Os partidos com assento parlamentar decidiram hoje antecipar a sessão plenária de 21 de Junho para não colidir com o horário do último jogo de Portugal na primeira fase do campeonato do mundo de futebol, contra o México.
Na conferência de líderes parlamentares, os partidos decidiram, por consenso, transferir o plenário para a manhã de dia 21 de Junho, às 10h00, e marcar as comissões que habitualmente se realizam de manhã para depois das 17h00, hora a que termina o jogo.
"Não prejudicamos os trabalhos da Assembleia da República. Ao transferir o plenário para de manhã e realizando as comissões depois do jogo, cumpriremos toda a nossa agenda de trabalhos", sublinhou o vice-presidente da bancada parlamentar socialista José Junqueiro, no final da reunião.
O PS foi o único partido que demonstrou algumas reticências iniciais a estas mudanças - depois da recente polémica em torno das faltas dos deputados em vésperas de um fim-de-semana prolongado - mas "atendendo à opinião generalizada" deu o seu acordo à alteração, que mereceu igualmente a concordância do presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
quarta-feira, maio 31, 2006
A entrevista do Ciganito ao Mais Futebol
Ricardo Quaresma fala em entrevista sobre a sua ausência do Mundial.
Maisfutebol: Depois do mau Europeu que fez passa-lhe pela cabeça que Scolari possa estar de alguma forma satisfeito e dê as suas exibições menos conseguidas nos sub-21 como justificação para a ausência no Mundial?
Quaresma: [Risos] Ele não tem que pensar isso, pois se viu os jogos do Porto sabe o meu valor. Isso ele nunca pode pensar, pois sabe o valor que tenho.
Por que é que acha que não foi convocado para o Mundial?
Sinceramente não sei. Nunca ninguém me disse nada e eu também nem quero saber.
Não quer saber porquê?
Porque eles é que são os treinadores e eles é que mandam. Os jogadores só têm que respeitar.
Pensa que Scolari mantém de si a imagem do miúdo que ainda não cresceu?
Ele não pode pensar isso de mim, porque como pessoa talvez me conheça pouco. Como jogador conhece-me muito. Já demonstrei muita coisa e considero-me um homem. Nunca vim para os jornais criticar ninguém, nunca atribuí culpas aos outros, sempre assumi responsabilidades e por isso considero-me um grande profissional e um grande homem.
Acredita que provou no F.C. Porto que já é um jogador de equipa e não um individualista, como se dizia no passado?
Se formos analisar esta época ninguém pode falar disso. Ajudei a minha equipa a conquistar dois títulos. Fiz golos, fiz assistências, fui regular¿
Mas isso não chegou para ser chamado à selecção A. Para mim chegou e fiquei bastante feliz pela época que fiz.
Termina esta época de consciência tranquila?
Gostaria de acabar a época em grande sendo campeão da Europa. Não foi possível, mas vou de férias de consciência bastante tranquila.
Considera os 23 convocados como os melhores jogadores portugueses ou como um plantel que merece a confiança de Scolari?
[Risos] Não vou entrar por esse caminho. No mundo do futebol há coisas que nos surpreendem e uma das coisas que me surpreendeu foi não ir ao Mundial. Mas não vou comentar se é a equipa do mister Scolari ou se estão lá os jogadores que mereciam. Nunca pedi explicações a ninguém e nem quero saber por que é que não estou lá.
Da mesma forma que ficou surpreendido com a sua ausência, surpreendeu-o a chamada de algum jogador?
[Risos] Não me surpreendeu, até porque eu friamente já esperava ir aos sub-21. Tive esperança de ir ao Mundial mas depois algo me dizia que ia aos sub-21. Há coisas que nós pressentimos e eu pressenti que este Mundial ainda não era para mim.
Porquê? Sentiu falta de confiança na selecção A?
Não. O que senti foi falta de oportunidades, porque confiança em mim sempre tive e nunca me senti nem mais nem menos do que ninguém. O que fazem jogadores que lá estão eu também faço. Sei o valor que tenho, sei a grande época que fiz e como já disse respeito as decisões. Não perguntei nem vou perguntar a ninguém por que é que não fui chamado.
Então sente que não são os melhores que estão na selecção A?
Tenho que respeitar, pois cada treinador toma as decisões que entende e eu como jogador só tenho que respeitar. Não vou dizer se este ou aquele devem lá estar ou não, pois não sou treinador. Felizmente ainda sou jogador.
Se fosse treinador quais eram os seus 23 convocados?
Isso não vou dizer, pois não quero entrar em guerras com ninguém. Certamente tenho os meus 23.
Que não são aqueles?
Se são ou não, não vou dizer. Eu pelo menos estava lá, mas como não sou eu a escolher.
Incluía mais alguém da selecção sub-21 no lote dos 23?
Se calhar, porque há jogadores dos sub-21 que têm muito valor. Mas não somos nós que mandamos. Eu felizmente sou jogador e quando for treinador sou eu que vou decidir. Como ainda não sou treinador tenho que respeitá-los.
Na próxima época já não tem idade de sub-21. Irá de vez à selecção A?
Vou continuar a trabalhar para voltar a ter oportunidade da selecção A.
O que é que se passou em Barcelos depois do jogo com a Sérvia e Montenegro? Agrediu um adepto como veio a público?
Eu vinha a sair da zona dos balneários e estava a dar um autógrafo a um miúdo. Um individuo chegou ao pé de mim, pôs-se aos gritos, dizendo: «Não foste para a Alemanha e vens para cá e não jogas nada. Tens a mania e não és jogador nenhum. Não jogas nada. Não vales nada.» Disse-me isto entre outras coisas, de que nem me recordo. Esse senhor agrediu-me verbalmente e eu empurrei-o para se calar, mas não agredi ninguém.
A polícia foi chamada a intervir?
Houve um agente da polícia que assistiu a tudo e viu que quem me provocou foi ele e constatou que eu não provoquei ninguém. Eu passei, dei autógrafos, passou-se essa situação e entrei de seguida no autocarro da selecção nacional e fui para o hotel. Quando saí vi que o polícia ficou lá com ele e pediu-lhe a identificação.
Para além desta situação fora do relvado, no jogo com a Alemanha esteve envolvido num lance polémico com o guarda-redes. O que se passou? Houve agressão?
Foi um lance normal. Pensei que ia chegar à bola, estiquei a perna e foi pena tê-lo atingido. Não foi com intenção de aleijar ninguém. Não houve agressão.
Maisfutebol: Depois do mau Europeu que fez passa-lhe pela cabeça que Scolari possa estar de alguma forma satisfeito e dê as suas exibições menos conseguidas nos sub-21 como justificação para a ausência no Mundial?
Quaresma: [Risos] Ele não tem que pensar isso, pois se viu os jogos do Porto sabe o meu valor. Isso ele nunca pode pensar, pois sabe o valor que tenho.
Por que é que acha que não foi convocado para o Mundial?
Sinceramente não sei. Nunca ninguém me disse nada e eu também nem quero saber.
Não quer saber porquê?
Porque eles é que são os treinadores e eles é que mandam. Os jogadores só têm que respeitar.
Pensa que Scolari mantém de si a imagem do miúdo que ainda não cresceu?
Ele não pode pensar isso de mim, porque como pessoa talvez me conheça pouco. Como jogador conhece-me muito. Já demonstrei muita coisa e considero-me um homem. Nunca vim para os jornais criticar ninguém, nunca atribuí culpas aos outros, sempre assumi responsabilidades e por isso considero-me um grande profissional e um grande homem.
Acredita que provou no F.C. Porto que já é um jogador de equipa e não um individualista, como se dizia no passado?
Se formos analisar esta época ninguém pode falar disso. Ajudei a minha equipa a conquistar dois títulos. Fiz golos, fiz assistências, fui regular¿
Mas isso não chegou para ser chamado à selecção A. Para mim chegou e fiquei bastante feliz pela época que fiz.
Termina esta época de consciência tranquila?
Gostaria de acabar a época em grande sendo campeão da Europa. Não foi possível, mas vou de férias de consciência bastante tranquila.
Considera os 23 convocados como os melhores jogadores portugueses ou como um plantel que merece a confiança de Scolari?
[Risos] Não vou entrar por esse caminho. No mundo do futebol há coisas que nos surpreendem e uma das coisas que me surpreendeu foi não ir ao Mundial. Mas não vou comentar se é a equipa do mister Scolari ou se estão lá os jogadores que mereciam. Nunca pedi explicações a ninguém e nem quero saber por que é que não estou lá.
Da mesma forma que ficou surpreendido com a sua ausência, surpreendeu-o a chamada de algum jogador?
[Risos] Não me surpreendeu, até porque eu friamente já esperava ir aos sub-21. Tive esperança de ir ao Mundial mas depois algo me dizia que ia aos sub-21. Há coisas que nós pressentimos e eu pressenti que este Mundial ainda não era para mim.
Porquê? Sentiu falta de confiança na selecção A?
Não. O que senti foi falta de oportunidades, porque confiança em mim sempre tive e nunca me senti nem mais nem menos do que ninguém. O que fazem jogadores que lá estão eu também faço. Sei o valor que tenho, sei a grande época que fiz e como já disse respeito as decisões. Não perguntei nem vou perguntar a ninguém por que é que não fui chamado.
Então sente que não são os melhores que estão na selecção A?
Tenho que respeitar, pois cada treinador toma as decisões que entende e eu como jogador só tenho que respeitar. Não vou dizer se este ou aquele devem lá estar ou não, pois não sou treinador. Felizmente ainda sou jogador.
Se fosse treinador quais eram os seus 23 convocados?
Isso não vou dizer, pois não quero entrar em guerras com ninguém. Certamente tenho os meus 23.
Que não são aqueles?
Se são ou não, não vou dizer. Eu pelo menos estava lá, mas como não sou eu a escolher.
Incluía mais alguém da selecção sub-21 no lote dos 23?
Se calhar, porque há jogadores dos sub-21 que têm muito valor. Mas não somos nós que mandamos. Eu felizmente sou jogador e quando for treinador sou eu que vou decidir. Como ainda não sou treinador tenho que respeitá-los.
Na próxima época já não tem idade de sub-21. Irá de vez à selecção A?
Vou continuar a trabalhar para voltar a ter oportunidade da selecção A.
O que é que se passou em Barcelos depois do jogo com a Sérvia e Montenegro? Agrediu um adepto como veio a público?
Eu vinha a sair da zona dos balneários e estava a dar um autógrafo a um miúdo. Um individuo chegou ao pé de mim, pôs-se aos gritos, dizendo: «Não foste para a Alemanha e vens para cá e não jogas nada. Tens a mania e não és jogador nenhum. Não jogas nada. Não vales nada.» Disse-me isto entre outras coisas, de que nem me recordo. Esse senhor agrediu-me verbalmente e eu empurrei-o para se calar, mas não agredi ninguém.
A polícia foi chamada a intervir?
Houve um agente da polícia que assistiu a tudo e viu que quem me provocou foi ele e constatou que eu não provoquei ninguém. Eu passei, dei autógrafos, passou-se essa situação e entrei de seguida no autocarro da selecção nacional e fui para o hotel. Quando saí vi que o polícia ficou lá com ele e pediu-lhe a identificação.
Para além desta situação fora do relvado, no jogo com a Alemanha esteve envolvido num lance polémico com o guarda-redes. O que se passou? Houve agressão?
Foi um lance normal. Pensei que ia chegar à bola, estiquei a perna e foi pena tê-lo atingido. Não foi com intenção de aleijar ninguém. Não houve agressão.
Particulares de preparação para o Mundial
A Inglaterra venceu a Hungria, por 3-1, em jogo de preparação realizado em Manchester.
Após Lampard falhar um penálti, aos 42, Gerrard abriu o activo, aos 47, e Terry, aos 51, aumentou a vantagem. Dardai reduziu escassos minutos depois. Peter Crouch, aos 84, fez o 3-1 final.
A Argentina venceu com toda a naturalidade Angola, por 2-0, em jogo de preparação das duas selecções para o Mundial 2006 realizado em Salerno, Itália.
Os argentinos foram donos e senhores do encontro, ainda que só tenham marcado dois golos, ambos na primeira metade do desafio, por intermédio de Maxi Rodriguez e Sorin.
João Ricardo, guarda-redes angolano foi a grande figura da equipa, ao evitar vários golos.
A Alemanha empatou a dois golos com o Japão.
Os japoneses estiveram a ganhar por 2-0, com 2 golos de Takahara, mas os alemães ainda chegaram à igualdade, com tentos de Klose e Schweinsteiger.
O Chile e a Costa do Marfim empataram a um golo.
Dindane, aos 70, de penálti, colocou a Costa do Marfim na frente, mas Suazo, também de grande penalidade, estabeleceu o resultado final.
A Colômbia venceu a Polónia, por 2-1. Murillo abriu o caminho para a vitória colombiana, ainda na primeira metade. Martinez aumentou a vantagem aos 64 minutos de jogo. Já em período de descontos, Jelen fez o golo de honra dos polacos.
A República Checa venceu a Costa Rica, 1-0, com um golo de Lokvenc, já nos 10 minutos finais.
Após Lampard falhar um penálti, aos 42, Gerrard abriu o activo, aos 47, e Terry, aos 51, aumentou a vantagem. Dardai reduziu escassos minutos depois. Peter Crouch, aos 84, fez o 3-1 final.
A Argentina venceu com toda a naturalidade Angola, por 2-0, em jogo de preparação das duas selecções para o Mundial 2006 realizado em Salerno, Itália.
Os argentinos foram donos e senhores do encontro, ainda que só tenham marcado dois golos, ambos na primeira metade do desafio, por intermédio de Maxi Rodriguez e Sorin.
João Ricardo, guarda-redes angolano foi a grande figura da equipa, ao evitar vários golos.
A Alemanha empatou a dois golos com o Japão.
Os japoneses estiveram a ganhar por 2-0, com 2 golos de Takahara, mas os alemães ainda chegaram à igualdade, com tentos de Klose e Schweinsteiger.
O Chile e a Costa do Marfim empataram a um golo.
Dindane, aos 70, de penálti, colocou a Costa do Marfim na frente, mas Suazo, também de grande penalidade, estabeleceu o resultado final.
A Colômbia venceu a Polónia, por 2-1. Murillo abriu o caminho para a vitória colombiana, ainda na primeira metade. Martinez aumentou a vantagem aos 64 minutos de jogo. Já em período de descontos, Jelen fez o golo de honra dos polacos.
A República Checa venceu a Costa Rica, 1-0, com um golo de Lokvenc, já nos 10 minutos finais.
Sá Pinto no Boavista
Por ora, não passa de mera especulação, mas são cada vez mais os rumores que dão Sá Pinto no Boavista.
Sá Pinto, vai para o Xadrez, e não, não é porque agrediu um árbitro, um selecionador ou um qualquer adepto de futebol, mas sim porque é dado, como quase certo no Boavista.
O jogador terá recebido também, propostas do Standard Liège, mas o facto de Sá Pinto ser natural do Porto e não querer sair de Portugal, deverá pesar a favor dos axadrezados.
Sá Pinto, vai para o Xadrez, e não, não é porque agrediu um árbitro, um selecionador ou um qualquer adepto de futebol, mas sim porque é dado, como quase certo no Boavista.
O jogador terá recebido também, propostas do Standard Liège, mas o facto de Sá Pinto ser natural do Porto e não querer sair de Portugal, deverá pesar a favor dos axadrezados.
Preços de Mercado, suas condicionantes
Gordo e cheio de números, seria assim o cheque que qualquer equipa estaria tentada a passar ao FC Porto se Pepe adquirisse nacionalidade portuguesa. O jogador confessou estar a pensar nisso e três empresários habituados a lidar com o mercado sublinham que faz muito bem. Passaria a valer o dobro.
Nenhum dos três empresários ouvidos pelo "Jogo"tem dúvidas: se em cima da mesa de negociações estiver um Bilhete de Identidade português, o valor de mercado de Pepe dispara. Quase para o dobro.
Paulo Barbosa e Rui Neno coincidem nessa projecção, ainda que um e outro sublinhem a subjectividade do exercício. "Como não comunitário, na actual conjuntura, Pepe valerá entre seis a oito milhões de euros; com o estatuto de comunitário, poderá andar entre os 12 e os 14 milhões", diz Paulo Barbosa.
Estimativa semelhante à de Rui Neno: "Sete a oito milhões nas actuais circunstâncias; o dobro se seguir o caminho de Deco".
Sem especificar em milhões, Jorge Baidek considera que a cotação "subiria 20 a 30 por cento sobre o actual valor". Dito de outra forma, a simples aquisição de cidadania portuguesa transforma Pepe num autêntico negócio da China.
Paulo Barbosa justifica a diferença no cálculo com critérios "matemáticos".
As limitações impostas ao uso simultâneo de estrangeiros torna "mais apetecíveis" os jogadores que contornam essa circunstância. "Numa futura negociação, a nacionalidade portuguesa altera substancialmente as coisas e poderá mesmo ser determinante", resume.
Rui Neno acrescenta outro dado relevante. "Abre-se o mercado do Reino Unido, ao qual, como brasileiro, Pepe não estava em condições de aceder, porque lhe seria exigida uma percentagem de jogos pela selecção".
Por vontade de Baidek, esse requisito seria ultrapassado. "O Brasil tem inúmeros talentos, mas com o valor que ele tem demonstrado no FC Porto e que pode ganhar outra projecção na próxima Liga dos Campeões, a estrutura técnica brasileira deverá estar mais atenta".
Com o "coração dividido" entre o Brasil e Portugal, numa ponte que já dura há 18 anos, o antigo central do Belenenses, que ajudou Scolari a conquistar o título gaúcho no Grémio, também veria com bons olhos a internacionalização de Pepe com as cores portuguesas.
Deco abriu a porta e, quebrado o tabu, não parece haver motivo para a fechar.
Ora, se ao Bilhete de Identidade Pepe ainda for capaz de juntar o estatuto de internacional, o apetite de outros clubes aumentará. "Deco ganhou outra visibilidade com a Selecção", lembra Paulo Barbosa.
Baidek subscreve o argumento, misturando um ingrediente fatal: "Mesmo com a nacionalidade portuguesa, ele pode ser chamado para a selecção do Brasil".
Seria, presume-se, a combinação ideal para qualquer clube endinheirado - um comunitário com o selo de garantia do escrete. E, como diz Rui Neno, Pepe "pode jogar em qualquer campeonato" porque tem, diz, uma arma infalível: "A velocidade". Vertiginosa em campo; a caminho de o ser em qualquer mesa de negociações.
Nenhum dos três empresários ouvidos pelo "Jogo"tem dúvidas: se em cima da mesa de negociações estiver um Bilhete de Identidade português, o valor de mercado de Pepe dispara. Quase para o dobro.
Paulo Barbosa e Rui Neno coincidem nessa projecção, ainda que um e outro sublinhem a subjectividade do exercício. "Como não comunitário, na actual conjuntura, Pepe valerá entre seis a oito milhões de euros; com o estatuto de comunitário, poderá andar entre os 12 e os 14 milhões", diz Paulo Barbosa.
Estimativa semelhante à de Rui Neno: "Sete a oito milhões nas actuais circunstâncias; o dobro se seguir o caminho de Deco".
Sem especificar em milhões, Jorge Baidek considera que a cotação "subiria 20 a 30 por cento sobre o actual valor". Dito de outra forma, a simples aquisição de cidadania portuguesa transforma Pepe num autêntico negócio da China.
Paulo Barbosa justifica a diferença no cálculo com critérios "matemáticos".
As limitações impostas ao uso simultâneo de estrangeiros torna "mais apetecíveis" os jogadores que contornam essa circunstância. "Numa futura negociação, a nacionalidade portuguesa altera substancialmente as coisas e poderá mesmo ser determinante", resume.
Rui Neno acrescenta outro dado relevante. "Abre-se o mercado do Reino Unido, ao qual, como brasileiro, Pepe não estava em condições de aceder, porque lhe seria exigida uma percentagem de jogos pela selecção".
Por vontade de Baidek, esse requisito seria ultrapassado. "O Brasil tem inúmeros talentos, mas com o valor que ele tem demonstrado no FC Porto e que pode ganhar outra projecção na próxima Liga dos Campeões, a estrutura técnica brasileira deverá estar mais atenta".
Com o "coração dividido" entre o Brasil e Portugal, numa ponte que já dura há 18 anos, o antigo central do Belenenses, que ajudou Scolari a conquistar o título gaúcho no Grémio, também veria com bons olhos a internacionalização de Pepe com as cores portuguesas.
Deco abriu a porta e, quebrado o tabu, não parece haver motivo para a fechar.
Ora, se ao Bilhete de Identidade Pepe ainda for capaz de juntar o estatuto de internacional, o apetite de outros clubes aumentará. "Deco ganhou outra visibilidade com a Selecção", lembra Paulo Barbosa.
Baidek subscreve o argumento, misturando um ingrediente fatal: "Mesmo com a nacionalidade portuguesa, ele pode ser chamado para a selecção do Brasil".
Seria, presume-se, a combinação ideal para qualquer clube endinheirado - um comunitário com o selo de garantia do escrete. E, como diz Rui Neno, Pepe "pode jogar em qualquer campeonato" porque tem, diz, uma arma infalível: "A velocidade". Vertiginosa em campo; a caminho de o ser em qualquer mesa de negociações.
Obviamente!
José Mourinho confirmou que o Chelsea não vai avançar para a contratação de Simão ou Quaresma, garantindo que os dois internacionais portugueses não têm lugar na equipa londrina, pelo menos para já.
"O Chelsea tem Robben, Cole, Duff e mais um ou outro, por isso é difícil interessarmo-nos por um ala enquanto tivermos esta qualidade", afirmou o técnico português, em declarações à TVI.
O treinador dos "blues" abordou ainda o ingresso do guarda-redes Hilário nos campeões ingleses, elogiando a inteligência do ex-jogador do Nacional. "Já trabalhei com ele e sei que é muito inteligente, se calhar mais que a maioria dos jogadores, pois junta a essa característica o bom senso", justificou.
Mourinho passou ainda em revista a temporada de Maniche no Chelsea e a participação de Portugal no Mundial da Alemanha, onde a Selecção Nacional tem a obrigação de, pelo menos, passar da fase de grupos.
"O Chelsea tem Robben, Cole, Duff e mais um ou outro, por isso é difícil interessarmo-nos por um ala enquanto tivermos esta qualidade", afirmou o técnico português, em declarações à TVI.
O treinador dos "blues" abordou ainda o ingresso do guarda-redes Hilário nos campeões ingleses, elogiando a inteligência do ex-jogador do Nacional. "Já trabalhei com ele e sei que é muito inteligente, se calhar mais que a maioria dos jogadores, pois junta a essa característica o bom senso", justificou.
Mourinho passou ainda em revista a temporada de Maniche no Chelsea e a participação de Portugal no Mundial da Alemanha, onde a Selecção Nacional tem a obrigação de, pelo menos, passar da fase de grupos.
Outra entrevista de Paulo Bento
Excluído consecutivamente das convocatórias de Paulo Bento na recta final do último Campeonato, Carlos Martins continua, no entanto, a ter espaço e futuro no Sporting.
A confirmação parte... do treinador: "É um jogador com o qual contamos e que pretendemos que faça parte do plantel." Em entrevista ao jornal oficial do clube, Paulo Bento lançou algumas das ideias-chave que o talentoso médio terá de saber respeitar e seguir para, nesta nova oportunidade que lhe é concedida, poder triunfar de leão ao peito: "O Carlos Martins tem enorme potencial e confiamos na sua utilidade no grupo, dentro das bases definidas por nós e sempre sob o signo de ser mais um para contribuir para o bom funcionamento da equipa."
Em 2006/07, o esquema táctico a eleger por Paulo Bento será o mesmo que adoptou para guiar o Sporting, seis anos depois, a novo apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões: o 4-4-2, com um losango desenhado no meio-campo.
Determinado a assegurar reforços para todos os sectores – um defesa-central, dois médios e um ponta-de-lança –, o treinador já definiu alguns dos traços do perfil-modelo dos potenciais alvos: "Têm de ser jogadores de qualidade e com maturidade." E explica porquê: "Para que possam contribuir para um crescimento gradual dos mais jovens e não aconteça o que aconteceu ao Moutinho, que fez os 43 jogos oficiais nesta temporada, e ao Nani, que jogou todas as partidas desde a oitava jornada. Não sei se esse será o melhor caminho, pois é criar uma pressão demasiado grande em jogadores que cumprem o primeiro ano de sénior."
A confirmação parte... do treinador: "É um jogador com o qual contamos e que pretendemos que faça parte do plantel." Em entrevista ao jornal oficial do clube, Paulo Bento lançou algumas das ideias-chave que o talentoso médio terá de saber respeitar e seguir para, nesta nova oportunidade que lhe é concedida, poder triunfar de leão ao peito: "O Carlos Martins tem enorme potencial e confiamos na sua utilidade no grupo, dentro das bases definidas por nós e sempre sob o signo de ser mais um para contribuir para o bom funcionamento da equipa."
Em 2006/07, o esquema táctico a eleger por Paulo Bento será o mesmo que adoptou para guiar o Sporting, seis anos depois, a novo apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões: o 4-4-2, com um losango desenhado no meio-campo.
Determinado a assegurar reforços para todos os sectores – um defesa-central, dois médios e um ponta-de-lança –, o treinador já definiu alguns dos traços do perfil-modelo dos potenciais alvos: "Têm de ser jogadores de qualidade e com maturidade." E explica porquê: "Para que possam contribuir para um crescimento gradual dos mais jovens e não aconteça o que aconteceu ao Moutinho, que fez os 43 jogos oficiais nesta temporada, e ao Nani, que jogou todas as partidas desde a oitava jornada. Não sei se esse será o melhor caminho, pois é criar uma pressão demasiado grande em jogadores que cumprem o primeiro ano de sénior."
Mais um ou ainda fica lá algum dos adquiridos em Portugal?
O Sporting tem um sonho para o ataque: Derlei.
O brasileiro do Dínamo Moscovo, de 30 anos, é o desejado em Alvalade para acompanhar Liedson na frente.
O interesse leonino, embora secreto, já foi assumido. O jogador quer voltar a Portugal. E existe uma porta que, a abrir-se, pode levar mesmo o antigo craque do FCPorto a vestir-se de verde e branco.
Mas o negócio será sempre de difícil execução.
Neste momento, o Sporting aguarda que a FIFA lhe dê razão no diferendo que opõe leões e Dínamo sobre uma dívida de 2 milhões de euros, relativa à transferência de Enakarhire.
Caso isso suceda, o Sporting partirá então para a mesa de negociações com os russos. E proporá a compra do passe de Derlei.
Para que o negócio montado pela SAD sportinguista resulte, contribui também a vontade do atleta de abandonar o frio moscovita e regressar ao ameno Portugal.
O brasileiro do Dínamo Moscovo, de 30 anos, é o desejado em Alvalade para acompanhar Liedson na frente.
O interesse leonino, embora secreto, já foi assumido. O jogador quer voltar a Portugal. E existe uma porta que, a abrir-se, pode levar mesmo o antigo craque do FCPorto a vestir-se de verde e branco.
Mas o negócio será sempre de difícil execução.
Neste momento, o Sporting aguarda que a FIFA lhe dê razão no diferendo que opõe leões e Dínamo sobre uma dívida de 2 milhões de euros, relativa à transferência de Enakarhire.
Caso isso suceda, o Sporting partirá então para a mesa de negociações com os russos. E proporá a compra do passe de Derlei.
Para que o negócio montado pela SAD sportinguista resulte, contribui também a vontade do atleta de abandonar o frio moscovita e regressar ao ameno Portugal.
Se for pelo preço certo, nada contra
O PSV de Ronald Koeman poderá fazer chegar à Luz uma proposta para a aquisição de Luisão.
O ex-técnico dos encarnados é um profundo admirador das qualidades do internacional brasileiro e estará encontrado o eleito do clube holandês para preencher uma vaga no centro de defesa se vier a confirmar-se a saída do compatriota Alex.
O ex-técnico dos encarnados é um profundo admirador das qualidades do internacional brasileiro e estará encontrado o eleito do clube holandês para preencher uma vaga no centro de defesa se vier a confirmar-se a saída do compatriota Alex.
Uma birra proveitosa
Costinha deixou ontem de ser um jogador... sem clube.
O médio da Selecção Nacional vai assinar, em princípio, um contrato com a duração de dois anos com o Atlético de Madrid o qual passa, igualmente, pela colocação de um ponto final no diferendo que o tem oposto ao Dínamo de Moscovo e que o levou à rescisão e à apresentação de uma queixa à FIFA, agora em vias de ser ultrapassada.
Ontem, numa reunião na capital espanhola na qual participaram o agente FIFA Jorge Mendes e dirigentes do Atlético de Madrid e do Dínamo de Moscovo foi possível estabelecer um princípio de acordo entre as três partes, acabando por redundar ainda na transferência de um outro jogador bem conhecido dos portugueses de Moscovo para a equipa de Vicente Calderon: Seitaridis.
O lateral-direito grego, que se transferira igualmente do FC Porto para a Rússia, vai também jogar no Atlético de Madrid, assinando um contrato que deverá ter quatro anos de duração. Depois de acertados os últimos pormenores da negociação nos próximos dias, Costinha e Seitaridis farão exames médicos e serão formalmente apresentados.
Recorde-se que também o defesa-central Zé Castro, que se transferiu da Académica de Coimbra, jogará no Atlético de Madrid na próxima temporada.
O médio da Selecção Nacional vai assinar, em princípio, um contrato com a duração de dois anos com o Atlético de Madrid o qual passa, igualmente, pela colocação de um ponto final no diferendo que o tem oposto ao Dínamo de Moscovo e que o levou à rescisão e à apresentação de uma queixa à FIFA, agora em vias de ser ultrapassada.
Ontem, numa reunião na capital espanhola na qual participaram o agente FIFA Jorge Mendes e dirigentes do Atlético de Madrid e do Dínamo de Moscovo foi possível estabelecer um princípio de acordo entre as três partes, acabando por redundar ainda na transferência de um outro jogador bem conhecido dos portugueses de Moscovo para a equipa de Vicente Calderon: Seitaridis.
O lateral-direito grego, que se transferira igualmente do FC Porto para a Rússia, vai também jogar no Atlético de Madrid, assinando um contrato que deverá ter quatro anos de duração. Depois de acertados os últimos pormenores da negociação nos próximos dias, Costinha e Seitaridis farão exames médicos e serão formalmente apresentados.
Recorde-se que também o defesa-central Zé Castro, que se transferiu da Académica de Coimbra, jogará no Atlético de Madrid na próxima temporada.
Estágio da Selecção em Évora
Como conserva actualidade, aqui republico um artigo de Fevereiro de 2006 sobre o estágio da selecção em Évora:
"A dupla dinâmica Madaíl/Scolari escolheu o Alentejo, mais propriamente Évora, como local para a realização do pré-estágio de preparação para o Mundial de 2006.
Não contesto a qualidade do local escolhido, as facilidades obtidas, a compensação monetária alcançada, o simbolismo da escolha de uma localidade do interior, mas estranho que, de um ponto de vista meramente técnico, seja este o local ideal.
Aquando da preparação para o Mundial de 2002 Coreia/Japão, a federação, na pessoa do seu Presidente, elegeu Macau como palco para a realização de idêntico pré-estágio.
As condições climatéricas de tão adversas que são, não permitiram uma preparação condigna.
As condições climatéricas de tão distintas que são, não permitiram a necessária adaptação à metereologia da Coreia e do Japão.
Os resultados foram o que foram.
Cometeu-se um erro grave.Mas se o foi, pior é enveredar pelo mesmo erro duas vezes.
Errar é humano, não aprender com os erros é estupidez.
Ora, ao escolher Évora, me parece que Madaíl trilha o mesmo caminho, potenciando a criação das necessárias condições para o insucesso.
O estágio realizar-se-á entre finais de Maio e princípios de Junho.
Nessa altura do ano, não sendo preciso ser-se um qualquer Anthímio de Azevedo, as temperaturas no Alentejo situar-se-ão num patamar entre os 35 e os 40 graus.
Não julgo que sejam temperaturas adequadas à preparação de uma equipa de futebol para a disputa de uma competição com a exigência de um Mundial.
Não será por isso que as grandes equipas portuguesas se refugiam em países com climas mais amenos para a realização dos estágios de pré-época?
e não será por isso que, mesmo as mais pequenas, procuram zonas de Portugal onde as temperaturas são menos abrasivas?
Por outro lado, o clima na Alemanha não se assemelha em nada ao do nosso Alentejo, daí advindo naturais problemas de adaptação.
A preparação será inexoravelmente afectada e as consequências poderão ser catastróficas, nomeadamente dado que na 1ª fase vamos encontrar adversários com um estilo de futebol muito atlético - Angola e Irão, principalmente.
Em suma, uma escolha asnática, à imagem dos decisores."
"A dupla dinâmica Madaíl/Scolari escolheu o Alentejo, mais propriamente Évora, como local para a realização do pré-estágio de preparação para o Mundial de 2006.
Não contesto a qualidade do local escolhido, as facilidades obtidas, a compensação monetária alcançada, o simbolismo da escolha de uma localidade do interior, mas estranho que, de um ponto de vista meramente técnico, seja este o local ideal.
Aquando da preparação para o Mundial de 2002 Coreia/Japão, a federação, na pessoa do seu Presidente, elegeu Macau como palco para a realização de idêntico pré-estágio.
As condições climatéricas de tão adversas que são, não permitiram uma preparação condigna.
As condições climatéricas de tão distintas que são, não permitiram a necessária adaptação à metereologia da Coreia e do Japão.
Os resultados foram o que foram.
Cometeu-se um erro grave.Mas se o foi, pior é enveredar pelo mesmo erro duas vezes.
Errar é humano, não aprender com os erros é estupidez.
Ora, ao escolher Évora, me parece que Madaíl trilha o mesmo caminho, potenciando a criação das necessárias condições para o insucesso.
O estágio realizar-se-á entre finais de Maio e princípios de Junho.
Nessa altura do ano, não sendo preciso ser-se um qualquer Anthímio de Azevedo, as temperaturas no Alentejo situar-se-ão num patamar entre os 35 e os 40 graus.
Não julgo que sejam temperaturas adequadas à preparação de uma equipa de futebol para a disputa de uma competição com a exigência de um Mundial.
Não será por isso que as grandes equipas portuguesas se refugiam em países com climas mais amenos para a realização dos estágios de pré-época?
e não será por isso que, mesmo as mais pequenas, procuram zonas de Portugal onde as temperaturas são menos abrasivas?
Por outro lado, o clima na Alemanha não se assemelha em nada ao do nosso Alentejo, daí advindo naturais problemas de adaptação.
A preparação será inexoravelmente afectada e as consequências poderão ser catastróficas, nomeadamente dado que na 1ª fase vamos encontrar adversários com um estilo de futebol muito atlético - Angola e Irão, principalmente.
Em suma, uma escolha asnática, à imagem dos decisores."
terça-feira, maio 30, 2006
Ai Ciganito...
Ricardo Quaresma é acusado de ter agredido a soco um jovem adepto português, no final do jogo que opôs Portugal à Sérvia, na passada quinta-feira, em Barcelos.
Quando ia a sair do estádio depois do jogo Portugal-Sérvia, o craque dos sub-21 ouviu uma boca de um adepto. Depois, as versões divergem.
José Silva diz que foi agredido com um soco pelo jogador, Quaresma admite que pode ter aleijado o adepto mas garante que não tinha intenção de o agredir.
Quando ia a sair do estádio depois do jogo Portugal-Sérvia, o craque dos sub-21 ouviu uma boca de um adepto. Depois, as versões divergem.
José Silva diz que foi agredido com um soco pelo jogador, Quaresma admite que pode ter aleijado o adepto mas garante que não tinha intenção de o agredir.
Entrevista de Paulo Bento à Antena 1
Pouco depois das 19 horas, Paulo Bento entrou no estúdio 8 da Antena 1, onde já se encontrava Medeiros Ferreira, comentador afecto ao Benfica do programa "Novos Artistas da Bola", coordenado pelo jornalista Tiago Alves, que desde o Porto, com o portista Miguel Guedes, orientou a conversa que se prolongaria por quase uma hora – o sportinguista Eduardo Barroso participou na conversa a partir do estúdio da Madeira.
Entre diferentes perspectivas do passado recente e da prestação do Sporting na última época, falou-se... do futuro.
A participação na Liga dos Campeões e a afirmação a nível internacional pretendida pela SAD mereceu o comentário de Paulo Bento. "Em primeiro lugar, estamos satisfeitos por estar outra vez na competição mais importante da UEFA.
Depois, os objectivos que temos nessa prova: devemos ter ambição, mas não desmedida, e devemos ter, também, os pés bem assentes no chão e ter consciência de que a não disputamos há seis anos, que há equipas de grande qualidade e com muita experiência a este nível competitivo e com objectivos muito maiores do que os nossos.
Sem saber que equipas vamos defrontar na fase de grupos, não faz sentido traçar objectivos, no abstracto.
Desde já, fica a certeza de que não vamos renunciar ao que quer que seja na Liga dos Campeões: ou seja, vamos para todos os jogos com o objectivo de ganhar, sabendo das dificuldades que vamos encontrar, pela qualidade que os adversários têm a este nível", considerou Paulo Bento.
"As pessoas vão ser mais exigentes”
O facto de ter reunido consenso entre os contendores pela presidência do Sporting, no recente processo eleitoral, não implica acréscimo de responsabilidade, no entender de Paulo Bento.
A legitimidade de expectativas mais elevadas por parte dos sportinguistas, porém, foi admitida. Mas a responsabilidade não assusta Paulo Bento. "Havia unanimidade em relação ao três candidatos à presidência do Sporting. A partir do momento que um deles ganhou essas eleições, e só depois de termos alcançado o segundo dos objectivos a que nos propusemos, foram acertadas as condições para a renovação do contrato. Não me parece que me traga mais responsabilidade o facto de colher essa unanimidade. O que me pode trazer maior responsabilidade é, depois de termos realizado este trabalho, as pessoas esperarem mais", concretizou.
A eventualidade de corresponder a exigências mais apuradas e de enfrentar ciclos menos felizes, porém, não apoquenta o técnico dos leões: "Essa questão também não me traz qualquer preocupação, e muito menos a eventualidade de perder dois ou três jogos seguidos.
Em primeiro lugar, porque penso não perder três jogos seguidos, mas se acontecer, tenho de estar preparado. Tenho consciência de que passámos por momentos difíceis esta época: estivemos três jogos sem ganhar, também, a seguir ao jogo com o FC Porto.
O pós-jogo de Braga também foi complicado, porque ficámos a dez pontos da frente e conseguimos arranjar motivação para dar a volta.
Assim como teremos de arranjar sempre motivação para enfrentar os momentos adversos e levar as pessoas a voltar a acreditar."
Paulo Bento perspectivou a política de contratações do Sporting para este defeso e apontou as posições que pretende ver reforçadas: "Queremos reforçar todos os sectores da equipa.
Na defesa, queremos um central, queremos dois médios e um ponta-de-lança."
O reencontro com campeões orientados na sua estreia como técnico foi confirmado por Paulo Bento, que eleva a quatro o número de jogadores que conduziu ao título: "Em relação à equipa de juniores do ano passado, que orientei, serão integrados o Miguel [Veloso] e o Yannick [Djaló], passando a quatro os jogadores campeões do escalão no plantel principal, com o Moutinho e o Nani.”
Momento marcante da época, na opinião do painel de comentadores do "Artistas da Bola" (da Antena 1), partilhada por Paulo Bento, a derrota em Braga revestiu-se de especial importância, como o técnico do Sporting fez questão de frisar. "O jogo de Braga foi complicado, até por situações que se passaram antes do jogo, na semana que o antecedeu, logo após o Natal e a passagem de ano. Em função disso mesmo, penso que o grupo se tornou mais forte.
Acredito que, se em vez de utilizarmos o Tomané, que fez uns grandes 45 minutos, tivéssemos chamado outros jogadores, o resultado até poderia ser diferente.
Do que tenho a certeza é que, se o tivéssemos feito, não ganharíamos depois dez jogos seguidos. Isso para mim foi o mais importante: o grupo convencer-se que tinha capacidade, que todos estávamos imbuídos do mesmo espírito e que podíamos ser mais fortes", enfatizou Paulo Bento.
Entre diferentes perspectivas do passado recente e da prestação do Sporting na última época, falou-se... do futuro.
A participação na Liga dos Campeões e a afirmação a nível internacional pretendida pela SAD mereceu o comentário de Paulo Bento. "Em primeiro lugar, estamos satisfeitos por estar outra vez na competição mais importante da UEFA.
Depois, os objectivos que temos nessa prova: devemos ter ambição, mas não desmedida, e devemos ter, também, os pés bem assentes no chão e ter consciência de que a não disputamos há seis anos, que há equipas de grande qualidade e com muita experiência a este nível competitivo e com objectivos muito maiores do que os nossos.
Sem saber que equipas vamos defrontar na fase de grupos, não faz sentido traçar objectivos, no abstracto.
Desde já, fica a certeza de que não vamos renunciar ao que quer que seja na Liga dos Campeões: ou seja, vamos para todos os jogos com o objectivo de ganhar, sabendo das dificuldades que vamos encontrar, pela qualidade que os adversários têm a este nível", considerou Paulo Bento.
"As pessoas vão ser mais exigentes”
O facto de ter reunido consenso entre os contendores pela presidência do Sporting, no recente processo eleitoral, não implica acréscimo de responsabilidade, no entender de Paulo Bento.
A legitimidade de expectativas mais elevadas por parte dos sportinguistas, porém, foi admitida. Mas a responsabilidade não assusta Paulo Bento. "Havia unanimidade em relação ao três candidatos à presidência do Sporting. A partir do momento que um deles ganhou essas eleições, e só depois de termos alcançado o segundo dos objectivos a que nos propusemos, foram acertadas as condições para a renovação do contrato. Não me parece que me traga mais responsabilidade o facto de colher essa unanimidade. O que me pode trazer maior responsabilidade é, depois de termos realizado este trabalho, as pessoas esperarem mais", concretizou.
A eventualidade de corresponder a exigências mais apuradas e de enfrentar ciclos menos felizes, porém, não apoquenta o técnico dos leões: "Essa questão também não me traz qualquer preocupação, e muito menos a eventualidade de perder dois ou três jogos seguidos.
Em primeiro lugar, porque penso não perder três jogos seguidos, mas se acontecer, tenho de estar preparado. Tenho consciência de que passámos por momentos difíceis esta época: estivemos três jogos sem ganhar, também, a seguir ao jogo com o FC Porto.
O pós-jogo de Braga também foi complicado, porque ficámos a dez pontos da frente e conseguimos arranjar motivação para dar a volta.
Assim como teremos de arranjar sempre motivação para enfrentar os momentos adversos e levar as pessoas a voltar a acreditar."
Paulo Bento perspectivou a política de contratações do Sporting para este defeso e apontou as posições que pretende ver reforçadas: "Queremos reforçar todos os sectores da equipa.
Na defesa, queremos um central, queremos dois médios e um ponta-de-lança."
O reencontro com campeões orientados na sua estreia como técnico foi confirmado por Paulo Bento, que eleva a quatro o número de jogadores que conduziu ao título: "Em relação à equipa de juniores do ano passado, que orientei, serão integrados o Miguel [Veloso] e o Yannick [Djaló], passando a quatro os jogadores campeões do escalão no plantel principal, com o Moutinho e o Nani.”
Momento marcante da época, na opinião do painel de comentadores do "Artistas da Bola" (da Antena 1), partilhada por Paulo Bento, a derrota em Braga revestiu-se de especial importância, como o técnico do Sporting fez questão de frisar. "O jogo de Braga foi complicado, até por situações que se passaram antes do jogo, na semana que o antecedeu, logo após o Natal e a passagem de ano. Em função disso mesmo, penso que o grupo se tornou mais forte.
Acredito que, se em vez de utilizarmos o Tomané, que fez uns grandes 45 minutos, tivéssemos chamado outros jogadores, o resultado até poderia ser diferente.
Do que tenho a certeza é que, se o tivéssemos feito, não ganharíamos depois dez jogos seguidos. Isso para mim foi o mais importante: o grupo convencer-se que tinha capacidade, que todos estávamos imbuídos do mesmo espírito e que podíamos ser mais fortes", enfatizou Paulo Bento.
Valdemar Duarte ou o aspirante ao trono do mítico Gabriel Alves
No rescaldo da eliminação da Selecção Portuguesa de Sub-21, do Europeu da modalidade que se disputa em Portugal, faz todo o sentido selar a participação lusa com alguns dos comentários do aspirante ao trono do Rei Gabriel, Valdemar Duarte, durante a presente época futebolística:
"Marcel estava pelo menos… com as unhas em fora-de-jogo!"U-Leiria 3 - Benfica 1 - 04/02/2006
"Os jogadores que estão em campo começam o aquecimento!"Académica 0 - Sporting 3 - 25/02/2006
"Helton abraçado ao árbitro. Isto é muito bonito!"Penafiel 0 - Porto 1 - 22/04/2006
"Esta defesa parece manteiga! ... Não é reactiva! … Não reage! … Demora muito tempo a reagir!"Portugal 1 - Alemanha 0 - Campeonato Europeu Sub-21 - 28/05/2006
"Marcel estava pelo menos… com as unhas em fora-de-jogo!"U-Leiria 3 - Benfica 1 - 04/02/2006
"Os jogadores que estão em campo começam o aquecimento!"Académica 0 - Sporting 3 - 25/02/2006
"Helton abraçado ao árbitro. Isto é muito bonito!"Penafiel 0 - Porto 1 - 22/04/2006
"Esta defesa parece manteiga! ... Não é reactiva! … Não reage! … Demora muito tempo a reagir!"Portugal 1 - Alemanha 0 - Campeonato Europeu Sub-21 - 28/05/2006
O Outro Lado da Questão Bruno Vale
Artigo de Luís Sobral com o qual concordo:
"Bruno Vale perdeu o que resta dos Euro sub21 e não vai ao Mundial 2006.
Uma lesão é algo infelizmente comum na carreira de um jogador e neste caso é ainda mais lamentável por impedir Bruno Vale de defender até ao fim a baliza da selecção sub21 e o afastar do Mundial 2006.
Até aqui tudo certo. Triste, mas certo. Aconteceu, porque estas coisas são mesmo assim, acontecem.
O que não se compreende é o resto da história.
O jogador fez exames em Braga, foi dito que não voltaria a jogar mas o Mundial não estava em causa. Foi colocada a hipótese de seguir de imediato para Évora, mas ficou mais um dia na Falperra. E então, no sábado, logo rumou ao sul.
Aí chegado, é descoberto em minutos o que tinha sido escondido durante horas.
Afinal, Bruno Vale tinha uma lesão mais grave do que o inicialmente dito e o seu destino era regressar a casa e ver Euro e Mundial pela televisão.
Partindo do princípio de que os médicos das duas selecções são competentes e depois dos convenientes exames descobriram a lesão, só resta pensar que alguém não soube gerir de forma correcta a informação. E isto é grave, por se tratar de equipas que representam Portugal.
Pode nem ter sido o caso, mas este episódio Bruno Vale também permite pensar que a ligação entre as duas selecções é muito pior do que se temia.
E a Federação já deveria ter feito alguma coisa para resolver o assunto.
P.S.: Neste caso Pinto da Costa parece ter toda a razão do seu lado. Não foram só os adeptos (e os jornalistas antes deles) a desconhecer toda a verdade.
Também o presidente e os médicos do clube de Bruno Vale tiveram de esperar pela comunicação social para saberem o que se passava com o guarda-redes. Infeliz, no mínimo.
"Bruno Vale perdeu o que resta dos Euro sub21 e não vai ao Mundial 2006.
Uma lesão é algo infelizmente comum na carreira de um jogador e neste caso é ainda mais lamentável por impedir Bruno Vale de defender até ao fim a baliza da selecção sub21 e o afastar do Mundial 2006.
Até aqui tudo certo. Triste, mas certo. Aconteceu, porque estas coisas são mesmo assim, acontecem.
O que não se compreende é o resto da história.
O jogador fez exames em Braga, foi dito que não voltaria a jogar mas o Mundial não estava em causa. Foi colocada a hipótese de seguir de imediato para Évora, mas ficou mais um dia na Falperra. E então, no sábado, logo rumou ao sul.
Aí chegado, é descoberto em minutos o que tinha sido escondido durante horas.
Afinal, Bruno Vale tinha uma lesão mais grave do que o inicialmente dito e o seu destino era regressar a casa e ver Euro e Mundial pela televisão.
Partindo do princípio de que os médicos das duas selecções são competentes e depois dos convenientes exames descobriram a lesão, só resta pensar que alguém não soube gerir de forma correcta a informação. E isto é grave, por se tratar de equipas que representam Portugal.
Pode nem ter sido o caso, mas este episódio Bruno Vale também permite pensar que a ligação entre as duas selecções é muito pior do que se temia.
E a Federação já deveria ter feito alguma coisa para resolver o assunto.
P.S.: Neste caso Pinto da Costa parece ter toda a razão do seu lado. Não foram só os adeptos (e os jornalistas antes deles) a desconhecer toda a verdade.
Também o presidente e os médicos do clube de Bruno Vale tiveram de esperar pela comunicação social para saberem o que se passava com o guarda-redes. Infeliz, no mínimo.
Teoria da Conspiração
Corre por aí a teoria segundo a qual Bruno Vale se lesionou quando desferiu dois valentes pontapés no poste após o 2º golo Sérvio e não quando chocou com um adversário.
Uma vez que a lesão diagnosticada o foi num dedo do pé e dado que o aludido choque ocorreu entre joelhos, sou tentado a crer que, efectivamente, a razão de ser da sua maleita reside na sua atitude irreflectida após o golo Sérvio.
Uma vez que a lesão diagnosticada o foi num dedo do pé e dado que o aludido choque ocorreu entre joelhos, sou tentado a crer que, efectivamente, a razão de ser da sua maleita reside na sua atitude irreflectida após o golo Sérvio.
Pérolas de Rui Reininho
Só hoje tive condições para publicar estas pérolas…
"É patético realizar a final no Jamor, ou melhor, no campo de treinos do Benfica. Os outros [os do Sul] não sabem jogar a bola, não há equipas lá em baixo; há gente porreira e simpática, mas não sabem jogar a bola."
"Para lhe ser sincero, estou a apostar na Selecção Sub-21. Tem muito mais hipóteses de ter sucesso; o Clube Portugal do Mundial são ratos velhos, têm muitos interesses."
"O Mundial é para as donas de casa, para os que vendem relógios e para os negociantes; a Selecção Nacional não é para quem gosta de futebol. Não acredito naquele gajo [Luiz Felipe Scolari] que vende relógios! "
"São, são. É o futuro desta coisa toda [Sub-21]. Devemos estar ao lado deles, transformar o Europeu num verdadeiro espectáculo. Estou farto destas negociatas, de ver treinadores e músicos vendedores! Vamos devolver o futebol ao desporto. É preciso dar-lhes muito carinho, afinal estão no Norte."
Rui Reininho, vocalista dos GNR em entrevista ao jornal "O Jogo"
"É patético realizar a final no Jamor, ou melhor, no campo de treinos do Benfica. Os outros [os do Sul] não sabem jogar a bola, não há equipas lá em baixo; há gente porreira e simpática, mas não sabem jogar a bola."
"Para lhe ser sincero, estou a apostar na Selecção Sub-21. Tem muito mais hipóteses de ter sucesso; o Clube Portugal do Mundial são ratos velhos, têm muitos interesses."
"O Mundial é para as donas de casa, para os que vendem relógios e para os negociantes; a Selecção Nacional não é para quem gosta de futebol. Não acredito naquele gajo [Luiz Felipe Scolari] que vende relógios! "
"São, são. É o futuro desta coisa toda [Sub-21]. Devemos estar ao lado deles, transformar o Europeu num verdadeiro espectáculo. Estou farto destas negociatas, de ver treinadores e músicos vendedores! Vamos devolver o futebol ao desporto. É preciso dar-lhes muito carinho, afinal estão no Norte."
Rui Reininho, vocalista dos GNR em entrevista ao jornal "O Jogo"
Se fossemos parvos…
"Se quisesse ter uma saída airosa, dizia que foi o azar."
Agostinho Oliveira, seleccionador Nacional de Sub-21, depois da eliminação do Europeu da categoria
Agostinho Oliveira, seleccionador Nacional de Sub-21, depois da eliminação do Europeu da categoria
Orçamento e Receitas da AAC/OAF
Para conhecimento de todos aqui ficam as principais receitas ordinárias da AAC/OAF para um orçamento para a época desportiva de 2006/2007 a rondar 4.750.000 euros.
- Contrato com a TBZ («Operação Estádio» até 2009) que rende cerca de 2.200.000€ anuais e 2% da facturação que exceda cerca de 2.750.00€ ano, como foi o caso deste ano, cerca de 3.000.000€.
- Receitas da TV ( 1.400.000€ anuais pagos em duas prestações em dias aproximados de 30 de Junho e 31 de Dezembro)
- Receitas do Bingo ( 150.000€ - que se espera que aumentem aquando da exploração do novo Bingo pela BingoPlus no espaço físico do Estádio)
- Publicidade ( 225.000€ do patrocínio Oficial mais 475.000€ dos restantes itens publicitários)
- Contrato com a TBZ («Operação Estádio» até 2009) que rende cerca de 2.200.000€ anuais e 2% da facturação que exceda cerca de 2.750.00€ ano, como foi o caso deste ano, cerca de 3.000.000€.
- Receitas da TV ( 1.400.000€ anuais pagos em duas prestações em dias aproximados de 30 de Junho e 31 de Dezembro)
- Receitas do Bingo ( 150.000€ - que se espera que aumentem aquando da exploração do novo Bingo pela BingoPlus no espaço físico do Estádio)
- Publicidade ( 225.000€ do patrocínio Oficial mais 475.000€ dos restantes itens publicitários)
Alvoraçou os meninos
Raramente acontece, mas ontem, em Évora, uma jornalista fez notícia durante o treino da Selecção Nacional.
Não só por não ser uma jornalista portuguesa, mas pelo facto de simplesmente ter desviado a atenção do que se passava no relvado.
O que, convenhamos, com a toda a euforia em torno da Selecção não será exactamente o mais simples de fazer.
Mas Inês Sainz, jornalista mexicana da TV Azteca, fez com que Figo, Ronaldo, Deco e outros passassem para segundo plano. Ela apareceu na bancada de imprensa e em dois segundos começou a posar para fotos com adeptos portugueses.
As qualidades como jornalista ainda estão para ser reveladas, mas em termos de qualidades «humanas» estava tudo à vista. Ou quase tudo. Inês Sainz deixou por momentos a função que a levou lá, certamente cobrir o treino do adversário do México no Mundial, e passou a ser protagonista da manhã.
Foi requisitada para tirar inúmeras fotos, e não rejeitou qualquer pedido. Respondeu a todos com o mesmo sorriso, desejou «buenas sortes» aos portugueses, colocou bonés e cachecóis, e ninguém deu pelo final do treino dos internacionais no relvado.
Inês Sainz está, como uma normal jornalista, em Portugal acompanhando os trabalhos da equipa nacional. Mas, pela amostra do primeiro dia, já deixou de o ser. Será esta uma estratégia inédita usada pelos mexicanos para «desestabilizar» a Selecção Nacional?
Não só por não ser uma jornalista portuguesa, mas pelo facto de simplesmente ter desviado a atenção do que se passava no relvado.
O que, convenhamos, com a toda a euforia em torno da Selecção não será exactamente o mais simples de fazer.
Mas Inês Sainz, jornalista mexicana da TV Azteca, fez com que Figo, Ronaldo, Deco e outros passassem para segundo plano. Ela apareceu na bancada de imprensa e em dois segundos começou a posar para fotos com adeptos portugueses.
As qualidades como jornalista ainda estão para ser reveladas, mas em termos de qualidades «humanas» estava tudo à vista. Ou quase tudo. Inês Sainz deixou por momentos a função que a levou lá, certamente cobrir o treino do adversário do México no Mundial, e passou a ser protagonista da manhã.
Foi requisitada para tirar inúmeras fotos, e não rejeitou qualquer pedido. Respondeu a todos com o mesmo sorriso, desejou «buenas sortes» aos portugueses, colocou bonés e cachecóis, e ninguém deu pelo final do treino dos internacionais no relvado.
Inês Sainz está, como uma normal jornalista, em Portugal acompanhando os trabalhos da equipa nacional. Mas, pela amostra do primeiro dia, já deixou de o ser. Será esta uma estratégia inédita usada pelos mexicanos para «desestabilizar» a Selecção Nacional?
segunda-feira, maio 29, 2006
Selecção A
Portugal venceu Cabo Verde por um resultado que teve tanto de expressivo, como de enganador.
O resultado transparece uma sensação de facilidade que o jogo desmente.
Portugal entrou a vencer.
No 1ª minuto, Pauleta fez o 1-0 e todos pensaram que o resultado iria assumir contornos históricos.
Todos anteveram facilidades.
Nada de mais enganador.
A partir do golo e até ao final da 1ª parte, Cabo Verde foi a melhor selecção em campo.
Criou mais situações de perigo e revelou uma maturidade ao nível da assimilação dos princípios de jogo muito superior a Portugal.
Mais e melhor organização defensiva e ofensiva, mais e melhor fio de jogo, mais e melhor condição física.
Sem surpresa, Cabo Verde chegou ao empate e poderia, mesmo, ter-se adiantado no marcador.
Contudo, num canto Portugal fez o 2-1 com que se chegou ao intervalo.
Com o intervalo vieram as substituições e com o decorrer da partida o cansaço.
Face à maior profundidade qualitativa do seu banco, Portugal, beneficiando da quebra física dos caboverdianos, assumiu por completo o domínio do jogo.
Assim, foi naturalmente que criou ocasiões de golo em número bastante superior ao da primeira metade e que se assenhoreou da partida.
Mais dois golos e uma vitória robusta e moralizadora.
Facilidades só na segunda metade.
A qualidade do futebol praticado por Portugal situou-se num patamar mediano, mas, verdade seja dita, mais não seria expectável nesta altura da preparação.
O ritmo lento a que o jogo foi jogado diz bem da precária condição física dos nossos jogadores.
Dois dados a realçar.
A necessidade que os comentadores televisivos revelaram em acentuar a excelência da condição física de Costinha, como se tal fosse verdade e, mais do que tudo, como se tal fosse demonstrável num jogo com as características daquele que Portugal realizou.
A condição física de Costinha e o seu ritmo de jogo não se podem aferir num jogo com o de Sábado.
No Sábado, Costinha entrou num período em que os caboverdianos já se achavam em perda e, por outro lado, a sua acção circunscreveu-se a um raio de 10/15 metros.
O ritmo de jogo foi suficiente pausado para que qualquer jogador se pudesse integrar sem problemas.
Por fim, a atitude de Ronaldo.
Nem de propósito ainda na semana que findou trouxe à colação o episódio ocorrido no Estádio da Luz com Ronaldo, acentuando que me parecia não ter sido feito o suficiente para que o comportamento do jogador tivesse sido corrigido.
Sábado comprovou-o à saciedade.
Ronaldo é ainda um menino, que necessita de aprender a comportar-se.
O que Ronaldo fez no Sábado, para além de merecedor de expulsão, é sintoma de má formação desportiva e cívica.
Se antes verberei a falta de reacção do seleccionador, agora elogio-lhe a pronta intervenção.
Ao retirar Ronaldo do campo, Scolari poderá ter evitado a ocorrência futura de situações similares.
Em contexto competitivo ou social, a atitude de Ronaldo merece forte censura.
Sendo reincidente, ainda mais.
Scolari agiu e bem , no sentido de transmitir a Ronaldo toda a sua repulsa pelo seu comportamento.
Em suma, jogo típico de preparação.
O resultado transparece uma sensação de facilidade que o jogo desmente.
Portugal entrou a vencer.
No 1ª minuto, Pauleta fez o 1-0 e todos pensaram que o resultado iria assumir contornos históricos.
Todos anteveram facilidades.
Nada de mais enganador.
A partir do golo e até ao final da 1ª parte, Cabo Verde foi a melhor selecção em campo.
Criou mais situações de perigo e revelou uma maturidade ao nível da assimilação dos princípios de jogo muito superior a Portugal.
Mais e melhor organização defensiva e ofensiva, mais e melhor fio de jogo, mais e melhor condição física.
Sem surpresa, Cabo Verde chegou ao empate e poderia, mesmo, ter-se adiantado no marcador.
Contudo, num canto Portugal fez o 2-1 com que se chegou ao intervalo.
Com o intervalo vieram as substituições e com o decorrer da partida o cansaço.
Face à maior profundidade qualitativa do seu banco, Portugal, beneficiando da quebra física dos caboverdianos, assumiu por completo o domínio do jogo.
Assim, foi naturalmente que criou ocasiões de golo em número bastante superior ao da primeira metade e que se assenhoreou da partida.
Mais dois golos e uma vitória robusta e moralizadora.
Facilidades só na segunda metade.
A qualidade do futebol praticado por Portugal situou-se num patamar mediano, mas, verdade seja dita, mais não seria expectável nesta altura da preparação.
O ritmo lento a que o jogo foi jogado diz bem da precária condição física dos nossos jogadores.
Dois dados a realçar.
A necessidade que os comentadores televisivos revelaram em acentuar a excelência da condição física de Costinha, como se tal fosse verdade e, mais do que tudo, como se tal fosse demonstrável num jogo com as características daquele que Portugal realizou.
A condição física de Costinha e o seu ritmo de jogo não se podem aferir num jogo com o de Sábado.
No Sábado, Costinha entrou num período em que os caboverdianos já se achavam em perda e, por outro lado, a sua acção circunscreveu-se a um raio de 10/15 metros.
O ritmo de jogo foi suficiente pausado para que qualquer jogador se pudesse integrar sem problemas.
Por fim, a atitude de Ronaldo.
Nem de propósito ainda na semana que findou trouxe à colação o episódio ocorrido no Estádio da Luz com Ronaldo, acentuando que me parecia não ter sido feito o suficiente para que o comportamento do jogador tivesse sido corrigido.
Sábado comprovou-o à saciedade.
Ronaldo é ainda um menino, que necessita de aprender a comportar-se.
O que Ronaldo fez no Sábado, para além de merecedor de expulsão, é sintoma de má formação desportiva e cívica.
Se antes verberei a falta de reacção do seleccionador, agora elogio-lhe a pronta intervenção.
Ao retirar Ronaldo do campo, Scolari poderá ter evitado a ocorrência futura de situações similares.
Em contexto competitivo ou social, a atitude de Ronaldo merece forte censura.
Sendo reincidente, ainda mais.
Scolari agiu e bem , no sentido de transmitir a Ronaldo toda a sua repulsa pelo seu comportamento.
Em suma, jogo típico de preparação.
Sub-21 - Crónica de uma morte anunciada
Os sub-21 despediram-se, ontem, do seu Euro, sem honra, nem glória.
Desfecho previsível face aos resultados obtidos nos dois precedentes jogos, mas, acima de tudo, face à paupérrima qualidade futebolística que exibiram.
Ontem, mais do mesmo.
Futebol desgarrado, sem ligação, sem fio de jogo, sem sentido colectivo.
Gánhamos fruto de uma jogada individual, superiormente construída por Nani e não menos superiormente finalizada por Moutinho.
O resto foi um deserto de ideias.
Fechadas as contas, urge pensar nas razões do insucesso.
E nelas incluir o "Chefe".
Na verdade, Scolari ao ter ensaiado um exercício bacoco de autoridade tem de ser, necessariamente, incluído no lote de responsáveis pela eliminação precoce.
Ao chamar a si o estatuto de responsável máximo dos sub-21, Scolari tem que ser responsabilizado pela pobreza franciscana que foi a nossa participação.
Não basta clamar autoridade, há que exercê-la.
Se não a exerceu após se ter proclamado "Chefe", há que o responsabilizar pela omissão.
Se a exerceu, há que o responsabilizar tecnicamente pelo sucedido.
Em qualquer dos casos, por acção ou omissão, Scolari tem a sua quota-parte de responsabilidade.
E tem-na, desde logo, no tabu que criou.
Ao alimentar a indefinição em torno das suas escolhas para o Mundial, Scolari mexeu, indubitavelmente, com a cabeça dos jogadores que vieram a ser postergados para os sub-21.
Depois, as suas declarações sobre o acontecido, mormente ao iniciar a conferência de imprensa de anúncio dos convocados para o Mundial abordando o organigrama da Federação, introduziram instabilidade e perturbação.
Mas, mais do que tudo, pela ausência de supervisão técnica, que a proclamação passou a exigir.
Concordo com as críticas que dirigiu a Agostinho "Capacinho" Oliveira, até porque mais do que críticas são evidências, sendo certo que, simultaneamente, me criaram um sentimento de perplexidade.
Se todos estamos de acordo que a selecção de sub-21 menosprezou os adversários e que os seus jogadores se sobrevalorizaram, não é menos verdade que, face a tais constatações, se exigia do "Chefe" uma intervenção que cortasse cerce tais atitudes.
Perpassa pelas declarações de Scolari uma inacção incompatível com o estatuto de "Chefe".
Viu o que se estava a passar e nada fez!!!
O discurso há-de ter adequação prática, sob pena de descredibilização.
No conjunto de responsáveis pela débacle, Agostinho "Capachinho" Oliveira emerge como o principal.
A ausência de sentido colectivo demonstrada e a fraquíssima condição física patenteada remetem-nos para o nível paupérrimo da preparação.
Agostinho mostrou-se incapaz de preparar a equipa quer técnica, quer táctica, quer fisicamente.
Que trabalho terá sido realizado ao nível do treino?
É, para mim, um mistério.
Técnico ou Táctico não terá sido, pois que a equipa nunca revelou fio de jogo ou organização defensiva e ofensiva. Nem sequer bolas paradas foram trabalhadas, tantas e tamanhas foram as situações desperdiçadas.
Físico também não, dado que os jogadores se apresentaram em nítida quebra da sua condição física.
Nunca revelaram capacidade para mais do que 15/20 minutos em ritmo alto.
Depois, ao nível do discurso.
As declarações de Agostinho no final das partidas remeteram-nos para o campo do sobrenatural.
Com excepção do jogo final, Agostinho procurou sempre encontrar bodes expiatórios para as derrotas e as suas análises pareceram sempre respeitar a outro jogo que não àquele a que tínhamos acabado de assistir.
No pré-jogo, revelou, sempre, parco conhecimento dos adversários, chegando a ser anedóticas as suas análises.
Por outro lado, a postura "Calimero" em nada o favoreceu.
Por fim, os jogadores.
Para além de terem demonstrado à saciedade que a sua formação não se acha ainda completa, longe disso, revelaram uma fragilidade mental confrangedora.
Sucumbiram ao deslumbramento de uma vitória anunciada e à pressão de uma vitória a conquistar.
Não souberam lidar com o eudeusamento promovido pelos media.
Neste particular exigia-se que Agostinho tivesse "trazido à terra" os seus jogadores, mas aconteceu precisamente o inverso. As intervenções públicas de Agostinho em vez de procurarem serenar os ânimos, potenciaram o efeito.
Agostinho revelou-se sempre inábil na gestão pública das expectativas.
Em síntese, direi que se trabalhou muito pouco para os objectivos a que nos propusemos.
Pouca competência para tamanha empresa.
Desfecho previsível face aos resultados obtidos nos dois precedentes jogos, mas, acima de tudo, face à paupérrima qualidade futebolística que exibiram.
Ontem, mais do mesmo.
Futebol desgarrado, sem ligação, sem fio de jogo, sem sentido colectivo.
Gánhamos fruto de uma jogada individual, superiormente construída por Nani e não menos superiormente finalizada por Moutinho.
O resto foi um deserto de ideias.
Fechadas as contas, urge pensar nas razões do insucesso.
E nelas incluir o "Chefe".
Na verdade, Scolari ao ter ensaiado um exercício bacoco de autoridade tem de ser, necessariamente, incluído no lote de responsáveis pela eliminação precoce.
Ao chamar a si o estatuto de responsável máximo dos sub-21, Scolari tem que ser responsabilizado pela pobreza franciscana que foi a nossa participação.
Não basta clamar autoridade, há que exercê-la.
Se não a exerceu após se ter proclamado "Chefe", há que o responsabilizar pela omissão.
Se a exerceu, há que o responsabilizar tecnicamente pelo sucedido.
Em qualquer dos casos, por acção ou omissão, Scolari tem a sua quota-parte de responsabilidade.
E tem-na, desde logo, no tabu que criou.
Ao alimentar a indefinição em torno das suas escolhas para o Mundial, Scolari mexeu, indubitavelmente, com a cabeça dos jogadores que vieram a ser postergados para os sub-21.
Depois, as suas declarações sobre o acontecido, mormente ao iniciar a conferência de imprensa de anúncio dos convocados para o Mundial abordando o organigrama da Federação, introduziram instabilidade e perturbação.
Mas, mais do que tudo, pela ausência de supervisão técnica, que a proclamação passou a exigir.
Concordo com as críticas que dirigiu a Agostinho "Capacinho" Oliveira, até porque mais do que críticas são evidências, sendo certo que, simultaneamente, me criaram um sentimento de perplexidade.
Se todos estamos de acordo que a selecção de sub-21 menosprezou os adversários e que os seus jogadores se sobrevalorizaram, não é menos verdade que, face a tais constatações, se exigia do "Chefe" uma intervenção que cortasse cerce tais atitudes.
Perpassa pelas declarações de Scolari uma inacção incompatível com o estatuto de "Chefe".
Viu o que se estava a passar e nada fez!!!
O discurso há-de ter adequação prática, sob pena de descredibilização.
No conjunto de responsáveis pela débacle, Agostinho "Capachinho" Oliveira emerge como o principal.
A ausência de sentido colectivo demonstrada e a fraquíssima condição física patenteada remetem-nos para o nível paupérrimo da preparação.
Agostinho mostrou-se incapaz de preparar a equipa quer técnica, quer táctica, quer fisicamente.
Que trabalho terá sido realizado ao nível do treino?
É, para mim, um mistério.
Técnico ou Táctico não terá sido, pois que a equipa nunca revelou fio de jogo ou organização defensiva e ofensiva. Nem sequer bolas paradas foram trabalhadas, tantas e tamanhas foram as situações desperdiçadas.
Físico também não, dado que os jogadores se apresentaram em nítida quebra da sua condição física.
Nunca revelaram capacidade para mais do que 15/20 minutos em ritmo alto.
Depois, ao nível do discurso.
As declarações de Agostinho no final das partidas remeteram-nos para o campo do sobrenatural.
Com excepção do jogo final, Agostinho procurou sempre encontrar bodes expiatórios para as derrotas e as suas análises pareceram sempre respeitar a outro jogo que não àquele a que tínhamos acabado de assistir.
No pré-jogo, revelou, sempre, parco conhecimento dos adversários, chegando a ser anedóticas as suas análises.
Por outro lado, a postura "Calimero" em nada o favoreceu.
Por fim, os jogadores.
Para além de terem demonstrado à saciedade que a sua formação não se acha ainda completa, longe disso, revelaram uma fragilidade mental confrangedora.
Sucumbiram ao deslumbramento de uma vitória anunciada e à pressão de uma vitória a conquistar.
Não souberam lidar com o eudeusamento promovido pelos media.
Neste particular exigia-se que Agostinho tivesse "trazido à terra" os seus jogadores, mas aconteceu precisamente o inverso. As intervenções públicas de Agostinho em vez de procurarem serenar os ânimos, potenciaram o efeito.
Agostinho revelou-se sempre inábil na gestão pública das expectativas.
Em síntese, direi que se trabalhou muito pouco para os objectivos a que nos propusemos.
Pouca competência para tamanha empresa.
sexta-feira, maio 26, 2006
Á vossa consideração
O Sporting deu esta sexta-feira por encerrada a época, momento então para conversa com o técnico Paulo Bento para o balanço final.
«Não tendo alcançado o principal objectivo [conquistar o campeonato], não deixamos de considerar que foi uma época positiva, ao lograrmos a entrada directa na Liga dos Campeões», considerou Paulo Bento, que aproveitou também a ocasião para dirigir agradecimentos. Aqui ficam: «Fundamentalmente aos jogadores, pela forma como trabalharam, mas também à massa associativa pela tranquilidade que nos deu para trabalhar.»
«Não tendo alcançado o principal objectivo [conquistar o campeonato], não deixamos de considerar que foi uma época positiva, ao lograrmos a entrada directa na Liga dos Campeões», considerou Paulo Bento, que aproveitou também a ocasião para dirigir agradecimentos. Aqui ficam: «Fundamentalmente aos jogadores, pela forma como trabalharam, mas também à massa associativa pela tranquilidade que nos deu para trabalhar.»
O miúdo da grade de sumo - outro talento
A velocidade, as mudanças de direcção e o drible eficaz no um-contra-um sempre foram atributos reconhecidos ao jovem Yannick Djaló, mas, nos últimos quatro anos, um apurado trabalho físico acrescentou muita potência às qualidades do avançado.
Se, aos 15 anos, Djaló media 1,67m e pesava apenas 57kg, foram necessários quatro anos para que acrescentasse quatro centímetros e sete quilos à outrora frágil moldura física.
Não será, claro, um jogador possante, mas o muito trabalho de ginásio garantiu-lhe uma compleição consentânea com as exigências da alta competição.
Isso mesmo foi confirmado pelo prof. Rafael Gomes, seu treinador no Casa Pia, na derradeira fase da época: "Foi muito importante para nós, até porque marcou 11 golos no último terço da temporada. A equipa privilegiava, como opção estratégica, o contra-ataque, o que também favorecia as suas características, pois é muito rápido e forte no um-contra-um."
O aspecto mais importante deste atleta é, no entender de um profissional que com ele conviveu de perto, o seu lado humano. "Teve uma participação muito boa, sendo muito disciplinado e empenhado no trabalho diário. Evidenciou sempre grande humildade e respeito. Mesmo sabendo que era uma mais-valia para a equipa, a sua atitude foi sempre o oposto da de uma vedeta.
Por tudo isto e pela sua ambição, reconheço-lhe capacidade para evoluir e triunfar", revelou Rafael Gomes, que perspectiva um futuro promissor para o seu ex-pupilo. "Poderá não estar preparado, no imediato, para evidenciar o mesmo rendimento na equipa principal do Sporting, mas tem uma enorme margem de progressão. Isso será ainda mais evidente quando trabalhar com atletas de um nível mais elevado, que podem potenciar ainda mais a sua evolução, como, certamente, irá acontecer."
O treinador que orientou Djaló no Casa Pia traça um interessante paralelo entre as características deste jovem e as de um avançado com lugar cativo no onze leonino: Liedson.
"A sua humildade e forma de trabalhar vão ajudá-lo a progredir, numa posição em que as suas características são preponderantes. Tal como Liedson, é muito veloz, pensa muito rápido e é frio no momento de finalizar", observou Rafael Gomes.
Segundo o técnico, Djaló melhorou muito no capítulo físico: "Não deixa de ser um jogador frágil, mas evoluiu muito no campo da potência muscular."
Se, aos 15 anos, Djaló media 1,67m e pesava apenas 57kg, foram necessários quatro anos para que acrescentasse quatro centímetros e sete quilos à outrora frágil moldura física.
Não será, claro, um jogador possante, mas o muito trabalho de ginásio garantiu-lhe uma compleição consentânea com as exigências da alta competição.
Isso mesmo foi confirmado pelo prof. Rafael Gomes, seu treinador no Casa Pia, na derradeira fase da época: "Foi muito importante para nós, até porque marcou 11 golos no último terço da temporada. A equipa privilegiava, como opção estratégica, o contra-ataque, o que também favorecia as suas características, pois é muito rápido e forte no um-contra-um."
O aspecto mais importante deste atleta é, no entender de um profissional que com ele conviveu de perto, o seu lado humano. "Teve uma participação muito boa, sendo muito disciplinado e empenhado no trabalho diário. Evidenciou sempre grande humildade e respeito. Mesmo sabendo que era uma mais-valia para a equipa, a sua atitude foi sempre o oposto da de uma vedeta.
Por tudo isto e pela sua ambição, reconheço-lhe capacidade para evoluir e triunfar", revelou Rafael Gomes, que perspectiva um futuro promissor para o seu ex-pupilo. "Poderá não estar preparado, no imediato, para evidenciar o mesmo rendimento na equipa principal do Sporting, mas tem uma enorme margem de progressão. Isso será ainda mais evidente quando trabalhar com atletas de um nível mais elevado, que podem potenciar ainda mais a sua evolução, como, certamente, irá acontecer."
O treinador que orientou Djaló no Casa Pia traça um interessante paralelo entre as características deste jovem e as de um avançado com lugar cativo no onze leonino: Liedson.
"A sua humildade e forma de trabalhar vão ajudá-lo a progredir, numa posição em que as suas características são preponderantes. Tal como Liedson, é muito veloz, pensa muito rápido e é frio no momento de finalizar", observou Rafael Gomes.
Segundo o técnico, Djaló melhorou muito no capítulo físico: "Não deixa de ser um jogador frágil, mas evoluiu muito no campo da potência muscular."
Entrevista da praxe - O discurso estereotipado de empolgação das massas
Apostado em não desiludir os adeptos encarnados, Fernando Santos revela enorme ambição e deseja vencer em Portugal, mas também quer criar condições para que a equipa possa brilhar nas competições europeias.
Fernando Santos deu a sua primeira entrevista como técnico do clube da Luz ao jornal "Benfica", aproveitando para falar do que sente por treinar finalmente o "seu" clube, das suas ambições, metas e do que pretende para a próxima temporada.
Optimista quanto ao sucesso, Fernando Santos assume que quer ganhar títulos e promete que "nenhum adversário trabalhará mais do que o Benfica".
Questionado sobre se, até pelo seu reconhecido benfiquismo, este era o maior desafio da sua carreira, Fernando Santos afirmou: "É um desafio muito importante. Porque tem uma carga diferente! Em termos profissionais, não será o maior, mas, obviamente tem uma carga emocional diferente, isto porque ser benfiquista e entrar no Benfica tem um peso distinto, até para os próprios adeptos... Sei que este vai ser um enorme desafio, mas tenho tido muitos."
O técnico acrescentou ainda que o seu maior desafio terá sido quando saiu do Estrela da Amadora para treinar o FC Porto.
Ainda sobre as dificuldades que poderá encontrar, o técnico adiantou: "O que é verdade é que vou ser o único treinador português a treinar os três grandes. E, curiosamente, acabo, por último, a treinar aquele que foi a minha primeira ambição... Naturalmente, isso traz sempre uma certa carga, mas os desafios não me metem medo, antes motivam-me!"
Sobre o que pretende do Benfica, Fernando Santos é claro: "Quero que seja campeão europeu num futuro próximo. Penso que é isso que todos os benfiquistas desejam. Que o clube regresse ao passado não muito longínquo, quando chegava às finais das grandes competições europeias. Em Portugal, queremos ganhar. É isto que quero!"
Quanto à forma de trabalhar para que, no final da época, o Benfica tenha sucesso, o treinador adianta: "Primeiro que tudo, temos de consolidar este projecto, que começou com a conquista do título em 2005 e continuou, na última época, com a participação nas competições europeias. E, portanto, o que queremos é vencer nas competições em que participarmos."
Elogiando o futuro local de trabalho do plantel encarnado, o Centro de Estágio e Formação no Seixal, que diz "ser fundamental" para o sucesso da equipa, Fernando Santos deixou ainda uma garantia aos adeptos: "[De] uma coisa podem ter a certeza: ninguém vai correr mais do que nós. De certeza que nenhuma adversário trabalhará mais do que o Benfica. Mais, posso garantir que, em competição, ninguém vai ser melhor que nós."
Fernando Santos deu a sua primeira entrevista como técnico do clube da Luz ao jornal "Benfica", aproveitando para falar do que sente por treinar finalmente o "seu" clube, das suas ambições, metas e do que pretende para a próxima temporada.
Optimista quanto ao sucesso, Fernando Santos assume que quer ganhar títulos e promete que "nenhum adversário trabalhará mais do que o Benfica".
Questionado sobre se, até pelo seu reconhecido benfiquismo, este era o maior desafio da sua carreira, Fernando Santos afirmou: "É um desafio muito importante. Porque tem uma carga diferente! Em termos profissionais, não será o maior, mas, obviamente tem uma carga emocional diferente, isto porque ser benfiquista e entrar no Benfica tem um peso distinto, até para os próprios adeptos... Sei que este vai ser um enorme desafio, mas tenho tido muitos."
O técnico acrescentou ainda que o seu maior desafio terá sido quando saiu do Estrela da Amadora para treinar o FC Porto.
Ainda sobre as dificuldades que poderá encontrar, o técnico adiantou: "O que é verdade é que vou ser o único treinador português a treinar os três grandes. E, curiosamente, acabo, por último, a treinar aquele que foi a minha primeira ambição... Naturalmente, isso traz sempre uma certa carga, mas os desafios não me metem medo, antes motivam-me!"
Sobre o que pretende do Benfica, Fernando Santos é claro: "Quero que seja campeão europeu num futuro próximo. Penso que é isso que todos os benfiquistas desejam. Que o clube regresse ao passado não muito longínquo, quando chegava às finais das grandes competições europeias. Em Portugal, queremos ganhar. É isto que quero!"
Quanto à forma de trabalhar para que, no final da época, o Benfica tenha sucesso, o treinador adianta: "Primeiro que tudo, temos de consolidar este projecto, que começou com a conquista do título em 2005 e continuou, na última época, com a participação nas competições europeias. E, portanto, o que queremos é vencer nas competições em que participarmos."
Elogiando o futuro local de trabalho do plantel encarnado, o Centro de Estágio e Formação no Seixal, que diz "ser fundamental" para o sucesso da equipa, Fernando Santos deixou ainda uma garantia aos adeptos: "[De] uma coisa podem ter a certeza: ninguém vai correr mais do que nós. De certeza que nenhuma adversário trabalhará mais do que o Benfica. Mais, posso garantir que, em competição, ninguém vai ser melhor que nós."
Uma Belíssima contratação
O ex-maritimista Zé Carlos vai substituir Delibasic nas opções para o ataque do Braga.
O atacante brasileiro, que em Janeiro chegou para o Marítimo, possui o perfil definido pelos responsáveis bracarenses para render o internacional sérvio, pois possui características diferentes das de João Tomás e Kim, as outras duas opções para o eixo do ataque arsenalista.
Ao invés de João Tomás e Kim (e mesmo Delibasic), cujas características os definem como jogadores com maior à-vontade para actuar na área, como jogadores de finalização pura, Zé Carlos é veloz e possui uma enorme gama de recursos, que lhe permitem provocar desequilíbrios em qualquer função ofensiva, pelo que a sua contratação acaba por superar uma lacuna mais ou menos evidente no plantel arsenalista.
O atacante brasileiro, que em Janeiro chegou para o Marítimo, possui o perfil definido pelos responsáveis bracarenses para render o internacional sérvio, pois possui características diferentes das de João Tomás e Kim, as outras duas opções para o eixo do ataque arsenalista.
Ao invés de João Tomás e Kim (e mesmo Delibasic), cujas características os definem como jogadores com maior à-vontade para actuar na área, como jogadores de finalização pura, Zé Carlos é veloz e possui uma enorme gama de recursos, que lhe permitem provocar desequilíbrios em qualquer função ofensiva, pelo que a sua contratação acaba por superar uma lacuna mais ou menos evidente no plantel arsenalista.
Concordo
César Peixoto não faz parte do lote de futebolistas com que Co Adriaanse conta para a próxima época.
No relatório que fez para a administração do FC Porto, o técnico justifica a não inclusão do defesa-esquerdo no plantel que irá defender o título de campeão nacional com a avaliação de que Peixoto não reúne todas as condições requeridas para desempenhar um papel defensivo basculante inerente à fidelidade ao sistema táctico com apenas três defesas.
No relatório que fez para a administração do FC Porto, o técnico justifica a não inclusão do defesa-esquerdo no plantel que irá defender o título de campeão nacional com a avaliação de que Peixoto não reúne todas as condições requeridas para desempenhar um papel defensivo basculante inerente à fidelidade ao sistema táctico com apenas três defesas.
Uma alegria imensa - Mais do que um grande jogador, um grande homem!
Rui Costa foi alvo de recepção calorosa no Estádio da Luz.
Estima-se que mais de três mil adeptos encarnados marcaram presença na apresentação do «maestro», neste seu regresso à casa mãe após 12 de anos no «calcio».
Rui Costa, acompanhado pelos pais, não conteve as lágrimas quando vestiu a camisola encarnada.
Na bancada ouviu-se o grito: «Rui Costa!»
«Este é um dos dias mais felizes da minha vida», desabafou Rui Costa, emocionado com a presença de tantos adeptos do seu «clube do coração».
Luís Filipe Vieira revelou, na apresentação oficial de Rui Costa, o pedido do jogador para assinar contrato sem saber quanto iria auferir. «É uma atitude que revela a grande gratidão que sente por este clube», sublinhou o presidente «encarnado».
«O Rui disse-me para lhe meter um contrato em branco à frente e que depois eu colocava a verba.
Foi assim que foi feito o contrato do Rui Costa, que só soube quanto iria auferir depois de o contrato estar assinado, revelando a gratidão que sente por este clube», revelou Luís Filipe Vieira, assumindo que o regresso de Rui Costa constitui «um momento marcante» da sua presidência: «Como presidente do Sport Lisboa e Benfica, este é, de certeza absoluta, dos momentos mais marcantes e felizes para mim. Concretizamos um sonho acalentado por todos os benfiquistas, de ver regressar um dos grandes símbolos deste clube».
«O Rui Costa esteve ausente durante 12 anos, fez um percurso por Itália que todos conhecem, e além de ser um grande jogador é, sem dúvida, um grande homem. Tem um passado irrepreensível», elogiou.
Estima-se que mais de três mil adeptos encarnados marcaram presença na apresentação do «maestro», neste seu regresso à casa mãe após 12 de anos no «calcio».
Rui Costa, acompanhado pelos pais, não conteve as lágrimas quando vestiu a camisola encarnada.
Na bancada ouviu-se o grito: «Rui Costa!»
«Este é um dos dias mais felizes da minha vida», desabafou Rui Costa, emocionado com a presença de tantos adeptos do seu «clube do coração».
Luís Filipe Vieira revelou, na apresentação oficial de Rui Costa, o pedido do jogador para assinar contrato sem saber quanto iria auferir. «É uma atitude que revela a grande gratidão que sente por este clube», sublinhou o presidente «encarnado».
«O Rui disse-me para lhe meter um contrato em branco à frente e que depois eu colocava a verba.
Foi assim que foi feito o contrato do Rui Costa, que só soube quanto iria auferir depois de o contrato estar assinado, revelando a gratidão que sente por este clube», revelou Luís Filipe Vieira, assumindo que o regresso de Rui Costa constitui «um momento marcante» da sua presidência: «Como presidente do Sport Lisboa e Benfica, este é, de certeza absoluta, dos momentos mais marcantes e felizes para mim. Concretizamos um sonho acalentado por todos os benfiquistas, de ver regressar um dos grandes símbolos deste clube».
«O Rui Costa esteve ausente durante 12 anos, fez um percurso por Itália que todos conhecem, e além de ser um grande jogador é, sem dúvida, um grande homem. Tem um passado irrepreensível», elogiou.
Derrota parte II ou o Remake de uma morte anunciada
Portugal perdeu, ontem, pela segunda vez consecutiva no Euro sub/21.
Agostinho "capachinho" Oliveira mexeu e remexeu na equipa, mas este movimento foi meramente aparente.
Mudaram as caras, mas mantiveram-se os pecadilhos evidenciados na primeira partida.
A defesa foi quase na totalidade alterada.
Filipe Oliveira e Diogo Valente substituíram Nelsón e Nuno Morais nas laterais.
Nada de novo aportaram à equipa, antes pelo contrário.
Alas de formação, Filipe e Diogo demonstraram que os seus processos de adaptação a funções mais defensivas não se acham, ainda, completos.
Revelaram-se sempre incapazes de suster defensivamente os adversários e ofensivamente nunca produziram desequilibrios.
Aliás, penso que a sua inadaptação defensiva condicionou a sua prestação ofensiva.
Receosos de serem apanhados em contra-pé ou de deixarem autênticas avenidas abertas nas suas costas, pouco arriscaram no apoio ao ataque, ainda que, neste particular, Diogo Valente se tenha revelado mais afoito.
Nas raras vezes em que transpuseram a linha de meio-campo, os seus cruzamentos saíram, invariavelmente, defeituosos.
Em suma, mudanças sem pinga de eficácia.
No eixo, surgiu Semedo.
Melhor, muito melhor que Rolando.
Foi mesmo o melhor da defesa - seguro, concentrado, autoritário, foi expulso quando procurava corrigir erros alheios.
No meio-campo mais do que caras novas, uma nova arrumação táctica.
Todavia, com resultados praticamente nulos.
A bola circulou melhor, com mais fluidez, mas emergiu de novo uma falta de organização, de fio de jogo e de sentido colectivo demasiado gritantes.
Portugal não tem um plano de jogo, ofensivamente os jogadores jogam cada um para si, esperando assim resolver os problemas que o inexistente colectivo não consegue.
Aliás, só se pode chamar equipa a esta selecção porque todos os seus elementos alinham com o mesmo equipamento.
Inexiste qualquer sentido colectivo de jogo, quer ofensivamente, quer defensivamente.
Cada um desempenha a sua tarefa sem ter presente qual a função dos companheiros, numa desorganização caótica.
Jesualdo Ferreira, numa notável entrevista ao programa "Trio d´Ataque", disse (e com ele concordo inteiramente) que Portugal não é, nem nunca foi uma potência ao nível de selecções de sub/21, na medida em que neste escalão não é apenas o talento que faz a diferença, mas sobretudo o sentido colectivo do jogo e a sedimentação dos princípios básicos do jogo.
Nos escalões de formação, o conhecimento do jogo e seus princípios básicos mostra-se, invariavelmente, insipiente, rudimentar e padronizado por baixo.
Aí, quem tem mais talento vence, pois que os aspectos tácticos surgem, inevitavelmente, menorizados.
No patamar sénior, sucede o inverso - talento sem enquadramento táctico conduz ao insucesso.
Por isso é que estes jogadores quando enquadrados nos seus clubes por outros mais velhos apresentam níveis de rendimento substancialmente superiores.
Falta-lhes conhecimentos do próprio jogo.
Em Portugal, a formação é mais do que tudo prospectiva.
Procuram-se talentos.
Uma vez encontrados, busca-se o seu rendimento imediato por forma a possibilitar a conquista deste ou daquele título.
Neste processo omitem-se etapas fundamentais no processo formativo dos jogadores.
Repare-se no caso de Quaresma ou Ronaldo só para citar os mais recentes.
Quando saídos dos juniores, já "comiam" a bola e mostravam-se capazes de fintar 20 indivíduos dentro de uma cabina telefónica.
Mas, não eram ainda jogadores de futebol.
Nos escalões de formação, não foram corrigidos, não aprenderam os timings de soltar a bola, desconheciam quaisquer preocupações tácticas, não lhes foi transmitido o sentido colectivo do jogo.
Um e outro começam agora a completar fases do seu processo formativo como jogadores que já deviam ter finalizado faz muito tempo.
Ronaldo foi para Manchester e aí absorveu um conjunto de conhecimentos sobre o jogo, que o catapultaram para patamares de excelência mundial.
Quaresma, após ter falhado em Barcelona (exactamente pelo seu processo de formação ainda não se achar terminado), conheceu com Adriaanse novas e diferentes perspectivas do jogo.
Cresceu como futebolista pela aprendizagem de algumas das mais básicas matizes de qualquer desporto colectivo.
Bastou a Quaresma ter percebido que o jogo só faz sentido se encarado colectivamente para se projectar para outra dimensão qualitativa. Aliás, parece-me que nesta selecção Quaresma está a regredir. Até agora temos visto o Quaresma pré-Adriaanse.
Estamos a formar mal ou, pelo menos, de forma incompleta.
Limitamo-nos a descobrir talentos, sem que sejamos capazes de os formar verdadeiramente.
Diga-se, contudo, em abono da verdade, que a ausência de competitividade nos escalões de formação em muito contribui para este estado de coisas.
O grau de exigência, com excepção das fases finais, é tão reduzido que não motiva a aprendizagem.
Urge alterar esta realidade (o passo dado no sentido da criação de um campeonato nacional de juniores foi positivo, mas ainda insuficiente).
Neste sentido, a qualidade individual dos jogadores poderia ter sido suficiente para alcançarmos a vitória.
Individualmente considerados a grande maioria dos nossos jogadores possui competências capazes de resolver um jogo.
Houve três momentos chaves na partida:
A perdida de Nani, na 1ª parte, quando isolado após passe magistral de Quaresma;
O falhanço inacreditável de Hugo Almeida a um metro da linha de golo na segunda metade;
O golo sérvio após a brilhante defesa de Bruno Vale no penalty.
Estes lances, cada um na sua medida, contribuiram decisivamente para um desfecho, que, diga-se, se revelou inteiramente ajustado à prestação das equipas.
Mas a par destes momentos, cumpre não olvidar as circunstâncias em que aconteceram os golos sérvios.
O primeiro, numa infelicidade de Zé Castro, que ao abordar de forma deficiente a bola, introduziu-a nas suas próprias redes.
O segundo num momento de desconcentração inadmissível em alta competição, após exaltação colectiva capaz de catapultar a equipa para a desejada "remontada".
Tudo ponderado, somos equipa a menos para a potencialidade dos nossos jogadores.
Esse seria o trabalho de Agostinho e seus pares...
Agostinho "capachinho" Oliveira mexeu e remexeu na equipa, mas este movimento foi meramente aparente.
Mudaram as caras, mas mantiveram-se os pecadilhos evidenciados na primeira partida.
A defesa foi quase na totalidade alterada.
Filipe Oliveira e Diogo Valente substituíram Nelsón e Nuno Morais nas laterais.
Nada de novo aportaram à equipa, antes pelo contrário.
Alas de formação, Filipe e Diogo demonstraram que os seus processos de adaptação a funções mais defensivas não se acham, ainda, completos.
Revelaram-se sempre incapazes de suster defensivamente os adversários e ofensivamente nunca produziram desequilibrios.
Aliás, penso que a sua inadaptação defensiva condicionou a sua prestação ofensiva.
Receosos de serem apanhados em contra-pé ou de deixarem autênticas avenidas abertas nas suas costas, pouco arriscaram no apoio ao ataque, ainda que, neste particular, Diogo Valente se tenha revelado mais afoito.
Nas raras vezes em que transpuseram a linha de meio-campo, os seus cruzamentos saíram, invariavelmente, defeituosos.
Em suma, mudanças sem pinga de eficácia.
No eixo, surgiu Semedo.
Melhor, muito melhor que Rolando.
Foi mesmo o melhor da defesa - seguro, concentrado, autoritário, foi expulso quando procurava corrigir erros alheios.
No meio-campo mais do que caras novas, uma nova arrumação táctica.
Todavia, com resultados praticamente nulos.
A bola circulou melhor, com mais fluidez, mas emergiu de novo uma falta de organização, de fio de jogo e de sentido colectivo demasiado gritantes.
Portugal não tem um plano de jogo, ofensivamente os jogadores jogam cada um para si, esperando assim resolver os problemas que o inexistente colectivo não consegue.
Aliás, só se pode chamar equipa a esta selecção porque todos os seus elementos alinham com o mesmo equipamento.
Inexiste qualquer sentido colectivo de jogo, quer ofensivamente, quer defensivamente.
Cada um desempenha a sua tarefa sem ter presente qual a função dos companheiros, numa desorganização caótica.
Jesualdo Ferreira, numa notável entrevista ao programa "Trio d´Ataque", disse (e com ele concordo inteiramente) que Portugal não é, nem nunca foi uma potência ao nível de selecções de sub/21, na medida em que neste escalão não é apenas o talento que faz a diferença, mas sobretudo o sentido colectivo do jogo e a sedimentação dos princípios básicos do jogo.
Nos escalões de formação, o conhecimento do jogo e seus princípios básicos mostra-se, invariavelmente, insipiente, rudimentar e padronizado por baixo.
Aí, quem tem mais talento vence, pois que os aspectos tácticos surgem, inevitavelmente, menorizados.
No patamar sénior, sucede o inverso - talento sem enquadramento táctico conduz ao insucesso.
Por isso é que estes jogadores quando enquadrados nos seus clubes por outros mais velhos apresentam níveis de rendimento substancialmente superiores.
Falta-lhes conhecimentos do próprio jogo.
Em Portugal, a formação é mais do que tudo prospectiva.
Procuram-se talentos.
Uma vez encontrados, busca-se o seu rendimento imediato por forma a possibilitar a conquista deste ou daquele título.
Neste processo omitem-se etapas fundamentais no processo formativo dos jogadores.
Repare-se no caso de Quaresma ou Ronaldo só para citar os mais recentes.
Quando saídos dos juniores, já "comiam" a bola e mostravam-se capazes de fintar 20 indivíduos dentro de uma cabina telefónica.
Mas, não eram ainda jogadores de futebol.
Nos escalões de formação, não foram corrigidos, não aprenderam os timings de soltar a bola, desconheciam quaisquer preocupações tácticas, não lhes foi transmitido o sentido colectivo do jogo.
Um e outro começam agora a completar fases do seu processo formativo como jogadores que já deviam ter finalizado faz muito tempo.
Ronaldo foi para Manchester e aí absorveu um conjunto de conhecimentos sobre o jogo, que o catapultaram para patamares de excelência mundial.
Quaresma, após ter falhado em Barcelona (exactamente pelo seu processo de formação ainda não se achar terminado), conheceu com Adriaanse novas e diferentes perspectivas do jogo.
Cresceu como futebolista pela aprendizagem de algumas das mais básicas matizes de qualquer desporto colectivo.
Bastou a Quaresma ter percebido que o jogo só faz sentido se encarado colectivamente para se projectar para outra dimensão qualitativa. Aliás, parece-me que nesta selecção Quaresma está a regredir. Até agora temos visto o Quaresma pré-Adriaanse.
Estamos a formar mal ou, pelo menos, de forma incompleta.
Limitamo-nos a descobrir talentos, sem que sejamos capazes de os formar verdadeiramente.
Diga-se, contudo, em abono da verdade, que a ausência de competitividade nos escalões de formação em muito contribui para este estado de coisas.
O grau de exigência, com excepção das fases finais, é tão reduzido que não motiva a aprendizagem.
Urge alterar esta realidade (o passo dado no sentido da criação de um campeonato nacional de juniores foi positivo, mas ainda insuficiente).
Neste sentido, a qualidade individual dos jogadores poderia ter sido suficiente para alcançarmos a vitória.
Individualmente considerados a grande maioria dos nossos jogadores possui competências capazes de resolver um jogo.
Houve três momentos chaves na partida:
A perdida de Nani, na 1ª parte, quando isolado após passe magistral de Quaresma;
O falhanço inacreditável de Hugo Almeida a um metro da linha de golo na segunda metade;
O golo sérvio após a brilhante defesa de Bruno Vale no penalty.
Estes lances, cada um na sua medida, contribuiram decisivamente para um desfecho, que, diga-se, se revelou inteiramente ajustado à prestação das equipas.
Mas a par destes momentos, cumpre não olvidar as circunstâncias em que aconteceram os golos sérvios.
O primeiro, numa infelicidade de Zé Castro, que ao abordar de forma deficiente a bola, introduziu-a nas suas próprias redes.
O segundo num momento de desconcentração inadmissível em alta competição, após exaltação colectiva capaz de catapultar a equipa para a desejada "remontada".
Tudo ponderado, somos equipa a menos para a potencialidade dos nossos jogadores.
Esse seria o trabalho de Agostinho e seus pares...
quinta-feira, maio 25, 2006
Mudanças - parecem-me excessivas, mas...
Como o jogo inaugural, com a França, esteve longe das expectativas iniciais, Agostinho Oliveira vai proceder a alterações, até porque o tempo de recuperação é demasiado curto.
Dos quatro módulos estratégicos de uma equipa, apenas na baliza não haverá modificações: Bruno Vale mantém a titularidade; à frente, o quarteto defensivo será formado por Filipe Oliveira, Semedo, Zé Castro e Diogo Valente (pela primeira vez defesa-esquerdo); do meio-campo para a frente, Manuel Fernandes joga ao lado de Raul Meireles (se não recuperar, entra Custódio), Quaresma pela direita, Nani a distribuir, Varela sobre a esquerda mais próximo de Hugo Almeida. Este, se não recuperar do anunciado cansaço, é substituído por Lourenço.
Sem Nelson, sem Rolando, sem Nuno Morais e, sobretudo, sem João Moutinho (incompreensível), a ideia é equilibrar o meio-campo, pressionar com maior intensidade e assumir a vontade de manter acesa a esperança.
Dos quatro módulos estratégicos de uma equipa, apenas na baliza não haverá modificações: Bruno Vale mantém a titularidade; à frente, o quarteto defensivo será formado por Filipe Oliveira, Semedo, Zé Castro e Diogo Valente (pela primeira vez defesa-esquerdo); do meio-campo para a frente, Manuel Fernandes joga ao lado de Raul Meireles (se não recuperar, entra Custódio), Quaresma pela direita, Nani a distribuir, Varela sobre a esquerda mais próximo de Hugo Almeida. Este, se não recuperar do anunciado cansaço, é substituído por Lourenço.
Sem Nelson, sem Rolando, sem Nuno Morais e, sobretudo, sem João Moutinho (incompreensível), a ideia é equilibrar o meio-campo, pressionar com maior intensidade e assumir a vontade de manter acesa a esperança.
Uma Boa Ideia a Plagiar
A Federação Italiana de Futebol anunciou que o próximo campeonato terá árbitros estrangeiros, face ao alegado envolvimento de alguns dos principais juízes no escândalo que está a abalar o futebol transalpino.
«Trata-se de uma emergência, em virtude de alguns árbitros poderem ser processados pela justiça desportiva», justificou um porta-voz da Federação Italiana de Futebol.
Um dos principais árbitros italianos, Massimo de Santis, foi afastado do Mundial da Alemanha, em consequência da relação que mantinha com Luciano Moggi, ex-dirigente da Juventus e um dos ptotagonistas do escândalo.
«Trata-se de uma emergência, em virtude de alguns árbitros poderem ser processados pela justiça desportiva», justificou um porta-voz da Federação Italiana de Futebol.
Um dos principais árbitros italianos, Massimo de Santis, foi afastado do Mundial da Alemanha, em consequência da relação que mantinha com Luciano Moggi, ex-dirigente da Juventus e um dos ptotagonistas do escândalo.
Sucesso no estrangeiro - dois técnicos que não aprecio
Depois de Manuel José no Egipto, agora foi a vez de José Romão em Marrocos.
O técnico português do WAC Casablanca está de parabéns por ter conseguido sagrar-se campeão marroquino, após ter empatado frente ao Raja Casablanca (1-1), em jogo em atraso da 24.ª jornada do campeonato local.
Depois de 13 anos sem conseguir vencer o campeonato de Marrocos, o WAC Casablanca acabou finalmente por conseguir conquistar o 12.º título do seu historial, mesmo faltando três jornadas para terminar, em virtude da vantagem pontual para os restantes adversários.
O técnico português do WAC Casablanca está de parabéns por ter conseguido sagrar-se campeão marroquino, após ter empatado frente ao Raja Casablanca (1-1), em jogo em atraso da 24.ª jornada do campeonato local.
Depois de 13 anos sem conseguir vencer o campeonato de Marrocos, o WAC Casablanca acabou finalmente por conseguir conquistar o 12.º título do seu historial, mesmo faltando três jornadas para terminar, em virtude da vantagem pontual para os restantes adversários.
Busca Incessante - ele procura, procura, mas não encontra
Pinilla procura colocação em Itália.
O chileno realizou meia época apagada ao serviço do Racing de Santander, por empréstimo do Sporting, podendo agora transitar para um campeonato que já experimentou.
À entrada para o defeso futebolístico, a SAD do Sporting procura solucionar já alguns dos casos pendentes, com especial premência para o processo respeitante ao chileno Maurício Pinilla, que, na última meia época, actuou sem brilho ao serviço do Racing de Santander.
O ponta-de-lança tem mais dois anos de contrato com os leões, mas o seu empresário, Rocco Dozzini, tenta viabilizar a mudança do atleta para o futebol italiano.
O chileno realizou meia época apagada ao serviço do Racing de Santander, por empréstimo do Sporting, podendo agora transitar para um campeonato que já experimentou.
À entrada para o defeso futebolístico, a SAD do Sporting procura solucionar já alguns dos casos pendentes, com especial premência para o processo respeitante ao chileno Maurício Pinilla, que, na última meia época, actuou sem brilho ao serviço do Racing de Santander.
O ponta-de-lança tem mais dois anos de contrato com os leões, mas o seu empresário, Rocco Dozzini, tenta viabilizar a mudança do atleta para o futebol italiano.
Sete meses - tempo curto para a afirmação definitiva
Paulo Bento estreou-se no comando técnico do Sporting há sete meses, completados, mais precisamente, na passada terça-feira.
O treinador dos leões possui um curto percurso no exercício das funções, mas, para quem ainda há pouco tempo pisava os relvados na qualidade de atleta, não se pode queixar da experiência adquirida neste reduzido espaço de tempo.
Depois de, no final da temporada de 2003/04, ter pendurado as botas, dando por finda uma notável carreira de jogador, Paulo Bento foi integrado na estrutura verde e branca, assumindo as "rédeas" da formação júnior. No seu ano de estreia, o antigo médio levou os jovens leões ao título nacional e conquistou, desde logo, uma reputação de vencedor nesta nova etapa da sua vida.
No primeiro terço da segunda época no cargo, foi chamado a substituir José Peseiro no leme da equipa principal e, perante o cepticismo de muitos, que consideravam precipitada tão rápida ascensão, recuperou os índices anímicos do grupo, levando-o ao segundo lugar no Campeonato.
Agora, Paulo Bento prepara uma época completa, com presença na Liga dos Campeões incluída.
Veremos se está à altura de tão hercúlea tarefa.
O treinador dos leões possui um curto percurso no exercício das funções, mas, para quem ainda há pouco tempo pisava os relvados na qualidade de atleta, não se pode queixar da experiência adquirida neste reduzido espaço de tempo.
Depois de, no final da temporada de 2003/04, ter pendurado as botas, dando por finda uma notável carreira de jogador, Paulo Bento foi integrado na estrutura verde e branca, assumindo as "rédeas" da formação júnior. No seu ano de estreia, o antigo médio levou os jovens leões ao título nacional e conquistou, desde logo, uma reputação de vencedor nesta nova etapa da sua vida.
No primeiro terço da segunda época no cargo, foi chamado a substituir José Peseiro no leme da equipa principal e, perante o cepticismo de muitos, que consideravam precipitada tão rápida ascensão, recuperou os índices anímicos do grupo, levando-o ao segundo lugar no Campeonato.
Agora, Paulo Bento prepara uma época completa, com presença na Liga dos Campeões incluída.
Veremos se está à altura de tão hercúlea tarefa.
Um Talento
O extremo-direito Vieirinha vai integrar os trabalhos de pré-temporada do FC Porto.
As boas exibições na primeira parte da época, altura em que representou o Marco na Liga de Honra e, depois, na equipa B portista despertaram o interesse de Co Adriaanse, que vai aproveitar o estágio na Holanda para observar de perto as qualidade do jogador.
Acompanho a sua carreira desde o Europeu de sub-17 disputado em Viseu e trata-se de um jogador com inegável talento.
Rápido, criativo e dotado de uma capacidade de drible em progressão impressionante, terá que consolidar a aprendizagem dos princípios básicos do jogo, mormente na gestão dos timings de endosso da bola e nas tarefas defensivas, para se afirmar como um jogador de corpo inteiro.
Para já, é apenas um jovem com talento.
Terá, ao que tudo indica, a sua primeira oportunidade.
Vamos ver se a aproveita.
Para a não desperdiçar terá, contudo, de crescer como futebolista. Não se poderá cingir ao seu talento.
Terá que lhe adicionar igual dose de trabalho e terá que revelar progressos ao nível da assimilação dos princípios básicos do jogo.
As boas exibições na primeira parte da época, altura em que representou o Marco na Liga de Honra e, depois, na equipa B portista despertaram o interesse de Co Adriaanse, que vai aproveitar o estágio na Holanda para observar de perto as qualidade do jogador.
Acompanho a sua carreira desde o Europeu de sub-17 disputado em Viseu e trata-se de um jogador com inegável talento.
Rápido, criativo e dotado de uma capacidade de drible em progressão impressionante, terá que consolidar a aprendizagem dos princípios básicos do jogo, mormente na gestão dos timings de endosso da bola e nas tarefas defensivas, para se afirmar como um jogador de corpo inteiro.
Para já, é apenas um jovem com talento.
Terá, ao que tudo indica, a sua primeira oportunidade.
Vamos ver se a aproveita.
Para a não desperdiçar terá, contudo, de crescer como futebolista. Não se poderá cingir ao seu talento.
Terá que lhe adicionar igual dose de trabalho e terá que revelar progressos ao nível da assimilação dos princípios básicos do jogo.
Não acredito, mas a ver vamos
O futebol francês pode mesmo ser o destino de Benni McCarthy na próxima temporada.
O Marselha está interessado em contratar um ponta-de-lança e o sul-africano é, actualmente, a grande prioridade.
Cissé, do Liverpool, teria sido a primeira escolha do marselheses, mas a vontade do internacional francês passa por continuar em Inglaterra, o que terá levado dirigentes a voltar a atenção para o avançado do FC Porto.
A revista "Foot Transfers" vai mais longe e assegura que já terão existido conversações entre os dirigentes do FC Porto e o director desportivo do Marselha, José Anigo, a propósito do ponta-de-lança.
O encontro entre os responsáveis dos dois clubes teria acontecido há cerca de duas semanas, numa altura em que os franceses estavam principalmente interessados na contratação de Bosingwa.
Contudo, se as negociações para a transferência do lateral não foram mais longe dada a vontade do FC Porto em manter o jogador nos seus quadros, já no caso do ponta-de-lança sul-africano o negócio tem pernas para andar.
Como é do conhecimento público, McCarthy tem apenas mais um ano de contrato com o FC Porto, podendo sair no final da próxima época a custo zero, algo que certamente não é do interesse do clube.
De resto, os dirigentes portistas já colocaram a fasquia para uma eventual transferência nos 6 milhões de euros, um valor ao alcance da bolsa do Marselha que, contudo, não está sozinho na corrida ao ponta-de-lança sul-africano. Para além dos ingleses do Everton, também os franceses do Mónaco estão interessados no jogador.
Para já, não terá sido feita qualquer proposta concreta ao jogador nem ao FC Porto, mas essa é uma situação que deverá mudar durante os próximos dias, até porque os franceses não querem correr o risco de perder aquilo que consideram ser um bom negócio para todas as partes.
McCarthy, que nos últimos dias surpreendeu ao afirmar-se disponível para negociar a renovação com o FC Porto, já sublinhou por diversas vezes a sua preferência pelo futebol inglês, mas não seria avesso a uma experiência em França.
Por seu lado, ao FC Porto, a liquidez resultante da transferência do sul-africano seria muito útil para a contratação do tal ponta-de-lança que garanta golos e que Co Adriaanse considerou ser uma prioridade.
O Marselha está interessado em contratar um ponta-de-lança e o sul-africano é, actualmente, a grande prioridade.
Cissé, do Liverpool, teria sido a primeira escolha do marselheses, mas a vontade do internacional francês passa por continuar em Inglaterra, o que terá levado dirigentes a voltar a atenção para o avançado do FC Porto.
A revista "Foot Transfers" vai mais longe e assegura que já terão existido conversações entre os dirigentes do FC Porto e o director desportivo do Marselha, José Anigo, a propósito do ponta-de-lança.
O encontro entre os responsáveis dos dois clubes teria acontecido há cerca de duas semanas, numa altura em que os franceses estavam principalmente interessados na contratação de Bosingwa.
Contudo, se as negociações para a transferência do lateral não foram mais longe dada a vontade do FC Porto em manter o jogador nos seus quadros, já no caso do ponta-de-lança sul-africano o negócio tem pernas para andar.
Como é do conhecimento público, McCarthy tem apenas mais um ano de contrato com o FC Porto, podendo sair no final da próxima época a custo zero, algo que certamente não é do interesse do clube.
De resto, os dirigentes portistas já colocaram a fasquia para uma eventual transferência nos 6 milhões de euros, um valor ao alcance da bolsa do Marselha que, contudo, não está sozinho na corrida ao ponta-de-lança sul-africano. Para além dos ingleses do Everton, também os franceses do Mónaco estão interessados no jogador.
Para já, não terá sido feita qualquer proposta concreta ao jogador nem ao FC Porto, mas essa é uma situação que deverá mudar durante os próximos dias, até porque os franceses não querem correr o risco de perder aquilo que consideram ser um bom negócio para todas as partes.
McCarthy, que nos últimos dias surpreendeu ao afirmar-se disponível para negociar a renovação com o FC Porto, já sublinhou por diversas vezes a sua preferência pelo futebol inglês, mas não seria avesso a uma experiência em França.
Por seu lado, ao FC Porto, a liquidez resultante da transferência do sul-africano seria muito útil para a contratação do tal ponta-de-lança que garanta golos e que Co Adriaanse considerou ser uma prioridade.
Será desta?
O período de empréstimo de Diego Souza ao Flamengo está perto de terminar e o médio brasileiro espera regressar a Portugal para realizar a pré-época no Benfica, mostrando-se apostado em garantir finalmente um lugar no plantel encarnado.
Em declarações à Rádio Renascença, o futebolista brasileiro não escondeu a confiança nas suas capacidades. "Se tenho qualidade para integrar o plantel? Sim, muita. Confio no meu potencial e vou chegar a Portugal com o objectivo de a demonstrar", frisou Diego Souza, revelando ainda a sua "intenção de ficar e fazer a pré-temporada no Benfica".
O médio contratado ao Fluminense no início da época finda voltou a admitir a sua esperança em convencer os responsáveis benfiquistas a mantê-lo em Portugal, apesar de esta situação não estar ainda definida: "Creio que desta será para ficar. Tenho condições para chegar, mostrar o meu trabalho e continuar no plantel do Benfica."
Diego Souza acredita que a mudança de técnico no clube encarnado pode ser positiva para o seu futuro, apesar de admitir algum desconhecimento em relação a Fernando Santos. "Não conheço ainda o treinador, sei apenas que já treinou outros clubes em Portugal. Pode ser bom para mim, é um grande treinador e vai analisar bem todo o grupo", afirmou.
Confessando que tem "jogado bastante", o jogador brasileiro faz um balanço positivo do último ano: "Foi muito bom. O ano passado, fizemos uma excelente campanha e, este ano, chegámos à final da Copa do Brasil. Está a ser muito bom para mim."
Trata-se de um jogador dotado de uma compleição física impressionante, senhor de um fortissímo pontapé, especialmente talhado para a marcação de livres.
Possui qualidades técnicas bastante razoáveis e boa leitura de jogo.
A minha principal dúvida reside na sua capacidade de adaptação ao ritmo de jogo europeu.
De todos os jogos que vi, pareceu-me um jogador com pouca mobilidade e velocidade.
Tem qualidade, mas a sua integração e afirmação dependerá muito da forma como se adaptar ao ritmo do futebol nacional, substancialmente superior ao brasileiro.
Em declarações à Rádio Renascença, o futebolista brasileiro não escondeu a confiança nas suas capacidades. "Se tenho qualidade para integrar o plantel? Sim, muita. Confio no meu potencial e vou chegar a Portugal com o objectivo de a demonstrar", frisou Diego Souza, revelando ainda a sua "intenção de ficar e fazer a pré-temporada no Benfica".
O médio contratado ao Fluminense no início da época finda voltou a admitir a sua esperança em convencer os responsáveis benfiquistas a mantê-lo em Portugal, apesar de esta situação não estar ainda definida: "Creio que desta será para ficar. Tenho condições para chegar, mostrar o meu trabalho e continuar no plantel do Benfica."
Diego Souza acredita que a mudança de técnico no clube encarnado pode ser positiva para o seu futuro, apesar de admitir algum desconhecimento em relação a Fernando Santos. "Não conheço ainda o treinador, sei apenas que já treinou outros clubes em Portugal. Pode ser bom para mim, é um grande treinador e vai analisar bem todo o grupo", afirmou.
Confessando que tem "jogado bastante", o jogador brasileiro faz um balanço positivo do último ano: "Foi muito bom. O ano passado, fizemos uma excelente campanha e, este ano, chegámos à final da Copa do Brasil. Está a ser muito bom para mim."
Trata-se de um jogador dotado de uma compleição física impressionante, senhor de um fortissímo pontapé, especialmente talhado para a marcação de livres.
Possui qualidades técnicas bastante razoáveis e boa leitura de jogo.
A minha principal dúvida reside na sua capacidade de adaptação ao ritmo de jogo europeu.
De todos os jogos que vi, pareceu-me um jogador com pouca mobilidade e velocidade.
Tem qualidade, mas a sua integração e afirmação dependerá muito da forma como se adaptar ao ritmo do futebol nacional, substancialmente superior ao brasileiro.
Assim o espero e desejo
José Veiga, director-geral da Benfica, SAD, reuniu-se ontem, ao almoço, com Fernando Santos e restante equipa técnica no hotel Solplay, a fim de discutir mais alguns pormenores relativos à próxima temporada.
O treinador benfiquista terá aproveitado também o momento para observar o local onde a equipa estagia habitualmente quando joga no Estádio da Luz.
Fernando Santos chegou acompanhado de Jorge Rosário, Chalana, Bruno Moura, Ricardo Santos, Shéu e Lourenço Coelho.
Durante cerca de duas horas, José Veiga e Fernando Santos terão analisado questões logísticas da pré-temporada e outros temas da actualidade benfiquista, designadamente pormenores da estrutura do futebol profissional.
Isso mesmo deixou perceber o líder técnico do emblema da Luz, momentos antes da reunião. "Encontrei um clube muito bem estruturado. Neste momento, é muito fácil trabalhar no Benfica. Em termos de organização, tudo o que necessitamos tem sido acessível. Agora, não podemos fazer tudo a correr. Estamos a preparar a época com tranquilidade. Esta semana tudo ficará concluído em termos de programação. Podemos dizer que 90 por cento está feito."
Fernando Santos prometeu ainda não abrir mão de alguns dos mais importantes jogadores do Benfica, como, por exemplo, Simão e Petit: "Vamos manter todos os jogadores que queremos. No Benfica, que é um clube ganhador, os grandes jogadores dificilmente irão sair. Há um rigor muito grande nestas questões, e faremos um esforço em relação a estes jogadores e aos que possamos adquirir.No entanto, sabemos também que terá de haver um equilíbrio."
Nem mesmo perante a insistência dos jornalistas alterou o seu discurso. "Estou preparado para estruturar uma equipa ganhadora", advertiu, confirmando que já falou com alguns jogadores.
O treinador benfiquista terá aproveitado também o momento para observar o local onde a equipa estagia habitualmente quando joga no Estádio da Luz.
Fernando Santos chegou acompanhado de Jorge Rosário, Chalana, Bruno Moura, Ricardo Santos, Shéu e Lourenço Coelho.
Durante cerca de duas horas, José Veiga e Fernando Santos terão analisado questões logísticas da pré-temporada e outros temas da actualidade benfiquista, designadamente pormenores da estrutura do futebol profissional.
Isso mesmo deixou perceber o líder técnico do emblema da Luz, momentos antes da reunião. "Encontrei um clube muito bem estruturado. Neste momento, é muito fácil trabalhar no Benfica. Em termos de organização, tudo o que necessitamos tem sido acessível. Agora, não podemos fazer tudo a correr. Estamos a preparar a época com tranquilidade. Esta semana tudo ficará concluído em termos de programação. Podemos dizer que 90 por cento está feito."
Fernando Santos prometeu ainda não abrir mão de alguns dos mais importantes jogadores do Benfica, como, por exemplo, Simão e Petit: "Vamos manter todos os jogadores que queremos. No Benfica, que é um clube ganhador, os grandes jogadores dificilmente irão sair. Há um rigor muito grande nestas questões, e faremos um esforço em relação a estes jogadores e aos que possamos adquirir.No entanto, sabemos também que terá de haver um equilíbrio."
Nem mesmo perante a insistência dos jornalistas alterou o seu discurso. "Estou preparado para estruturar uma equipa ganhadora", advertiu, confirmando que já falou com alguns jogadores.
O regresso do Príncipe
Rui Costa é hoje apresentado como jogador do Benfica, confirmando-se como a primeira contratação da era Fernando Santos para a época de 2006/07.
O longo namoro entre o clube encarnado e o médio – que há 13 anos deixou a Luz, rumo ao futebol italiano – chega assim ao fim, confirmando-se o regresso do jogador a uma casa onde nunca deixou de ser acarinhado e desejado, tanto por dirigentes como por adeptos – sem esquecer os muitos jogadores que, ao longo dos últimos dias, manifestaram a vontade de jogar ao lado do "maestro".
Já desvinculado do AC Milan, clube com o qual ainda tinha um ano de contrato, Rui Costa irá encontrar-se hoje com os responsáveis da SAD do Benfica para acertar os últimos detalhes do contrato que o ligará ao clube, sendo certo que este será o último contrato profissional que assinará, pois a sua carreira será concluída ao serviço do emblema da Luz.
O regresso de Rui Costa ao Benfica começou a ser preparado ainda antes de a temporada ter chegado ao fim. Depois de alguns contactos exploratórios para aferir da disponibilidade do jogador para deixar o AC Milan e voltar à Luz, as negociações foram evoluindo.
Nos últimos dias, era já uma certeza que o médio iria voltar a vestir a camisola encarnada, faltando apenas acertar o dia da sua apresentação – que será o de hoje.
Rui Costa, embora esteja já no ocaso da sua carreira, ainda se encontra na plena posse das suas imensas faculdades futebolísticas.
Talvez lhe falte condição física, mas a qualidade está lá.
E está refinada com os anos passados em Itália.
Capacidade de leitura de jogo, capacidade de gerir os ritmos do jogo, capacidade de drible e penetração, capacidade de passe, capacidade de ser decisivo em lances de bola parada, são as mais valias que, certamente, irá aportar à equipa do Benfica.
Por outro lado, poderá constituir-se como o principal elo aglutinador do balneário, agregrando em seu redor o grupo. Será a voz de comando, a principal referência do grupo.
Anseio pelo regresso do seu futebol enleante e perfumado aos relvados nacionais.
O longo namoro entre o clube encarnado e o médio – que há 13 anos deixou a Luz, rumo ao futebol italiano – chega assim ao fim, confirmando-se o regresso do jogador a uma casa onde nunca deixou de ser acarinhado e desejado, tanto por dirigentes como por adeptos – sem esquecer os muitos jogadores que, ao longo dos últimos dias, manifestaram a vontade de jogar ao lado do "maestro".
Já desvinculado do AC Milan, clube com o qual ainda tinha um ano de contrato, Rui Costa irá encontrar-se hoje com os responsáveis da SAD do Benfica para acertar os últimos detalhes do contrato que o ligará ao clube, sendo certo que este será o último contrato profissional que assinará, pois a sua carreira será concluída ao serviço do emblema da Luz.
O regresso de Rui Costa ao Benfica começou a ser preparado ainda antes de a temporada ter chegado ao fim. Depois de alguns contactos exploratórios para aferir da disponibilidade do jogador para deixar o AC Milan e voltar à Luz, as negociações foram evoluindo.
Nos últimos dias, era já uma certeza que o médio iria voltar a vestir a camisola encarnada, faltando apenas acertar o dia da sua apresentação – que será o de hoje.
Rui Costa, embora esteja já no ocaso da sua carreira, ainda se encontra na plena posse das suas imensas faculdades futebolísticas.
Talvez lhe falte condição física, mas a qualidade está lá.
E está refinada com os anos passados em Itália.
Capacidade de leitura de jogo, capacidade de gerir os ritmos do jogo, capacidade de drible e penetração, capacidade de passe, capacidade de ser decisivo em lances de bola parada, são as mais valias que, certamente, irá aportar à equipa do Benfica.
Por outro lado, poderá constituir-se como o principal elo aglutinador do balneário, agregrando em seu redor o grupo. Será a voz de comando, a principal referência do grupo.
Anseio pelo regresso do seu futebol enleante e perfumado aos relvados nacionais.
quarta-feira, maio 24, 2006
Uma boa notícia para todos os sportinguistas
Ficou ontem acertada a renovação de contrato entre o Valência o técnico Quique Flores, situação que deixa a porta escancarada para que Marco Caneira possa… continuar em Alvalade e a vestir a camisola verde e branca.
É conhecida a pouca vontade de ambos em voltarem a trabalhar juntos, uma situação que acabou por ficar ontem esclarecida com nova aposta do clube "ché" no mesmo técnico. Assim, é de acreditar que não será difícil um acordo com os espanhóis para a cedência do jogador.
Nesta perspectiva, a situação mais provável para novo vínculo contratual com os verdes e brancos é mesmo o empréstimo.
Os dirigentes do Valência não escondem a admiração que têm por Caneira, não devendo, por isso, abrir mão definitivamente do polivalente defesa português.
Aliás, uma pretensão que vai ao encontro aos interesses dos sportinguistas, que pretendem a continuidade do jogador, de preferência sem grandes investimentos.
É conhecida a pouca vontade de ambos em voltarem a trabalhar juntos, uma situação que acabou por ficar ontem esclarecida com nova aposta do clube "ché" no mesmo técnico. Assim, é de acreditar que não será difícil um acordo com os espanhóis para a cedência do jogador.
Nesta perspectiva, a situação mais provável para novo vínculo contratual com os verdes e brancos é mesmo o empréstimo.
Os dirigentes do Valência não escondem a admiração que têm por Caneira, não devendo, por isso, abrir mão definitivamente do polivalente defesa português.
Aliás, uma pretensão que vai ao encontro aos interesses dos sportinguistas, que pretendem a continuidade do jogador, de preferência sem grandes investimentos.
Até que enfim!
Chegou ontem ao fim – nove anos depois – o litígio entre Sá Pinto, Artur Jorge e Rui Águas.
Os três envolvidos no caso de agressões num estágio da Selecção Nacional acordaram ontem terminar o processo desistindo das queixas apresentadas na altura, nomeadamente de uma queixa de Artur Jorge e Rui Águas contra Sá Pinto e de outra do então jogador do Sporting contra Rui Águas – na altura adjunto do seleccionador nacional Artur Jorge.
As acusações de que eram alvo Sá Pinto e Rui Águas referiam-se a ofensas à integridade física simples, ou seja, crimes semi-públicos e, portanto, susceptíveis de desistência, o que se veio agora a concretizar-se.
Este era um desfecho esperado, dado que os advogados das partes, Lourenço Pinto e Magalhães Silva, já haviam concebido um documento para entregar na data de início do julgamento.
Sá Pinto, Artur Jorge e Rui Águas deram o seu aval ao documento, depois de o futebolista leonino ter proferido uma declaração onde lamentava o sucedido.
Os três envolvidos no caso de agressões num estágio da Selecção Nacional acordaram ontem terminar o processo desistindo das queixas apresentadas na altura, nomeadamente de uma queixa de Artur Jorge e Rui Águas contra Sá Pinto e de outra do então jogador do Sporting contra Rui Águas – na altura adjunto do seleccionador nacional Artur Jorge.
As acusações de que eram alvo Sá Pinto e Rui Águas referiam-se a ofensas à integridade física simples, ou seja, crimes semi-públicos e, portanto, susceptíveis de desistência, o que se veio agora a concretizar-se.
Este era um desfecho esperado, dado que os advogados das partes, Lourenço Pinto e Magalhães Silva, já haviam concebido um documento para entregar na data de início do julgamento.
Sá Pinto, Artur Jorge e Rui Águas deram o seu aval ao documento, depois de o futebolista leonino ter proferido uma declaração onde lamentava o sucedido.
Uma boa solução
Ivanildo vai jogar no Leiria na próxima temporada, no seguimento de um pedido feito por Domingos, treinador que assumiu recentemente o comando dos leirienses, mas sobretudo porque Adriaanse decidiu que deve ser essa a próxima etapa no desenvolvimento do jogador.
Depois de lhe ter barrado a saída em Janeiro, altura em que o Belenenses requisitou o empréstimo e que o Saint-Étienne também perguntou por ele, o holandês entendeu que, agora, seria melhor ceder o extremo para que este pudesse evoluir.
Com o direito de preferência assegurado na transacção de João Paulo para o FC Porto, o Leiria assumiu o interesse no esquerdino, procurando reequilibrar o plantel nas alas.
Depois de lhe ter barrado a saída em Janeiro, altura em que o Belenenses requisitou o empréstimo e que o Saint-Étienne também perguntou por ele, o holandês entendeu que, agora, seria melhor ceder o extremo para que este pudesse evoluir.
Com o direito de preferência assegurado na transacção de João Paulo para o FC Porto, o Leiria assumiu o interesse no esquerdino, procurando reequilibrar o plantel nas alas.
Selecção Nacional - Onze titular
Tiago e Petit estão na linha da frente para a titularidade no embate de sábado, em Évora, diante de Cabo Verde. Ambos integraram as primeiras opções de Luiz Felipe Scolari no treino de ontem à tarde, sinal evidente que estão na "pole position" para o penúltimo encontro de preparação tendo em vista o Mundial.
O escasso ou nulo ritmo de jogo de Maniche, raramente utilizado por José Mourinho no Chelsea, e sobretudo de Costinha, que não joga há vários meses - oficialmente desde o final do campeonato russo da época passada -, teve a ver com a decisão do seleccionador, que colocou os antigos companheiros do Benfica juntos na zona central, com Tiago descaído um pouco para a direita e Petit no lado oposto, cenário propício para a "liberdade" de Deco, que jogou solto, fazendo a ligação entre os médios e os alas (Figo à direita e Cristiano Ronaldo à esquerda) e ainda Pauleta.
Na equipa que iniciou o treino, Paulo Ferreira jogou à direita e Nuno Valente à esquerda, com Fernando Meira e Ricardo Carvalho no eixo.
Neste particular, preferia a colocação de Miguel e Caneira como laterais.
No habitual exercício que antecede os encontros - jogadores a gizarem movimentos de ataque sem oposição, com trocas de bola sucessivas na procura de eventuais brechas para entrar - Scolari colocou ainda Cristiano Ronaldo numa posição no eixo, um pouco atrás do ponta-de-lança, viajando então Figo para a esquerda e Deco a encostar-se mais à direita.
Com o decorrer do exercício o seleccionador foi trocando as peças, com Miguel, Caneira, Ricardo Costa, Costinha e Simão a serem as primeiras alternativas para as posições de Paulo Ferreira, Nuno Valente, Ricardo Carvalho, Tiago e Figo, respectivamente.
E se Tiago e Petit parecem ser as primeiras soluções, o que não significa que já conquistaram a titularidade para o encontro de 11 de Junho, em Colónia, diante de Angola, Nuno Gomes e Boa Morte partem em desvantagem para a aventura portuguesa em terras alemãs; estão a treinar de forma condicionada, cenário que os impede de defrontar o conjunto de Cabo Verde.
Numa primeira análise e tentando "furar" o raciocínio de Scolari, é claro que Costinha e Maniche não estão ainda nos níveis físicos desejáveis, ou então estão a ser poupados para batalhas futuras.
Foi evidente a preocupação do seleccionador em colocar Cristiano Ronaldo como "playmaker", fazendo-o jogar próximo de Pauleta mesmo quando partia da linha.
O jogador do Manchester United é um impressionante driblador, mas também sabe finalizar e joga bem de cabeça.
Já na fase de apuramento Ronaldo funcionou algumas vezes como segundo ponta-de-lança.
Aliás, penso que esta é a posição em que as características de Ronaldo podem ser melhor potenciadas.
Para além do já habitual exercício de abordagem ao ataque, sem marcações, Scolari cuidou de aspectos pontuais, como envolvimentos ofensivos dos laterais, trabalho dos extremos e criação de lançamentos para os avançados, trabalho de passe e recepção, finalização e jogo de cabeça, quer dos centrais quer dos médios.
O escasso ou nulo ritmo de jogo de Maniche, raramente utilizado por José Mourinho no Chelsea, e sobretudo de Costinha, que não joga há vários meses - oficialmente desde o final do campeonato russo da época passada -, teve a ver com a decisão do seleccionador, que colocou os antigos companheiros do Benfica juntos na zona central, com Tiago descaído um pouco para a direita e Petit no lado oposto, cenário propício para a "liberdade" de Deco, que jogou solto, fazendo a ligação entre os médios e os alas (Figo à direita e Cristiano Ronaldo à esquerda) e ainda Pauleta.
Na equipa que iniciou o treino, Paulo Ferreira jogou à direita e Nuno Valente à esquerda, com Fernando Meira e Ricardo Carvalho no eixo.
Neste particular, preferia a colocação de Miguel e Caneira como laterais.
No habitual exercício que antecede os encontros - jogadores a gizarem movimentos de ataque sem oposição, com trocas de bola sucessivas na procura de eventuais brechas para entrar - Scolari colocou ainda Cristiano Ronaldo numa posição no eixo, um pouco atrás do ponta-de-lança, viajando então Figo para a esquerda e Deco a encostar-se mais à direita.
Com o decorrer do exercício o seleccionador foi trocando as peças, com Miguel, Caneira, Ricardo Costa, Costinha e Simão a serem as primeiras alternativas para as posições de Paulo Ferreira, Nuno Valente, Ricardo Carvalho, Tiago e Figo, respectivamente.
E se Tiago e Petit parecem ser as primeiras soluções, o que não significa que já conquistaram a titularidade para o encontro de 11 de Junho, em Colónia, diante de Angola, Nuno Gomes e Boa Morte partem em desvantagem para a aventura portuguesa em terras alemãs; estão a treinar de forma condicionada, cenário que os impede de defrontar o conjunto de Cabo Verde.
Numa primeira análise e tentando "furar" o raciocínio de Scolari, é claro que Costinha e Maniche não estão ainda nos níveis físicos desejáveis, ou então estão a ser poupados para batalhas futuras.
Foi evidente a preocupação do seleccionador em colocar Cristiano Ronaldo como "playmaker", fazendo-o jogar próximo de Pauleta mesmo quando partia da linha.
O jogador do Manchester United é um impressionante driblador, mas também sabe finalizar e joga bem de cabeça.
Já na fase de apuramento Ronaldo funcionou algumas vezes como segundo ponta-de-lança.
Aliás, penso que esta é a posição em que as características de Ronaldo podem ser melhor potenciadas.
Para além do já habitual exercício de abordagem ao ataque, sem marcações, Scolari cuidou de aspectos pontuais, como envolvimentos ofensivos dos laterais, trabalho dos extremos e criação de lançamentos para os avançados, trabalho de passe e recepção, finalização e jogo de cabeça, quer dos centrais quer dos médios.
Espero que se confirme - Obrigado Galatasaray
Robert continua na Turquia a negociar com o Galatasaray.
O jogador benfiquista deve abandonar o clube e está a tentar encontrar uma solução para o seu futuro, sendo que este poderá passar pela equipa do antigo internacional belga Eric Gerets.
Ainda não há acordo entre as partes, porque Robert não está na disposição de baixar muito os seus honorários mensais. Este parece ser o principal entrave, nesta altura, à conclusão do negócio.
Gerets aprecia sobremaneira as qualidades do extremo encarnado, já terá dado o aval à Direcção do emblema de Istambul para avançar com o negócio, mas Robert parece intransigente em relação às questões de ordem financeira e, por essa razão, ainda não fechou as negociações com o Galatasaray.
O camisola 34 do Benfica encontra-se na capital turca com a sua mulher e aguarda tranquilamente por uma resposta do emblema turco.
As próximas horas serão decisivas para o desfecho das negociações, e a Imprensa da Turquia aponta mesmo o próximo fim-de-semana como data limite para a concretização da transferência.
Recorde-se que o Benfica não irá colocar qualquer entrave à saída do jogador, pois este não faz parte das contas de Fernando Santos para a temporada 2006/07.
O jogador benfiquista deve abandonar o clube e está a tentar encontrar uma solução para o seu futuro, sendo que este poderá passar pela equipa do antigo internacional belga Eric Gerets.
Ainda não há acordo entre as partes, porque Robert não está na disposição de baixar muito os seus honorários mensais. Este parece ser o principal entrave, nesta altura, à conclusão do negócio.
Gerets aprecia sobremaneira as qualidades do extremo encarnado, já terá dado o aval à Direcção do emblema de Istambul para avançar com o negócio, mas Robert parece intransigente em relação às questões de ordem financeira e, por essa razão, ainda não fechou as negociações com o Galatasaray.
O camisola 34 do Benfica encontra-se na capital turca com a sua mulher e aguarda tranquilamente por uma resposta do emblema turco.
As próximas horas serão decisivas para o desfecho das negociações, e a Imprensa da Turquia aponta mesmo o próximo fim-de-semana como data limite para a concretização da transferência.
Recorde-se que o Benfica não irá colocar qualquer entrave à saída do jogador, pois este não faz parte das contas de Fernando Santos para a temporada 2006/07.
Mau demais!
Portugal iniciou, ontem, a sua participação no Euro Sub-21.
E começou mal, muito mal.
Agostinho Oliveira apresentou o onze esperado, recheado de talentos emergentes do futebol nacional, mas a exibição foi paupérrima.
Portugal nunca foi uma equipa, mas sim uma mera soma de individualidades.
A França foi uma verdadeira equipa, polvilhada de individualidades que nunca descuraram o sentido colectivo do jogo.
Os jovens portugueses sucumbiram à pressão de ganhar.
A obrigação de ganhar toldou os espíritos lusos, cerceando a capacidade futebolística dos seus jogadores.
A acrescer a selecção nacional nunca demonstrou possuir fio de jogo, usando e abusando do jogo directo.
O meio-campo luso, o sector teoricamente mais forte da equipa, nunca foi capaz de assumir o jogo, sufocado que foi pela intensa pressão alta francesa.
Portugal foi sempre uma equipa pouco compacta, com pouco ligação entre sectores, com as linhas muito espaçadas entre si.
A França foi, exactamente, o contrário.
Por isso venceu.
Entrámos mal na partida e pior ficámos quando num lance, no mínimo, caricato a França alcançou aquele que viria a ser o golo da sua vitória.
Se os níveis de ansiedade já eram altos, por essa ocasião foram elevados à milésima potência.
A partir daí, Portugal se já estava a jogar mal, pior ficou.
Não ligou uma jogada de ataque que fosse, apenas fez dois remates à baliza (um de Nani e outro de Hugo Almeida) e revelou-se sempre incapaz de chegar com perigo à área francesa.
As substituições promovidas por Agostinho Oliveira partiram a equipa, desmembrando o já de si depauperado meio-campo português.
Como consequência óbvia e natural, os jogadores portugueses acentuaram o recurso ao jogo directo.
A incapacidade de organização do jogo ofensivo revelada pelo meio-campo de Portugal encaminhou a equipa para a miragem dos lançamentos longos a procurar o jogo de cabeça de Hugo Almeida.
Procurava Portugal utilizar Hugo Almeida como pivot, segurando ou amortecendo a bola para as entradas dos médios. Nunca resultou quer por incapacidade de Hugo Almeida em ganhar as bolas de cabeça, quer por incapacidade de uma vez ganhas as endossar em condições aos seus colegas, quer por falta de direcção nos lançamentos longos efectuados.
Com excepção dos lances de futebol directo, Portugal raras vezes conseguiu penetrar no último terço defensivo francês. Faltou organização e planeamento ao jogo ofensivo português.
Sinónimo, talvez, de falta de treino.
A França, que havia já controlado a partida na 1ª metade, acentuou tal domínio no segundo tempo.
Vitória inteiramente justa da melhor equipa em campo. Da melhor e da única.
Destaque para a exibição de Mavuba, sempre em ritmo elevado, cortando linhas de passe, cerceando espaços e lançando as transições rápidas.
Espero e desejo que tudo se altere para melhor no jogo com a Sérvia.
E começou mal, muito mal.
Agostinho Oliveira apresentou o onze esperado, recheado de talentos emergentes do futebol nacional, mas a exibição foi paupérrima.
Portugal nunca foi uma equipa, mas sim uma mera soma de individualidades.
A França foi uma verdadeira equipa, polvilhada de individualidades que nunca descuraram o sentido colectivo do jogo.
Os jovens portugueses sucumbiram à pressão de ganhar.
A obrigação de ganhar toldou os espíritos lusos, cerceando a capacidade futebolística dos seus jogadores.
A acrescer a selecção nacional nunca demonstrou possuir fio de jogo, usando e abusando do jogo directo.
O meio-campo luso, o sector teoricamente mais forte da equipa, nunca foi capaz de assumir o jogo, sufocado que foi pela intensa pressão alta francesa.
Portugal foi sempre uma equipa pouco compacta, com pouco ligação entre sectores, com as linhas muito espaçadas entre si.
A França foi, exactamente, o contrário.
Por isso venceu.
Entrámos mal na partida e pior ficámos quando num lance, no mínimo, caricato a França alcançou aquele que viria a ser o golo da sua vitória.
Se os níveis de ansiedade já eram altos, por essa ocasião foram elevados à milésima potência.
A partir daí, Portugal se já estava a jogar mal, pior ficou.
Não ligou uma jogada de ataque que fosse, apenas fez dois remates à baliza (um de Nani e outro de Hugo Almeida) e revelou-se sempre incapaz de chegar com perigo à área francesa.
As substituições promovidas por Agostinho Oliveira partiram a equipa, desmembrando o já de si depauperado meio-campo português.
Como consequência óbvia e natural, os jogadores portugueses acentuaram o recurso ao jogo directo.
A incapacidade de organização do jogo ofensivo revelada pelo meio-campo de Portugal encaminhou a equipa para a miragem dos lançamentos longos a procurar o jogo de cabeça de Hugo Almeida.
Procurava Portugal utilizar Hugo Almeida como pivot, segurando ou amortecendo a bola para as entradas dos médios. Nunca resultou quer por incapacidade de Hugo Almeida em ganhar as bolas de cabeça, quer por incapacidade de uma vez ganhas as endossar em condições aos seus colegas, quer por falta de direcção nos lançamentos longos efectuados.
Com excepção dos lances de futebol directo, Portugal raras vezes conseguiu penetrar no último terço defensivo francês. Faltou organização e planeamento ao jogo ofensivo português.
Sinónimo, talvez, de falta de treino.
A França, que havia já controlado a partida na 1ª metade, acentuou tal domínio no segundo tempo.
Vitória inteiramente justa da melhor equipa em campo. Da melhor e da única.
Destaque para a exibição de Mavuba, sempre em ritmo elevado, cortando linhas de passe, cerceando espaços e lançando as transições rápidas.
Espero e desejo que tudo se altere para melhor no jogo com a Sérvia.
terça-feira, maio 23, 2006
Plantel do Sporting - Próxima Época
A certeza da participação do Sporting na Liga dos Campeões oferece a garantia do encaixe de cerca de cinco milhões de euros, mas "obriga" ao fortalecimento efectivo do plantel.
O reforço de todos os sectores está previsto, mas (também) serão os proveitos de potenciais transferências a determinar o enquadramento no mercado.
Defesa, meio-campo e ataque: a política de contratações da SAD leonina para 2006/07 é extensiva a todos os sectores.
Existem, contudo, uma série de ponderáveis a merecer definição antes de os leões avançarem de forma decidida para o reforço do plantel orientado por Paulo Bento, na época que marca o regresso do Sporting à Liga dos Campeões.
Da concretização de permanências e de saídas – e decorrentes receitas extraordinárias – se poderá determinar o verdadeiro potencial desportivo e capital financeiro passível de ser investido no fortalecimento efectivo do grupo comandado por Paulo Bento.
A renovação de Polga está iminente, mas ainda não passou ao papel; as perspectivas de o Valência viabilizar novo empréstimo de Caneira são boas, mas não foram ainda confirmadas; a eventualidade de Douala se transferir no defeso, proporcionando proveitos extras ao orçado pela SAD para a próxima época (na ordem dos 17 milhões de euros), afigura-se altamente provável, mas ainda não passou da condição de... eventual.
Há, assim, uma série de factores a determinar para a SAD leonina então apurar quem precisa de contratar – se apenas um central, se dois; se um lateral-esquerdo ou não (dependendo do sucesso por novo empréstimo de Caneira), por exemplo – e qual a margem de que dispõe para se movimentar no mercado.
As possibilidades de negócio são exploradas pelos responsáveis leoninos (Jorge Wagner, do Internacional de Porto Alegre, ou Maniche, do Dínamo de Moscovo, são alguns dos nomes de que se fala...), sendo certo que outros passos terão de ser dados antes de ser chegado o patamar das contratações.
A própria massa salarial terá de ser considerada nesta equação: Abel, Liedson e, previsivelmente, Polga verão melhoradas as suas condições financeiras, enquanto a SAD deixará de ter encargos com Sá Pinto, Nélson ou, ao que se estima, Hugo.
Ambição e rigor serão ponderados em sintonia, por um objectivo comum, na gestão desportiva e financeira: o equilíbrio.
O reforço de todos os sectores está previsto, mas (também) serão os proveitos de potenciais transferências a determinar o enquadramento no mercado.
Defesa, meio-campo e ataque: a política de contratações da SAD leonina para 2006/07 é extensiva a todos os sectores.
Existem, contudo, uma série de ponderáveis a merecer definição antes de os leões avançarem de forma decidida para o reforço do plantel orientado por Paulo Bento, na época que marca o regresso do Sporting à Liga dos Campeões.
Da concretização de permanências e de saídas – e decorrentes receitas extraordinárias – se poderá determinar o verdadeiro potencial desportivo e capital financeiro passível de ser investido no fortalecimento efectivo do grupo comandado por Paulo Bento.
A renovação de Polga está iminente, mas ainda não passou ao papel; as perspectivas de o Valência viabilizar novo empréstimo de Caneira são boas, mas não foram ainda confirmadas; a eventualidade de Douala se transferir no defeso, proporcionando proveitos extras ao orçado pela SAD para a próxima época (na ordem dos 17 milhões de euros), afigura-se altamente provável, mas ainda não passou da condição de... eventual.
Há, assim, uma série de factores a determinar para a SAD leonina então apurar quem precisa de contratar – se apenas um central, se dois; se um lateral-esquerdo ou não (dependendo do sucesso por novo empréstimo de Caneira), por exemplo – e qual a margem de que dispõe para se movimentar no mercado.
As possibilidades de negócio são exploradas pelos responsáveis leoninos (Jorge Wagner, do Internacional de Porto Alegre, ou Maniche, do Dínamo de Moscovo, são alguns dos nomes de que se fala...), sendo certo que outros passos terão de ser dados antes de ser chegado o patamar das contratações.
A própria massa salarial terá de ser considerada nesta equação: Abel, Liedson e, previsivelmente, Polga verão melhoradas as suas condições financeiras, enquanto a SAD deixará de ter encargos com Sá Pinto, Nélson ou, ao que se estima, Hugo.
Ambição e rigor serão ponderados em sintonia, por um objectivo comum, na gestão desportiva e financeira: o equilíbrio.
Plantel do FCPorto - Próxima Época
A lista de compras do campeão nacional não é extensa e privilegia apenas alguns sectores da equipa: o ataque aparece em destaque e a palavra ponta-de-lança surge sublinhada a carregado.
Adriaanse pretende um jogador que marque muitos golos e a SAD vai tentar satisfazê-lo.
A SAD do FC Porto já definiu a lista de prioridades nas contratações que vai efectuar tendo em vista a próxima época, na qual irá defender o título nacional e a Taça de Portugal, bem como tentar fazer uma Liga dos Campeões mais consentânea com os dois títulos europeus já conquistados. E a grande prioridade está no ataque.
Contratar um ponta-de-lança é o objectivo do FC Porto e o mercado já começou a ser vasculhado para se tentar arranjar a melhor solução.
Na longa entrevista que concedeu a O JOGO, Co Adriaanse falou sem rodeios da situação.
Um dos objectivos do holandês quando chegou ao FC Porto foi colocar a equipa a jogar um futebol ofensivo e que rendesse muitos golos.
O futebol ofensivo foi conseguido, mas apesar de ter sido a equipa mais concretizadora, esperavam-se mais golos.
E é exactamente para corrigir essa situação que Adriaanse quer um ponta-de-lança para juntar aos que já tem (se nenhum deles for vendido ou dispensado): McCarthy, Adriano, Hugo Almeida e Sokota.
Bruno Moraes, que não jogou esta época devido a lesão, também pode entrar nestas contas, tal como Lisandro, uma vez que Adriaanse aprecia o comportamento do argentino quando este joga no eixo do ataque, como segundo ponta-de-lança. Lisandro marcou sete golos.
O treinador portista pretende uma equipa mais eficaz no ataque e gostaria de ter um jogador que, só por si, fosse uma garantia de golos. O número de pontas-de-lança pode parecer excessivo, mas o estilo táctico de Adriaanse requer a utilização simultânea de dois, havendo ainda a considerar aspectos como lesões e castigos.
O FC Porto já tem jogadores referenciados e o mais provável é que actuem no estrangeiro.
Para se ter uma ideia de quanto pode custar um bom ponta-de-lança, basta dizer que o valor de mercado de Pauleta, melhor marcador de França com a camisola do PSG, é superior a cinco milhões de euros. Pelo menos é por esse valor que o Lyon está a tentar contratá-lo. E Pauleta não é propriamente um jovem.
A intenção de Pinto da Costa é não desfazer a equipa, apesar de ter dito que só há dois ou três jogadores inegociáveis.
McCarthy, Hugo Almeida, Quaresma, Lucho González e Bosingwa são alguns dos jogadores do actual plantel com mercado e eventuais transferências serviram para financiar a compra de um avançado consagrado.
De resto, os sete milhões de euros que o Werder Bremen vai depositar nos cofres portistas por ter levado Diego para a Alemanha já podem ser utilizados na negociação do tal ponta-de-lança.
Adriaanse pretende um jogador que marque muitos golos e a SAD vai tentar satisfazê-lo.
A SAD do FC Porto já definiu a lista de prioridades nas contratações que vai efectuar tendo em vista a próxima época, na qual irá defender o título nacional e a Taça de Portugal, bem como tentar fazer uma Liga dos Campeões mais consentânea com os dois títulos europeus já conquistados. E a grande prioridade está no ataque.
Contratar um ponta-de-lança é o objectivo do FC Porto e o mercado já começou a ser vasculhado para se tentar arranjar a melhor solução.
Na longa entrevista que concedeu a O JOGO, Co Adriaanse falou sem rodeios da situação.
Um dos objectivos do holandês quando chegou ao FC Porto foi colocar a equipa a jogar um futebol ofensivo e que rendesse muitos golos.
O futebol ofensivo foi conseguido, mas apesar de ter sido a equipa mais concretizadora, esperavam-se mais golos.
E é exactamente para corrigir essa situação que Adriaanse quer um ponta-de-lança para juntar aos que já tem (se nenhum deles for vendido ou dispensado): McCarthy, Adriano, Hugo Almeida e Sokota.
Bruno Moraes, que não jogou esta época devido a lesão, também pode entrar nestas contas, tal como Lisandro, uma vez que Adriaanse aprecia o comportamento do argentino quando este joga no eixo do ataque, como segundo ponta-de-lança. Lisandro marcou sete golos.
O treinador portista pretende uma equipa mais eficaz no ataque e gostaria de ter um jogador que, só por si, fosse uma garantia de golos. O número de pontas-de-lança pode parecer excessivo, mas o estilo táctico de Adriaanse requer a utilização simultânea de dois, havendo ainda a considerar aspectos como lesões e castigos.
O FC Porto já tem jogadores referenciados e o mais provável é que actuem no estrangeiro.
Para se ter uma ideia de quanto pode custar um bom ponta-de-lança, basta dizer que o valor de mercado de Pauleta, melhor marcador de França com a camisola do PSG, é superior a cinco milhões de euros. Pelo menos é por esse valor que o Lyon está a tentar contratá-lo. E Pauleta não é propriamente um jovem.
A intenção de Pinto da Costa é não desfazer a equipa, apesar de ter dito que só há dois ou três jogadores inegociáveis.
McCarthy, Hugo Almeida, Quaresma, Lucho González e Bosingwa são alguns dos jogadores do actual plantel com mercado e eventuais transferências serviram para financiar a compra de um avançado consagrado.
De resto, os sete milhões de euros que o Werder Bremen vai depositar nos cofres portistas por ter levado Diego para a Alemanha já podem ser utilizados na negociação do tal ponta-de-lança.
Para que servem as conferências de imprensa dos jogadores da selecção nacional
Instalou-se o hábito de promover conferências de imprensa dos jogadores da selecção nacional.
Desde o Euro-2004, numa tentativa de aproximação entre Federação, Jogadores, Comunicação Social e Público, que os jogadores da selecção nacional são chamados a par para serem sujeitos às perguntas dos jornalistas quando em estágio.
Iniciativa louvável nos seus princípios, mas destituída de sentido na sua concretização.
As perguntas são invariavelmente as mesmas e o discurso é consistentemente redondo e sem conteúdo.
Se aos jornalistas falta imaginação, aos jogadores faltam conhecimentos e cultura.
Os jogadores foram e são rotinados a falar sem dizer nada.
Quase sempre limitam-se a reproduzir o mesmo discurso de disponibilidade, de ambição, de fé e de esperança.
Nada transmitem de novo.
Quando confrontados com questões mais incómodas, refugiam-se em lugares comuns ou nos constrangimentos a que estão sujeitos.
É impossível suscitar a reflexão dos jogadores sobre assuntos que vão para lá das expectativas com que encaram a competição vindoura.
Então, para que servem as conferências de imprensa?
Para nada, digo eu.
Para transmitir uma ideia de modernidade bacoca, desprovida de sentido útil.
Desde o Euro-2004, numa tentativa de aproximação entre Federação, Jogadores, Comunicação Social e Público, que os jogadores da selecção nacional são chamados a par para serem sujeitos às perguntas dos jornalistas quando em estágio.
Iniciativa louvável nos seus princípios, mas destituída de sentido na sua concretização.
As perguntas são invariavelmente as mesmas e o discurso é consistentemente redondo e sem conteúdo.
Se aos jornalistas falta imaginação, aos jogadores faltam conhecimentos e cultura.
Os jogadores foram e são rotinados a falar sem dizer nada.
Quase sempre limitam-se a reproduzir o mesmo discurso de disponibilidade, de ambição, de fé e de esperança.
Nada transmitem de novo.
Quando confrontados com questões mais incómodas, refugiam-se em lugares comuns ou nos constrangimentos a que estão sujeitos.
É impossível suscitar a reflexão dos jogadores sobre assuntos que vão para lá das expectativas com que encaram a competição vindoura.
Então, para que servem as conferências de imprensa?
Para nada, digo eu.
Para transmitir uma ideia de modernidade bacoca, desprovida de sentido útil.
O que faz Scolari nos períodos entre jogos?
Soubemos, ontem, numa notável entrevista que Co Adriaanse concedeu ao jornal "O Jogo" que Scolari nunca falou ou demonstrou intenção de o fazer com o técnico holandês.
A este propósito assalta-me uma interrogação - então o que faz Scolari no período entre jogos?
Já sabíamos que não assistia, ao vivo, a jogos de futebol da Liga Portuguesa ou daquelas em que alinham jogadores portugueses.
Já sabíamos que não assistia a treinos de equipas portuguesas ou daquelas em que alinham jogadores portugueses.
Já sabíamos que não observava os adversários de Portugal.
Já sabíamos que não preparava logisticamente os estágios e deslocações ao estrangeiro.
Já sabíamos que não acompanhava os trabalhos da selecções mais jovens de Portugal.
Agora soubemos que nem sequer fala com os treinadores das principais equipas portuguesas.
Não percebo como consegue ocupar o seu tempo...
Assim se percebe como são chamados sempre os mesmos.
Se Scolari não conhece outros, como poderia diversificar as suas opções.
Não conhece, nem pode conhecer.
Não conhece as suas qualidades futebolísticas, mas também desconhece o seu temperamento, o seu carácter e o seu comportamento social.
Ao não comunicar, pelo menos, com os treinadores dos principais clubes portugueses, ao não observar em treino e em competição os possíveis seleccionados, só resta uma solução a Scolari convocar quem já consigo trabalhou.
Entramos num ciclo vicioso.
É inadmissível que o seleccionador nacional não procure entrar em contacto com o treinador de um dos principais clubes nacionais, por forma não só a trocarem experiências, mas também a aprofundar o seu conhecimento sobre os jogadores a seleccionar.
É imprescindível para um seleccionador criar sinergias com os treinadores dos principais clubes nacionais.
A este propósito assalta-me uma interrogação - então o que faz Scolari no período entre jogos?
Já sabíamos que não assistia, ao vivo, a jogos de futebol da Liga Portuguesa ou daquelas em que alinham jogadores portugueses.
Já sabíamos que não assistia a treinos de equipas portuguesas ou daquelas em que alinham jogadores portugueses.
Já sabíamos que não observava os adversários de Portugal.
Já sabíamos que não preparava logisticamente os estágios e deslocações ao estrangeiro.
Já sabíamos que não acompanhava os trabalhos da selecções mais jovens de Portugal.
Agora soubemos que nem sequer fala com os treinadores das principais equipas portuguesas.
Não percebo como consegue ocupar o seu tempo...
Assim se percebe como são chamados sempre os mesmos.
Se Scolari não conhece outros, como poderia diversificar as suas opções.
Não conhece, nem pode conhecer.
Não conhece as suas qualidades futebolísticas, mas também desconhece o seu temperamento, o seu carácter e o seu comportamento social.
Ao não comunicar, pelo menos, com os treinadores dos principais clubes portugueses, ao não observar em treino e em competição os possíveis seleccionados, só resta uma solução a Scolari convocar quem já consigo trabalhou.
Entramos num ciclo vicioso.
É inadmissível que o seleccionador nacional não procure entrar em contacto com o treinador de um dos principais clubes nacionais, por forma não só a trocarem experiências, mas também a aprofundar o seu conhecimento sobre os jogadores a seleccionar.
É imprescindível para um seleccionador criar sinergias com os treinadores dos principais clubes nacionais.
Europeu de sub-21 - A nossa selecção
Inicia-se, hoje, a disputa do campeonato europeu de sub-21.
Portugal, por ser o País anfitrião e pelo naipe de jogadores que apresenta, assume-se, naturalmente, como um dos favoritos.
A qualidade dos jogadores que compõem a nossa selecção é, efectivamente, de enaltecer.
Na baliza, Bruno Vale. Guarda-redes de estampa física invejável, demonstra, já, um nível que o coloca num patamar de qualidade assinalável.
Tapado por Helton e Baía no Porto, o seu futuro imediato pós-europeu deverá passar por um novo empréstimo.
Aliás, a sua afirmação plena no Porto está muito condicionada pela presença de Helton.
A maior ou menor longevidade de Helton ao serviço dos dragões será determinante para o alcançar da titularidade na defesa das redes azuis e brancas, mas também na selecção nacional.
Na defesa, Nélson constituiu uma das revelações da Liga na pretérita temporada.
Início pujante, pletórico de força, o síndroma pubalgico que o aponquentou, a par das múltiplas rotações posicionais a que foi sujeito, toldaram-lhe a consistência.
No seu melhor, é um dos melhores laterais direitos da Europa.
No centro da defesa, Rolando e Zé Castro constituem uma dupla de respeito.
Um mais em força (Rolando), outro mais em souplesse (Zé Castro) complementam-se.
Zé Castro, assim a sua afirmação no Atlético de Madrid seja uma realidade, será, por certo, um dos centrais titulares da selecção nacional no Mundial de 2010.
Na esquerda, a lacuna principal desta selecção.
Na ausência de um lateral esquerdo de raiz com qualidade (Valdir e Vítor Rodrigues provaram não o ser), Agostinho Oliveira irá recorrer a adaptações.
Num modelo mais defensivo, Nuno Morais procurará ser o Caneira dos sub-21.
Num modelo mais ofensivo, Diogo Valente será o eleito.
No meio-campo, Raúl Meireles, João Moutinho, Manuel Fernandes e Nani, são sinónimo de indiscutível valia.
Qualquer um deles já alcançou a titularidade do clube que representa, assumindo-se, inclusive, como uma das suas estrelas maiores.
Encontram-se num patamar ligeiramente acima dos seus restantes colegas (a par de Zé Castro e Quaresma), podendo a curto prazo guindar-se à titularidade da principal selecção portuguesa (mais Moutinho e Manuel Fernandes do que Meireles e Nani).
Na frente de ataque, Quaresma é, provavelmente, o maior talento mundial da sua geração.
Esta época conseguiu conjugar as suas qualidades inatas com a eficácia exigida em alta competição.
Tornou-se um jogador mais competitivo, um jogador mais colectivo, sem que tenha, concomitantemente, perdido a capacidade de criar desequilíbrios.
Pode decidir sozinho um jogo.
Hugo Almeida será o ponta de lança de serviço.
Dotado de condições físicas invulgares para a função, não demonstrou, ainda, saber fazer uso pleno das suas capacidades.
Falho de concentração e de confiança (mais ao nível do clube do que da selecção) não logrou potenciar as suas qualidades físicas.
Apresenta um ratio demasiado elevado entre oportunidades criadas e aproveitadas.
Começou tarde e isso nota-se, mormente ao nível da eficácia na finalização e do posicionamento.
Está num momento decisivo da carreira, na vertigem da afirmação plena ou da esperança eternamente adiada.
Tudo visto, direi que temos motivos para estarmos confiantes quanto à performance da nossa selecção de sub-21.
Nota final para destacar algumas figuras das restantes selecções participantes.
Aquilani pela Itália, Huntelaar pela Holanda, Flamini e Simana-Pongolle pela França, a par de Moutinho, Manuel Fernandes e Quaresma por Portugal, poderão ser as grandes figuras da competição.
Portugal, por ser o País anfitrião e pelo naipe de jogadores que apresenta, assume-se, naturalmente, como um dos favoritos.
A qualidade dos jogadores que compõem a nossa selecção é, efectivamente, de enaltecer.
Na baliza, Bruno Vale. Guarda-redes de estampa física invejável, demonstra, já, um nível que o coloca num patamar de qualidade assinalável.
Tapado por Helton e Baía no Porto, o seu futuro imediato pós-europeu deverá passar por um novo empréstimo.
Aliás, a sua afirmação plena no Porto está muito condicionada pela presença de Helton.
A maior ou menor longevidade de Helton ao serviço dos dragões será determinante para o alcançar da titularidade na defesa das redes azuis e brancas, mas também na selecção nacional.
Na defesa, Nélson constituiu uma das revelações da Liga na pretérita temporada.
Início pujante, pletórico de força, o síndroma pubalgico que o aponquentou, a par das múltiplas rotações posicionais a que foi sujeito, toldaram-lhe a consistência.
No seu melhor, é um dos melhores laterais direitos da Europa.
No centro da defesa, Rolando e Zé Castro constituem uma dupla de respeito.
Um mais em força (Rolando), outro mais em souplesse (Zé Castro) complementam-se.
Zé Castro, assim a sua afirmação no Atlético de Madrid seja uma realidade, será, por certo, um dos centrais titulares da selecção nacional no Mundial de 2010.
Na esquerda, a lacuna principal desta selecção.
Na ausência de um lateral esquerdo de raiz com qualidade (Valdir e Vítor Rodrigues provaram não o ser), Agostinho Oliveira irá recorrer a adaptações.
Num modelo mais defensivo, Nuno Morais procurará ser o Caneira dos sub-21.
Num modelo mais ofensivo, Diogo Valente será o eleito.
No meio-campo, Raúl Meireles, João Moutinho, Manuel Fernandes e Nani, são sinónimo de indiscutível valia.
Qualquer um deles já alcançou a titularidade do clube que representa, assumindo-se, inclusive, como uma das suas estrelas maiores.
Encontram-se num patamar ligeiramente acima dos seus restantes colegas (a par de Zé Castro e Quaresma), podendo a curto prazo guindar-se à titularidade da principal selecção portuguesa (mais Moutinho e Manuel Fernandes do que Meireles e Nani).
Na frente de ataque, Quaresma é, provavelmente, o maior talento mundial da sua geração.
Esta época conseguiu conjugar as suas qualidades inatas com a eficácia exigida em alta competição.
Tornou-se um jogador mais competitivo, um jogador mais colectivo, sem que tenha, concomitantemente, perdido a capacidade de criar desequilíbrios.
Pode decidir sozinho um jogo.
Hugo Almeida será o ponta de lança de serviço.
Dotado de condições físicas invulgares para a função, não demonstrou, ainda, saber fazer uso pleno das suas capacidades.
Falho de concentração e de confiança (mais ao nível do clube do que da selecção) não logrou potenciar as suas qualidades físicas.
Apresenta um ratio demasiado elevado entre oportunidades criadas e aproveitadas.
Começou tarde e isso nota-se, mormente ao nível da eficácia na finalização e do posicionamento.
Está num momento decisivo da carreira, na vertigem da afirmação plena ou da esperança eternamente adiada.
Tudo visto, direi que temos motivos para estarmos confiantes quanto à performance da nossa selecção de sub-21.
Nota final para destacar algumas figuras das restantes selecções participantes.
Aquilani pela Itália, Huntelaar pela Holanda, Flamini e Simana-Pongolle pela França, a par de Moutinho, Manuel Fernandes e Quaresma por Portugal, poderão ser as grandes figuras da competição.
Rumores
Ontem, em conversa com um empresário de futebol da nossa praça, soube que o Sporting se encontra em negociações com o Dínamo de Moscovo para o empréstimo de Maniche.
Disse-me aquele agente FIFA que Costinha, também, está nas cogitações dos leões.
Como não me foi pedida reserva, aqui vos deixo estas notícias.
Disse-me aquele agente FIFA que Costinha, também, está nas cogitações dos leões.
Como não me foi pedida reserva, aqui vos deixo estas notícias.
segunda-feira, maio 22, 2006
Estudo da Deloitte (época 2004/2005) - alguns apontamentos
Receitas e Custos:
A liga Inglesa é a mais rentável liga de futebol profissional.
O seu volume de receitas é 1.976 milhões de euros. A liga Portuguesa representa 14% da liga Inglesa. O PIB Português é de 8,3% do PIB Inglês;
Os 3 grandes em Portugal representam 73% do total de receitas da Superliga;
Os 3 grandes representam 65% do total dos custos da Superliga;
Os custos com pessoal representam 83% das receitas do mercado tradicional, mas se adicionarmos a esses custos com pessoal, as amortizações do plantel, então o valor ascende aos 113% das receitas tradicionais;
70% dos sócios pagantes são do Benfica, Porto e Sporting;
Quadro comparativo das Receitas -
Ligas Europeias
Inglaterra - 1.976 milhões €
Itália - 1.153 milhoes €
Alemanha - 1.058 milhões €
Espanha - 953 milhões €
França - 655 milhões €
Portugal - 278 milhões €
As principal fonte de receitas das principais ligas Europeias e da Portuguesa provém dos direitos cedidos às televisões para as respectivas transmissões. Em Itália, o valor percentual chega mesmo a ultrapassar os 50%, em Portugal esse valor situa-se nos 41%.
Se considerarmos para as receitas dos principais clubes europeus (Real Madrid, Manchester United, AC Milan, Bayern e Lyon) os seguintes vectores Comercial, TV, Bilheteira e Outros, constata-se que os grandes clubes conseguem a grande fatia das suas receitas com a vertente comercial e televisão.
Comparando-os com a realidade nacional, e nomeadamente com o FC Porto, mais de metade vem da rubrica Outros, onde podemos incluir por exemplo as transferências de jogadores.
Se analisarmos o ratio PIB per capita/preço médio para um jogo com a capacidade económica para adquirir lugares nos estádios versus os lugares vendidos por mil habitantes, percebe-se que os Franceses são os que maior capacidade têm para assistir aos jogos de futebol do escalão principal e os ingleses são os que têm menos.
Os ingleseses, espanhóis e portugueses são os 3 que têm menor capacidade.
Nas receitas "market pool" (distribuídas pelos países conforme importância de mercado televisivo) as 5 prinicipais ligas europeias absorverm 84%.
Portugal registou um valor perto de 1%, resultante da participação do FC Porto na Liga dos Campeões.
A liga Inglesa é a mais rentável liga de futebol profissional.
O seu volume de receitas é 1.976 milhões de euros. A liga Portuguesa representa 14% da liga Inglesa. O PIB Português é de 8,3% do PIB Inglês;
Os 3 grandes em Portugal representam 73% do total de receitas da Superliga;
Os 3 grandes representam 65% do total dos custos da Superliga;
Os custos com pessoal representam 83% das receitas do mercado tradicional, mas se adicionarmos a esses custos com pessoal, as amortizações do plantel, então o valor ascende aos 113% das receitas tradicionais;
70% dos sócios pagantes são do Benfica, Porto e Sporting;
Quadro comparativo das Receitas -
Ligas Europeias
Inglaterra - 1.976 milhões €
Itália - 1.153 milhoes €
Alemanha - 1.058 milhões €
Espanha - 953 milhões €
França - 655 milhões €
Portugal - 278 milhões €
As principal fonte de receitas das principais ligas Europeias e da Portuguesa provém dos direitos cedidos às televisões para as respectivas transmissões. Em Itália, o valor percentual chega mesmo a ultrapassar os 50%, em Portugal esse valor situa-se nos 41%.
Se considerarmos para as receitas dos principais clubes europeus (Real Madrid, Manchester United, AC Milan, Bayern e Lyon) os seguintes vectores Comercial, TV, Bilheteira e Outros, constata-se que os grandes clubes conseguem a grande fatia das suas receitas com a vertente comercial e televisão.
Comparando-os com a realidade nacional, e nomeadamente com o FC Porto, mais de metade vem da rubrica Outros, onde podemos incluir por exemplo as transferências de jogadores.
Se analisarmos o ratio PIB per capita/preço médio para um jogo com a capacidade económica para adquirir lugares nos estádios versus os lugares vendidos por mil habitantes, percebe-se que os Franceses são os que maior capacidade têm para assistir aos jogos de futebol do escalão principal e os ingleses são os que têm menos.
Os ingleseses, espanhóis e portugueses são os 3 que têm menor capacidade.
Nas receitas "market pool" (distribuídas pelos países conforme importância de mercado televisivo) as 5 prinicipais ligas europeias absorverm 84%.
Portugal registou um valor perto de 1%, resultante da participação do FC Porto na Liga dos Campeões.
Curiosidades sobre o Mundial
Participam neste mundial 32 equipas, cada com 23 jogadores, o que perfaz um total de 736 jogadores.
De acordo com a Fifa, 47 % dos jogadores actuam nos campeonatos, Inglês, Espanhol, Francês, Italiano e Alemão.
102 jogadores, que participam no mundial jogam na Premiership inglesa.
7 jogadores participam num mundial pela 4 vez, Claudio Reyna, Kasey Keller dos Estados Unidos, Oliver Kahn da Alemanha, Mohammed Al-Deayea e Sami Al-Jaber da Arabia Saudita, e Cafu e Ronaldo do Brasil.
Keller, é o único jogador que participou no Mundial de 1990. Falhou o de 1994.
Só Cafu, Al-Deayea e Al-Jaber jogaram os últimos 3 torneios.
O avançado inglês Theo Walcott, de 17 anos é o jogador mais novo a participar neste mundial, e poderá ser o mais novo de sempre a marcar se conseguir achar as redes na Alemanha.
O guarda redes da Tunísia, Ali Boumnijel de 40 anos é o quinto jogador mais velho a participar num mundial, logo atrás de Roger Milla dos Camarões, Pat Jennings da Irlanda do Norte, Peter Shilton de Inglaterra e Dino Zoff de Itália.
De acordo com a Fifa, 47 % dos jogadores actuam nos campeonatos, Inglês, Espanhol, Francês, Italiano e Alemão.
102 jogadores, que participam no mundial jogam na Premiership inglesa.
7 jogadores participam num mundial pela 4 vez, Claudio Reyna, Kasey Keller dos Estados Unidos, Oliver Kahn da Alemanha, Mohammed Al-Deayea e Sami Al-Jaber da Arabia Saudita, e Cafu e Ronaldo do Brasil.
Keller, é o único jogador que participou no Mundial de 1990. Falhou o de 1994.
Só Cafu, Al-Deayea e Al-Jaber jogaram os últimos 3 torneios.
O avançado inglês Theo Walcott, de 17 anos é o jogador mais novo a participar neste mundial, e poderá ser o mais novo de sempre a marcar se conseguir achar as redes na Alemanha.
O guarda redes da Tunísia, Ali Boumnijel de 40 anos é o quinto jogador mais velho a participar num mundial, logo atrás de Roger Milla dos Camarões, Pat Jennings da Irlanda do Norte, Peter Shilton de Inglaterra e Dino Zoff de Itália.
Um esforço de contenção de aplaudir
Os responsáveis da SAD do Sporting já estabeleceram a projecção orçamental para a próxima temporada: a empresa do futebol vai dispor de 17 milhões de euros para "atacar" os ambiciosos objectivos desportivos – recorde-se que, pela primeira vez desde 2001/02, o emblema de Alvalade vai disputar a fase de grupos da Liga dos Campeões.
Apesar de muito inferior ao dos rivais de sempre, o novo orçamento dos leões fica marcado por uma alteração significativa da política seguida nos últimos anos: ao contrário do que sucede desde 2002, o investimento no futebol não vai ser reduzido.
Termina assim um esforço de adequação das despesas à capacidade de gerar receitas.
Obedecendo a um princípio estratégico e às recomendações dos parceiros financeiros, o Sporting cumpriu o programa de contenção de despesas, mas, hoje, perante os novos desafios, terá atingido o limite inferior numa actividade em que a competitividade – desportiva e comercial – é extrema.
Assim, a SAD contará com um orçamento da ordem dos 17 milhões de euros, ou seja, sensivelmente o mesmo que resultará do exercício em curso – a previsão era de 18 milhões de euros, mas não deverá ir muito além dos citados 17, mesmo com os prémios resultantes do apuramento directo para a "Champions".
Ao fixar a fasquia nos 17 milhões de euros, a SAD leonina assume ser este o limite mínimo para assegurar a competitividade da equipa de futebol profissional, mas concretiza os objectivos a que, num passado recente, se propôs.
Num espaço de apenas quatro anos, os custos do futebol leonino foram reduzidos em cerca de dez milhões de euros, num ciclo de contenção de despesas digno de nota. Se, em 2002/03, a principal actividade do clube registou despesas de 28 milhões de euros, esse valor desceu para 23 em 2003/04, para 20 em 2004/05 e, na época agora finda, deverá ficar pouco acima dos 17 milhões de euros (face aos cerca de 18 milhões previstos).
Apesar de muito inferior ao dos rivais de sempre, o novo orçamento dos leões fica marcado por uma alteração significativa da política seguida nos últimos anos: ao contrário do que sucede desde 2002, o investimento no futebol não vai ser reduzido.
Termina assim um esforço de adequação das despesas à capacidade de gerar receitas.
Obedecendo a um princípio estratégico e às recomendações dos parceiros financeiros, o Sporting cumpriu o programa de contenção de despesas, mas, hoje, perante os novos desafios, terá atingido o limite inferior numa actividade em que a competitividade – desportiva e comercial – é extrema.
Assim, a SAD contará com um orçamento da ordem dos 17 milhões de euros, ou seja, sensivelmente o mesmo que resultará do exercício em curso – a previsão era de 18 milhões de euros, mas não deverá ir muito além dos citados 17, mesmo com os prémios resultantes do apuramento directo para a "Champions".
Ao fixar a fasquia nos 17 milhões de euros, a SAD leonina assume ser este o limite mínimo para assegurar a competitividade da equipa de futebol profissional, mas concretiza os objectivos a que, num passado recente, se propôs.
Num espaço de apenas quatro anos, os custos do futebol leonino foram reduzidos em cerca de dez milhões de euros, num ciclo de contenção de despesas digno de nota. Se, em 2002/03, a principal actividade do clube registou despesas de 28 milhões de euros, esse valor desceu para 23 em 2003/04, para 20 em 2004/05 e, na época agora finda, deverá ficar pouco acima dos 17 milhões de euros (face aos cerca de 18 milhões previstos).
Uma excelente notícia para contrabalançar
A reunião foi longa, mas produziu os efeitos desejados.
Depois de uma conversa com os líderes do AC Milan – encabeçados pelo director-executivo, Adriano Galliani – que se prolongou por várias horas, Rui Costa chegou a acordo com o colosso transalpino e rescindiu amigavelmente o contrato que ainda o vinculava aos "rossoneri" por mais uma época.
O caminho para o regresso do "maestro" à Luz está, desta forma, livre, pelo que o antigo internacional português deverá voltar brevemente a Portugal para formalizar um acordo, já alcançado verbalmente, com os responsáveis encarnados.
Desde o início do mês que Luís Filipe Vieira e José Veiga encetaram conversações para garantir o retorno do médio, mas faltava ainda a Rui Costa desvincular-se do emblema italiano.
Pouco utilizado por Carlo Ancelotti, o camisola 10 do AC Milan poderá agora voltar a correr de águia ao peito, cumprindo um desejo que sempre manifestou ao longo da sua carreira em Itália.
Está assim confirmado o retorno de um dos jogadores mais acarinhados pelos adeptos benfiquistas, que volta à "Catedral" para envergar o mesmo número que tinha quando deixou a Luz há 12 anos.
A camisola 10 poderá, assim, deixar de ser pertença do internacional grego Karagounis, na mesma medida em que Simão – ao que tudo indica, o avançado está de saída – passará também um testemunho, cedendo a braçadeira de capitão ao "maestro".
Depois de uma conversa com os líderes do AC Milan – encabeçados pelo director-executivo, Adriano Galliani – que se prolongou por várias horas, Rui Costa chegou a acordo com o colosso transalpino e rescindiu amigavelmente o contrato que ainda o vinculava aos "rossoneri" por mais uma época.
O caminho para o regresso do "maestro" à Luz está, desta forma, livre, pelo que o antigo internacional português deverá voltar brevemente a Portugal para formalizar um acordo, já alcançado verbalmente, com os responsáveis encarnados.
Desde o início do mês que Luís Filipe Vieira e José Veiga encetaram conversações para garantir o retorno do médio, mas faltava ainda a Rui Costa desvincular-se do emblema italiano.
Pouco utilizado por Carlo Ancelotti, o camisola 10 do AC Milan poderá agora voltar a correr de águia ao peito, cumprindo um desejo que sempre manifestou ao longo da sua carreira em Itália.
Está assim confirmado o retorno de um dos jogadores mais acarinhados pelos adeptos benfiquistas, que volta à "Catedral" para envergar o mesmo número que tinha quando deixou a Luz há 12 anos.
A camisola 10 poderá, assim, deixar de ser pertença do internacional grego Karagounis, na mesma medida em que Simão – ao que tudo indica, o avançado está de saída – passará também um testemunho, cedendo a braçadeira de capitão ao "maestro".
Treinador do SLB - Realmente uma surpresa, mas desagradável
No passado Sábado foi apresentado o novo treinador do SLB - Fernando Santos.
Para mim uma surpresa.
Uma desagradável surpresa.
Escrevi que o novel treinador benfiquista, provavelmente, não sairia do lote dos putativos eleitos pelos media.
Enganei-me.
Não me satisfaz a escolha.
A escolha não pode ter assentado em razões de competência técnica, científica ou académica.
Nem sequer no seu currículum desportivo.
Fernando Santos é um símbolo de uma geração de treinadores portugueses, pré-Mourinho, cuja base de conhecimentos é tributária da sua experiência enquanto praticantes.
Mas, mesmo aí, Fernando Santos perde para os demais treinadores da sua geração.
Não foi um futebolista de eleição, longe disso.
Engenheiro de formação, enveredou pela carreira de treinador, a full-time, apenas nos finais da década de 80, princípios da década de 90.
Conheceu relativo sucesso no Estoril e no Estrela, sendo que o seu percurso neste clube o catapultou para o FCPorto.
Aí, foi campeão, conquistando o 5º título consecutivo do clube nortenho, o que lhe valeu o epíteto de "Engenheiro do Penta".
Duas Taças de Portugal e duas Supertaças depois, saiu para a aventura grega.
Na Grécia, num clube de mediana dimensão, o seu trabalho foi merecedor dos mais rasgados encómios, ao ponto de ter sido contratado pelo todo poderoso Panathinaikos.
Quatro jornadas apenas bastaram para o despedimento.
Ano quase sabático e eis que se torna treinador principal do Sporting.
Êxitos zero, terceiro lugar no campeonato e despedimento.
Regresso à Grécia e ao AEK.
Num clube em reconstrução, no qual a fasquia das expectativas era nula, trabalho meritório com o alcançar de um lugar na Champions.
Se citei o percurso profissional de Fernando Santos foi, por um lado, para demonstrar a sua mediania ao nível das conquistas e, por outro, para enfatizar que os seus maiores sucessos aconteceram quando ao serviço de clubes de pequena e média dimensão.
E esta circunstância permite perceber o que é Fernando Santos enquanto treinador.
Fernando Santos, tal como a generalidade dos treinadores da sua geração, procura jogar em função do adversário, explanando tacticamente a sua equipa por forma a neutralizar as mais valias do oponente.
É temeroso, conservador e pouco ambicioso.
Ou seja, pensa e age como treinador de equipas de menor dimensão.
Não é de estranhar se olharmos ao seu percurso profissional enquanto jogador e treinador.
Fernando Santos é "filho" de uma determinada forma de pensar o jogo própria dos treinadores portugueses da sua geração e do seu percurso profissional.
O sucesso ou relativo sucesso (pois que sempre em função da dimensão dos emblemas que orientou) que conheceu ao serviço do Estoril, Estrela e AEK decorre, exactamente, do modo como encara o jogo.
Nessas equipas, a sua forma de ver o jogo, assente na expectativa, nas transições rápidas, na marcação cerrada, casa bem.
Em equipas de outra dimensão, é complicado.
Fernando Santos não tem cultura de vitória, não tem cultura do risco, não sabe armar tacticamente as equipas que orienta para assumirem o comando do jogo.
Não tem e não sabe, mas dificilmente poderia ter.
E aqui voltamos ao seu percurso profissional.
Por outro lado, como supra disse, Fernando Santos não tem background académico.
Como já escrevi em outras ocasiões, um treinador deve comportar uma mescla de conhecimentos académicos e práticos.
Ao nível do treino e é aqui que as capacidades adquiridas em estudos superiores se revelam realmente importantes, Fernando Santos é pobre.
Reproduz os exactos mesmos métodos de há vinte anos.
É manifestamente curto.
Esta lacuna poderia ser suprida pela contratação de um treinador adjunto de base universitária.
Nem isso acontece - Chalana e Rosário são tudo menos isso.
Sou partidário de equipas técnicas multi-disciplinares, constituídas por profissionais de diferentes proveniências e com saberes distintos e complementares.
A equipa técnica do Benfica é mais do mesmo.
Ao nível das cúpulas, os três elementos são tributários do mesmo saber de experiência feito.
Quando supra me alonguei sobre o percurso profissional de Fernando Santos, aparentemente olvidei a referência ao título de campeão nacional conquistado ao serviço do FCPorto.
Foi propositado, pois que penso que foi um acaso fruto de circunstâncias excepcionais.
Mário Wilson disse um dia que quem treinasse o Benfica arriscava-se a ser campeão nacional.
Era, precisamente, isso que acontecia naqueles tempos no FCPorto.
Foi Fernando Santos como poderia ter sido o Zé dos Anzóis.
A única virtude de Fernando Santos ao serviço do FCPorto foi não ter inventado, não ter mexido na estrutura que acabara de conquistar 4 títulos consecutivos.
Depois começou a mexer e foi o que se viu (culminando com a eliminação da Taça face ao Torreense).
Aliás, os seus despedimentos de Sporting e Panathinaikos, dos quais saiu sem honra, nem glória, dizem bem do acaso que constitui o penta.
Mas, então por que raio foi escolhido Fernando Santos??
Primeiro, não foi escolhido!
Os constrangimentos orçamentais e a urgência na decisão "impuseram-no".
Mostrava-se necessário encontrar um sucessor e rapidamente, as diferentes alternativas foram-se esfumando na penumbra das dificuldades financeiras e Fernando Santos emergiu como a única alternativa.
Eriksson, Zaccheroni e Queirós são demasidado caros.
A fasquia de um treinador com currículum de campeão exigia Fernando Santos.
Não havia outro disponível a baixo custo.
Depois, sempre se podia esgrimir com o título conquistado no FCPorto e com o puro benfiquismo desde o berço de Fernando Santos.
Á míngua de argumentos de competência, sobram sempre os sentimentais.
Então, toca a puxar do benfiquismo do homem que as massas vão, pelo menos, dar-lhe o benefício da dúvida.
A emoção tende a toldar a razão.
Por fim, Fernando Santos apresenta uma vantagem inegável do ponto de vista de José Veiga - é um "yes man".
Com ele não existirão conflitos quanto às contratações, dando roda livre a Veiga para pôr e dispôr da composição do plantel, não reivindicará jogadores de gabarito internacional e não exigirá condições de treino e logísticas.
Aceitará o que lhe derem, tão agradecido que está de se terem lembrado dele.
Um treinador de tarimba internacional, por certo, que exigiria este ou aquele jogador, o centro de estágios e formação a funcionar e, acima de tudo, exigiria ser ouvido antes da tomada de decisões.
Veiga não conviveria com tal realidade. Por isso, Camacho ou Eriksson nunca poderiam ser treinadores do Benfica com Veiga ao serviço do clube.
Caso o Benfica consiga o apuramento para a fase de grupos da Champions e não conheça o sabor amargo da derrota nas primeiras jornadas do campeonato, os ânimos irão serenar e o capital de confiança de Fernando Santos subirá.
Caso suceda o contrário, então tudo se complicará e a porta de saída será inevitável.
É o que dá contratar treinadores fragilizados à partida.
Espero e desejo que me engane, mas lá que o panorama não é animador, não é.
Para mim uma surpresa.
Uma desagradável surpresa.
Escrevi que o novel treinador benfiquista, provavelmente, não sairia do lote dos putativos eleitos pelos media.
Enganei-me.
Não me satisfaz a escolha.
A escolha não pode ter assentado em razões de competência técnica, científica ou académica.
Nem sequer no seu currículum desportivo.
Fernando Santos é um símbolo de uma geração de treinadores portugueses, pré-Mourinho, cuja base de conhecimentos é tributária da sua experiência enquanto praticantes.
Mas, mesmo aí, Fernando Santos perde para os demais treinadores da sua geração.
Não foi um futebolista de eleição, longe disso.
Engenheiro de formação, enveredou pela carreira de treinador, a full-time, apenas nos finais da década de 80, princípios da década de 90.
Conheceu relativo sucesso no Estoril e no Estrela, sendo que o seu percurso neste clube o catapultou para o FCPorto.
Aí, foi campeão, conquistando o 5º título consecutivo do clube nortenho, o que lhe valeu o epíteto de "Engenheiro do Penta".
Duas Taças de Portugal e duas Supertaças depois, saiu para a aventura grega.
Na Grécia, num clube de mediana dimensão, o seu trabalho foi merecedor dos mais rasgados encómios, ao ponto de ter sido contratado pelo todo poderoso Panathinaikos.
Quatro jornadas apenas bastaram para o despedimento.
Ano quase sabático e eis que se torna treinador principal do Sporting.
Êxitos zero, terceiro lugar no campeonato e despedimento.
Regresso à Grécia e ao AEK.
Num clube em reconstrução, no qual a fasquia das expectativas era nula, trabalho meritório com o alcançar de um lugar na Champions.
Se citei o percurso profissional de Fernando Santos foi, por um lado, para demonstrar a sua mediania ao nível das conquistas e, por outro, para enfatizar que os seus maiores sucessos aconteceram quando ao serviço de clubes de pequena e média dimensão.
E esta circunstância permite perceber o que é Fernando Santos enquanto treinador.
Fernando Santos, tal como a generalidade dos treinadores da sua geração, procura jogar em função do adversário, explanando tacticamente a sua equipa por forma a neutralizar as mais valias do oponente.
É temeroso, conservador e pouco ambicioso.
Ou seja, pensa e age como treinador de equipas de menor dimensão.
Não é de estranhar se olharmos ao seu percurso profissional enquanto jogador e treinador.
Fernando Santos é "filho" de uma determinada forma de pensar o jogo própria dos treinadores portugueses da sua geração e do seu percurso profissional.
O sucesso ou relativo sucesso (pois que sempre em função da dimensão dos emblemas que orientou) que conheceu ao serviço do Estoril, Estrela e AEK decorre, exactamente, do modo como encara o jogo.
Nessas equipas, a sua forma de ver o jogo, assente na expectativa, nas transições rápidas, na marcação cerrada, casa bem.
Em equipas de outra dimensão, é complicado.
Fernando Santos não tem cultura de vitória, não tem cultura do risco, não sabe armar tacticamente as equipas que orienta para assumirem o comando do jogo.
Não tem e não sabe, mas dificilmente poderia ter.
E aqui voltamos ao seu percurso profissional.
Por outro lado, como supra disse, Fernando Santos não tem background académico.
Como já escrevi em outras ocasiões, um treinador deve comportar uma mescla de conhecimentos académicos e práticos.
Ao nível do treino e é aqui que as capacidades adquiridas em estudos superiores se revelam realmente importantes, Fernando Santos é pobre.
Reproduz os exactos mesmos métodos de há vinte anos.
É manifestamente curto.
Esta lacuna poderia ser suprida pela contratação de um treinador adjunto de base universitária.
Nem isso acontece - Chalana e Rosário são tudo menos isso.
Sou partidário de equipas técnicas multi-disciplinares, constituídas por profissionais de diferentes proveniências e com saberes distintos e complementares.
A equipa técnica do Benfica é mais do mesmo.
Ao nível das cúpulas, os três elementos são tributários do mesmo saber de experiência feito.
Quando supra me alonguei sobre o percurso profissional de Fernando Santos, aparentemente olvidei a referência ao título de campeão nacional conquistado ao serviço do FCPorto.
Foi propositado, pois que penso que foi um acaso fruto de circunstâncias excepcionais.
Mário Wilson disse um dia que quem treinasse o Benfica arriscava-se a ser campeão nacional.
Era, precisamente, isso que acontecia naqueles tempos no FCPorto.
Foi Fernando Santos como poderia ter sido o Zé dos Anzóis.
A única virtude de Fernando Santos ao serviço do FCPorto foi não ter inventado, não ter mexido na estrutura que acabara de conquistar 4 títulos consecutivos.
Depois começou a mexer e foi o que se viu (culminando com a eliminação da Taça face ao Torreense).
Aliás, os seus despedimentos de Sporting e Panathinaikos, dos quais saiu sem honra, nem glória, dizem bem do acaso que constitui o penta.
Mas, então por que raio foi escolhido Fernando Santos??
Primeiro, não foi escolhido!
Os constrangimentos orçamentais e a urgência na decisão "impuseram-no".
Mostrava-se necessário encontrar um sucessor e rapidamente, as diferentes alternativas foram-se esfumando na penumbra das dificuldades financeiras e Fernando Santos emergiu como a única alternativa.
Eriksson, Zaccheroni e Queirós são demasidado caros.
A fasquia de um treinador com currículum de campeão exigia Fernando Santos.
Não havia outro disponível a baixo custo.
Depois, sempre se podia esgrimir com o título conquistado no FCPorto e com o puro benfiquismo desde o berço de Fernando Santos.
Á míngua de argumentos de competência, sobram sempre os sentimentais.
Então, toca a puxar do benfiquismo do homem que as massas vão, pelo menos, dar-lhe o benefício da dúvida.
A emoção tende a toldar a razão.
Por fim, Fernando Santos apresenta uma vantagem inegável do ponto de vista de José Veiga - é um "yes man".
Com ele não existirão conflitos quanto às contratações, dando roda livre a Veiga para pôr e dispôr da composição do plantel, não reivindicará jogadores de gabarito internacional e não exigirá condições de treino e logísticas.
Aceitará o que lhe derem, tão agradecido que está de se terem lembrado dele.
Um treinador de tarimba internacional, por certo, que exigiria este ou aquele jogador, o centro de estágios e formação a funcionar e, acima de tudo, exigiria ser ouvido antes da tomada de decisões.
Veiga não conviveria com tal realidade. Por isso, Camacho ou Eriksson nunca poderiam ser treinadores do Benfica com Veiga ao serviço do clube.
Caso o Benfica consiga o apuramento para a fase de grupos da Champions e não conheça o sabor amargo da derrota nas primeiras jornadas do campeonato, os ânimos irão serenar e o capital de confiança de Fernando Santos subirá.
Caso suceda o contrário, então tudo se complicará e a porta de saída será inevitável.
É o que dá contratar treinadores fragilizados à partida.
Espero e desejo que me engane, mas lá que o panorama não é animador, não é.
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