Com um (inesperado) fato de ir à madrinha, Diego Maradona estreou-se no Mundial 2010 com um triunfo curto mas indiscutível. Deu para perceber a empatia entre o marado Maradona e a sua equipa. Algo ainda mais terrível de verificar, na perspectiva dos seus adversários, que o poderia colectivo e individual da equipa argentina.
A Nigéria teve de consolar-se com a derrota pela diferença mínima (outros provavelmente não lograrão tão pouco).
Maradona, todos sabemos, é persona non grata para a FIFA do suíço Blatter que acaba de conseguir lucros escandalosos. Mas a FIFA mais uma vez vai ter de levar com o MAIOR JOGADOR DE FUTEBOL DA HISTÓRIA DO FUTEBOL, hoje investido na qualidade de treinador.
Ao contrário de outros, não acredito que Diego Maradona queira ser também o Armando que outros todos os dias fazem questão de querer ser. Basta-lhe a faceta mais pura do futebol (e não só do futebol), tudo aquilo que aprendeu no bairro pobre dos subúrbios de Buenos Aires onde cresceu.
Quando olho para Maradona consigo sempre ver o menino que Diego foi. Por isso, quando olho para os outros fico sempre nauseado. Provavelmente Diego é o único que está nesta corrida por prazer. Por querer. Por saber. Por crer.
É certo e verdadeiro: outra coisa não seria de esperar de Deus.
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