Até que ponto um guarda-redes pode 'comer' a análise de uma pré-época? O Benfica dispensou o seu guarda-redes campeão titular e contratou um espanhol que, depois de ser suplente no Atlético de Madrid, fez algumas boas defesas no Saragoça. Gastou €8,5 milhões e, logo no primeiro jogo, ele cometeu duas falhas incríveis, sofreu dois golos e com isso lançou o universo benfiquista num mar de dúvidas sobre o seu valor. E pensar que outra opção seria Eduardo (foi para Itália) por metade do preço... Há, de facto, qualquer coisa que não bate certo nesta história.
Tenho, diga-se, boa impressão de Roberto do que vi em Espanha. Enfim, talvez agora com mais uma série de boas defesas até seja vendido pelo dobro do preço na época seguinte. Esta frase trata-se, apenas, de uma tentativa de dar lógica (negocial) a esta operação. A lógica que aqui se procura é, porém, a desportiva e essa só poderá surgir com uma série de boas defesas de Roberto nos próximos jogos.
Mas o maior receio de Jesus é que, depois de Di Maria, saiam mais jogadores. E, claro, que saiam na última semana de mercado quando os mais ricos vão atacar em força e o tempo para reagir é muito curto.
Por isso, a importância de ter negócios "engatilhados" por antecipação e aguentá-los firme o mais possível. É um exercício de equilíbrio negocial dificílimo, mas é o único em que os clubes portugueses podem hoje viver.
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