sexta-feira, julho 21, 2006

De demissão em demissão até ao alargamento final

A polémica em torno do "caso Mateus" terá levado agora à demissão outros dois membros da Comissão Disciplinar (CD) da Liga: Gomes da Silva, o presidente, e Domingos Lopes, conselheiro impedido pelo Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol de votar neste processo, por alegadas incompatibilidades.
A confirmar-se este par de abandonos, a CD passará a ser presidida pelo vogal Frederico Cebola, mas sem quórum para tomar qualquer decisão, uma vez que só conta com mais um elemento, Pedro Mourão.
Curiosamente, Cebola e Mourão, que também se haviam demitido, regressaram à Liga para manter em funcionamento o órgão disciplinar.
Recorde-se que estes são os elementos que votaram a descida do Gil Vicente no "caso Mateus" e sobre os quais os galos lançaram um "indício de suspeição"; Gomes da Silva e Domingos Lopes haviam decidido o processo a favor do clube de Barcelos.
A falta de quórum deixa nas mãos de Adriano Afonso, presidente da Assembleia Geral da Liga (AG), a decisão de nomear interinamente, até às eleições de 10 de Agosto, um jurista que torne possível o funcionamento da CD.
À Rádio Renascença, antes de ter qualquer conhecimento oficial da demissão de Gomes da Silva, Adriano Afonso considerou essa possibilidade "aborrecida e criticável". "Sem o acórdão é uma coisa terrível! Devia ter aguentado", lamentou.
Por outro lado, pendente que está a possibilidade de votação de Frederico Cebola e Pedro Mourão após a acção do Gil Vicente, só nomeando três elementos o presidente da AG tornaria viável uma apreciação imediata do "caso Mateus".

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