A pergunta impõe-se: quem tem uma maior esperança média de vida? Um indivíduo que fuma um maço de tabaco por dia, ou um jogador do Benfica que leva com um isqueiro nas Antas? Não sei porquê, mas tenho a sensação de que a medicina dedica muito tempo de pesquisa ao primeiro caso, e continua a desprezar olimpicamente o segundo.
Por outro lado, não compreendo como é que só os maços de tabaco contêm avisos.
Porque não passar a colar nos isqueiros mensagens com, por exemplo, o seguinte teor pedagógico: "Deixar de atirar isqueiros para o relvado reduz o número de escoriações"? Dito isto, se há local em que faz sentido que haja muita gente a deitar isqueiros fora, esse local é as Antas: há lá algumas pessoas que, se dependesse do Ministério Público, estavam hoje num sítio onde é muito complicado arranjar cigarros.
Entretanto, alguns jornais revelaram que, enquanto voavam objetos para o relvado, se jogava uma partida de futebol. Respeitosamente, duvido. Até porque, em vez de futebol, o mais recente FC Porto-Benfica parecia uma prova dos Jogos Sem Fronteiras: a certa altura, o objetivo era ver qual o jogador do Benfica que conseguiria inserir a bola dentro da baliza adversária, tendo para isso que evitar os jogadores do FC Porto que se lançavam ao chão sem que alguém lhes tocasse, e ao mesmo tempo contornar as dezenas de isqueiros, telemóveis e tochas que caíam no relvado. Da próxima vez, desconfio que o Aimar vai entrar no relvado das Antas com um saco de batatas nos pés e a segurar uma colher com um ovo na boca.
No meio de tudo isto, estiveram os heroicos jogadores do Benfica, que foram alvo de projetos diametralmente opostos. De um lado, havia os adeptos do FC Porto, que os queriam pôr negros; do outro, o árbitro da partida, que os queria amarelar.
4 comentários:
A pergunta que se impõe é: quem tem uma maior capacidade de memória? Um peixe, ou um benfiquista?! Não sei porquê, mas tenho a sensação de que a Ciência já conseguiu definir a resposta no primeiro caso mas continua sem conseguir sequer aproximar-se no segundo.
Se calhar mais que memória é preciso saber CONTAR. Houve agressões ao FCP perpetradas por indivíduos que se dirão benfiquistas (para mim são só arruaceiros ou terroristas): agressão à equipa de hóquei, o maldito very-light que matou aquele adepto sportinguista, o autocarro incendiado ... MAS no Benfica podedmos dizer que são EXCEPÇÕES, embora graves. Mas no FCP é quase generalizado, não podem dizer que sejam excepções de desenquadrados sociais ou marginais, são MUITOS!
Não podemos continuar a tolerar esta postura de "sim, nós fazemos asneiras mas vocês fazem mais". Não me acredito que os benfiquistas acreditam que no seio do seu próprio clube não existam os tais arruaceiros ou terroristas. Aliás, e tendo em conta uma regra básica da Matemática, uma vez que sois 6 milhões, a quantidade desses individuos será até superior à dos restantes clubes.
Caro "Calabotices", caso tivesse o privilégio de assistir a um qualquer jogo no Estádio do Dragão, onde, por algumas vezes, se ouvem cânticos menos próprios referentes ao SLB, aperceber-se-ia facilmente que a maioria da assistencia os reprova, assobiando de imediato em sinal de reprovação.A não ser, claro, quando o jogo que decorre é, efectivamente, contra o seu clube.
Condeno TODO o tipo de agressões, partam de quem partam, assim como esses cânticos, esteja presente o Benfica, ou não. Arruaceiros existem em todo o lado. A última vez que fui à antiga Luz, por poucos segundos não dei um "banano" num tipo trajado à Benfica de alto a baixo!
Mas a cultura dos portistas foi criada desde há muitos anos, transportando os "males de Lisboa" para o futebol. Que melhor desculpa para os insucessos? E a raiva contra Lisboa alí, à mão de semear ....
Todavia, todos esses actos de violência têm que ser reprimidos ... COM CADEIA!
Enviar um comentário