Roberto está seguro na baliza do Benfica. Não podia ser de outra forma. O espanhol é o guarda-redes mais caro de sempre do futebol português, uma aposta já justificada por Jorge Jesus e Rui Costa e não podem três frangos colocar em causa um investimento tão grande da SAD encarnada. Como disse o diretor-desportivo, se o clube da Luz foi buscar o “keeper” do Atlético Madrid por uma soma tão avultada é porque viu nele qualidade para fazer esquecer o campeão Quim e o titular da Seleção portuguesa, Eduardo, a primeira opção do técnico.
É evidente que Roberto está a lidar mal com o peso da baliza do Benfica. Provavelmente porque antes de chegar a Portugal fez apenas 19 jogos no escalão principal da liga espanhola. E quem está habituado a defender as balizas de clubes como Gimnástic de Tarragona, Atlético Madrid B ou mesmo Saragoça é natural que trema um pouco no Benfica. E esse é o problema que Rui Costa e Jesus têm agora de resolver. Não querendo acreditar que os encarnados deitaram uma fortuna à rua, mais tarde ou mais cedo Roberto provará o valor. Para isso tem de jogar.
Não me espanta nada que o Benfica tenha contratado Roberto. O espanhol fez uma excelente meia temporada em Saragoça, de onde saiu elogiado por todos, e é bem cotado pelos companheiros da imprensa do país vizinho. O estranho é ter sido tão caro. Já o referi neste espaço: dar 8,5 milhões pelo terceiro ou quarto guarda-redes dos colchoneros parece um exagero difícil de entender. Mesmo que de Inglaterra cheguem interessados em contratá-lo antes de ter feito um único jogo. Aliás, esses, se viram as exibições recentes provavelmente já desistiram.
A verdade é que a época passada Jesus fez de Di María o jogador que ele nunca foi com Quique e transformou o patinho feio Coentrão num dos laterais-esquerdos mais explosivos da Europa. Pode ser que consiga fazer o mesmo com Roberto. Afinal, para milagres não há como o Jesus.
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