segunda-feira, novembro 22, 2010

A esposa, a Concubina, M. Madalena e os Silêncios Convenientes - António Melo

Sou ateu. Religião só o Benfica e religião crítica. Carneiro jamais. Cobarde nunca e medo só de perder os que amo.
Católico temente a Deus, como PC, terá de explicar, um dia ao Criador, porque enganou um Papa, após abandonar a legítima esposa, Filomena Morais, mas visitando João Paulo II com Carolina Salgado, sua concubina, fazendo-a passar por filha, que pouco tempo depois, não foi credora da veracidade dos seus depoimentos em tribunal. Quer dizer, serviu para a cama, para filha, mereceu estar na presença do Pontífice da Igreja que professa, mas não de ser ouvida, como qualquer cidadã, perante os juízes que julgavam tudo o que o Youtube já mostrou.
Quando a “coisa estava preta”, correu para a ex-mulher e, qual cachorro abandonado, pediu “perdão”, que tudo não tinha passado de um “devaneio”. Jurou novamente amor eterno, deu entrevistas: “Nunca deixei de amar Filomena”. A filha de ambos serviu, para justificar esta re-união.
Passado o perigo das penas efectivas, nova Carolina, agora de nome Fernanda. Novo abandono do lar e o devaneio (esse malandro) outra vez instalado na sua vida, impoluta, pia e santa. Tirando Filomena, a quem se reconhece um passado moralmente limpo, as outras sabe-se que faziam companhia a senhores solitários.
Mas… não é isto que espanta. O que espanta é o conivente silêncio, dos jornalistas, que ou omitem a notícia da presença ou chamam “namorada” à amante de um homem casado, aliás, re-casado com a esposa. O que espanta é o silêncio da Igreja e dos Bispos, que invoca, como D. Pedro Pitões (1134) e Armindo Lopes (97/07), ambos Bispos do Porto. E D. Manuel Clemente mantém o silêncio e abençoa, quem não teve vergonha de ludibriar um Papa.
Disse Jesus a propósito de M. Madalena: “Quem nunca pecou que atire a primeira bola de golfe.”
É por isso que este fim-de-semana iremos ver tanto pecador junto.
Shiu: - São filhos de umas amigas da “namorada”.

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