Artigo redigido pelo Condómino Fura-Redes e subscrito na íntegra pelo Vermelho e pelo Samsalameh:
"Hoje o nosso zelador cumpre mais uns anos.
E segundo sei, se há coisa em que ele tem cumprido é, entre outros, nos anos que se lhe vão aparecendo.
Este post, feito em parceria com o amigo Vermelho, destina-se a prestar um tributo a este nosso sempre Zelador que hoje está, uma vez mais, de Parabéns.
Foi já há cinco anos que acedi ao Clã do Relógio no Braço Direito.
Na altura, confesso, não sabia o que me aguardava.
Recordo que antes de chegar à fala com o Mestre Carlos, contactei com o Sr. Vermelho, o qual já fazia parte daquela organização e aprestava-se para alargar o campo de acção para outras latitudes.
Na ocasião, fui bem acolhido mas de pronto fui alertado para a necessidade de me fazer Homem à imagem do nosso líder, o Grande Carlos, conhecido por J.C., “ Jus Caralhaius”, El Duro.
Assim, passei a definir a minha existência em dois momentos AJC e DJC.
Lembro-me, também, que à entrada da organização, existia uma escultura de uma mulher com os olhos vendados e completamente amordaçada, agarrada a um enorme mastro, trazendo aquela no rosto uma expressão que revelava, simultaneamente, prazer e dor.
Por baixo dessa representação existia a inscrição “Si est durex est de codex”.
Só, mais tarde, percebi tal inscrição, todavia as regras da organização não me permitem divulgar o seu significado, mas será claro para aqueles que já sentiram na pele a pressão do nosso Mestre, experiência, à qual, felizmente, nunca fomos submetidos.
Quando pela 1ª vez cheguei à fala com o Grande Carlos, este desde logo me avisou “Atenção que isto aqui é duro”.
Não me permitiu qualquer veleidade, nem eu a desejava perante tal demonstração de firmeza, que sei, por aquilo que me foi transmitindo e aquilo que fui observando, ainda que à distância, que sempre foi assim.
Firme, muito firme.
A pouco e pouco fui percebendo como funcionava a organização e como ela estava escalonada; na altura já desacompanhado de Vermelho, que já tinha sido promovido de molde a prosseguir a dita dura que Carlos tão bem manuseava noutras paragens, fazendo-o, também, com enorme sucesso.
Aliás, eram conhecidas as preces para que Vermelho não fosse mais além.
E, assim lá continuei eu, na sede da organização a tentar solidificar os meus conhecimentos, a tentar enrijecer o meu (don`t) Know How.
Foi sob orientação do Grande Carlos que vi e percebi como se dava uma; foi, também, sob orientação dele que dei a minha primeira, a segunda and so on. Se bem que nunca percebi muito bem o ritual de as contar.
Achava isso doentio.
Mas o certo é que todos os meses Ele andava numa fona para saber quantas é que tinha dado.
Acabei por adquirir tal vício que por vezes se torna obsessivo.
Mas verdade se diga que se o Grande Carlos foi quem nos iniciou em tal prática, que seja Ele aquele que já deu o maior número, não deixa de ser verdade que o Vermelho é o que dá mais em menos tempo.
Eu por mim neste momento tento acabar com as mais velhas, pois as outras normalmente já têm dono.
Pois foi com o Grande Carlos que aprendi a meter aqui e ali, sendo certo que não consigo fazer como Ele. De facto, nunca me senti regalado, se calhar é por causa da técnica que utilizo que não é tão firme, tendo, até, já sido alvo de rejeição.
Também com o Grande Carlos aprendi a pôr a nossa protecção, a utilizá-la e a levantá-la quando se impõe, bem como a não me opôr a algo que me pode ser satisfatório.
Prezo muito que o Grande Carlos tenha colocado o meu amigo Vermelho em águas serenas e a mim num lugar tão elevado.
De facto, sem a sua intervenção não teria chegado onde cheguei, por isso mesmo o meu Muito Obrigado, os meus sinceros Parabéns, que continues sem fazer nenhum, e a zelar por este espaço tão bem como tens zelado por nós, e lanço o repto de ser alterada a regra referente às proibições que vigoram durante as tardes, pois ficaríamos mais livres.
Parabéns “Jus Caralhaius”."
Termino dizendo Bem-Haja por seres quem e como és.
Obrigado por tudo.
Parabéns, Grande Mestre.
5 comentários:
Amigo Carlos, de Leão para Leão, aquele abraço de parabéns.
Agradeço desde já ao Snr. Administrador e a todos os condóminos os parabéns que me foram endereçados.
O artigo de opinião do Fura-redes está, deveras, espectacular, como sempre são os seus artigos.
Sendo certo que eu é que sou o Jus Caralhaius mas os meus "discípulos" é que retiram o Jus Proveitex.
Provavelmente, irei alterar o meu nick com que participo neste blog como forma de publicamente agradecer as referências elogiosas que me foram feitas.
Caro Jorge Petit:
Obrigadíssimo.
Abraço para você(s).
Amigo Carlos,
Um grande abraço e saudações...leoninas.leoninas de grandes que são, claro.
Amigo Carlos
Desculpe-me não ter postado o meu comentário em tempo útil, mas aproveito para lhe endereçar, desde já, os meus mais sinceros parabéns.
Ainda não o conheço pessoalmente, mas pelo que pude ler do artigo redigido pelo ilustre Fura-Redes o meu caro amigo deve ser um virtuoso... Um duro! Aliás, a dureza com que encara a vida e o leva usar o relógio no braço direito é digna de registo (ainda bem que é o relógio, e não o brinco, na direita porque aí ficaria mais preocupado!). Prova disso são o Vermelho e o Fura-Redes que foram endurecidos por si: o grande "Jus Caralhaius", a ponto da sua existência se reger pelo aJC e o dJC. Admiro a sua dedicação à causa, não só porque é o que já deu mais, mas sobre tudo porque um dos seus discípulos, o Vermelho, é o que dá mais em menos tempo. Será caso para se concluir que a obra se tornou maior que o criador.
No entanto, subjaz em mim uma dúvida que gostaria de ver satisfeita: a vossa organização tem a estrutura de outras organizações secretas tipo Maçonaria ou Opus Dei? E quem entra, é introduzido por alguém ou pode aventurar-se sozinho? E ao penetrar-se, é cumprido algum ritual iniciático ou estes preliminares são desnecessários?
Estas e muitas outras questões ficaram por esclarecer, mas o que importa mesmo é o seu aniversário e é nestas alturas que os amigos se lembram dos anos uns dos outros...
Um forte abraço para si, amigo Carlos, e bem haja.
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