segunda-feira, novembro 06, 2006

Análise à Jornada

O Benfica venceu tranquilamente o Beira-Mar.
Fernando Santos apresentou aquele que pode já ser considerado o seu onze tipo, estruturado no também já habitual losango.
Pressionando alto e em bloco, o Benfica dominou a partida desde o início.
Na 1ª parte, construiu uma boa mão cheia de oportunidades de golo, sem que, contudo, haja concretizado qualquer uma delas.
O Beira-Mar, incapaz de se libertar do espartilho defensivo montado por Inácio e sufocado pela pressão benfiquista, raramente conseguiu sair do seu meio-campo.
Apenas num lance de bola parada, mal resolvido por Quim, e no seu único contra-ataque ao longo de toda a 1ª metade, já no período de descontos, conseguiu criar algum perigo. E, mesmo assim, relativo.
Adivinhava-se o golo do Benfica, mas até ao intervalo tal não viria a acontecer.
Na 2ª parte, o Benfica entrou ainda mais determinado.
Sem surpresa, após um excelente trabalho de Nélson na direita, Katsouranis, de cabeça, fez o 1-0.
Poucos minutos volvidos e Petit fazia o 2-0, concretizando excelente movimento colectivo.
Estava resolvida a partida.
Daí até final, o Benfica dispôs de várias oportunidades para ampliar a vantagem, das quais apenas concretizou uma, através de um auto-golo de Ricardo.
Destaque para Nélson, em clara subida de rendimento, aproximando-se dos patamares exibicionais do início da época transacta, para Luisão, pela segurança evidenciada, para Simão, pela dinâmica que imprimiu ao processo ofensivo, e para Miccoli, sempre muito activo na busca do golo e pelo sublime movimento com que presenteou os espectadores na segunda parte.
Destaque negativo para o árbitro da partida e seus auxiliares.
Um chorrilho de erros.
Perdoou a expulsão a Torrão na 1ª parte, não exibindo o 2º cartão amarelo numa entrada violenta sobre Miguelito, expulsou mal Buba, exibindo-lhe o 2º cartão amarelo num lance que não o justificava, assinalou mal, pelo menos, 3 foras de jogo ao ataque do Benfica e, por fim, validou mal o 3º golo do Benfica, pois que Miccoli, com interferência directa no lance, se encontrava adiantado em relação ao penúltimo defesa do Beira-Mar no momento do passe de Luisão.
Nos restantes jogos, destaque para a 3ª vitória consecutiva do Marítimo, sendo que as duas últimas ocorreram na condição de visitante e em terrenos difíceis como o são Braga e a Figueira.
Realce para o gordo truinfo nacionalista sobre o Paços e para o sucesso forasteiro do Leiria.
Em Coimbra, no melhor jogo da época, a Briosa venceu meritoriamente o Estrela.
Na 1ª parte, pese embora melhorias evidentes na circulação da bola, o losango da Académica não funcionou ofensivamente. Muita posse de bola, mas escassa produção ofensiva, bem espelhada na circunstância da equipa apenas ter alvejado a baliza de Paulo Lopes por uma única vez.
Ao invés, o Estrela apostando em ataques rápidos e contra-ataques protagonizados por Dário e Paulo Sérgio acercou-se com perigo da baliza de Roma por duas vezes, sendo que numa delas fez mesmo a bola embater na barra.
Ao intervalo 0-0.
Na 2ª parte, Manuel Machado fez entrar Hélder Barbosa, assim desfazendo o losango e estruturando a equipa num claro 4x3x3 com evidentes ganhos de eficácia e eficiência.
Beneficiando da subida de rendimento de Filipe Teixeira e da entrada de Hélder Barbosa, o processo ofensivo da Briosa surgiu muito mais fluido e incisivo.
As oportunidades de golo começaram a aparecer e após um magnífico cruzamento de Barbosa, Dame num não menos excelente cabeceamento fez o 1-0.
Logo após, na sequência de uma incursão de Teixeira pela esquerda, Barbosa livre de marcação na área, rematou cruzado para o 2-0.
A Académica jogava como ainda não o havia feito esta época, dominando e controlando a seu bel-prazer a partida.
Inexplicavelmente, Manuel Machado decide substituir Filipe Teixeira por Medeiros, passando a actuar com 3 centrais.
Ao retirar o condutor do processo ofensivo da Briosa, a equipa ressentiu-se e não mais se mostrou capaz de assumir o controlo do jogo.
Ainda para mais, com a introdução de Medeiros, a equipa, naturalmente, recuou no terreno, expondo-se à pressão do Estrela.
Aí, a Briosa tremeu e não fôra a inépcia atacante estrelista e o resultado poderia ter sido outro.
Felizmente, tal não aconteceu e a Académica acabou por segurar um importante triunfo.

14 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma brilhantíssima análise da jornada por parte do Snr. Administrador, sendo certo que não vi o jogo do Benfica e apenas assisti - ao vivo - ao Académica-Estrela da Amadora.
Quanto ao Benfica - que não vi, repito - fiquei agora a saber que beneficiou do 2º auto-golo de jogadores de equipas adversárias em dois jogos.
Registo também os erros de arbitragem a favor do Benfica mencionados na crónica do Snr. Administrador, aos quais faltou aditar a não exibição de um cartão vermelho ao Simão por falta cometida sobre um jogador aveirense:

"Com o pé direito na frente, Simão, sem possibilidade de jogar a bola, atingiu, violenta e perigosamente, a perna do adversário, que procurava pontapear a mesma. O cartão vermelho impunha-se, porque o árbitro não tem de analisar a intencionalidade, mas apenas a objectividade da infracção."

Jorge Coroado, in O JOGO, edição on line, 6/11/2006.

Ou seja, em dois jogos, dois jogadores do Benfica (Katsouranis e Simão) livraram-se da amostragem do respectivo cartão vermelho.
Parece que depois da expulsão do Miccoli, tão criticada pelos dirigentes benfiquistas, mais nenhum jogador encarnado está "autorizado" a levar cartões vermelhos.

Quanto à Briosa, a cujo jogo tive oportunidade de assistir ao vivo honrado pela companhia do Snr. Administrador, tratou-se, de facto, da melhor exibição da Académica no Municipal de Coimbra.
Na 2ª parte, aliás, e até à saída do Filipe Teixeira, o futebol exibido foi de muito boa qualidade, para o que contrbuiu decisivamente a entrada do Hélder Barbosa.
Inexplicavelmente, após o 2-0, e quando se adivinhava goleada, o Prof. Manuel Pardal Machado Imbecil III; á semelhança de outras substituições disparatadas que tem feito, tirou o Filipe Teixeira e fez entrar Medeiros.
Para quem não conhece, o Medeiros é daqueles jogadores que têm excelente controle de bola com o olhar.
Ou seja, a Académica ficou reduzida a 10 unidades, sendo que o sacrificado foi o organizador de todo o futebol ofensivo da Acadámica.
Com a agravente de ter surgido uma "chicane" móvel na defesa a atrapalhar os restantes elementos da equipa.
Sorte que do outro lado estava essa grande equipa que se dá pelo nome de Estrela de Amadora, que a par do Desportivo das Aves, tem já bilhete assegurado para a Liga e Honra.
Caso contrário, não sei se o resultado se teria mantido em 2-0 até final.

Mestrecavungi disse...

Gosto do Buba.Grande Jogador.
No mais, o Beira-mar só não desce, poqrque os lugares de descida já tem dono.O Estrela da Amadora e o incrível Desp. das Aves do Prof. Doutor Neca.
Agora é ver o Reboque e clube do Bruxo das Antas a jogar, e esperar (desejar mesmo) qualquer deslize, com muita traquilidade e ilusão no meu sofá.
Parece-me que vai ser uma bela 2ª feira.

Vermelho disse...

amigo Carlos:
não concordo quando advogas a expulsão de Simão, no jogo de ontem, e a de Katsouranis, nas Antas.
Quanto ao Katsouranis, já aqui disse o que penso, sendo que na justeza da exibição de um cartão amarelo sou inclusivé acompanhado pelo vovozinho vidente.
Quanto ao Simão, trata-se de um lance em que se justifica o amarelo e não o vermelho.
É pé em riste com contacto punível com cartão amarelo.
Trata-se de uma disputa de bola e não de uma entrada por trás ou lance de violência gratuita como o de Torrão.
abraço.

samsalameh disse...

o Sr, Administrador esqueceu-se de mais um cartão amarelo escandaloso mostrado ao Nuno Gomes por alegado fora de jogo (inexistente!) e por este ter passado a bola ao guarda-redes...

Sr. Carlos, vir o Coronhas da Azia para o blog para justificar um cartão...vermelho!? Concordo que nesse lance devia ter sido exibido um cartão, mas o amarelo. Se reparar nas imagens televisivas, o Simão antes de tocar no jogador do Beira-Mar dobra o pé de modo a não lhe tocar com os "pitons" da chuteira!!

Destaque negativo para Jardel que pouco ou nada fez na partida. Parece-me que os ovos moles de Aveiro têm tendência para a engorda...

Uma palavra para esse craque, Buba de seu nome, que viu bem que jogar contra o Benfica não é o mesmo que jogar contra os gatinhos de Alvalade.

Anónimo disse...

Amigo Vermelho:
Como salientei, nem vi o jogo nem qualquer resumo do mesmo.
Apenas li a edição on line do jornal O Jogo.
E aí os vários analistas acham que o lance do Simão é merecedor de cartão vermelho (a maioria) ou, no mínimo, da cartão amarelo.
Como o árbitro nada mostrou ao Simão - ficando eu sem saber se asinalou, ao menos, falta - parece-me mais um flagrante erro da arbitragem a favor do Benfica, que não foi mencionado na Análise à Jornada do Blog.

Para melhor compreensão, aqui seguem as várias análises ao lance:


"Jorge Coroado
Com o pé direito na frente, Simão, sem possibilidade de jogar a bola, atingiu, violenta e perigosamente, a perna do adversário, que procurava pontapear a mesma. O cartão vermelho impunha-se, porque o árbitro não tem de analisar a intencionalidade, mas apenas a objectividade da infracção."

"Soares Dias
Haveria razões para isso. Simão faz jogo perigoso activo, entrando de pé em riste, e deveria ter levado, no mínimo, um cartão amarelo."

"Rosa Santos
Entrada violenta. Cartão vermelho era a decisão que o árbitro deveria ter tomado."

"António Rola
Simão, efectivamente, ao tentar jogar a bola, faz pé em riste perigoso sobre o adversário. Penso que aqui se ajustava a exibição do cartão amarelo. Isto tendo em consideração que a falta foi praticada de forma jogável e de frente."

De salientar que o lance aconteceu ao minuto 18 e o Benfica ficava reduzido a 10 unidades, perdendo ainda o concurso de Simão para o próximo embate em Braga

Vermelho disse...

amigo Carlos:
antes de mais, faço minhas as palavras do condómino Samsalameh.
analisando as opiniões que citas, ressalta que se dividem.
não mencionei esse lance, pois que entendo que não se justificava mais do que a exibição de amarelo.
só referi lances de expulsão. caso contrário, tinha que aduzir mais uns quantos lances em que o amarelo ficou por mostrar.
por fim, dizer que o árbitro assinalou falta.
abraço.

Anónimo disse...

Amigo Salame:
Bem aparecido seja.
As cheias em Santiago de Cacém não o arrastaram na correnteza?
Folgo em saber que não.

Presumo que tenha ido assitir ao jogo da Luz ao vivo.
Não sei viu o Simão a dobrar o pé ao vivo ou se foi já pelas imagens televisivas.
De qualquer forma, não deixa de ser um movimento de verdadeiro contorcionista.
Dobrar o pé não é fácil.
Ainda por cima com as chuteiras calçadas.
Mas do Simão tudo se espera, pelo que admito perfeitamente que, a centímetros de atingir o jogador do Beira-mar com o seu pézinho, o Simão Contorcionista tenha tido a habilidade de dobrar o pézinho.

Muioto boa essa defesa do Simão, a lembrar aquela outra da época passada ou de há duas épocas, em que um professor da Univesidade do Movimento de não sei aonde veio justificar que uma agressão do Simões a um qualquer jogador não era intencional, pela análise das imagens televisivas.
Não sei se estarão recordados.

Mestrecavungi disse...

Amigo Carlos,
Pede-se a expulsão de Simão?
Estará Coroado doido?
Jogadores como Simão, Quaresma, Moutinho e outros "artistas" passam os jogos a ser massacrado por defesas que procuram jogar sempre nos limites da dureza.Não me recordo do lance aqui citado, mas ví o de Torrão que não merecia 2º amarelo.Era Vermelho Directo tal a intencionalidade da entrada.
De resto a arbitragem do Tal Sousa foi fraca.Muito fraca. Como diria Paulo Bento: Manhosa.Porque deixou de assinalar á entrad da area do BM enquanto 0-0 pelo menos 3 faltas, que poderiam criar muito perigo.E é assim que elas se fazem.Não são precisos penalties ou golos mal assinalados.Basta estas espertezas saloias.
Abraço

Vermelho disse...

amigo zex:
sobre o jogo nem uma linha....
lamentas a análise, mas não dizes em que aspecto...
em relação à expulsão do Buba, não deve ser, pois que nesse ponto estamos de acordo.
disse que a expulsão do Buba tinha sido um erro.
quando o Buba foi expulso o resultado estava em 2-0.
o Buba só foi expulso porque momentos antes o nuno gomes num lance em tudo idêntico viu um cartão amarelo.
o sr. sousa, para parecer coerente, viu-se "obrigado" a exibir o 2º amarelo ao Buba.
Só se fôr em relação à validação do 3º golo do Benfica, pois que aí estamos, em completo, desacordo.
ser assinalado ou não fora de jogo num determinado tipo de lances não pode ser critério de análise.
existiu, logo devia ter sido sancionado.
nada interessa que naquelas circunstâncias ninguém marque.
a frase com que terminas o teu comentário é digna de Mohamed Al Saaf...
soltei umas belas casquinadas!!!
abraço.

VermelhoNunca disse...

Tentei ver o jogo da Luz. Não foi fácil, uma vez que o sono que me provocou levou-me a um grande sacrificio. De vez em quando era alertado por um grito estridente do comentador de serviço, para anunciar um lance de Nuno Gomes ou de Micoli. Sim, porque cada vez que passavam de meio campo , o dito comentador quase que atingia um orgasmo. Porque o Benfica é uma máquina da fazer golos, por isto e por aquilo. Pelo pouco que vi penso que o Benfica ganhou bem, que Torrão deveria ter sido expulso e que Simulão também, pois colocou em causa a integridade fisica do adversário. Mas para Simulão ser expulso é preciso que algum adversário morra em campo.

Vermelho disse...

amigo nunca:
amanhã conto com o teu artigo!
abraço.

Vermelho disse...

amigo costa:
não sei (resposta às duas perguntas que formula).
abraço

Anónimo disse...

Julgava eu que isto era um blog sobre futebol e não um local para se discutirem preferências sexuais em tom brejeiro.

Mestrecavungi disse...

Só Putedo.Muito bem se está aqui.