos jogadores, pela capacidade de aderirem às convicções do treinador.
Fala-se muito da importância da mística num grupo de trabalho. Ela existe no Sporting?
A mística vem dos anos de permanência no clube, mas logicamente das atitudes e acções que se tomam ao longo desses anos. O Sporting tem alguns jogadores que já estão há algum tempo no plantel, outros oriundos dos escalões de formação, e ainda um técnico que está há seis anos e meio no clube. Mas a mística transmite-se com atitudes, com acções, e posso dizer que hoje o Sporting é uma equipa que consegue transmitir essa mística. E isso demonstra-se pela maneira como, mesmo em momentos negativos, como aconteceu com o Bayern, as pessoas nos aplaudiram no estádio. Algo que se reflecte um pouco naquilo que o presidente disse no final do jogo com o FC Porto. Quando o nosso “chefe” reconhece isso, e os nossos adeptos e sócios (os que mais importância têm fora do grupo de trabalho) se revêem na forma como a equipa joga, haverá, logicamente, mística.
A segurança defensiva que incutiu na equipa é a principal marca do seu trabalho?
Marcar golos nem sempre significa ganhar jogos, mas não os sofrer é sempre sinónimo de não perder. Se entramos com um ponto, teremos de conquistar dois e não perder aquele que temos. Uma equipa, na minha perspectiva, constrói-se de trás para a frente. Quanto mais seguros formos a defender, melhor vamos atacar. Um bom exemplo disso foi a segunda volta do Campeonato passado, onde sofremos apenas cinco golos em 17 jogos. E a equipa continua com essa segurança. Portanto, defender de forma organizada é uma das qualidades deste Sporting. Uma equipa grande tem de se sentir confortável quando não tem a bola. No entanto, não é por sermos solidários no processo defensivo que abdicaremos de ter qualidade no jogo ofensivo. O que se pede aos criativos é que façam o que têm de fazer nas zonas adequadas, nos momentos certos e com objectivo bem definido.
Incomoda-o que se diga que a equipa do Sporting é previsível?
Não. O Sporting escolheu um caminho: ter jogadores para um sistema de jogo. Acreditamos nele, temos a convicção de que é o melhor para as características dos elementos do plantel. Num princípio de época, trabalhar dois sistemas na mesma medida é muito, muito difícil. Isso só será possível com tempo, e se o plantel o permitir. Ser mais ou menos previsível não decorre de ter poucos ou muito sistemas. A dinâmica dos jogadores, essa sim, é que faz diferença. Confundi-los é que não, e isso acontece quando se quer ser muito imprevisível com variações tácticas.
Repetiu, no início desta época, que o processo ofensivo levaria mais tempo a apurar. Já está satisfeito ou ainda falta consistência?
Num jogo de equipa, é impossível separar defesa e ataque. Esses momentos de transição são importantes e quem quer estar no “top” – perseguindo objectivos elevados – tem de dominá-los. Claro que a transição defensiva implica outros argumentos, como agressividade, espírito de sacrifício, grande solidariedade entre todos, começando por aqueles que estão numa zona mais adiantada do terreno. É nisto que se vê realmente a organização da equipa. A dificuldade é, naturalmente, maior no processo ofensivo, criada pela presença da bola – e há que colocá-la no sítio certo e para o jogador certo. Isto trabalha-se e melhora-se.
É determinante para um treinador ser um bom líder?
Nesta actividade, há dois aspectos fundamentais: conhecimento e liderança. Um técnico tem de estar sempre disponível para resolver qualquer dúvida que o jogador tenha, pois está a ensinar e a aprender ao mesmo tempo. Em termos de liderança, há três coisas essenciais num treinador: não criar problemas, não fugir deles, e ter coragem para os resolver. Se o conseguir, será um bom líder. Por outro lado, tem de ter humildade suficiente para ouvir os colaboradores que noutras áreas sejam mais fortes do que ele. É também isso que faz uma equipa: saber envolver-se com gente que lhe permita desenvolver um trabalho competente.
Os diálogos dirigidos fazem parte da sua forma de ser como técnico. Durante os treinos, é comum vê-lo em conversas individuais com os jogadores…
Há coisas que são importantes e devem ser faladas com alguns jogadores. Num determinado momento são uns, depois outros. Há jogadores que, em função da sua experiência e da sua posição no campo, nos podem levar a falar mais vezes com eles. Neste caso, tratando-se de questões individuais, devem ser tratadas assim mesmo: uma conversa treinador/jogador, até para que este se sinta à vontade, para falar abertamente com o técnico. Eu acho que é tão importante falar com os jogadores como ouvi-los. O jogador tem de estar à vontade para manifestar a sua opinião, se entendeu ou não aquilo que o técnico pretende. Quanto mais à-vontade existir para que o grupo possa expor as suas ideias, melhor será, pois o treinador não deixa de aprender e vai ponderar sobre aquilo que os jogadores dizem. Até porque, dentro de um jogo, o treinador observa, mas o jogador sente. Como tal, e como o manifesta, o treinador tem mais um item para poder ponderar.
Montou um 4-4-2, com losango no meio-campo, e, apesar de ter terminado o primeiro jogo só com três defesas – foi assim que chegou ao empate em Barcelos –, não se lhe notou especial ânsia para aprofundar um sistema alternativo…
Optei pelo esquema com losango também por entender que nos dava maior segurança em termos defensivos, com maior preenchimento da zona central. Era fundamental recuperar a confiança dos jogadores – o “goal-average” era negativo e levámos três jogos a igualá-lo. Nesse período, tentámos – e fizemo-lo algumas vezes – jogar em 4-3-3, até concluirmos que o sistema que melhor servia os interesses do Sporting, naquela altura, era o 4-4-2 losango. De então para cá, o que fizemos foi aprimorá-lo, torná-lo cada vez mais eficaz. Conseguimos e não pretendemos alterá-lo.
Jogadores como Nani e Yannick Djaló permitem-lhe, no entanto, projectar a equipa num 4-3-3 em certos momentos do jogo…
Mais com o Yannick, pelas suas características e pela evolução do seu posicionamento, metemos três jogadores de forma mais clara na zona de finalização, mas nunca partimos de um 4-3-3. Isso aconteceu mais tempo na partida com o Inter, nomeadamente depois de o adversário ter ficado em desvantagem no marcador e em inferioridade numérica. Defendemos muito com três homens na frente, com o Yannick a preencher o vértice ofensivo do losango, mas nunca tivemos intenção de jogar com elementos abertos na frente.
A rotatividade que tem imposto na equipa é apenas uma forma de gerir o desgaste ou também de melhor aproveitar o plantel que tem?
Assenta em vários factores, mas ela só é possível em função da qualidade e competitividade dos jogadores que temos. Eles sabem que podem ser úteis a qualquer momento.
A rotação de elementos tem relação directa com o reduzido número de lesões? Tivemos três problemas musculares, um deles aconteceu num treino da Selecção. A rotatividade viabiliza a gestão nalguns casos, mas o que permite não ter lesões é a qualidade no trabalho. Somos fiéis a um estilo que idealizámos, adaptando o jogador a um tipo de esforço e de treino sem grandes oscilações. O que se apresenta em jogo é sempre uma consequência do que se faz no treino.
A energia de João Moutinho parece ser inesgotável. Como se explica este “fenómeno”?
Além das qualidades intrínsecas, a capacidade mental também ajuda. O João é forte. Ele joga como se treina, está sempre a nível elevado, e tem uma alegria contagiante. Tudo isto tem reflexo no seu jogo, daí a regularidade e maturidade que apresenta.
Trata-se, claramente, de um dos pilares da sua equipa…
É um jogador influente, não se pode negar. Esta época fez todos os dez jogos como titular. Trabalha bem, é inteligente do ponto de vista táctico, tem maturidade acima da média num jovem de 20 anos e a sua disponibilidade é imensa. Em sete dias, fez três jogos com grande alegria e intensidade. Não me arrisco, para já, a fazer rotatividade com um jogador destes.
É tarefa árdua para um técnico gerir as emoções de um jovem de 19 anos, como Nani, que num ápice passou a ser o centro das atenções?
Não é fácil gerir tudo isso. As qualidades são muitas, técnica e fisicamente, mas, se chegar ao topo, manter-se custa muito mais. E o Nani, mesmo com essas capacidades todas, mesmo jogando de forma regular, não está neste momento a fazer uma grande época, mas sim uma boa época. E é bom que aprenda a saber conviver com situações de sucesso. Mas para este menor rendimento que ele tem demonstrado há alguns culpados: em primeiro lugar eu, porque se calhar coloquei-o a jogar vezes demais; em segundo lugar ele, porque não está a aproveitar todas essas oportunidades da melhor maneira; e depois, se calhar, quem o rodeia, muitas vezes quem lhe possa dar demasiadas coisas para quem alcançou tão pouco. Isso torna-se perigoso para um rapaz de 20 anos. Ver notas 7 e 8 só por fazer um golo torna-se perigoso para um jogador…
Também?
Sim, fundamentalmente se ele não souber lidar com essas situações. Aconteceu em alguns jogos, e isso muitas vezes transforma os jogadores, alimenta-lhes demasiado o ego. Fá-los pensar que está tudo alcançado, só porque um órgão de comunicação lhe deu nota sete ou oito apenas porque marcaram um golo…
Carlos Martins disse que se quer afirmar definitivamente esta época. Que parâmetros lhe faltaram para isso não ter acontecido em anos anteriores?
Jogar com mais regularidade. É um jogador com talento e capacidade técnica muito grandes, que ao longo dos anos tem sentido algumas dificuldades. Quando ele sente, e o torna público, que quer fazer a sua grande época, é sinal que ainda não a fez. Como tal, dentro dessa capacidade que tem, tentamos contribuir para que ele junte a isso maior capacidade táctica e maior envolvimento no processo defensivo, para se tornar num melhor jogador, e fazer essa tal época. É um jogador que, infelizmente para ele e para o Sporting, ainda não conseguiu colocar todas as suas qualidades ao serviço do clube. Nesta altura procura recuperar o período perdido devido à lesão, mas ainda vai muito a tempo (e acredito que ele queira recuperar esse tempo) de ver satisfeito esse desejo, para afastar todas as dúvidas que alguém possa ter a seu respeito.
Custódio e Paredes foram titulares, pela primeira vez em simultâneo, oficialmente, no desafio com o FC Porto. É uma disposição para manter?
Sim. Na preparação da equipa para o FC Porto, pensámos primeiro em nós, analisámos as consequências do desgaste físico, e depois nas características do adversário, que é forte na transição ofensiva. Dotámos a equipa de maior capacidade para estar equilibrada nas acções ataque/defesa. Fiquei agradado. Ter Custódio e Paredes de início é uma opção para repetir.
Com estes jogadores mais defensivos, a equipa parece perder balanço ou força ofensiva. Concorda?
Não. Com o FC Porto, a equipa teve uma entrada forte. Embora sejam jogadores mais de passe e de equilíbrio, Custódio e Paredes podem entrar em pequenas variações no nosso esquema, sem prejuízo do balanceamento ofensivo.
Breve resenha da actualidade desportiva
Lucílio Baptista foi, uma vez mais, o árbitro escolhido para dirigir o FCPorto/SLBenfica.
Trata-se do árbitro português em actividade com mais internacionalizações.
Usa e abusa dos cartões para controlar os impetos dos jogadores e nada contribui para a fluidez do jogo ao sancionar todo e qualquer contacto entre jogadores.
Esta temporada, Lucílio dirigiu cinco partidas, tendo encontrado em duas delas os clubes que sábado se defrontam no Estádio do Dragão.
Na quarta jornada dirigiu o Paços de Ferreira-Benfica, partida que terminou empatada nos golos (1-1) e nas expulsões (Léo e Luiz Carlos), enquanto na ronda seguinte arbitrou o Braga-FC Porto (2-1).
A nomeação para este clássico repete a da temporada passada, quando os benfiquistas triunfaram por 2-0 num jogo marcado pelas expulsões de Léo e de Bruno Alves.
Bertino Miranda e Venâncio Tomé, os assistentes que o acompanharão no clássico, já trabalharam esta época com ele por duas e três ocasiões, respectivamente.
Jaime Pacheco assumiu, ontem, pela terceira vez, o comando técnico do Boavista.
A "Torre de Babel" que, hoje por hoje, é o plantel boavisteiro não augura tarefa fácil para um treinador que se expressa com dificuldade em português, quanto mais em qualquer outra língua.
Anderson mostra-se apto a defrontar o SLBenfica, ao invés de Karagounis, Rui Costa e Paulo Jorge que se acham, irremediavelmente, afastados do clássico de Sábado.
A probabilidade de Karyaka vir a ser o substituto de Miccoli emerge, assim, cada vez mais forte.
O regime fiscal e de segurança social dos jogadores profissionais de futebol irá ser alterado, no sentido da sua equiparação ao regime geral.
Não me parece medida descabida, sendo, no entanto, necessário erigir tectos contributivos, pois que nem todos os jogadores auferem fortunas, bem como se mostra imprescindível construir formas de calculo das suas pensões de forma diferenciada, dado que, caso contrário, serão imensamente prejudicados, em vista da desconsideração dos seus melhores anos salariais.
Assim vai o mundo desportivo.
Trata-se do árbitro português em actividade com mais internacionalizações.
Usa e abusa dos cartões para controlar os impetos dos jogadores e nada contribui para a fluidez do jogo ao sancionar todo e qualquer contacto entre jogadores.
Esta temporada, Lucílio dirigiu cinco partidas, tendo encontrado em duas delas os clubes que sábado se defrontam no Estádio do Dragão.
Na quarta jornada dirigiu o Paços de Ferreira-Benfica, partida que terminou empatada nos golos (1-1) e nas expulsões (Léo e Luiz Carlos), enquanto na ronda seguinte arbitrou o Braga-FC Porto (2-1).
A nomeação para este clássico repete a da temporada passada, quando os benfiquistas triunfaram por 2-0 num jogo marcado pelas expulsões de Léo e de Bruno Alves.
Bertino Miranda e Venâncio Tomé, os assistentes que o acompanharão no clássico, já trabalharam esta época com ele por duas e três ocasiões, respectivamente.
Jaime Pacheco assumiu, ontem, pela terceira vez, o comando técnico do Boavista.
A "Torre de Babel" que, hoje por hoje, é o plantel boavisteiro não augura tarefa fácil para um treinador que se expressa com dificuldade em português, quanto mais em qualquer outra língua.
Anderson mostra-se apto a defrontar o SLBenfica, ao invés de Karagounis, Rui Costa e Paulo Jorge que se acham, irremediavelmente, afastados do clássico de Sábado.
A probabilidade de Karyaka vir a ser o substituto de Miccoli emerge, assim, cada vez mais forte.
O regime fiscal e de segurança social dos jogadores profissionais de futebol irá ser alterado, no sentido da sua equiparação ao regime geral.
Não me parece medida descabida, sendo, no entanto, necessário erigir tectos contributivos, pois que nem todos os jogadores auferem fortunas, bem como se mostra imprescindível construir formas de calculo das suas pensões de forma diferenciada, dado que, caso contrário, serão imensamente prejudicados, em vista da desconsideração dos seus melhores anos salariais.
Assim vai o mundo desportivo.
terça-feira, outubro 24, 2006
Liga dos Astros
A classificação geral da Liga dos Astros é a seguinte:
1º Lugar: Joker alho - 303 pontos;
2º Lugar: Caça-Lagartos/Suçuarana - 280 pontos;
3º Lugar: Kubas4EverTeam - 276 pontos;
4º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 271 pontos;
5º Lugar: Cruzados - 270 pontos;
6º Lugar: Afinal estou Vivo - 267 pontos;
7º Lugar: Caixa Campus - 265 pontos;
8º Lugar: Eagles - 262 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 236 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
1º Lugar: Joker alho - 303 pontos;
2º Lugar: Caça-Lagartos/Suçuarana - 280 pontos;
3º Lugar: Kubas4EverTeam - 276 pontos;
4º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 271 pontos;
5º Lugar: Cruzados - 270 pontos;
6º Lugar: Afinal estou Vivo - 267 pontos;
7º Lugar: Caixa Campus - 265 pontos;
8º Lugar: Eagles - 262 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 236 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
Espaço Prof. Karamba
A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:
1º Lugar: Cavungi - 175 pontos;
2º Lugar: Carlos - 160 pontos;
3º Lugar: Vermelho Nunca - 145 pontos;
4º Lugar: Zex - 140 pontos;
5º Lugar: Costa e Jorge Mínimo - 135 pontos;
6º Lugar:Holtreman - 130 pontos;
7º Lugar: Kubas - 125 pontos;
8º Lugar: Fura-Redes - 110 pontos;
9º Lugar: Samsalameh e Vermelho - 105 pontos;
10º Lugar: Vermelho Sempre e Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 100 pontos;
11º Lugar: Francisco Lázaro - 90 pontos;
12º Lugar: Sócio - 80 pontos;
13º Lugar: Petit - 75 pontos;
14º Lugar: Braguilha - 35 pontos;
15º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;
16º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
1º Lugar: Cavungi - 175 pontos;
2º Lugar: Carlos - 160 pontos;
3º Lugar: Vermelho Nunca - 145 pontos;
4º Lugar: Zex - 140 pontos;
5º Lugar: Costa e Jorge Mínimo - 135 pontos;
6º Lugar:Holtreman - 130 pontos;
7º Lugar: Kubas - 125 pontos;
8º Lugar: Fura-Redes - 110 pontos;
9º Lugar: Samsalameh e Vermelho - 105 pontos;
10º Lugar: Vermelho Sempre e Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 100 pontos;
11º Lugar: Francisco Lázaro - 90 pontos;
12º Lugar: Sócio - 80 pontos;
13º Lugar: Petit - 75 pontos;
14º Lugar: Braguilha - 35 pontos;
15º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;
16º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
Artigo de Opinião do Condómino Vermelho Nunca
O rebanho dos seis
No passado mês de Setembro, em aniversário de um amigo, reencontrei-me com vários colegas e amigos da Coimbra estudantil.
Gentes do Norte, essencialmente de Braga, do Centro e Sul do País.
Convívio agradável, a que se juntaram as respectivas famílias, mulheres e filhos.
A maioria da malta do Norte torce pelo Benfica, os do Centro e Sul dividem-se pelo Sporting e pelo Benfica. Adeptos do FCPorto também existem, mas em menor número.
Alguns dos meus amigos não conheciam ainda os meus 2 filhos e, em conversa de circunstância, movida pelos dois jogos que se disputavam nesse dia - Nacional/ Sporting e Boavista/ Benfica - questionaram-me acerca da preferência clubística deles. Ao responder que eram do Sporting, alguns acharam natural, uma vez que o pai também o é, outros acharam estranho, pois naturalmente teriam de ser do Benfica, porque é o maior clube, porque é o Glorioso, por isto ou por aquilo.
Aqui reside , na minha opinião, um problema próprio de muitos adeptos encarnados: acham que eles são o centro de tudo, que só se pode ser do Benfica, e que, quem não tem os filhos benfiquistas, fazendo jus ao ditado, não é bom chefe de família.
No final do século passado, uma direcção do Benfica presidida por Manuel Damásio Prieto, que tinha como relações públicas, Carlos Castro, o cronista social - sim esse mesmo que estão a pensar - teve uma ideia genial. Talvez inspirada na figura do seu antigo jogador Álvaro, chegaram a um número mítico-6.
Conta-se que Margarida , mulher do presidente, junto à capela que mandou construir, disse para o marido: Nel, 6, é esse o número que vais lançar para a opinião pública, 6 milhões de benfiquistas. E assim , desde então, passaram a existir 6 milhões de benfiquistas em Portugal. Vários estudos foram feitos, mas o mítico número manteve-se inalterável.
Num desses estudos, encomendado pelo Benfica, chegou-se à conclusão que são 4.751.320 em Portugal, mas o número 6 mantém-se.
O estudo aponta para 6 milhões de adeptos, em Angola e Moçambique, ganhando aí o rebanho encarnado forma de manada.
O cúmulo do número 6 criado por Manuel Damásio Prieto vai ao ponto deste se manter imune a qualquer alteração populacional, considerando que, por cada benfiquista que morre, outro benfiquista nasce.
Mais tarde, com a subida de Luís Filipe Vieira a presidente, acompanhado na hora da vitória por Cristina Caras Lindas, que tentou, sem êxito, seguir as pegadas de Carlos Castro, este mítico número foi levado, e bem, na minha opinião, ao extremo.
Luís Filipe potencializou o número 6, transformando a instituição, como ele gosta de chamar, numa verdadeira máquina de produzir “negócio”.
É minha convicção que o rebanho dos 6 vai perdurar por muitos e bons anos.
Em nota final, é desde já meu desejo, que no Dragão, os encarnados, tenham 6 lesionados, que aos 6 minutos levem o primeiro golo e que a 6 minutos do fim levem o 6º golo.
No passado mês de Setembro, em aniversário de um amigo, reencontrei-me com vários colegas e amigos da Coimbra estudantil.
Gentes do Norte, essencialmente de Braga, do Centro e Sul do País.
Convívio agradável, a que se juntaram as respectivas famílias, mulheres e filhos.
A maioria da malta do Norte torce pelo Benfica, os do Centro e Sul dividem-se pelo Sporting e pelo Benfica. Adeptos do FCPorto também existem, mas em menor número.
Alguns dos meus amigos não conheciam ainda os meus 2 filhos e, em conversa de circunstância, movida pelos dois jogos que se disputavam nesse dia - Nacional/ Sporting e Boavista/ Benfica - questionaram-me acerca da preferência clubística deles. Ao responder que eram do Sporting, alguns acharam natural, uma vez que o pai também o é, outros acharam estranho, pois naturalmente teriam de ser do Benfica, porque é o maior clube, porque é o Glorioso, por isto ou por aquilo.
Aqui reside , na minha opinião, um problema próprio de muitos adeptos encarnados: acham que eles são o centro de tudo, que só se pode ser do Benfica, e que, quem não tem os filhos benfiquistas, fazendo jus ao ditado, não é bom chefe de família.
No final do século passado, uma direcção do Benfica presidida por Manuel Damásio Prieto, que tinha como relações públicas, Carlos Castro, o cronista social - sim esse mesmo que estão a pensar - teve uma ideia genial. Talvez inspirada na figura do seu antigo jogador Álvaro, chegaram a um número mítico-6.
Conta-se que Margarida , mulher do presidente, junto à capela que mandou construir, disse para o marido: Nel, 6, é esse o número que vais lançar para a opinião pública, 6 milhões de benfiquistas. E assim , desde então, passaram a existir 6 milhões de benfiquistas em Portugal. Vários estudos foram feitos, mas o mítico número manteve-se inalterável.
Num desses estudos, encomendado pelo Benfica, chegou-se à conclusão que são 4.751.320 em Portugal, mas o número 6 mantém-se.
O estudo aponta para 6 milhões de adeptos, em Angola e Moçambique, ganhando aí o rebanho encarnado forma de manada.
O cúmulo do número 6 criado por Manuel Damásio Prieto vai ao ponto deste se manter imune a qualquer alteração populacional, considerando que, por cada benfiquista que morre, outro benfiquista nasce.
Mais tarde, com a subida de Luís Filipe Vieira a presidente, acompanhado na hora da vitória por Cristina Caras Lindas, que tentou, sem êxito, seguir as pegadas de Carlos Castro, este mítico número foi levado, e bem, na minha opinião, ao extremo.
Luís Filipe potencializou o número 6, transformando a instituição, como ele gosta de chamar, numa verdadeira máquina de produzir “negócio”.
É minha convicção que o rebanho dos 6 vai perdurar por muitos e bons anos.
Em nota final, é desde já meu desejo, que no Dragão, os encarnados, tenham 6 lesionados, que aos 6 minutos levem o primeiro golo e que a 6 minutos do fim levem o 6º golo.
segunda-feira, outubro 23, 2006
Análise à Jornada do Fim de Semana
O Benfica cumpriu a sua missão e venceu o último classificado.
Fernando Santos insistiu, uma vez mais, no losango a meio-campo, colocando Simão na posição de organizador do processo ofensivo benfiquista.
O Benfica entrou em campo a um ritmo frenético, partindo para o assalto à baliza de Paulo Lopes, mas o guarda-redes do Estrela da Amadora, aliado ao desacerto dos encarnados, foi adiando o golo.
Na primeira ocasião em que o Estrela logrou chegar à baliza do Benfica, Dário fez o 0-1 aos 13 minutos.
Sem nada que o justificasse a não ser a vontade de Dário e um bom canto de Edu Silva.
Um golo absurdo, em que os encarnados permitiram facilidades incríveis ao último classificado da Liga. Falha de marcação de Petit, absolutamente inadmissível.
Dário saltou tranquilamente na área e abriu o marcador, colocando os encarnados sobre brasas.
Antes do golo de Dário, o Benfica já tinha desperdiçado uns quantos lances de perigo, com os homens de ataque a apostar em triangulações e em bolas para as costas dos altos e lentos defesas tricolores.
Após o golo, o Benfica acentuou a pressão.
Assim, ao minuto 32, foi sem surpresa que o Benfica logrou a igualdade, através de Miccoli, que se limitou a encostar um bom cruzamento de Katsouranis.
O Estrela era pouco mais que zero.
Ao intervalo, permanecia o empate, num festival de oportunidades desperdiçadas pelos jogadores encarnados.
No dealbar da segunda parte, aos 53 minutos, uma arrancada de Nelson redundou num penalty cometido por Pedro Simões, que foi expulso.
Simão converteu e jogo ficava decidido.
Reduzido a dez, reagir não foi mais do que uma miragem para o Estrela.
Todavia, o Benfica adormeceu e complicou o que era fácil.
Não que o Estrela haja criado situações de perigo, longe disso, mas pairou sempre um sentimento de insegurança que o adversário e a vantagem não justificavam.
Até final, o Benfica ainda chegaria ao 3-1 por Karyaka.
Vitória sem contestação, mas que o Benfica soube dificultar.
Destaque para Miccoli e para o regresso de Karyaka.
Referência final para o árbitro da partida.
Carlos Xistra, desde cedo, deu nota de estar na Luz imbuído de uma tarefa – afastar algum dos mais influentes jogadores benfiquistas do clássico do próximo Sábado.
Só assim se compreendem os cartões amarelos exibidos a Luisão e Simão na primeira parte, por faltas ocorridas no meio-campo estrelista, sem gravidade e quando aqueles jogadores não tinham incorrido anteriormente em qualquer falta.
A expulsão de Miccoli foi o culminar de uma acção premeditada.
O primeiro amarelo não se percebe.
Miccoli seguiu com a bola, mas apenas por que o árbitro auxiliar não assinalou o pseudo fora de jogo tempestivamente. Miccoli olhou para o auxiliar e como viu a bandeira em baixo, continuou a jogada.
O motivo do segundo amarelo, também, não se alcança.
Miccoli foi puxado e agarrado por Rui Duarte e, claro está, tentou libertar-se.
O seu esbracejar não pode ser razão para amarelo, sob pena de o crime compensar.
Miccoli teve uma reacção natural de um jogador que é agarrado, não se justificando a exibição de amarelo.
Xistra foi para a Luz com uma missão e cumpriu-a. Mal, mas cumpriu.
Em Alvalade, Paulo Bento surpreendeu ao devolver a titularidade a Custódio e ao dar a Paredes o lado direito do meio-campo, numa opção pela solidez em detrimento da criatividade de Carlos Martins ou Romagnoli.
Apenas meia-surpresa a entrada inicial de Yannick Djaló, cuja mobilidade prometia estragos.
No F.C. Porto, a ausência de Anderson teve a solução mais previsível, com Paulo Assunção de volta ao onze e Lucho e Raul Meireles a tentarem disfarçar a falta de um verdadeiro dez jogando um pouco mais à frente.
Optou, assim, Jesualdo por um jogo de maior contenção, mais musculado e de ritmo mais baixo.
Foi o Sporting quem começou por se sair melhor deste jogo de encaixes.
Com Moutinho a assumir o comando das operações muito cedo, arrastando a marcação de Lucho para a lateral, o Sporting mandou no jogo nos primeiros quinze minutos.
Os leões dominavam e controlavam a partida, pressionando alto e conquistando a posse de bola em zonas subidas do terreno.
A supremacia do conjunto de Paulo Bento era incontestada, embora não se traduzisse propriamente numa avalancha de oportunidades de golo.
O Sporting vivenciava algumas dificuldades na organização das suas iniciativas de ataque.
Nani voltou a sentir dificuldades no jogo de apoio directo aos pontas-de-lança e todo o processo ofensivo leonino se ressentiu.
A sua exposição mediática, a par da sobrecarga de jogos a que tem sido sujeito, têm influenciado de sobremaneira o rendimento do jovem leão.
O FC Porto partia com poucos homens para a frente, tendo-se assistido ao regresso à dependência dos repentismos de Quaresma, tão distante estava Postiga dos seus companheiros.
A partir do quarto de hora, o F.C. Porto começou a explorar uma fase de erros dos leões na transição da defesa para o ataque.
É verdade que, aos 18 minutos, Liedson não conseguiu aproveitar um desentendimento entre Helton e Bruno Alves, rematando na pequena área contra as pernas do central.
Contudo, o labor de Lucho e Quaresma conduziram o jogo para o equilíbrio absoluto.
Uma arrancada de Djaló, concluída com um remate que passou perto do poste (34 m) foi o tiro de partida para novo período de domínio do Sporting.
Paulo Bento já tinha posto Carlos Martins a aquecer, resignado que estava com a noite desinspirada de Nani.
Todavia, os grandes jogadores mesmo em noites de pouca inspiração, são capazes de desequilibrar. E, assim, foi.
A dois minutos do intervalo, Nani fez um cruzamento perfeito que sobrevoou Liedson e encontrou Yannick solto de marcação (Bruno Alves estava com Liedson, Pepe na sobra, faltou um terceiro homem).
A cabeçada foi perfeita e o golo fez justiça ao melhor período dos leões.
Obrigado a mexer, Jesualdo tirou o amarelado Assunção e lançou Jorginho, tentando dar mais ideias a uma equipa arrumada, mas, órfã de Anderson, pouco ágil nos desdobramentos para o ataque.
Se cedo mexeu, mais depressa ainda colheu os frutos de tal decisão.
Dois minutos após o recomeço, Quaresma obrigou Ricardo a defesa difícil para canto.
Na sequência, a defesa do Sporting demorou a afastar a bola da sua área, Ricardo saiu a soco e meteu a bola no pé direito de Quaresma, que fez o golo.
Com muito tempo para jogar, Paulo Bento lançou Carlos Martins e, pouco depois, Alecsandro, tentando recuperar a dinâmica do final da primeira parte.
Paulo Bento apostava, agora, num futebol mais objectivo e directo, porventura mais consentâneo com o precário estado do relvado.
A partir daí tornou-se claro que havia uma equipa apostada em vencer e outra satisfeita com o empate.
O F.C. Porto, tão sólido quanto contido, não voltou a estar perto do golo, mas o volume de jogo do Sporting engasgava-se nas imediações da área, onde Pepe e Bruno Alves mandavam no jogo aéreo.
A última meia-hora foi o período em que o FC Porto, sem nunca ser uma equipa dominadora, conseguiu controlar melhor o jogo e os movimentos de ruptura do meio-campo leonino.
Só no último quarto de hora voltou a haver emoção, sempre com o Sporting mais perto do golo, mas sempre com Helton no sítio certo.
A clarividência de João Moutinho não tinha complemento, mas a melhor oportunidade deste período caberia ao Sporting, com Liedson a cabecear à trave após cruzamento de Carlos Martins.
Foi o canto do cisne.
Nos restantes jogos, destaque para a vitória do Nacional no Bessa, que importou o despedimento de Petrovic, para a vitória do Leiria em Setúbal e para a 1ª vitória da Briosa.
Num jogo demasiadamente mau para ser verdade, a Académica venceu, sem brilho, um Aves que se assume como a pior equipa do campeonato.
Um golo em cada uma das partes, chegou e sobrou para levar de vencida o Aves.
Fernando Santos insistiu, uma vez mais, no losango a meio-campo, colocando Simão na posição de organizador do processo ofensivo benfiquista.
O Benfica entrou em campo a um ritmo frenético, partindo para o assalto à baliza de Paulo Lopes, mas o guarda-redes do Estrela da Amadora, aliado ao desacerto dos encarnados, foi adiando o golo.
Na primeira ocasião em que o Estrela logrou chegar à baliza do Benfica, Dário fez o 0-1 aos 13 minutos.
Sem nada que o justificasse a não ser a vontade de Dário e um bom canto de Edu Silva.
Um golo absurdo, em que os encarnados permitiram facilidades incríveis ao último classificado da Liga. Falha de marcação de Petit, absolutamente inadmissível.
Dário saltou tranquilamente na área e abriu o marcador, colocando os encarnados sobre brasas.
Antes do golo de Dário, o Benfica já tinha desperdiçado uns quantos lances de perigo, com os homens de ataque a apostar em triangulações e em bolas para as costas dos altos e lentos defesas tricolores.
Após o golo, o Benfica acentuou a pressão.
Assim, ao minuto 32, foi sem surpresa que o Benfica logrou a igualdade, através de Miccoli, que se limitou a encostar um bom cruzamento de Katsouranis.
O Estrela era pouco mais que zero.
Ao intervalo, permanecia o empate, num festival de oportunidades desperdiçadas pelos jogadores encarnados.
No dealbar da segunda parte, aos 53 minutos, uma arrancada de Nelson redundou num penalty cometido por Pedro Simões, que foi expulso.
Simão converteu e jogo ficava decidido.
Reduzido a dez, reagir não foi mais do que uma miragem para o Estrela.
Todavia, o Benfica adormeceu e complicou o que era fácil.
Não que o Estrela haja criado situações de perigo, longe disso, mas pairou sempre um sentimento de insegurança que o adversário e a vantagem não justificavam.
Até final, o Benfica ainda chegaria ao 3-1 por Karyaka.
Vitória sem contestação, mas que o Benfica soube dificultar.
Destaque para Miccoli e para o regresso de Karyaka.
Referência final para o árbitro da partida.
Carlos Xistra, desde cedo, deu nota de estar na Luz imbuído de uma tarefa – afastar algum dos mais influentes jogadores benfiquistas do clássico do próximo Sábado.
Só assim se compreendem os cartões amarelos exibidos a Luisão e Simão na primeira parte, por faltas ocorridas no meio-campo estrelista, sem gravidade e quando aqueles jogadores não tinham incorrido anteriormente em qualquer falta.
A expulsão de Miccoli foi o culminar de uma acção premeditada.
O primeiro amarelo não se percebe.
Miccoli seguiu com a bola, mas apenas por que o árbitro auxiliar não assinalou o pseudo fora de jogo tempestivamente. Miccoli olhou para o auxiliar e como viu a bandeira em baixo, continuou a jogada.
O motivo do segundo amarelo, também, não se alcança.
Miccoli foi puxado e agarrado por Rui Duarte e, claro está, tentou libertar-se.
O seu esbracejar não pode ser razão para amarelo, sob pena de o crime compensar.
Miccoli teve uma reacção natural de um jogador que é agarrado, não se justificando a exibição de amarelo.
Xistra foi para a Luz com uma missão e cumpriu-a. Mal, mas cumpriu.
Em Alvalade, Paulo Bento surpreendeu ao devolver a titularidade a Custódio e ao dar a Paredes o lado direito do meio-campo, numa opção pela solidez em detrimento da criatividade de Carlos Martins ou Romagnoli.
Apenas meia-surpresa a entrada inicial de Yannick Djaló, cuja mobilidade prometia estragos.
No F.C. Porto, a ausência de Anderson teve a solução mais previsível, com Paulo Assunção de volta ao onze e Lucho e Raul Meireles a tentarem disfarçar a falta de um verdadeiro dez jogando um pouco mais à frente.
Optou, assim, Jesualdo por um jogo de maior contenção, mais musculado e de ritmo mais baixo.
Foi o Sporting quem começou por se sair melhor deste jogo de encaixes.
Com Moutinho a assumir o comando das operações muito cedo, arrastando a marcação de Lucho para a lateral, o Sporting mandou no jogo nos primeiros quinze minutos.
Os leões dominavam e controlavam a partida, pressionando alto e conquistando a posse de bola em zonas subidas do terreno.
A supremacia do conjunto de Paulo Bento era incontestada, embora não se traduzisse propriamente numa avalancha de oportunidades de golo.
O Sporting vivenciava algumas dificuldades na organização das suas iniciativas de ataque.
Nani voltou a sentir dificuldades no jogo de apoio directo aos pontas-de-lança e todo o processo ofensivo leonino se ressentiu.
A sua exposição mediática, a par da sobrecarga de jogos a que tem sido sujeito, têm influenciado de sobremaneira o rendimento do jovem leão.
O FC Porto partia com poucos homens para a frente, tendo-se assistido ao regresso à dependência dos repentismos de Quaresma, tão distante estava Postiga dos seus companheiros.
A partir do quarto de hora, o F.C. Porto começou a explorar uma fase de erros dos leões na transição da defesa para o ataque.
É verdade que, aos 18 minutos, Liedson não conseguiu aproveitar um desentendimento entre Helton e Bruno Alves, rematando na pequena área contra as pernas do central.
Contudo, o labor de Lucho e Quaresma conduziram o jogo para o equilíbrio absoluto.
Uma arrancada de Djaló, concluída com um remate que passou perto do poste (34 m) foi o tiro de partida para novo período de domínio do Sporting.
Paulo Bento já tinha posto Carlos Martins a aquecer, resignado que estava com a noite desinspirada de Nani.
Todavia, os grandes jogadores mesmo em noites de pouca inspiração, são capazes de desequilibrar. E, assim, foi.
A dois minutos do intervalo, Nani fez um cruzamento perfeito que sobrevoou Liedson e encontrou Yannick solto de marcação (Bruno Alves estava com Liedson, Pepe na sobra, faltou um terceiro homem).
A cabeçada foi perfeita e o golo fez justiça ao melhor período dos leões.
Obrigado a mexer, Jesualdo tirou o amarelado Assunção e lançou Jorginho, tentando dar mais ideias a uma equipa arrumada, mas, órfã de Anderson, pouco ágil nos desdobramentos para o ataque.
Se cedo mexeu, mais depressa ainda colheu os frutos de tal decisão.
Dois minutos após o recomeço, Quaresma obrigou Ricardo a defesa difícil para canto.
Na sequência, a defesa do Sporting demorou a afastar a bola da sua área, Ricardo saiu a soco e meteu a bola no pé direito de Quaresma, que fez o golo.
Com muito tempo para jogar, Paulo Bento lançou Carlos Martins e, pouco depois, Alecsandro, tentando recuperar a dinâmica do final da primeira parte.
Paulo Bento apostava, agora, num futebol mais objectivo e directo, porventura mais consentâneo com o precário estado do relvado.
A partir daí tornou-se claro que havia uma equipa apostada em vencer e outra satisfeita com o empate.
O F.C. Porto, tão sólido quanto contido, não voltou a estar perto do golo, mas o volume de jogo do Sporting engasgava-se nas imediações da área, onde Pepe e Bruno Alves mandavam no jogo aéreo.
A última meia-hora foi o período em que o FC Porto, sem nunca ser uma equipa dominadora, conseguiu controlar melhor o jogo e os movimentos de ruptura do meio-campo leonino.
Só no último quarto de hora voltou a haver emoção, sempre com o Sporting mais perto do golo, mas sempre com Helton no sítio certo.
A clarividência de João Moutinho não tinha complemento, mas a melhor oportunidade deste período caberia ao Sporting, com Liedson a cabecear à trave após cruzamento de Carlos Martins.
Foi o canto do cisne.
Nos restantes jogos, destaque para a vitória do Nacional no Bessa, que importou o despedimento de Petrovic, para a vitória do Leiria em Setúbal e para a 1ª vitória da Briosa.
Num jogo demasiadamente mau para ser verdade, a Académica venceu, sem brilho, um Aves que se assume como a pior equipa do campeonato.
Um golo em cada uma das partes, chegou e sobrou para levar de vencida o Aves.
sexta-feira, outubro 20, 2006
Liga dos Astros
Após auscultação dos demais condóminos e face às posições expressas, decidi manter a minha inscrição nesta Liga e anular a jornada da semana passada.
Assim, as alterações a introduzir nas equipas deverão ser apresentadas juntamente com os onzes e respectivos suplentes para esta semana.
Para simplificar, peço-vos que apresentem, simultaneamente, as alterações a efectuar, em número de 3, o plantel assim alterado e o onze para a próxima jornada com a indicação do capitão e do Joker.
Assim, as alterações a introduzir nas equipas deverão ser apresentadas juntamente com os onzes e respectivos suplentes para esta semana.
Para simplificar, peço-vos que apresentem, simultaneamente, as alterações a efectuar, em número de 3, o plantel assim alterado e o onze para a próxima jornada com a indicação do capitão e do Joker.
Espaço Prof. Karamba
Os jogos sujeitos a palpite este fim de semana são os seguintes:
Boavista-Nacional;
V. Setúbal-U. Leiria;
Benfica-E. Amadora;
Sporting-F.C. Porto;
Naval-Sp. Braga;
Como tradicionalmente, faço, desde já, o meu palpite:
Boavista-Nacional: 2-1;
V. Setúbal-U. Leiria: 1-2;
Benfica-E. Amadora: 3-0;
Sporting-F.C. Porto: 1-1;
Naval-Sp. Braga: 2-1;
Boavista-Nacional;
V. Setúbal-U. Leiria;
Benfica-E. Amadora;
Sporting-F.C. Porto;
Naval-Sp. Braga;
Como tradicionalmente, faço, desde já, o meu palpite:
Boavista-Nacional: 2-1;
V. Setúbal-U. Leiria: 1-2;
Benfica-E. Amadora: 3-0;
Sporting-F.C. Porto: 1-1;
Naval-Sp. Braga: 2-1;
Espaço Prof. Karamba
A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:
1º Lugar: Cavungi - 160 pontos;
2º Lugar: Carlos - 135 pontos;
3º Lugar: Vermelho Nunca - 130 pontos;
4º Lugar: Zex - 125 pontos;
5º Lugar: Costa, Jorge Mínimo e Holtreman - 120 pontos;
6º Lugar: Kubas - 110 pontos;
7º Lugar: Fura-Redes e Vermelho Sempre - 95 pontos;
8º Lugar: Samsalameh e Francisco Lázaro - 90 pontos;
9º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 85 pontos;
10º Lugar: Sócio e Vermelho - 80 pontos;
11º Lugar: Petit - 55 pontos;
12º Lugar: Jimmy Jump Reloaded e Braguilha - 20 pontos;
13º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
1º Lugar: Cavungi - 160 pontos;
2º Lugar: Carlos - 135 pontos;
3º Lugar: Vermelho Nunca - 130 pontos;
4º Lugar: Zex - 125 pontos;
5º Lugar: Costa, Jorge Mínimo e Holtreman - 120 pontos;
6º Lugar: Kubas - 110 pontos;
7º Lugar: Fura-Redes e Vermelho Sempre - 95 pontos;
8º Lugar: Samsalameh e Francisco Lázaro - 90 pontos;
9º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 85 pontos;
10º Lugar: Sócio e Vermelho - 80 pontos;
11º Lugar: Petit - 55 pontos;
12º Lugar: Jimmy Jump Reloaded e Braguilha - 20 pontos;
13º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
Antevisão da Jornada do Próximo Fim de Semana
Antes de mais e como introito, gostaria de lhes chamar a atenção para o regresso do mítico Prof. Venceslau, comentando o artigo do Condómino Carlos.
Exorto o Sr. Prof. a visitar-nos mais vezes.
Regressando ao tema deste post, direi que se joga, este fim de semana, o primeiro dos Clássicos da presente época.
O Porto visita Alvalade na liderança do campeonato.
As equipas poucas alterações deverão apresentar em relação aos onzes que apresentaram nos confrontos da Champions.
Assim, no Porto apenas Anderson, lesionado, deverá dar o seu lugar a Paulo Assunção.
Outra alternativa passa pela utilização de Jorginho, se bem que pense que Jesualdo em nome do equilíbrio opte por Assunção.
Procurará Jesualdo povoar o meio-campo com mais um elemento, por forma a equilibrar o jogo de forças com o meio-campo em losango do Sporting.
Paulo Assunção deverá surgir no vértice mais recuado de um triângulo que contará com Lucho e Meireles nos seus vértices mais adiantados.
Outra alteração possível passa pela titularidade de Ricardo Costa em detrimento de Fucile.
Hipótese, ainda assim, remota, mas que poderá verificar-se em vista da maior experiência do defesa luso e do tempo de inactividade de Fucile, limitativo da realização de dois jogos em tão curto espaço de tempo.
Quanto ao resto, tudo na mesma, devendo o Porto alinhar com Hélton, Fucile, Pepe, Bruno Alves e Cech, Paulo Assunção, Lucho e Meireles, Quaresma, Postiga e Lisandro.
O Sporting deverá mexer em obediência aos princípios de rotatividade imposto por Paulo Bento.
Deste modo, a titularidade de Abel, Paredes e Bueno deverá ser uma realidade por troca com Tello, Veloso e Alecsandro.
Caso Bento opte por uma estrutura mais ofensiva, a entrada de Djálo para o vértice mais adiantado do losango de meio-campo pode acontecer.
O Sporting deverá alinhar com Ricardo, Abel, Tonel, Polga e Caneira, Paredes, Moutinho, Nani e Carlos Martins, Liedson e Bueno.
Seja como for, será um jogo que se decidirá na supremacia do meio-campo.
Quem ganhar a batalha do meio-campo terá percorrido meio caminho para a vitória.
A eficácia na concretização, como sempre nestas partidas, será factor de importância maior, sendo certo que quem marcar primeiro obterá vantagem de relevo.
Na Luz, o Benfica recebe o Estrela na ressaca da débacle europeia.
Jogo que a equipa encarnada tem obrigatoriamente de vencer, por todas as razões e mais uma, qual seja a recuperação de pontos face a um ou aos dois eternos rivais.
Exorto o Sr. Prof. a visitar-nos mais vezes.
Regressando ao tema deste post, direi que se joga, este fim de semana, o primeiro dos Clássicos da presente época.
O Porto visita Alvalade na liderança do campeonato.
As equipas poucas alterações deverão apresentar em relação aos onzes que apresentaram nos confrontos da Champions.
Assim, no Porto apenas Anderson, lesionado, deverá dar o seu lugar a Paulo Assunção.
Outra alternativa passa pela utilização de Jorginho, se bem que pense que Jesualdo em nome do equilíbrio opte por Assunção.
Procurará Jesualdo povoar o meio-campo com mais um elemento, por forma a equilibrar o jogo de forças com o meio-campo em losango do Sporting.
Paulo Assunção deverá surgir no vértice mais recuado de um triângulo que contará com Lucho e Meireles nos seus vértices mais adiantados.
Outra alteração possível passa pela titularidade de Ricardo Costa em detrimento de Fucile.
Hipótese, ainda assim, remota, mas que poderá verificar-se em vista da maior experiência do defesa luso e do tempo de inactividade de Fucile, limitativo da realização de dois jogos em tão curto espaço de tempo.
Quanto ao resto, tudo na mesma, devendo o Porto alinhar com Hélton, Fucile, Pepe, Bruno Alves e Cech, Paulo Assunção, Lucho e Meireles, Quaresma, Postiga e Lisandro.
O Sporting deverá mexer em obediência aos princípios de rotatividade imposto por Paulo Bento.
Deste modo, a titularidade de Abel, Paredes e Bueno deverá ser uma realidade por troca com Tello, Veloso e Alecsandro.
Caso Bento opte por uma estrutura mais ofensiva, a entrada de Djálo para o vértice mais adiantado do losango de meio-campo pode acontecer.
O Sporting deverá alinhar com Ricardo, Abel, Tonel, Polga e Caneira, Paredes, Moutinho, Nani e Carlos Martins, Liedson e Bueno.
Seja como for, será um jogo que se decidirá na supremacia do meio-campo.
Quem ganhar a batalha do meio-campo terá percorrido meio caminho para a vitória.
A eficácia na concretização, como sempre nestas partidas, será factor de importância maior, sendo certo que quem marcar primeiro obterá vantagem de relevo.
Na Luz, o Benfica recebe o Estrela na ressaca da débacle europeia.
Jogo que a equipa encarnada tem obrigatoriamente de vencer, por todas as razões e mais uma, qual seja a recuperação de pontos face a um ou aos dois eternos rivais.
quinta-feira, outubro 19, 2006
Casquinada da Semana
O condómino Cavungi lançou, no seu artigo de opinião, uma iniciativa, que designou de "casquinada da semana", destinada a premiar o post que mais gargalhadas lhe fez soltar durante a semana.
Esta semana, o condómino Cavungi não foi chamada a editar qualquer texto, pelo que esta iniciativa poderia correr o risco de se perder na penumbra da blogosfera.
Assim, sem querer usurpar a ideia do condómino Cavungi, entendo ser de preservar tal conceito, dando-lhe foros de permanência.
Todas as semanas, os caros condóminos serão chamados a pronunciar-se sobre o post ou post´s que mais garagalhadas lhes suscitaram durante a semana.
Boas casquinadas!
Esta semana, o condómino Cavungi não foi chamada a editar qualquer texto, pelo que esta iniciativa poderia correr o risco de se perder na penumbra da blogosfera.
Assim, sem querer usurpar a ideia do condómino Cavungi, entendo ser de preservar tal conceito, dando-lhe foros de permanência.
Todas as semanas, os caros condóminos serão chamados a pronunciar-se sobre o post ou post´s que mais garagalhadas lhes suscitaram durante a semana.
Boas casquinadas!
Artigo de Opinião do Condómino Samsalameh
Scheweinsteger e Ricardo, Uma Dupla para a História, tal como Maradona e Ivkovic mas ao contrário!
Nem com a ajuda do Sr. Árbitro o Sporting Clube de Portugal conseguiu ganhar ou sequer empatar um jogo que esteve claramente ao seu alcance.
Pois é meus amigos, se ocorresse em Portugal um lance igual ao que se passou no interior da pequena área do Sporting, logo aos cinco minutos de jogo, em que o Caneira nitidamente agarra, puxa e derruba o adversário, seria um assunto que provavelmente era relembrado ad eternum neste blog. Mas como foi na Champions...
Como também se estaria aqui a discutir até ao termo do Processo Casa Pia os cartões amarelos injustificados ao grande e poderoso Scheweinsteger, que acabaram na expulsão deste jogador.
Porém, reconheço que em relação ao segundo cartão tenho algumas dúvidas, o que já não acontece no primeiro caso, em que o rapazinho nitidamente joga a bola e nem sequer acerta no jogador verde e branco...Os treinos à Liedson, que são efectuados nos últimos 75 minutos no Campo D’Acocheta (os primeiros 30 minutos do treino é a ver o Carlos Bueno a tentar dominar uma bola!) pelos vistos, estão a resultar!!!
Julgo que toda a gente concorda que, pelo menos neste ponto, o Sporting foi dominador, os miúdos (a média de idades rondava os 22 anos) mostraram que têm um conjunto muito forte e que se podem bater perante as melhores equipas da Europa e lutar pela vitória do resultado, mas não chega.
O Risco ao Meio não estudou, como devia, a equipa adversária, que é matreira e joga quase sempre em contra-ataque.
Pena foi que o Miguel Veloso (infelizmente perdido pelo Benfica!) tenha deixado o Scheweinsteger um pouco à solta e não se lembrasse que basta um pontapé deste jovem para o Ricardo tremer e não saber o que fazer...Se já no Mundial, marcou aqueles dois (pitos) golos, deveria ter o Sporting tido mais atenção naquele tipo de lances!
E tal como no Mundial, o Ricardo não soube fazer-se a tempo ao lance e penso até que a dado momento terá pensado “Esta bola vai fora” e só mais tarde para que não o criticassem voou para as câmaras fotográficas poderem ter uma boa primeira página... para ele cortar e colar no(s) seu(s) álbum(ns) já vasto(s) de fotofrango guardado(s) e retirado(s) quase todos as semanas da(s) estante(s) da cozinha.
Quanto ao demais da partida, pouco ou nada há a dizer. Oportunidades de golo não faltaram para o Sporting (Polga, Djaló, Bueno, Tello), e na parte final do jogo para o Bayern, mas não houve aquela pontinha de sorte, tal como ocorreu no jogo de terça-feira, que prefiro nem comentar.
Mais uma vez o Bueno mostrou porque, tal como o Alcides, não sabem o que é a táctica e o posicionamento dentro do campo.
E para terminar:
Enquanto o Ivkovic foi o único guarda-redes do Mundo a defender penaltis ao Maradona e logo dois, o Ricardo, por seu turno, foi e é o único “goal-keeper” que não defende os remates do Scheweinsteger, que por acaso, dão em golo, e já vão três!!! Como será na Alemanha...!? É que o homem nem com a ponta dos dedos consegue chegar às bolas do Scheweinsteger...Por que será!?
Nem com a ajuda do Sr. Árbitro o Sporting Clube de Portugal conseguiu ganhar ou sequer empatar um jogo que esteve claramente ao seu alcance.
Pois é meus amigos, se ocorresse em Portugal um lance igual ao que se passou no interior da pequena área do Sporting, logo aos cinco minutos de jogo, em que o Caneira nitidamente agarra, puxa e derruba o adversário, seria um assunto que provavelmente era relembrado ad eternum neste blog. Mas como foi na Champions...
Como também se estaria aqui a discutir até ao termo do Processo Casa Pia os cartões amarelos injustificados ao grande e poderoso Scheweinsteger, que acabaram na expulsão deste jogador.
Porém, reconheço que em relação ao segundo cartão tenho algumas dúvidas, o que já não acontece no primeiro caso, em que o rapazinho nitidamente joga a bola e nem sequer acerta no jogador verde e branco...Os treinos à Liedson, que são efectuados nos últimos 75 minutos no Campo D’Acocheta (os primeiros 30 minutos do treino é a ver o Carlos Bueno a tentar dominar uma bola!) pelos vistos, estão a resultar!!!
Julgo que toda a gente concorda que, pelo menos neste ponto, o Sporting foi dominador, os miúdos (a média de idades rondava os 22 anos) mostraram que têm um conjunto muito forte e que se podem bater perante as melhores equipas da Europa e lutar pela vitória do resultado, mas não chega.
O Risco ao Meio não estudou, como devia, a equipa adversária, que é matreira e joga quase sempre em contra-ataque.
Pena foi que o Miguel Veloso (infelizmente perdido pelo Benfica!) tenha deixado o Scheweinsteger um pouco à solta e não se lembrasse que basta um pontapé deste jovem para o Ricardo tremer e não saber o que fazer...Se já no Mundial, marcou aqueles dois (pitos) golos, deveria ter o Sporting tido mais atenção naquele tipo de lances!
E tal como no Mundial, o Ricardo não soube fazer-se a tempo ao lance e penso até que a dado momento terá pensado “Esta bola vai fora” e só mais tarde para que não o criticassem voou para as câmaras fotográficas poderem ter uma boa primeira página... para ele cortar e colar no(s) seu(s) álbum(ns) já vasto(s) de fotofrango guardado(s) e retirado(s) quase todos as semanas da(s) estante(s) da cozinha.
Quanto ao demais da partida, pouco ou nada há a dizer. Oportunidades de golo não faltaram para o Sporting (Polga, Djaló, Bueno, Tello), e na parte final do jogo para o Bayern, mas não houve aquela pontinha de sorte, tal como ocorreu no jogo de terça-feira, que prefiro nem comentar.
Mais uma vez o Bueno mostrou porque, tal como o Alcides, não sabem o que é a táctica e o posicionamento dentro do campo.
E para terminar:
Enquanto o Ivkovic foi o único guarda-redes do Mundo a defender penaltis ao Maradona e logo dois, o Ricardo, por seu turno, foi e é o único “goal-keeper” que não defende os remates do Scheweinsteger, que por acaso, dão em golo, e já vão três!!! Como será na Alemanha...!? É que o homem nem com a ponta dos dedos consegue chegar às bolas do Scheweinsteger...Por que será!?
quarta-feira, outubro 18, 2006
Artigo de Opinião do Condómino Carlos
PORQUE SOU DO SCP
Em dois artigos de opinião já publicados, o Condómino Cavungi explicou porque não era da selecção e o Condómino Fura-Redes relatou o seu percurso como adepto do FCP.
Fazendo a síntese dos dois artigos, inspirei-me para escrever a minha crónica, que subordino ao tema “Porque sou do SCP”.
Sendo eu nortenho, natural de uma localidade situada a 30 Kms do Porto, a primeira questão que se colocaria era “porque não sou do FCP?”.
Devo confessar que, quando muito pequeno, cheguei a ser adepto do FCP.
O que orientou, na ocasião, essa minha preferência foi a simples razão de o meu pai fumar cigarros “PORTO” – uns maços de tabaco azuis claros com a imagem da Ponte da Arrábida estampada no invólucro.
Recordo-me, contudo, que o FCP era uma pequena equipa de província que me desiludia constantemente com os resultados e era por isso imperioso mudar de clube se queria ter alegrias.
Para além disso, o meu pai tinha mudado de marca de tabaco, para os inenarráveis “Negritos”, tendo mesmo acabado por deixar de fumar.
Já sei que vão dizer: “Se és do Norte, devias apoiar uma equipa nortenha, e, ainda assim, o FCP é a maior equipa do Norte!”
Certo, mas também sou natural de uma terra que ao contrário se lê RAVO e nem por isso sou “gay”.
Que clube, então, deveria escolher?
O Benfica tinha, já na ocasião, 6 milhões de adeptos, razão mais do que suficiente para não querer ser também “mais um”.
Sempre gostei de ser diferente e achei que ser adepto de uma equipa que não fosse o Benfica, usar o relógio no braço direito e – mais tarde - não pôr açúcar no café seria suficiente para vincar a minha originalidade.
Jogava, nessa época, no SCP o grande Yazalde, que, para quem não é desse tempo, era uma espécie de Jardel do anos 70, para melhor.
E na baliza havia o Damas, que saltava de um lado ao outro da baliza como se tivesse molas nos pés.
A tudo isto acrescia a explicação racional: “É o verdadeiro clube de Portugal, pois que é Sporting Club de PORTUGAL!”
Foi o suficiente para fazer a minha opção clubística.
Passado pouco tempo, vi que tinha feito asneira.
O SCP, ainda ganhou um ou dois campeonatos, mas depressa entrou na crise dos 19 anos, ao passo que o FCP começava a ganhar campeonatos atrás de campeonatos.
Como quem espera a sua vez para pagar num hipermercado, muda de fila porque a fila onde está não anda e depois verifica que a fila para onde mudou ficou encravada, assim me sentia eu – com a agravante de, na ocasião, nem sequer haver hipermercados no nosso País.
Mas já era tarde para mudar.
Nestas coisas da preferência clubística manda, como se sabe, o coração, e o meu - contra-natura - estava já verde.
Tinha já entrado também na mística sportinguista, uma mística diferente da dos lampiões e dos andrades, que dificilmente a conseguirão compreender.
Os lampiões porque se afundam todos nessa voracidade dos 6 milhões e na mania de que ser maior é ser melhor, os andrades porque se confinam ao seu bairrismo.
Ser sportinguista é ser diferente, é, como dizia o Luís, “nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder”…
É ter Futre, Figo, Ronaldo, Quaresma, Moutinho e Nani e deixá-los partir…
É saber ser grande na derrota e pequeno na vitória.
É cor, juventude e originalidade…
É ter as mais bonitas mulheres de Portugal…
Por isso fiquei sporténgue e sporténgue me mantenho com muito orgulho.
Em dois artigos de opinião já publicados, o Condómino Cavungi explicou porque não era da selecção e o Condómino Fura-Redes relatou o seu percurso como adepto do FCP.
Fazendo a síntese dos dois artigos, inspirei-me para escrever a minha crónica, que subordino ao tema “Porque sou do SCP”.
Sendo eu nortenho, natural de uma localidade situada a 30 Kms do Porto, a primeira questão que se colocaria era “porque não sou do FCP?”.
Devo confessar que, quando muito pequeno, cheguei a ser adepto do FCP.
O que orientou, na ocasião, essa minha preferência foi a simples razão de o meu pai fumar cigarros “PORTO” – uns maços de tabaco azuis claros com a imagem da Ponte da Arrábida estampada no invólucro.
Recordo-me, contudo, que o FCP era uma pequena equipa de província que me desiludia constantemente com os resultados e era por isso imperioso mudar de clube se queria ter alegrias.
Para além disso, o meu pai tinha mudado de marca de tabaco, para os inenarráveis “Negritos”, tendo mesmo acabado por deixar de fumar.
Já sei que vão dizer: “Se és do Norte, devias apoiar uma equipa nortenha, e, ainda assim, o FCP é a maior equipa do Norte!”
Certo, mas também sou natural de uma terra que ao contrário se lê RAVO e nem por isso sou “gay”.
Que clube, então, deveria escolher?
O Benfica tinha, já na ocasião, 6 milhões de adeptos, razão mais do que suficiente para não querer ser também “mais um”.
Sempre gostei de ser diferente e achei que ser adepto de uma equipa que não fosse o Benfica, usar o relógio no braço direito e – mais tarde - não pôr açúcar no café seria suficiente para vincar a minha originalidade.
Jogava, nessa época, no SCP o grande Yazalde, que, para quem não é desse tempo, era uma espécie de Jardel do anos 70, para melhor.
E na baliza havia o Damas, que saltava de um lado ao outro da baliza como se tivesse molas nos pés.
A tudo isto acrescia a explicação racional: “É o verdadeiro clube de Portugal, pois que é Sporting Club de PORTUGAL!”
Foi o suficiente para fazer a minha opção clubística.
Passado pouco tempo, vi que tinha feito asneira.
O SCP, ainda ganhou um ou dois campeonatos, mas depressa entrou na crise dos 19 anos, ao passo que o FCP começava a ganhar campeonatos atrás de campeonatos.
Como quem espera a sua vez para pagar num hipermercado, muda de fila porque a fila onde está não anda e depois verifica que a fila para onde mudou ficou encravada, assim me sentia eu – com a agravante de, na ocasião, nem sequer haver hipermercados no nosso País.
Mas já era tarde para mudar.
Nestas coisas da preferência clubística manda, como se sabe, o coração, e o meu - contra-natura - estava já verde.
Tinha já entrado também na mística sportinguista, uma mística diferente da dos lampiões e dos andrades, que dificilmente a conseguirão compreender.
Os lampiões porque se afundam todos nessa voracidade dos 6 milhões e na mania de que ser maior é ser melhor, os andrades porque se confinam ao seu bairrismo.
Ser sportinguista é ser diferente, é, como dizia o Luís, “nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder”…
É ter Futre, Figo, Ronaldo, Quaresma, Moutinho e Nani e deixá-los partir…
É saber ser grande na derrota e pequeno na vitória.
É cor, juventude e originalidade…
É ter as mais bonitas mulheres de Portugal…
Por isso fiquei sporténgue e sporténgue me mantenho com muito orgulho.
Análise aos jogos da Champions de Benfica e Porto
Ontem, o Benfica hipotecou as suas hipóteses de apuramento para os oitavos de final da Champions.
Resultado desastroso em Glasgow.
Quatro factores concorreram para desfecho tão catastrófico:
Primeiro, a alteração do sistema táctico que Fernando Santos, inexplicavelmente, promoveu;
Segundo, a distância entre linhas na equipa encarnada, com os médios a actuarem muito junto dos centrais criando, assim, um fosso enorme entre a linha média e a linha avançada;
Terceiro, os distintos níveis de eficácia na concretização das oportunidades de golo criadas;
Quatro, manifesta falta de sorte em momentos cruciais do jogo.
Fernando Santos estruturou a sua equipa num 4x4x2 em losango.
Sempre que o fez, perdeu e, ontem, não foi excepção.
Afunilou o processo ofensivo e aniquilou Simão.
Houve mais Simão no último quarto de hora, quando este já alinhava na ala, do que no restante tempo de jogo.
Incompreensível opção, tanto mais que se sabe que Simão rende zero quando colocado no centro.
A equipa do Benfica nunca conseguiu alinhar de forma harmónica, sendo a distância entre linhas enorme e cerceadora da construção de transições ofensivas rápidas.
Petit e Katsouranis actuaram excessivamente perto dos centrais e, como tal, demasiado longe de Simão, Miccoli e Nuno Gomes.
Tal actuação inviabilizou a execução da pressão alta que se exigia.
O Benfica foi mais uma equipa de expectativa, de reacção do que de acção.
Entrou melhor o Celtic, que na primeira jogada da partida dispôs de boa oportunidade de golo, superiormente negada por Quim.
O domínio escocês manteve-se até aos 20 minutos, mas a partir daí o Benfica tomou conta da partida.
Esse foi, sem dúvida, o melhor período do Benfica no jogo.
Consistência defensiva, linhas mais juntas, posse e circulação da bola e desenho de algumas boas iniciativas ofensivas.
Numa delas, a melhor do Benfica em todo o jogo, Katsouranis desperdiçou, ingloriamente, com um cabeceamento por cima da barra.
Quando falava em sorte do jogo, referia-me precisamente a este momento.
Tivesse o Benfica marcado e a história seria, certamente, outra.
Ao intervalo, o empate ajustava-se, mas a perspectiva para a segunda parte não podia deixar de ser animadora face à produção do Benfica nos últimos 25 minutos da primeira parte.
Veio a segunda parte e com ela a débacle.
Começou bem o Benfica, com Simão a desperdiçar soberana oportunidade na execução de um livre à entrada da área escocesa.
Logo depois, o golo escocês.
Um golo às três tabelas, em que a infelicidade foi, mais uma vez, a nota dominante.
Nakamura falha o remate, mas executa brilhante assistência para golo...
A equipa até não reagiu mal, tanto mais que, escassos minutos volvidos, Nuno Assis num portentoso remate de fora da área enviou a bola à trave da baliza do Celtic. Foi o canto do cisne.
Quando falava em sorte do jogo, referia-me, também, a este momento.
A equipa sentiu demasiado a falta de fortuna.
A partir daqui, entrou em colapso competitivo.
A ânsia de recuperar da desvantagem, retirou qualquer pingo de discernimento aos jogadores encarnados.
A equipa tornou-se ansiosa e desorganizou-se.
Fernando Santos assistiu, impávido e sereno, ao desmoronar da equipa.
Mexeu tarde e sem efeitos práticos na manobra global da equipa.
Tirou Katsouranis e meteu Nélson como ala direito, numa susbtituição tão incompreensível quanto prejudicial.
Depois, tirou Nuno Gomes e meteu Kikin, numa troca directa, quando era óbvia a necessidade de alargar a frente de ataque, até para transmitir uma mensagem de confiança à equipa.
Na realidade, o Engenheiro voltou a falhar em toda a linha.
Fruto de tal desorganização, surgiu o segundo golo do Celtic.
Na sequência de um canto favorável ao Benfica, o Celtic, em contra-ataque, ampliou a vantagem.
Dizer que apenas Nuno Assis se encontrava em acção defensiva no momento do desenvolvimento do contra-ataque.
Quando assim é, não é de estranhar que golos possam acontecer.
Nesse instante, o jogo decidiu-se.
Embora ainda tenha criado duas boas ocasiões, num remate de Léo e numa incursão de Simão culminada com um remate torto de Miccoli, o certo é que a equipa não mais se ergueu.
O Celtic ainda lograria o terceiro golo, noutro lance em que a sorte bafejou, claramente, os escoceses, pois que o remate final embateu no solo, fazendo a bola descrever a única trajectória possível de redundar em golo.
Resultado manifestamente exagerado, numa noite infeliz.
Infelicidade para a qual contribuiu e muito a estratégia e a inacção de Fernando Santos.
Agora, há que lutar pela Uefa e pelo arrecadar da maior maquia possível.
No Dragão, o Porto venceu, com facilidade, o Hamburgo.
Como calculam, não vi o jogo, pois, ainda, não possuo o dom da ubiquidade.
Deste modo, apenas dizer que o Porto alcançou uma vitória, que lhe permite acalentar legítimas aspirações de apuramento.
Todavia, a vitória do CSKA sobre o Arsenal não se revelou nada favorável às pretensões portistas.
Hoje por hoje, desenha-se um cenário em tudo semelhante ao vivido pelo Benfica na época passada.
A partida final com o Arsenal, em casa, pode vir a revelar-se tão decisiva como o foi o jogo do Benfica frente ao Manchester.
Resultado desastroso em Glasgow.
Quatro factores concorreram para desfecho tão catastrófico:
Primeiro, a alteração do sistema táctico que Fernando Santos, inexplicavelmente, promoveu;
Segundo, a distância entre linhas na equipa encarnada, com os médios a actuarem muito junto dos centrais criando, assim, um fosso enorme entre a linha média e a linha avançada;
Terceiro, os distintos níveis de eficácia na concretização das oportunidades de golo criadas;
Quatro, manifesta falta de sorte em momentos cruciais do jogo.
Fernando Santos estruturou a sua equipa num 4x4x2 em losango.
Sempre que o fez, perdeu e, ontem, não foi excepção.
Afunilou o processo ofensivo e aniquilou Simão.
Houve mais Simão no último quarto de hora, quando este já alinhava na ala, do que no restante tempo de jogo.
Incompreensível opção, tanto mais que se sabe que Simão rende zero quando colocado no centro.
A equipa do Benfica nunca conseguiu alinhar de forma harmónica, sendo a distância entre linhas enorme e cerceadora da construção de transições ofensivas rápidas.
Petit e Katsouranis actuaram excessivamente perto dos centrais e, como tal, demasiado longe de Simão, Miccoli e Nuno Gomes.
Tal actuação inviabilizou a execução da pressão alta que se exigia.
O Benfica foi mais uma equipa de expectativa, de reacção do que de acção.
Entrou melhor o Celtic, que na primeira jogada da partida dispôs de boa oportunidade de golo, superiormente negada por Quim.
O domínio escocês manteve-se até aos 20 minutos, mas a partir daí o Benfica tomou conta da partida.
Esse foi, sem dúvida, o melhor período do Benfica no jogo.
Consistência defensiva, linhas mais juntas, posse e circulação da bola e desenho de algumas boas iniciativas ofensivas.
Numa delas, a melhor do Benfica em todo o jogo, Katsouranis desperdiçou, ingloriamente, com um cabeceamento por cima da barra.
Quando falava em sorte do jogo, referia-me precisamente a este momento.
Tivesse o Benfica marcado e a história seria, certamente, outra.
Ao intervalo, o empate ajustava-se, mas a perspectiva para a segunda parte não podia deixar de ser animadora face à produção do Benfica nos últimos 25 minutos da primeira parte.
Veio a segunda parte e com ela a débacle.
Começou bem o Benfica, com Simão a desperdiçar soberana oportunidade na execução de um livre à entrada da área escocesa.
Logo depois, o golo escocês.
Um golo às três tabelas, em que a infelicidade foi, mais uma vez, a nota dominante.
Nakamura falha o remate, mas executa brilhante assistência para golo...
A equipa até não reagiu mal, tanto mais que, escassos minutos volvidos, Nuno Assis num portentoso remate de fora da área enviou a bola à trave da baliza do Celtic. Foi o canto do cisne.
Quando falava em sorte do jogo, referia-me, também, a este momento.
A equipa sentiu demasiado a falta de fortuna.
A partir daqui, entrou em colapso competitivo.
A ânsia de recuperar da desvantagem, retirou qualquer pingo de discernimento aos jogadores encarnados.
A equipa tornou-se ansiosa e desorganizou-se.
Fernando Santos assistiu, impávido e sereno, ao desmoronar da equipa.
Mexeu tarde e sem efeitos práticos na manobra global da equipa.
Tirou Katsouranis e meteu Nélson como ala direito, numa susbtituição tão incompreensível quanto prejudicial.
Depois, tirou Nuno Gomes e meteu Kikin, numa troca directa, quando era óbvia a necessidade de alargar a frente de ataque, até para transmitir uma mensagem de confiança à equipa.
Na realidade, o Engenheiro voltou a falhar em toda a linha.
Fruto de tal desorganização, surgiu o segundo golo do Celtic.
Na sequência de um canto favorável ao Benfica, o Celtic, em contra-ataque, ampliou a vantagem.
Dizer que apenas Nuno Assis se encontrava em acção defensiva no momento do desenvolvimento do contra-ataque.
Quando assim é, não é de estranhar que golos possam acontecer.
Nesse instante, o jogo decidiu-se.
Embora ainda tenha criado duas boas ocasiões, num remate de Léo e numa incursão de Simão culminada com um remate torto de Miccoli, o certo é que a equipa não mais se ergueu.
O Celtic ainda lograria o terceiro golo, noutro lance em que a sorte bafejou, claramente, os escoceses, pois que o remate final embateu no solo, fazendo a bola descrever a única trajectória possível de redundar em golo.
Resultado manifestamente exagerado, numa noite infeliz.
Infelicidade para a qual contribuiu e muito a estratégia e a inacção de Fernando Santos.
Agora, há que lutar pela Uefa e pelo arrecadar da maior maquia possível.
No Dragão, o Porto venceu, com facilidade, o Hamburgo.
Como calculam, não vi o jogo, pois, ainda, não possuo o dom da ubiquidade.
Deste modo, apenas dizer que o Porto alcançou uma vitória, que lhe permite acalentar legítimas aspirações de apuramento.
Todavia, a vitória do CSKA sobre o Arsenal não se revelou nada favorável às pretensões portistas.
Hoje por hoje, desenha-se um cenário em tudo semelhante ao vivido pelo Benfica na época passada.
A partida final com o Arsenal, em casa, pode vir a revelar-se tão decisiva como o foi o jogo do Benfica frente ao Manchester.
terça-feira, outubro 17, 2006
Liga dos Astros
Como sabem, a jornada do passado fim de semana da Liga dos Astros foi envolta em polémica.
Face à situação criada, decidi retirar a minha inscrição.
Os condóminos Carlos e Cavungi decidiram suspender a sua participação, apagando os post´s com as respectivas equipas para aquela jornada.
Urge resolver, definitivamente, o problema surgido.
Assim, duas alternativas se colocam.
A primeira, passa pela desconsideração, pura e simples, da jornada do passado fim de semana.
A segunda, passa pela consideração da jornada do passado fim de semana, circunstância que prejudicará os condóminos Carlos e Cavungi.
Peço-vos que se pronunciem para que de uma forma democrática se decida o imbróglio.
Face à situação criada, decidi retirar a minha inscrição.
Os condóminos Carlos e Cavungi decidiram suspender a sua participação, apagando os post´s com as respectivas equipas para aquela jornada.
Urge resolver, definitivamente, o problema surgido.
Assim, duas alternativas se colocam.
A primeira, passa pela desconsideração, pura e simples, da jornada do passado fim de semana.
A segunda, passa pela consideração da jornada do passado fim de semana, circunstância que prejudicará os condóminos Carlos e Cavungi.
Peço-vos que se pronunciem para que de uma forma democrática se decida o imbróglio.
Estará encontrado o sucessor de Pinto da Costa? pelo menos este é seu homónimo
Jorge Costa explicou, na segunda-feira, as motivações para o ponto final na sua carreira como jogador.
Em conferência de imprensa, o antigo capitão do F.C. Porto e internacional português projectou ainda o futuro, com objectivos a curto, médio e longo prazo.
A família, especialmente os dois filhos (o terceiro já vem a caminho), vão merecer a sua atenção imediata, tal como o curso de treinador de II nível que começará a frequentar na próxima semana.
Apesar da opção, Jorge Costa continua a acreditar que teria melhores condições para se assumir como dirigente.
Com uma carreira intimamente ligada ao F.C. Porto, o ex-defesa-central não descarta a possibilidade de ocupar o cargo mais alto na hierarquia do clube.
«Suceder a Pinto da Costa? A breve prazo, não, mas no futuro nunca se sabe. Não sei o dia de amanhã, mas se achar que tenho condições para isso, porque não?», admitiu Jorge Costa, abrindo a porta para uma possível parceira com Vítor Baía, de fato e gravata: «Vítor Baía ao lado? Por exemplo. É um amigo, um símbolo do clube e uma pessoa muito respeitada pelos adeptos do F.C. Porto».
Com 35 anos completados no passado sábado, o ex-capitão do F.C. Porto pendurou as chuteiras para proporcionar à família a estabilidade necessária, depois de uma experiência no Stantard de Liége que terminou de forma abrupta. «Agora, tenho a ocupação mais nobre, que é ser pai. Finalmente, tenho tempo para levar os meus filhos à escola, para acompanhá-lo de forma frequente. Para além disso, para a semana como começar a tirar o curso de treinadores de II nível. Quero aprender, enquanto espero para decidir o que será melhor para mim. Tenho a certeza que vou voltar ao futebol e o F.C. Porto, obviamente, terá sempre a minha prioridade», explicou.
Apesar de não descartar a possibilidade de se sentar no banco e envergar a braçadeira de treinador, Jorge Costa reconhece que estará mais talhado para passar o seu tempo nos gabinetes.
Para já, vai matando saudades do futebol nas bancadas, como adepto dos dragões. «Continuo a pensar que será mais benéfico para a minha carreira tornar-me dirigente, mas amanhã tudo pode mudar», começou por dizer. «Tenho prazer em ir aos estádios, continuo a gostar de futebol e do F.C. Porto, será sempre o clube do meu coração», concluiu.
Em conferência de imprensa, o antigo capitão do F.C. Porto e internacional português projectou ainda o futuro, com objectivos a curto, médio e longo prazo.
A família, especialmente os dois filhos (o terceiro já vem a caminho), vão merecer a sua atenção imediata, tal como o curso de treinador de II nível que começará a frequentar na próxima semana.
Apesar da opção, Jorge Costa continua a acreditar que teria melhores condições para se assumir como dirigente.
Com uma carreira intimamente ligada ao F.C. Porto, o ex-defesa-central não descarta a possibilidade de ocupar o cargo mais alto na hierarquia do clube.
«Suceder a Pinto da Costa? A breve prazo, não, mas no futuro nunca se sabe. Não sei o dia de amanhã, mas se achar que tenho condições para isso, porque não?», admitiu Jorge Costa, abrindo a porta para uma possível parceira com Vítor Baía, de fato e gravata: «Vítor Baía ao lado? Por exemplo. É um amigo, um símbolo do clube e uma pessoa muito respeitada pelos adeptos do F.C. Porto».
Com 35 anos completados no passado sábado, o ex-capitão do F.C. Porto pendurou as chuteiras para proporcionar à família a estabilidade necessária, depois de uma experiência no Stantard de Liége que terminou de forma abrupta. «Agora, tenho a ocupação mais nobre, que é ser pai. Finalmente, tenho tempo para levar os meus filhos à escola, para acompanhá-lo de forma frequente. Para além disso, para a semana como começar a tirar o curso de treinadores de II nível. Quero aprender, enquanto espero para decidir o que será melhor para mim. Tenho a certeza que vou voltar ao futebol e o F.C. Porto, obviamente, terá sempre a minha prioridade», explicou.
Apesar de não descartar a possibilidade de se sentar no banco e envergar a braçadeira de treinador, Jorge Costa reconhece que estará mais talhado para passar o seu tempo nos gabinetes.
Para já, vai matando saudades do futebol nas bancadas, como adepto dos dragões. «Continuo a pensar que será mais benéfico para a minha carreira tornar-me dirigente, mas amanhã tudo pode mudar», começou por dizer. «Tenho prazer em ir aos estádios, continuo a gostar de futebol e do F.C. Porto, será sempre o clube do meu coração», concluiu.
Pensei não ser possível descer tão baixo...
O U.S. Créteil-Lusitanos, formação parisiense que se encontra na última posição da Ligue 2, anunciou a celebração de um acordo de três anos com Artur Jorge, treinador português que saiu no final de Agosto do Al Nasr (Arábia Saudita).
Artur Jorge viajou na segunda-feira para Paris, para negociar com os dirigentes do clube com fortes ligações a Portugal.
O anúncio viria a surgir a meio da tarde. «O objectivo para a primeira época é conseguir a manutenção na Ligue 2. Na segunda, queremos colocar a equipa entre os seis primeiros e, na terceira, nos três primeiros lugar», explicou o presidente do Créteil, Armand Lopes, à Rádio Alfa. Antes de seguir para França, o técnico luso reconheceu à Agência Lusa que havia «boas perspectivas» para a celebração de um acordo, mas ressalvando sempre que havia questões por limar: «Vou hoje para Paris para falar com os dirigentes do segundo clube da capital. Vamos ver se chegamos a acordo. Há boas perspectivas».
Artur Jorge, que tem boa reputação em Paris depois de ter treinado o Matra Racing e o PSG, terá a oportunidade de orientar vários conterrâneos, como Mário Loja, Nuno Mendes ou Rui Dolores.
Raul Águas, a exemplo do que vem sucedendo, será o treinador-adjunto.
O próximo jogo do Créteil-Lusitanos, que somou apenas uma vitória nos jogos disputados até ao momento, está marcado para sexta-feira.
No Stade Duvauchelle, o «lanterna vermelha» recebe o Libourne.
Aos 60 anos, Artur Jorge abraça um novo desafio numa extensa carreira, que teve como um dos pontos mais altos a conquista, em 1987, do título de campeão europeu no comando técnico do F.C. Porto.
Artur Jorge viajou na segunda-feira para Paris, para negociar com os dirigentes do clube com fortes ligações a Portugal.
O anúncio viria a surgir a meio da tarde. «O objectivo para a primeira época é conseguir a manutenção na Ligue 2. Na segunda, queremos colocar a equipa entre os seis primeiros e, na terceira, nos três primeiros lugar», explicou o presidente do Créteil, Armand Lopes, à Rádio Alfa. Antes de seguir para França, o técnico luso reconheceu à Agência Lusa que havia «boas perspectivas» para a celebração de um acordo, mas ressalvando sempre que havia questões por limar: «Vou hoje para Paris para falar com os dirigentes do segundo clube da capital. Vamos ver se chegamos a acordo. Há boas perspectivas».
Artur Jorge, que tem boa reputação em Paris depois de ter treinado o Matra Racing e o PSG, terá a oportunidade de orientar vários conterrâneos, como Mário Loja, Nuno Mendes ou Rui Dolores.
Raul Águas, a exemplo do que vem sucedendo, será o treinador-adjunto.
O próximo jogo do Créteil-Lusitanos, que somou apenas uma vitória nos jogos disputados até ao momento, está marcado para sexta-feira.
No Stade Duvauchelle, o «lanterna vermelha» recebe o Libourne.
Aos 60 anos, Artur Jorge abraça um novo desafio numa extensa carreira, que teve como um dos pontos mais altos a conquista, em 1987, do título de campeão europeu no comando técnico do F.C. Porto.
Antevisão dos jogos de Benfica e Porto na Champions
Jogos decisivos para Benfica e Porto.
Quer águias, quer dragões necessitam de vencer para acalentarem esperanças de apuramento.
Uma derrota significará o fim das aspirações de ambos os emblemas, pese embora a margem de manobra do Benfica seja maior.
Um empate pode chegar para o Benfica manter em lume brando as suas chances de apuramento, mas para o Porto equivalerá a uma derrota.
O Benfica dispõe, ainda, de dois jogos em casa, sendo um deles frente ao adversário directo na luta pelo apuramento, ao passo que o Porto apenas terá mais um jogo em casa e frente ao Arsenal.
Por aqui se vê da premência da vitória portista.
Em Glasgow, o Benfica irá defrontar um adversário tributário da velha escola do futebol inglês – Kick anda rush é a matriz essencial do futebol doCeltic.
Futebol directo, lançamentos longos, cruzamentos e mais cruzamentos, luta,muita luta, suor, muito suor, fora, muita força, serão, certamente, os predicados que os escoceses apresentarão.
E não esquecer o apoio de um público fanático.
Nakamura e Hesselink são as principais figuras individuais de uma equipa que faz da consistência do seu colectivo a sua força maior.
“Alma até Almeida” assim se pode definir a equipa escocesa.
Doses maciças de circulação e posse de bola, velocidade nas transições,pressão alta, dinâmica, mobilidade e concentração, muita concentração são as chaves do êxito encarnado.
Fernando Santos apenas deverá introduzir uma alteração na equipa que derrotou o Leiria, qual seja a chamada à titularidade de Alcides em detrimento de Nelson, por forma a resguardar-se do futebol aéreo escocês.
No mais, espera-se que a dinâmica e a mobilidade evidenciadas em Leiria sejam para manter.
Assim aconteça e a tarefa do Benfica emergirá muito facilitada.
No Dragão, o Porto enfrentará um Hamburgo em crise.
Longe vão os tempos de Keegan e das conquistas na Taça dos Campeões Europeus.
Hoje por hoje, o clube alemão vive um dos piores períodos da sua história desportiva.
Arredado das vitórias internas há bastante tempo e a vegetar nos últimoslugares da Bundesliga, o Hamburgo vê na Champions a sua hipótese de reabilitação.
Desfalcado da sua estrela maior, Rafael Van der Vaart, será o colectivo a ditar leis.
A vitória sobre o Marítimo não constituiu tónico suficiente para afastar,definitivamente, a desconfiança dos adeptos em relação a JesualdoFerreira.
Até porque o primeiro caso de indisciplina aconteceu.
A circunstância da lotação do Dragão não se achar esgotada diz bem da relação pouco afectuosa dos adeptos para com Jesualdo e de algum descrédito entre os apaniguados azuis e brancos.
Um resultado que não a vitória poderá abrir uma ferida incurável na relaçãotreinador/adeptos (recorde-se a significativa degradação da relação deAdriaanse com os adeptos portistas após a eliminação prematura na edição da época passada da Champions).
Jesualdo Ferreira, também, deverá introduzir, apenas, uma alteração no onze a apresentar, a saber a saída de Bosingwa para a entrada de Ricardo Costa.
Estranha-se, contudo, a não chamada à titularidade de Fucile.
Lateral direito de raiz foi contratado para ser a sombra de Bosingwa, mas até à data nem sequer um minuto jogou.
Estará a concluir o seu processo de adaptação ao futebol europeu ou outras razões desconhecidas determinam o ostracismo a que tem sido votado.
Se se exibir num patamar mediano, assente numa boa consistência defensiva e no imenso talento de Anderson, o Porto, por certo, vencerá.
Se se deixar surpreender pelo contra-ataque germânico e cair na teia do jogo físico, então as dificuldades serão maiores.
O sucesso, apenas, depende daquilo que o Porto for capaz de apresentar esta noite no Dragão.
Quer águias, quer dragões necessitam de vencer para acalentarem esperanças de apuramento.
Uma derrota significará o fim das aspirações de ambos os emblemas, pese embora a margem de manobra do Benfica seja maior.
Um empate pode chegar para o Benfica manter em lume brando as suas chances de apuramento, mas para o Porto equivalerá a uma derrota.
O Benfica dispõe, ainda, de dois jogos em casa, sendo um deles frente ao adversário directo na luta pelo apuramento, ao passo que o Porto apenas terá mais um jogo em casa e frente ao Arsenal.
Por aqui se vê da premência da vitória portista.
Em Glasgow, o Benfica irá defrontar um adversário tributário da velha escola do futebol inglês – Kick anda rush é a matriz essencial do futebol doCeltic.
Futebol directo, lançamentos longos, cruzamentos e mais cruzamentos, luta,muita luta, suor, muito suor, fora, muita força, serão, certamente, os predicados que os escoceses apresentarão.
E não esquecer o apoio de um público fanático.
Nakamura e Hesselink são as principais figuras individuais de uma equipa que faz da consistência do seu colectivo a sua força maior.
“Alma até Almeida” assim se pode definir a equipa escocesa.
Doses maciças de circulação e posse de bola, velocidade nas transições,pressão alta, dinâmica, mobilidade e concentração, muita concentração são as chaves do êxito encarnado.
Fernando Santos apenas deverá introduzir uma alteração na equipa que derrotou o Leiria, qual seja a chamada à titularidade de Alcides em detrimento de Nelson, por forma a resguardar-se do futebol aéreo escocês.
No mais, espera-se que a dinâmica e a mobilidade evidenciadas em Leiria sejam para manter.
Assim aconteça e a tarefa do Benfica emergirá muito facilitada.
No Dragão, o Porto enfrentará um Hamburgo em crise.
Longe vão os tempos de Keegan e das conquistas na Taça dos Campeões Europeus.
Hoje por hoje, o clube alemão vive um dos piores períodos da sua história desportiva.
Arredado das vitórias internas há bastante tempo e a vegetar nos últimoslugares da Bundesliga, o Hamburgo vê na Champions a sua hipótese de reabilitação.
Desfalcado da sua estrela maior, Rafael Van der Vaart, será o colectivo a ditar leis.
A vitória sobre o Marítimo não constituiu tónico suficiente para afastar,definitivamente, a desconfiança dos adeptos em relação a JesualdoFerreira.
Até porque o primeiro caso de indisciplina aconteceu.
A circunstância da lotação do Dragão não se achar esgotada diz bem da relação pouco afectuosa dos adeptos para com Jesualdo e de algum descrédito entre os apaniguados azuis e brancos.
Um resultado que não a vitória poderá abrir uma ferida incurável na relaçãotreinador/adeptos (recorde-se a significativa degradação da relação deAdriaanse com os adeptos portistas após a eliminação prematura na edição da época passada da Champions).
Jesualdo Ferreira, também, deverá introduzir, apenas, uma alteração no onze a apresentar, a saber a saída de Bosingwa para a entrada de Ricardo Costa.
Estranha-se, contudo, a não chamada à titularidade de Fucile.
Lateral direito de raiz foi contratado para ser a sombra de Bosingwa, mas até à data nem sequer um minuto jogou.
Estará a concluir o seu processo de adaptação ao futebol europeu ou outras razões desconhecidas determinam o ostracismo a que tem sido votado.
Se se exibir num patamar mediano, assente numa boa consistência defensiva e no imenso talento de Anderson, o Porto, por certo, vencerá.
Se se deixar surpreender pelo contra-ataque germânico e cair na teia do jogo físico, então as dificuldades serão maiores.
O sucesso, apenas, depende daquilo que o Porto for capaz de apresentar esta noite no Dragão.
segunda-feira, outubro 16, 2006
Artigos de Opinião
A experiência de colocar os caros condóminos a redigir artigos de opinião tem decorrido de uma forma amplamente satisfatória.
Todavia, no que concerne ao Sporting e ao Porto, o leque de condóminos que manifestaram a sua disponibilidade para colaborarem na redacção de artigos de opinião, mostra-se esgotado.
Assim, lanço o desafio àqueles que ainda não se mostraram disponíveis para editarem tais artigos para que o façam, sob pena da representatividade dos clubes de que são apaniguados resultar, irremediavelmente, empobrecida.
Deste modo, convoco os condóminos Carlos, Mínimo, Costa e Holtreman, no caso do Sporting, e os condóminos Zex e Braguilha, no caso do Porto, a aceitarem o repto que ora lhes lanço.
Quinta-feira, teremos um artigo de opinião redigido pelo condómino Samsalameh em representação do Benfica.
Digam de vossa justiça.
Todavia, no que concerne ao Sporting e ao Porto, o leque de condóminos que manifestaram a sua disponibilidade para colaborarem na redacção de artigos de opinião, mostra-se esgotado.
Assim, lanço o desafio àqueles que ainda não se mostraram disponíveis para editarem tais artigos para que o façam, sob pena da representatividade dos clubes de que são apaniguados resultar, irremediavelmente, empobrecida.
Deste modo, convoco os condóminos Carlos, Mínimo, Costa e Holtreman, no caso do Sporting, e os condóminos Zex e Braguilha, no caso do Porto, a aceitarem o repto que ora lhes lanço.
Quinta-feira, teremos um artigo de opinião redigido pelo condómino Samsalameh em representação do Benfica.
Digam de vossa justiça.
Espaço Prof. Karamba - Competições Europeias
Os jogos desta semana das Competições Europeias sujeitos a palpite no Espaço Prof. Karamba são os seguintes:
Celtic-Benfica;
Sporting-Bayern;
F.C. Porto-Hamburgo;
AZ-Sp. Braga;
Como tradicionalmente, aqui deixo o meu palpite:
Celtic-Benfica: 1-2;
Sporting-Bayern: 1-1;
F.C. Porto-Hamburgo: 2-0;
AZ-Sp. Braga: 1-1
Celtic-Benfica;
Sporting-Bayern;
F.C. Porto-Hamburgo;
AZ-Sp. Braga;
Como tradicionalmente, aqui deixo o meu palpite:
Celtic-Benfica: 1-2;
Sporting-Bayern: 1-1;
F.C. Porto-Hamburgo: 2-0;
AZ-Sp. Braga: 1-1
Espaço Prof. Karamba
A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:
1º Lugar: Cavungi - 145 pontos;
2º Lugar: Carlos - 125 pontos;
3º Lugar: Vermelho Nunca - 120 pontos;
4º Lugar: Costa - 115 pontos;
5º Lugar: Zex - 110 pontos;
6º Lugar: Jorge Mínimo e Holtreman - 105 pontos;
7º Lugar: Kubas - 100 pontos;
8º Lugar: Fura-Redes e Francisco Lázaro - 90 pontos;
9º Lugar: Vermelho Sempre - 85 pontos
10º Lugar: Samsalameh e Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 80 pontos;
11º Lugar: Sócio e Vermelho - 75 pontos;
12º Lugar: Petit - 45 pontos;
13º Lugar: Jimmy Jump Reloaded e Braguilha - 20 pontos;
14º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
1º Lugar: Cavungi - 145 pontos;
2º Lugar: Carlos - 125 pontos;
3º Lugar: Vermelho Nunca - 120 pontos;
4º Lugar: Costa - 115 pontos;
5º Lugar: Zex - 110 pontos;
6º Lugar: Jorge Mínimo e Holtreman - 105 pontos;
7º Lugar: Kubas - 100 pontos;
8º Lugar: Fura-Redes e Francisco Lázaro - 90 pontos;
9º Lugar: Vermelho Sempre - 85 pontos
10º Lugar: Samsalameh e Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 80 pontos;
11º Lugar: Sócio e Vermelho - 75 pontos;
12º Lugar: Petit - 45 pontos;
13º Lugar: Jimmy Jump Reloaded e Braguilha - 20 pontos;
14º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
Análise à Jornada
Empolgante, arrasadora, dinâmica – eis alguns dos adjectivos que podem ser usados para qualificar a primeira vitória do Benfica fora de portas esta temporada.
O Benfica conseguiu quebrar o «enguiço» e goleou no «novo» Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, por 4-0.
O Benfica dominou do princípio ao fim, apresentando uma dinâmica, uma alegria e uma vivacidade nunca vistas esta época.
A mobilidade do tridente ofensivo fez a diferença no Lis.
Miccoli, Simão e Nuno Gomes nunca se deram à marcação, desempenhando, rotativamente, as diferentes posições no ataque, assim desbravando o caminho para as redes leirienses.
Domingos Paciência apostou num 4-3-3 para tentar surpreender a equipa de Fernando Santos, mas caiu na teia do seu antigo treinador, que deu liberdade total a Simão e promoveu constantes mudanças de posição entre o trio atacante.
Esta dinâmica ofensiva das águias confundiu, e de que maneira, a defesa contrária.
A estratégia do Benfica surtiu o efeito desejado e a equipa do Lis tornou-se praticamente inofensiva.
Face à lentidão, dureza de rins e dificuldades posicionais da defesa leiriense, a aposta de Fernando Santos foi, sem dúvida, a mais acertada.
Por outro lado, a consistência e a agressividade do triângulo da intermediária permitiram ao Benfica executar uma pressão alta que "sufocou" o Leiria.
O U. Leiria preencheu muito o meio-campo, mas mostrou-se confundido com a organização apresentada pelo Benfica, não conseguindo acertar nas marcações.
Com Petit no vértice mais recuado do meio-campo e com Assis e Katsouranis nos vértices mais avançados, o Benfica recuperou imensas bolas no meio-campo adversário, construindo uma torrente contínua de futebol ofensivo.
O processo ofensivo benfiquista assemelhava-se a um carrossel incessante, no qual as oportunidades de golo se sucediam a um ritmo vertiginoso.
Aos 31 minutos, momento sublime de futebol.
Obra de arte de Miccoli a finalizar uma jogada colectiva de excelência.
Ainda antes do intervalo, o atleta transalpino voltou a comemorar, depois de assistência de Nuno Gomes.
Com o resultado em 0-2, existia o perigo da equipa começar a pensar no jogo com o Celtic.
E, assim, foi.
Nos primeiros dez minutos da segunda parte, o Benfica vacilou.
Todavia, um ou dois sustos volvidos, o Benfica acordou da letargia em que parecia imerso.
Aos 61 minutos, o 0-3.
Um tento que desnorteou o U. Leiria, que voltou a mostrar-se uma equipa desorganizada e sem objectividade a atacar.
Aos 66 minutos surgiu o golo de Simão, através da marcação de uma grande penalidade, a castigar braço indiscutível de Faria.
O jogo estava sentenciado.
A partir daí, os encarnados souberam gerir, com muito à-vontade, diga-se, o resultado.
Vitória incontestável.
Contudo, a debilidade do opositor não permite afiançar das melhorias evidenciadas, necessário se mostrando sindicá-las em contexto competitivo superior.
Glasgow será palco para tal.
No Dragão, vitória justa do Porto.
O F.C. Porto soube dar a volta por cima às duas derrotas consecutivas (Arsenal e Sp. Braga), segurando firmemente a liderança do campeonato numa altura absolutamente crucial, uma vez que na próxima jornada visita Alvalade.
O Marítimo foi, no mínimo, um adversário incómodo, principalmente na segunda parte, não merecendo sair derrotado por uma margem de golos tão grande.
A vitória, em todo o caso, é inquestionável, numa noite de inspiração de Hélder Postiga, que apontou dois dos golos e ainda contribuiu para um terceiro, sofrendo a grande penalidade convertida por Lucho.
O Marítimo apresentou-se no Dragão demasiado retraído, com dois médios defensivos à frente do sector mais recuado e apenas Lipatin na frente de ataque.
Com uma postura destas, esperava-se o inevitável golo do Porto, que acabaria por surgir aos 34 minutos, após uma incursão desequilibradora de Pepe.
A estratégia montada por Ulisses Morais caía por terra e o Porto libertava-se, tirando partido da criatividade de Anderson, que esteve praticamente insuperável no um-contra-um e muito forte nas transições do meio-campo para o ataque.
Antes do intervalo esteve perto de fazer o 2-0 por duas ocasiões.
Algo mudaria ao intervalo, principalmente do lado do Marítimo, com duas alterações importantes e uma mudança automática de atitude, que empurrou os dragões para o seu meio-campo.
Com Kanu e Wénio os insulares cresceram e adquiriram confiança, obrigando o adversário a cometer erros.
Com o meio-campo conquistado, foi mais fácil chegar com perigo à baliza de Helton, que passou alguns sufocos, sempre de bola parada, sempre com cruzamentos para a área.
Até ao minuto 60, muito sofrimento para os da casa, com Lucho a evitar o empate quase em cima da linha de baliza, mas no minuto seguinte Hélder Postiga cai na área.
Lance polémico, embora me pareça grande penalidade.
Lucho converteu em golo o penalty, sossegando os espíritos portistas.
Só após o 2-0 Ulisses Morais decidiu lançar Filipe Oliveira, que acabou por ser a unidade mais operante do ataque.
Já na parte final, Hélder Postiga teria espaço para bisar, aproveitando mais uma excelente assistência de Anderson, que o descobriu solto no lado esquerdo da área.
Notas finais para Anderson e Lucho.
Jesualdo deverá ter percebido, de uma vez por todas, que a colocação de Anderson na ala é um crime de lesa futebol. Cerceia-lhe a participação no jogo e amarra-o à tirania da linha lateral.
O Lucho que encantou desapareceu.
Mal fisicamente, o argentino tarda em expressar as suas imensas qualidades.
Na Amoreira, vitória sofrida do Sporting.
Sofrida por culpa própria.
O E. Amadora dispôs muito bem a equipa defensivamente, preenchendo os espaços e retirando margem de manobra ao Sporting.
Jogar pelos flancos era difícil e então pelo meio mesmo impossível.
A única preocupação da equipa da casa era defender e nem a mobilidade de Liedson ou Bueno conseguia baralhar ou, se quer, fazer os defesas do Estrela perderem a sua posição em campo. Mas, não obstante esta preocupação defensiva, o guarda-redes obrigado à intervenção mais difícil na primeira parte até foi Ricardo, para deter um livre de Jaime.
O Estrela controlou bem o adversário, até aos últimos dois minutos do primeiro tempo.
Nessa altura, decidiu-se o jogo.
Canto para o Sporting com Paulo Lopes a fazer a defesa da noite e a evitar o golo de Bueno.
Novo canto e Tonel a fazer o golo que iria decidir a partida.
Muito embora, se achasse em vantagem, o Sporting não conseguia armar o seu processo ofensivo, "forçando" Paulo Bento a mexer ao intervalo.
Carlos Martins regressou um mês e meio depois e passou a dividir a organização do jogo com Moutinho.
A produção ofensiva leonina melhorou.
O Sporting podia ter marcado em várias ocasiões, mas as sucessivas oportunidades desperdiçadas acalentaram esperanças ao Estrela.
O Estrela passou a jogar com Dário ao lado de Jones e, se Paulo Lopes nunca deixou de ter trabalho, Ricardo começou a ter mais preocupações.
A par de alguns rasgos de Martins e Abel, a pressão foi sendo do Estrela e o Sporting passou a ter de correr muito e fazer um jogo de sacrifício (físico) para guardar os três pontos.
Paulo Bento não hesitou em meter Custódio e Caneira.
O Estrela atacou como pode e sabe, ou seja, com pouco perigo e, assim, o Sporting segurou a vitória.
Destaques finais para a vitória indiscutível do Braga em Aveiro e para o empate da Briosa em Paços de Ferreira.
Podia e devia ter vencido a Académica, não fôra uma expulsão injusta e um penalty, no mínimo, muito discutível, que a penalizaram fortemente.
O Benfica conseguiu quebrar o «enguiço» e goleou no «novo» Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, por 4-0.
O Benfica dominou do princípio ao fim, apresentando uma dinâmica, uma alegria e uma vivacidade nunca vistas esta época.
A mobilidade do tridente ofensivo fez a diferença no Lis.
Miccoli, Simão e Nuno Gomes nunca se deram à marcação, desempenhando, rotativamente, as diferentes posições no ataque, assim desbravando o caminho para as redes leirienses.
Domingos Paciência apostou num 4-3-3 para tentar surpreender a equipa de Fernando Santos, mas caiu na teia do seu antigo treinador, que deu liberdade total a Simão e promoveu constantes mudanças de posição entre o trio atacante.
Esta dinâmica ofensiva das águias confundiu, e de que maneira, a defesa contrária.
A estratégia do Benfica surtiu o efeito desejado e a equipa do Lis tornou-se praticamente inofensiva.
Face à lentidão, dureza de rins e dificuldades posicionais da defesa leiriense, a aposta de Fernando Santos foi, sem dúvida, a mais acertada.
Por outro lado, a consistência e a agressividade do triângulo da intermediária permitiram ao Benfica executar uma pressão alta que "sufocou" o Leiria.
O U. Leiria preencheu muito o meio-campo, mas mostrou-se confundido com a organização apresentada pelo Benfica, não conseguindo acertar nas marcações.
Com Petit no vértice mais recuado do meio-campo e com Assis e Katsouranis nos vértices mais avançados, o Benfica recuperou imensas bolas no meio-campo adversário, construindo uma torrente contínua de futebol ofensivo.
O processo ofensivo benfiquista assemelhava-se a um carrossel incessante, no qual as oportunidades de golo se sucediam a um ritmo vertiginoso.
Aos 31 minutos, momento sublime de futebol.
Obra de arte de Miccoli a finalizar uma jogada colectiva de excelência.
Ainda antes do intervalo, o atleta transalpino voltou a comemorar, depois de assistência de Nuno Gomes.
Com o resultado em 0-2, existia o perigo da equipa começar a pensar no jogo com o Celtic.
E, assim, foi.
Nos primeiros dez minutos da segunda parte, o Benfica vacilou.
Todavia, um ou dois sustos volvidos, o Benfica acordou da letargia em que parecia imerso.
Aos 61 minutos, o 0-3.
Um tento que desnorteou o U. Leiria, que voltou a mostrar-se uma equipa desorganizada e sem objectividade a atacar.
Aos 66 minutos surgiu o golo de Simão, através da marcação de uma grande penalidade, a castigar braço indiscutível de Faria.
O jogo estava sentenciado.
A partir daí, os encarnados souberam gerir, com muito à-vontade, diga-se, o resultado.
Vitória incontestável.
Contudo, a debilidade do opositor não permite afiançar das melhorias evidenciadas, necessário se mostrando sindicá-las em contexto competitivo superior.
Glasgow será palco para tal.
No Dragão, vitória justa do Porto.
O F.C. Porto soube dar a volta por cima às duas derrotas consecutivas (Arsenal e Sp. Braga), segurando firmemente a liderança do campeonato numa altura absolutamente crucial, uma vez que na próxima jornada visita Alvalade.
O Marítimo foi, no mínimo, um adversário incómodo, principalmente na segunda parte, não merecendo sair derrotado por uma margem de golos tão grande.
A vitória, em todo o caso, é inquestionável, numa noite de inspiração de Hélder Postiga, que apontou dois dos golos e ainda contribuiu para um terceiro, sofrendo a grande penalidade convertida por Lucho.
O Marítimo apresentou-se no Dragão demasiado retraído, com dois médios defensivos à frente do sector mais recuado e apenas Lipatin na frente de ataque.
Com uma postura destas, esperava-se o inevitável golo do Porto, que acabaria por surgir aos 34 minutos, após uma incursão desequilibradora de Pepe.
A estratégia montada por Ulisses Morais caía por terra e o Porto libertava-se, tirando partido da criatividade de Anderson, que esteve praticamente insuperável no um-contra-um e muito forte nas transições do meio-campo para o ataque.
Antes do intervalo esteve perto de fazer o 2-0 por duas ocasiões.
Algo mudaria ao intervalo, principalmente do lado do Marítimo, com duas alterações importantes e uma mudança automática de atitude, que empurrou os dragões para o seu meio-campo.
Com Kanu e Wénio os insulares cresceram e adquiriram confiança, obrigando o adversário a cometer erros.
Com o meio-campo conquistado, foi mais fácil chegar com perigo à baliza de Helton, que passou alguns sufocos, sempre de bola parada, sempre com cruzamentos para a área.
Até ao minuto 60, muito sofrimento para os da casa, com Lucho a evitar o empate quase em cima da linha de baliza, mas no minuto seguinte Hélder Postiga cai na área.
Lance polémico, embora me pareça grande penalidade.
Lucho converteu em golo o penalty, sossegando os espíritos portistas.
Só após o 2-0 Ulisses Morais decidiu lançar Filipe Oliveira, que acabou por ser a unidade mais operante do ataque.
Já na parte final, Hélder Postiga teria espaço para bisar, aproveitando mais uma excelente assistência de Anderson, que o descobriu solto no lado esquerdo da área.
Notas finais para Anderson e Lucho.
Jesualdo deverá ter percebido, de uma vez por todas, que a colocação de Anderson na ala é um crime de lesa futebol. Cerceia-lhe a participação no jogo e amarra-o à tirania da linha lateral.
O Lucho que encantou desapareceu.
Mal fisicamente, o argentino tarda em expressar as suas imensas qualidades.
Na Amoreira, vitória sofrida do Sporting.
Sofrida por culpa própria.
O E. Amadora dispôs muito bem a equipa defensivamente, preenchendo os espaços e retirando margem de manobra ao Sporting.
Jogar pelos flancos era difícil e então pelo meio mesmo impossível.
A única preocupação da equipa da casa era defender e nem a mobilidade de Liedson ou Bueno conseguia baralhar ou, se quer, fazer os defesas do Estrela perderem a sua posição em campo. Mas, não obstante esta preocupação defensiva, o guarda-redes obrigado à intervenção mais difícil na primeira parte até foi Ricardo, para deter um livre de Jaime.
O Estrela controlou bem o adversário, até aos últimos dois minutos do primeiro tempo.
Nessa altura, decidiu-se o jogo.
Canto para o Sporting com Paulo Lopes a fazer a defesa da noite e a evitar o golo de Bueno.
Novo canto e Tonel a fazer o golo que iria decidir a partida.
Muito embora, se achasse em vantagem, o Sporting não conseguia armar o seu processo ofensivo, "forçando" Paulo Bento a mexer ao intervalo.
Carlos Martins regressou um mês e meio depois e passou a dividir a organização do jogo com Moutinho.
A produção ofensiva leonina melhorou.
O Sporting podia ter marcado em várias ocasiões, mas as sucessivas oportunidades desperdiçadas acalentaram esperanças ao Estrela.
O Estrela passou a jogar com Dário ao lado de Jones e, se Paulo Lopes nunca deixou de ter trabalho, Ricardo começou a ter mais preocupações.
A par de alguns rasgos de Martins e Abel, a pressão foi sendo do Estrela e o Sporting passou a ter de correr muito e fazer um jogo de sacrifício (físico) para guardar os três pontos.
Paulo Bento não hesitou em meter Custódio e Caneira.
O Estrela atacou como pode e sabe, ou seja, com pouco perigo e, assim, o Sporting segurou a vitória.
Destaques finais para a vitória indiscutível do Braga em Aveiro e para o empate da Briosa em Paços de Ferreira.
Podia e devia ter vencido a Académica, não fôra uma expulsão injusta e um penalty, no mínimo, muito discutível, que a penalizaram fortemente.
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